Novo Canto Geral
Partir e levar, para outras plagas, o sonho irremido dos imigrantes dos sonhos
E, se pelo espaço, o olor das refregas carregue o céu de obumbras manchas
Cantar e cantar rente ao azul
Surgir dos encantos inapreensíveis pelo afã vão dos silogismos
E escoar rente ao azul pelo milagre do pão e pela balança da justiça a desabar
Nos interstícios do cio da aurora nos interstícios da fúria esperada dos justos
Partir, Partir e Partir sem medo e nada deixar além da ilusão de pertencimento
Para poder pertencer para poder amanhecer rente ao azul
Sargaços marinhos sob as insígnias do que parece não ter retorno
Os signos marinhos bafejam as falésias porque amar é sobrevoar insandecido os promontórios em velocidade infinita
Vergar os campos onde os sumos adstringentes dessuma sob o sol e o cristal ainda por elaborar cutila no pomar da infância
A infância só termina quando nada mais assombra
A infância só começa quando não se teme mais o desvanecer das formas
Tudo o que vive em plenitude merece renascer
A tua beleza pertence mais a mim do que a ti
Porque é em mim que ela viceja drástica
Com seus sustos, surtos e arrebatamentos.
Por: Luís Eduardo Gomes do Nascimento, Advogado e Professor da UNEB.
Deixe um comentário