Isto Posto… A família Bolsonaro e o flerte com as milícias!
A família Bolsonaro parece não destoar do Código de Conduta que passou a imperar na cidade do Rio de Janeiro. Lá a ética pública se norteia por maquiavelismo que divide os bons e os maus políticos em grupos, nem sempre antagônicos, de mocinhos e bandidos, ou seja, ou o candidato se alia aos milicianos ou se rende aos narcotraficantes para poder se eleger vereador, deputado, senador, prefeito, governador ou presidente república.
Portanto, no combate a apontada criminalidade – esta pretensamente dissociada da corrupção política – o Estado, cujo dever era impor a Lei para manutenção da ordem, tolera a existência de milícias formadas por agentes e ex-agentes seus como se fosse uma espécie de força auxiliar sua na guerra declarada contra o tráfico que, assim como os milicianos, também costumam irrigar as campanhas políticas com o dinheiro sujo do crime.
As Escolas de Samba, Sergio Cabral, Pezão e outras figuras notórias da 7ª Vara Federal Criminal, conduzida pelo juiz federal Marcelo Bretas.
Nessa toada, todos lembram que ao vir à tona a “contabilidade criativa” praticada no gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro, pelo eficientíssimo assessor Queiroz, notável vendedor de carros que fazia multiplicar seus ganhos e de seu chefe com a velha prática de compartilhar dos salários pagos aos seus contratados, também vieram à lume dois conhecidos milicianos, antes homenageados pelo atual senador da república, pela bravura demonstrada no exercício das funções policiais, pelo “exacerbo” no trato da coisa pública e pelo esmero na aplicação da Lei.
Agora, quando finalmente suspeitos do assassinato da vereadora Mariele Franco e seu motorista Anderson Gomes são presos, eis que estes são milicianos – mocinhos auxiliares do Estado –, e o acusado de ter efetuado os disparos vizinho de ninguém menos que o presidente da república, num condomínio onde imóveis custam mais de quatro milhões, valores incompatíveis com o salário de um ex-policial militar e também de um deputado federal.
Todavia, considerando que o novo governo ainda colhe os louros da vitória, é bem possível que tais conjecturas sejam apenas fruto de intriga de quem apostou na oposição e perdeu. O tempo dirá.
Isto posto, faço minhas as palavras do saudoso Luiz Melodia “é bom ficar de olho aí”.
Por: Adão Lima de Souza
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