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MICK JAGGER DIZ QUE NÃO ESCUTA DISCOS EM VINIL
Produtor-executivo de “Vinyl” (Vinil), série da HBO que retrata a indústria fonográfica de Nova York nos anos 70, Mick Jagger disse que não escuta música em discos de vinil. “Eu não ouço, mas meus filhos amam”, disse, rindo, o líder dos Rolling Stones durante o lançamento da série em um evento para a imprensa especializada em TV em Los Angeles, na última quinta-feira, dia 7.
O cantor participou da apresentação de “Vinyl” via videoconferência.
Jagger é produtor e criador da atração ao lado de Martin Scorcese e Terrence Winter (“Sopranos”, “Boardwalk Empire”). “Eu tive essa ideia há alguns anos e contei para o Marty (apelido de Scorcese). Tentamos desenvolvê-la primeiro como um filme, mas aí virou uma série de TV”, contou o roqueiro.
Scorcese dirige o episódio de estreia, com duas horas de duração.
O drama, que tem como protagonista Bobby Cannavale no papel de Richie Finestra, dono da fictícia gravadora em falência American Century, estreia em 14 de fevereiro nos EUA e no Brasil. O empresário cocainômano precisa descobrir nova bandas, em uma época em que o punk, a disco music e o hip hop, entre outros gêneros, começam a surgir, para não ver seu negócio falir.
A série mostra músicos como Robert Plant, do Led Zeppelin, se envolvendo em negociações com as gravadoras para não serem passados para trás.
Jagger contou que, nos anos 70, ele também participava dos acordos dos Stones com as gravadoras. “Como nós fomos realmente sacaneados nos anos 60, tivemos que nos envolver nos negócios. Então a gente sabia quem era bom e mau, quem pagava…”, disse.
Questionado se “Vinyl” poderia dar uma espécie de impulso ao rock junto às gerações mais novas, Jagger não quis palpitar. “É uma série de TV, um drama, não sei o que acontecerá com a música”.
O líder dos Stones também comentou a participação de seu filho James Jagger na superprodução. James, que também é músico, interpreta o vocalista de uma banda punk. “Ajudei ele falando sobre algumas atitudes que ele poderia ter e o encorajei a se sentir seguro atuando. Mas tudo é criação dele”.
Fonte: Lígia Mesquita/ Folha de São Paulo