E APOIS!

A tese dos ricos é a seguinte:
Como a maior taxa de mortalidade é de idosos, os poucos jovens que morrerem serão considerados baixa de guerra. E até impactará positivamente nas futuras taxas de desemprego, pois são as maiores vítimas do capitalismo predatório, que se sustenta da reserva de mão-de-obra desqualificada e, portanto, barata . Então, para eles, o melhor seria não estabelecer isolamento social, mas apenas o confinamento desses chamados grupos de risco. Seguindo essa lógica – e aqui reside o determinismo perverso -, não promovendo isolamento – ou apenas isolamento parcial – o vírus se alastraria sem controle. Porém, nem todos os infectados morreriam, somente os mais frágeis, uma vez que como a gripe, os sintomas dependem da capacidade imunológica de cada indivíduo. Com isso, a economia teria minimizado seus impactos negativos, sendo compensados com a desoneração dos sistemas previdenciários, já que deixariam de pagar, pela alta mortalidade de idosos, aposentadorias que hoje pesam sobre o orçamento público, fazendo sobrar dinheiro para aquecer a economia e robustecer mais ainda as fortunas dos mais abastados.
Outro aspecto deve ser considerado. Isolar apenas os grupos de riscos significa retirá-los do convívio com os demais que não apresentam risco maiores entre si, mas representa risco para os idosos. Isto resultaria em encarceramento dos velhos e doentes dispensáveis, segundo a citada tese, vivendo longe de suas famílias.
A conclusão é simples: o não isolamento matará o maior número de idosos possível, mas, pelo menos em tese, não destruiria a economia. Logo, o pobre poderá continuar trabalhando, mesmo sob pena de morte, para produzir riquezas a serem acumuladas pelos parasitas da sociedade.
De minha parte, temos que pensar que mesmo a economia desandando, salvando-se vidas, ainda que passando privações severas no futuro, poderemos recuperar qualquer bem material, reconstruir as riquezas do país. Então, apostemos no isolamento, embora seja apenas medida de precaução e não curativa. Ou sequer a certeza de não contágio.
EU APOIO A QUARENTENA!!!
Por: Adão Lima de Souza

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