Isto Posto… Os americanos entram no jogo.

BLATTERJoseph Blatter e a caterva que forma a entidade máxima do futebol no mundo, FIFA, tentam, agora que a casa caiu para parte da súcia que sempre viveu da podridão e da chantagem, desqualificar a atuação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, buscando impregnar a ação moralizadora impetrada pelos americanos de retaliação por terem sidos preteridos na escolha para sediar a copa de 2022, que ficou com o Qatar.

Talvez, as velhas raposas do futebol não queiram ou não tenham se dado conta, ainda, que a intenção dos Estados Unidos é muito maior que a vindita suscitada como meio de defesa pelo senhor Blatter e seus lacaios. Pois, o que parece claro nesta investida americana é a decisão da maior economia do mundo assumir posição de relevância nesta modalidade desportiva que movimenta anualmente cerca de quinhentos bilhões de dólares. E para isso se faz necessário uma faxina geral na corrupção cotidiana do futebol no continente americano, estabelecendo-se novas regras de conduta e modificando as práticas de administração de clubes e federações e, principalmente, das confederações existentes no continente.

Para os bons observadores não passou despercebido o recardo dado pelos Estados Unidos à Europa e ao resto mundo, reeditando a velha Doutrina Monroe: “A América para os americanos”. Prova disso é o fato das prisões efetuadas se limitarem aos figurões do futebol que dirigiram ou dirigem entidades situadas no continente americano, como afirmação inconteste de que os americanos finalmente entraram no jogo das quatro linhas, dispostos a mudar as regras do jogo para fazer frente à supremacia europeia na captação de sua parte dos bilhões de dólares que o amor global pelo esporte despeja nessa indústria sem crises nem turbulências econômicas.

Isto posto, reproduzo aqui o conceito da velha Doutrina Monroe, para que os desatentos torcedores brasileiros e das outras américas, ao acordarem de seu estado letárgico, visualizem o que seria uma final da Taça Libertadores da América em Nova Iorque:  “Julgarmos propício afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados suscetíveis de colonização por nenhuma potência europeia”.

Por: Adão Lima de Souza.

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