PONCIANO RATEL: A saga da Lava Jato.

PalocciNo capítulo anterior…

O insosso médico sanitarista Antônio Palocci propôs um pacto com o destemido herói, nosso Harvey Dent Sérgio Moro, prometendo mais um ano de trabalho para os mocinhos da República de Curitiba contra os malfeitores da República do Caixa 2 da propinocracia.

Na ocasião, disse o Italiano que contaria tudo que fez durante os anos em que comandou a economia do governo de Lula – O Desapegado e a Casa Civil de Má-Dama Dilma-Coração Valente.

Então caros espectadores, não se atrevam a perder um só capítulo do desenrolar desta intricadíssima crônica policial dos trópicos. Acompanhe atentamente este intrigante jogo de xadrez da corrupção Bruzundangas, com cavalheiros e damas chafurdados até o pescoço na lama da roubalheira e na orgia com o dinheiro do povo trabalhador, pacífico e ordeiro deste Brasil sem Z.

Quem ousará se distrair por um minuto sequer? Pois tudo pode mudar num segundo – com heróis virando bandido e ladrões prendendo juízes – se funcionarem as ardilosas tramas feitas pelo Sindicato do Crime para sufocar a Operação Lava Jato.

E como separar se só há joio?

Poderá o STF controlar o ímpeto dos jovens promotores de barba incipiente, asseverando que é excessiva a prisão domiciliar de corruptos poderosos, enquanto aciona o “foda-se” para os 40% de negros pobres que abarrotam os presídios, cumprindo eternamente alongadas prisões provisórias?

Quem vai saber se o povo se insurgirá como novo herói desta cruzada moral, impedindo, assim, que legados da gigantesca corrupção persigam jacentes, ao mesmo tempo em que se denotam a adjacência de milhões de bens a satisfazer os caprichos de desapegados falsos heróis da nossa política clientelista?

E será mesmo a delação do Italiano, amigo do desapegado amigo Lula, mais bombástica que as 77 confissões dos executivos da corruptora-mor Odebrecht?

Quem vai saber se ainda faltam os bancos e as togas?

Finalmente, caro telespectador, quem, outrora, poderia imaginar que os folhetins criminais da era moderna teriam mais audiência que tediosas novelas globais, superando até mesmo os pastelões mexicanos infinitamente repetidos pela TV do homem do baú?

Ponciano Ratel é colunista deste blog.

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