Veja 10 fatos nojentos descobertos com a operação ‘Carne Fraca’
Deflagrada na última sexta-feira (17), a operação Carne Fraca, da Polícia Federal (PF), expôs detalhes graves dos bastidores do mercado frigorífico. Entre propinas e demais atos de corrupção, há casos absurdos envolvendo os produtos alimentícios fornecidos pelas marcas investigadas.
Confira alguns detalhes grotescos que já foram divulgados pela PF
1. Salmonela na carne
De acordo com o delegado Maurício Moscardi, sete contêineres do Grupo BRF foram encontrados com carnes contaminadas com salmonela. Os alimentos estavam indo para a Europa, mas foram barrados assim que chegaram ao Velho Continente.
2. Carnes podres
Gravações feitas pela PF mostram conversas de empresários para a criação de um esquema para não desperdiçar alimentos podres, vencidos, doentes e mal estocados. Estas carnes costumavam ser enviadas para outras lojas e continuavam sendo vendidas ao consumidor.
3. Mortadela inadequada
Segundo a PF, o gerente Roney Nogueira dos Santos, da BRF, teria enviado cerca de 700 quilos de mortadela “considerados ruins” para consumo. Ou seja, carne inapropriada para consumo sendo enviada para o mercado.
4. Sem fiscalização
Fiscais do Ministério da Agricultura teriam assinado certificados para liberar cargas sem qualquer procedimento prévio de fiscalização para contêineres de exportação.
5. Carcaças
Empresários foram flagrados em escutas da PF conversando sobre a fórmula para fazer mortadela: usando 70% de “carne mecanicamente separada” e “pouca coisa de carne de boi e miúdo de frango”. A carne citada pelos executivos, na prática, são restos de carcaças de animais.
6. Porco embutido
Um frigorífico paranaense utilizava carne de cabeça de porco na composição de embutidos, o que é proibido pela lei.
7. “Mais ou menos”
Em outro denúncia sobre o frigorífico, há a utilização de presunto “mais ou menos podre”, mas que não tinha “cheiro de azedo, cheiro de nada”.
8. Merenda
Uma empresa fornecia salsicha contendo carne de frango para abastecer as merendas escolares no Paraná. O ingrediente normal é a carne de peru.
9. Validade adulterada
Um outro frigorífico vendia produtos vencidos com etiquetas de validade adulteradas. Algumas peças de carne estavam vencidas há mais de três meses e continuavam em circulação nos mercados.
10. Pagamento
Fiscais do Ministério da Agricultura chegaram a pedir picanha, filé mignon e hambúrguer como propina para uma rede de restaurantes para não denunciarem o estabelecimento.
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