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Nem Dunga, nem Cunha, nem Dilma?

MACACO PUNKE então Plebe Rude, ficantes dessa Nau-Brasil desgovernada, nação futurista, trazida pelas caravelas d’além-mar, este que vos fala é PONCIANO RATEL, alçado a patente de Desabestalhador Geral da República em revide ao grassamento das contingências morais nestas paragens tupiniquins.

No proselitismo iconoclasta de hoje, a resistência inquebrantável de Dunga, Cunha e Dilma ante o turbilhão de prognósticos sobre quem primeiro cairá. E Ainda, o desejo confesso das pessoas próximas e das torcidas distantes enquanto, com os nervos á flor da pele, aguardam a ocorrência da queda tripla para este ano que se apressa em findar.

Conforme nos dão conta os noticiamentos hodiernos, tendo já no horizonte a aproximação dos festejos do bom velhinho, ao que tudo indica, parece seguro afirmar que os planos maquiavélicos tramados pelos partidos de oposição contra a estadia de Coração Valente nos recônditos do palácio dos marajás da governança terão de aguardar o ano vindouro, já que tratativas com pessoas de diversos partidos e outros partidos diversos sinalizam para um conluio entre Dilma e o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, com o propósito imoral de ambos conservarem sua proeminência, afastando, portanto, os pretensos novos inquilinos das posições que ora ocupam.

Acrescentam, ainda, os libelos mais benquistos pelos letrados, aiatolás da grande mídia falada e escrevinhada, que somente um acordão de natureza deletéria, fundado em premissas imorais e pressupostos iníquos, firmado entre os sacripantas de um e outro poder será capaz de prorrogar a inevitável queda de um e outro, pelo menos até o ano que se avizinha.

Já os ditos pasquins, vendedores de leituras de fácil degustamento, alardeando a imperiosa necessidade de reforma moral na sociedade política e futebolística brasileiras, e se dizendo atônitos com a força demonstrada pelo técnico da seleção, Dunga, que mesmo após um ano em que só colecionou fracasso desde as divisões de base, como sub isso e aquilo, até o time principal, a exemplo das últimas partidas em que jogadores tidos como indispensáveis nada fizeram, deixando o protagonismo, segundo afirmaram os jornalistas mais afoitos, para os jovens talentos mais versados na feitura de gol sem querer, tem conseguido permanecer no cargo de treinador da seleção canarinho, mesmo depois de seu protetor ter sido posto fora de circulação pelo FBI.  O que leva a ponderação de que o fiasco da Copa de 2014 servirá apenas como aperitivo para a derrota anunciada de 2016.

Assim sendo, nada mais resta senão protelar o nosso sádico desiderato. E pacientemente lamentar as decisões procrastinatórias que implicam diretamente no adiamento do tombo inevitável desses três atores fanfarrões. Crentes de que, a qualquer hora, a incompetência de Dunga e Dilma e a escassez moral do Eduardo Cunha sejam suficientes para defenestrá-los da vida pública, ansiosos aguardemos.

Por fim, cantemos aquele louvor mais heroico, que vocifera “Brava Gente Brasileira, longe vá, temor servil; ou ficar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil”.

Cônscio e estribado nas delações premiadas do Sergio Moro, o cavaleiro branco de Gotham City, e nos pênaltis mal marcados pelos juízes da CBF, este pretenso escrevinhador se rende à mancomunação de vê este Brasil dos Bruzundangas livre da praga da incompetência e da corrupção tão peculiar ao nosso modo de tratar a coisa pública.

Por hora me despeço de Vosmercê!

E atentai para esta sapiência: “A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda”.

Saudações a quem tem coragem!

PONCIANO RATEL

Carros de Collor foram pagos com propina

collorLaudo da Polícia Federal aponta que parte da frota de carros de luxo do senador Fernando Collor (PTB-AL) foi paga com dinheiro com indícios de propina, repassado pelo doleiro Alberto Youssef. De acordo com reportagem do jornal Folha de São Paulo, essa foi a conclusão da PF após a análise de 110 mil operações bancárias em 11 contas de Collor, de sua esposa e de suas empresas.

A maneira como os recursos chegaram até o senador foi o principal indício de que os veículos foram pagos com repasses de propina. Foram feitos depósitos em dinheiro vivo, fracionados em baixos valores para não despertar suspeitas por parte de órgãos do governo. Ao todo, a PF identificou 469 depósitos de R$ 2 mil em contas bancárias controladas por Collor, somando R$ 938 mil. O fracionamento e a repetição dos valores são indicadores de lavagem de dinheiro.

