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PTB x PSB: partidos trocam farpas e aquecem disputa em PE
Faltando pouco mais de 30 dias para o início da campanha eleitoral, o tempo esquentou entre as coligações do PSB e PTB que disputam o comando do Palácio dos Campos das Princesas. Nesta terça-feira (20), durante entrevista ao Blog da Folha, o presidente regional do PSB, Sileno Guedes, que estará no próximo sábado (24) em Serra Talhada, acompanhado do pré-candidato Paulo Câmara, centrou fogo no senador Armando Monteiro Neto, pré-candidato pelo PTB.
“Não conheço nenhuma experiência exitosa dele (Armando) no setor privado. Não tem time, ao contrário de Paulo Câmara. Esse tem time, tem um grupo formado, tem um conjunto de partidos”, disse Guedes, acrescentando: “O senador tem que passar mais quatro anos no Senado para se redimir com a sociedade pernambucana, sobretudo os trabalhadores, que confiou nele numa perspectiva mais progressista. Basta ver os votos que ele fez no Senado contra os trabalhadores”, disparou Sileno, no entanto, sem detalhar quais seriam essas posições que constrangeriam o discurso de Armando Neto.
Guedes também afirmou que Monteiro não tem experiência no serviço público. “A gente desconhece qual é a experiência no serviço público. Onde foi que ele passou? Passou por entidade de classe e entidade de classe dos patrões”, alfinetou.
CONTRA-ATAQUE
O contra-ataque da coligação trabalhista veio na tarde desta terça-feira (20) em nota enviada à imprensa. De acordo com o secretário-geral do PTB, José Humberto Cavalcanti, Sileno Guedes é “um tarefeiro de baixa patente” e está preocupado com o crescimento da pré-candidatura de Armando Monteiro.
“Sileno vive a dificuldade de conseguir explicar uma fragilidade que o povo de Pernambuco já percebeu. A de tentar impor, junto com o seu grupo, aí, sim, como verdadeiros patrões políticos, um nome sem qualquer representatividade na sociedade, além daquela que deriva das circunstâncias de subordinação e parentesco, como o de Paulo Câmara”, diz um dos trechos da nota.
A nota termina afirmando que em 2010, o PSB reconheceu a trajetória vitoriosa do senador Armando Monteiro.
Isto Posto… Os Políticos não são o pior de nós.
O mais comum no Brasil é ver o honorabilíssimo eleitor se lastimar da escolha errada que fez na última eleição. No entanto, além de tardia, a constatação do equívoco é inútil, pois pelos quatro anos do mandato, nada senão lamúrias o cidadão supostamente enganado poderá fazer para reverter as consequências danosas de sua malograda inclinação por este ou aquele candidato vendido pelos marqueteiros como produto de consumo.
Ademais, junte-se a isso um analfabetismo político crônico do eleitor brasileiro, somado à corrupção endêmica que vai do povo ao governo, e temos, então, um país chafurdado no lodaçal imundo da imoralidade administrativa, aonde princípios republicanos como a impessoalidade, a eficiência e probidade são relevados ao ostracismo por pessoas inescrupulosas, cujos propósitos são, desde outrora, saquear os cofres públicos a fim de enriquecer ilicitamente em detrimento da continuidade e suficiência da prestação de serviços essenciais de saúde, educação, segurança, lazer.
Todavia, forçoso é admitir que parcela considerável, senão a completitude das causas das mazelas na malversação do dinheiro do contribuinte, deve ser creditada ao eleitor, que movido por interesses pessoais, opta sempre por dar um voto de confiança justamente a quem se vale de expedientes escusos para captação ilícita do sufrágio.
Porque, inegavelmente, o cidadão brasileiro jamais cogita da efetividade de projetos eleitoreiros vendidos como soluções mágicas pelos candidatos a vereadores, por exemplo, para os problemas enfrentados cotidianamente nas cidades pequenas, médias ou grandes desse país continental.
Ao contrário disso, os vencedores das eleições nestas cidades, sejam vereadores, prefeitos, governadores, deputados, senadores e presidente, são beneficiados pela inclinação cultural de eleitores ávidos em apostar seu voto no concorrente que melhor sinaliza com a concessão de ganhos financeiros para o votante e sua família ou pessoa de seu círculo de relações, pouco ou nada se importando com o interesse coletivo.
Isto posto…Quando um político suspeito de roubo, fraude, desvio de verbas públicas ou outro ato qualquer de corrupção, diz estar ali representando a vontade do povo, devemos nos perguntar se realmente a nossa conduta seria diferente da dele, uma vez que é sedimentado no eleitor a certeza de que qualquer um – e isso nos inclui – lá estando, se não roubar é um tolo.
Então, caro eleitor, por que os políticos seriam o que de mais iníquo há em nossa sociedade, se são fieis a nossa vontade?
Por: Adão Lima de Souza