SOBRE O “VOLTA LULA”: “Quando estamos em crise, pedimos até para Jesus voltar”
“Em momentos de crise política, pedimos até a volta até de Jesus Cristo”. É assim que o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, tenta botar um fim no movimento “volta Lula”.
Em uma rápida entrevista ao EL PAÍS, um dos principais aliados de Lula, Gilberto Carvalho está no Governo há mais tempo que Dilma, para estancar agora os pedidos por Lula, afirma que é preciso controlar o empecilho da Petrobras, acusada de irregularidades na compra de uma refinaria americana, e controlar a inflação, que vem aterrorizando a gestão Rousseff.
Desde 2010, Carvalho é uma das principais pontes de Lula com Rousseff e conselheiro de ambos. Nos últimos meses tem representado a presidenta na maioria dos encontros com movimentos sindicais, que demonstraram certa insatisfação com a gestão dela.
De vários militantes escuta o pedido de “volta Lula” e sempre diz: “Repito, ele não quer voltar agora. Agora, por mim, ele voltaria só em 2018, para completar um ciclo e depois renovar, porque isso é importante também”. Se Dilma Rousseff for reeleita e Lula vencesse a eleição de 2018 o PT completaria 20 anos de poder (2003-2023).
Escudo do Governo
Além do diálogo com os sindicalistas, cabe a Carvalho iniciar um processo de convencimento de que a Copa do Mundo será benéfica para o país. Para onde vai, carrega uma cartilha de 12 páginas chamada “O Brasil já ganhou com a Copa”. Nela, há dados sobre o quanto tem sido gasto e como o país espera impulsionar seu turismo.
Ameniza as críticas de que alguns estádios, como o Mané Garrincha de Brasília, serão elefantes-brancos e que não haverá um legado para o país, apenas para os clubes beneficiados pelas obras em suas arenas: “temos que admitir que falhamos na comunicação sobre os benefícios da Copa. Agora, temos de correr atrás do tempo perdido”.
Sobre os protestos contra o torneio, Carvalho ainda dá um recado aos manifestantes: “Aceitamos os protestos. Achamos que eles são democráticos e importantes, mas estamos aparelhando as polícias para reprimir os atos violentos sem gerar mais violência”.
Fonte: El País
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