Além disso, as transações foram feitas em um caixa eletrônico de uma agência do banco Itaú em Brasília, a mesma que aparece nos comprovantes apreendidos com Alberto Youssef.

O laudo da PF integra o processo contra Collor, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), em que o senador é acusado de receber R$ 26 milhões em cinco anos, decorrentes de suborno em negócios relacionados à BR Distribuidora. A frota citada no documento – composta por uma Lamborghini Aventador, uma Ferrari 458, um Bentley Flying e um jipe Range Rover – custou, ao todo, R$ 6,2 milhões.

Procurado, o senador criticou o que chamou de “vazamento sistemático de informações e manipulações, feitas para constrangê-lo”, e afirmou que nunca manteve qualquer relacionamento com Alberto Youssef. A assessoria de Collor também informou que o senador “não tem qualquer responsabilidade sobre o modo utilizado por terceiras pessoas para o depósito de valores em sua conta corrente”.

PASADENA PODE TER RENDIDO PROPINA DE ATÉ US$ 100 MI, DIZ DELATOR

PASADENAEm depoimento ao Ministério Público Federal, o funcionário da área internacional da Petrobras Agosthilde Mônaco de Carvalho, novo delator da operação Lava Jato, afirmou que a compra da refinaria de Pasadena pela estatal em 2006 pode ter rendido propinas entre US$ 80 milhões e US$ 100 milhões.

Carvalho afirmou que quando a Petrobras pagou US$ 416 milhões à Astra Oil por metade de Pasadena, “todos sabiam que a refinaria estava sucateada, com diversos equipamentos enferrujados”. Ele disse ter ouvido de Nestor Ceveró, então diretor da área internacional, que matariam “dois coelhos com uma única cajadada”, pois ele, Cerveró, sabia que José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal, tinha “alguns compromissos políticos a saldar” e, também, passariam a refinar óleo nos Estados Unidos.

Logo após a visita às instalações da refinaria no Texas, ao alertar sobre as más condições, Carvalho teria recebido um recado de Cerveró: “Não se meta Mônaco, isto é coisa da presidência”.

Carvalho disse ter ouvido do engenheiro Carlos Roberto Barbosa, também funcionário da estatal e amigo de Alberto Failhaber, principal contato da Astra com os executivos brasileiros, que estaria disposto a pagar “a quantia variável de US$ 80 milhões a US$ 100 milhões para resolver definitivamente o problema”. Isso teria ocorrido no auge da disputa, entre 2010 e 2012.

Segundo ele, o fim do litígio, com a compra da totalidade de Pasadena, foi fechado diretamente pelo então presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, com o presidente da Astra, Gilles Samyn, numa reunião em Copenhagen.

Carvalho ressaltou que nenhuma outra decisão tomada pela diretoria executiva da Petrobras até então havia sido aprovada tão rapidamente pelo Conselho de Administração da companhia. Na aprovação da compra, a reunião do conselho foi agendada para o dia seguinte e, observou Carvalho, nenhum conselheiro se insurgiu ou pediu qualquer esclarecimento sobre a proposta de compra – que causou prejuízo de mais de US$ 700 milhões à estatal.

PF: filho de Lula não explica ganho de R$ 2,5 milhões

Luis ClaudioLuís Cláudio da Silva é o filho caçula do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele tem 30 anos e é formado em educação física. Depois de trabalhar para times de futebol em São Paulo, Luís Cláudio resolveu se aventurar no mundo do marketing esportivo. Para isso, abriu uma empresa, a LFT, que não tem nenhum funcionário além dele. Logo, começou a prosperar. O primeiro contrato foi com o Corinthians, o time do coração do pai – que, na época, trabalhou abertamente para que a construtora Odebrecht viabilizasse um estádio para o clube, o Itaquerão. Luís Cláudio assinou um contrato de R$ 300 mil por ano com o time paulista, que previa a criação de campanhas de marketing para desenvolver o esporte amador e atividades lúdicas para crianças.

Depois de estrear no mundo empresarial no Corinthians, Luís Cláudio ganhou, entre 2014 e 2015, R$ 2.552.400 do escritório de consultoria de Mauro Marcondes, Marcondes & Mautoni, cuja especialidade era representar montadoras de carro. Luís Cláudio prestaria à consultoria de Marcondes consultoria técnica e assessoramento empresarial de marketing esportivo. E foi aí que começaram os problemas em sua vida.

