Isto Posto… Protagonismo Anão.
Em recente embate diplomático, a representação de Israel classificou a atuação internacional do Brasil de “Diplomacia Anã”, em clara referência aos posicionamentos, segundo porta vozes israelenses, equivocados do governo brasileiro sobre temas dominantes no cenário internacional.
A controvérsia em destaque dizia respeito, numa das poucas e raras afirmações oportunas de nossa diplomacia, à condenação explícita feita pelo Itamaraty do massacre patrocinado pelas forças israelenses contra o povo palestino, sob a alegação insustentável de legítima defesa.
Importunados com o pouco apoio recebido da comunidade internacional, principalmente de países como Brasil, historicamente alinhado com as decisões dos Estados Unidos sobre qualquer tema envolvendo Israel e seu ‘incontestável’ direito de defesa, e especial no que tange à sustentação política, financeira e militar incondicional da Casa Branca ao projeto de “Eugenia neonazista” posto em prática na faixa de Gaza, embaixadores israelitas acusaram o Brasil de defender ações terroristas, devido a um protagonismo internacional brasileiro alcunhado por eles de anão.
Diante disso, que resposta poderia o Brasil dá a esta afirmação, a fim de provar que seu protagonismo, sua influência externa de fato é ou já foi relevante? A resposta, em que pese parecer de difícil formulação é bastante singela. Basta pensarmos que os elementos considerados para aferir o nível de influência de um país sobre os outros são essencialmente internos: educação, ciência, progresso econômico, republicanismo e civilidade para lidar com as diferenças étnicas e culturais. Então, pergunta-se: em qual desses aspectos o Brasil é exemplo, ou mantém alguma relevância?
Isto posto, a estatura da diplomacia brasileira, do seu protagonismo internacional se evidenciarão na medida em que internamente os fatores decisivos supracitados se tornem prioritários, com ações governamentais dirigidas para o propósito de elevá-los acima dos rés do chão, porque as repercussões externas apenas espelham o quanto excessivamente ensimesmado em uma nação.
Por: Adão Lima de Souza
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