Luís Cláudio agora é um dos investigados pela Operação Zelotes, da Polícia Federal. Seu nome surgiu após a PF começar a investigar Marcondes. Em 1o de outubro, ao noticiar a investigação, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que Marcondes era suspeito de “comprar” medidas provisórias editadas entre 2009 e 2013 para favorecer montadoras, por meio de incentivos fiscais.

PT, PSDB e PMDB: partidos que o eleitor menos gosta

partidosUma pesquisa do instituto Ibope divulgada neste domingo pelo jornal “O Estado de S.Paulo” aponta que o PT é a sigla mais citada quando a pergunta foi de qual partido o entrevistado gosta menos. 38% das pessoas ouvidas responderam que é o partido da presidente Dilma Rousseff. O segundo partido do qual os eleitores menos gostam é o PSDB, com 8%. PT e PSDB são os principais partidos nas eleições para presidente da República desde 1994.

A pesquisa ouviu 2002 eleitores em 140 municípios de todo o país entre 17 e 21 de outubro. A margem de erro é de dois pontos para cima e dois para baixo.

Atrás do PT e do PSDB, o terceiro partido do qual os eleitores gostam menos é o PMDB, com 6%.

No entanto, o maior índice foi da fatia do eleitorado que afirmou não ter simpatia por nenhum partido: 45%.

Imagem junto ao eleitorado

A pesquisa também ouviu a opinião das pessoas sobre como enxergam o PT, o PSDB e o PMDB. O Ibope perguntou se, diante das informações que têm a respeito de cada um dos partidos, os eleitores fazem uma imagem “muito favorável”, “favorável”, “desfavorável” ou “muito desfavorável” a respeito da sigla.

No caso do PT, 40% disseram ter uma imagem desfavorável. Para 30%, é muito desfavorável. 20% disseram que é favorável e 3%, que é muito favorável. O restante não sabe ou não respondeu.

Com relação ao PSDB, 36% disseram ter uma imagem desfavorável. Para 14%, é muito desfavorável. 28% disseram que é favorável e 3%, que é muito favorável. O restante não sabe ou não respondeu.

Sobre o PMDB, 37% disseram ter uma imagem desfavorável do partido. Para 13%, é muito desfavorável. 29% disseram que é favorável e 3%, que é muito favorável. O restante não sabe ou não respondeu.

Dilma age para se reaproximar de Lula

Dilma e LulaA presidente Dilma Rousseff comandou nesta terça-feira (27) uma estratégia de reaproximação com seu padrinho, Luiz Inácio Lula da Silva, evitando que a crise política se agravasse ainda mais. Um dia depois de Lula ter culpado Dilma pela operação de busca e apreensão da Polícia Federal na empresa de seu filho caçula, Luís Cláudio, vários gestos foram feitos pelo Palácio do Planalto para impedir que a guerra interna no PT atingisse o ápice, contaminando o relacionamento já desgastado entre criador e criatura.

Dilma embarcou para São Paulo, no fim do dia, e participou da festa de 70 anos do ex-presidente, no Instituto Lula. Antes disso, bem cedo, ela telefonou para Lula, postou um vídeo no Facebook chamando-o de “parceiro de todas as horas”, disse ter orgulho de caminhar “lado a lado” dele e o cumprimentou pelo aniversário.

A ordem no Planalto é não jogar mais lenha na fogueira. No núcleo do governo, o argumento é que um divórcio dos dois, nesse momento, só interessa à oposição. Um ministro contou ao Estado que Dilma disse a Lula entender o seu desabafo de pai, mas garantiu não ter controle sobre as ações da Polícia Federal, que na segunda-feira vasculhou a empresa LFT Marketing Esportivo, de Luís Cláudio, ao investigar negociações de medidas provisórias.

Erros. Mais calmo, o ex-presidente negou ter responsabilizado Dilma pela operação policial, mas, nos bastidores, em conversa com amigos, ele tem reclamado da sucessora e apontado erros na condução da política e da economia. Queixa-se por não ser ouvido e diz que, se ela e o governo não mudarem, sua candidatura ao Planalto, em 2018, será inviável.

Na tentativa de mostrar que a relação com Lula não está abalada, Dilma cogita aparecer novamente ao seu lado amanhã, na reunião do Diretório Nacional do PT, em Brasília.

O problema é que, além de todos os atritos, Lula não perdoa o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O coro contra Cardozo, puxado pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT, deve ser retomado na reunião de hoje da Executiva do partido e também amanhã, no encontro do diretório petista.

Dilma já avisou, no entanto, que Cardozo fica. A pedido da presidente, o titular da Casa Civil, Jaques Wagner, tenta desde a semana passada reconstruir pontes e marcar um encontro entre Lula e o ministro da Justiça. Sem sucesso.

A ação da PF no escritório do filho de Lula terá como efeito imediato a mudança de foco na reunião da cúpula do PT. A ideia era aproveitar o encontro para ampliar a pressão sobre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, além de discutir a campanha municipal de 2016. Uma ala do PT também quer que o partido condene publicamente o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspeito de esconder contas na Suíça com dinheiro da Petrobrás, mas isso não vai ocorrer. A defesa de Lula e do PT deve ofuscar outras polêmicas.

Kim sai na lista da Time dos 30 adolescentes mais influentes no mundo

Movimento Brasil LivreKim Kataguiri, de 17 anos, um dos fundadores do Movimento Brasil Livre, movimento anti-PT, saiu na lista da Time dos 30 adolescentes mais influentes no mundo em 2015.

Kataguiri liderou as mega manifestações que ocorreram no país em revolta ao Partido dos Trabalhadores e, em especial, à corrupção.

Filho de um metalúrgico aposentado, Kim, influenciado por ideias libertárias, acredita que o modelo de estado de bem estar social acaba por prejudicar os mais pobres.

Utilizando-se de vídeos satíricos no Youtube, o jovem militante político se tornou uma vozes mais influentes no país.

O ANIVERSÁRIO DO LULA

LULA

Lula, o PT e a industrialização do “pixuleco”

PixulecoDiante da proliferação de denúncias nos últimos tempos contra o PT, Lula e outros líderes do partido, eles têm recorrido principalmente a dois argumentos para se defender.

O primeiro é que a corrupção no Brasil não foi criada por eles. O segundo é que as “doações” que teriam sido feitas ao PT e ao Instituto Lula com dinheiro do petrolão foram, na verdade, doações 100% legais. Os dois argumentos são, em essência, verdadeiros e servem para municiar a tropa de choque do partido e as milícias petistas nas redes sociais contra as acusações surgidas nas delações premiadas da Lava Jato. Mestres na arte de criar “narrativas” heterodoxas para se defender, a turma do PT sabe como ninguém encontrar uma saída quando está encurralada.

Como toda falácia, porém, tais argumentos mostram apenas um lado da realidade. Se a corrupção vem de longe, como eles dizem, pode-se afirmar, sem medo de errar, que nunca antes na história desse país ela se transformou num sistema tão bem organizado para favorecer a perpetuação de um partido político no poder e o enriquecimento ilícito de suas lideranças.

Na prática, o que Lula, os seus pupilos e o PT fizeram foi promover a “industrialização” da corrupção. Como a linha de montagem criada por Henry Ford no início do século XX, replicada mundo afora, o modelo engenhoso criado por eles para receber “pixulecos” de todos os tipos, praticamente sem deixar rastros, pode ser reproduzido em qualquer lugar. Deveriam até cobrar royalties pela “exportação” do sistema.

Para tentar evitar o uso do caixa 2 das empresas, que sempre foi o principal caminho do dinheiro ilícito no Brasil e no exterior, o PT e seus líderes deram um banho de legalidade na corrupção. As propinas pagas ao PT e a ONGs de seus dirigentes por contratos fechados com a Petrobras e outras empresas estatais passaram a ser contabilizadas “por dentro”, como se os repasses tivessem sido feitos por livre e espontânea vontade dos doadores.

Os valores das “comissões” cobradas pela quadrilha nos negócios com o setor público também se multiplicaram. Enquanto o deputado Eduardo Cunha é acusado de ter “mordido” alguns milhõezinhos de reais, a propina que teria sido desviada para o PT gira na casa dos bilhões, muitos bilhões, estabelecendo, com certeza, um novo recorde no ranking global do propinoduto.

Por ora, enquanto todas provas obtidas pela Lava Jato não vêm à tona, a “narrativa” petista ainda consegue se sustentar. Ao menos para os mais ingênuos ou para quem simplesmente não quer ver a realidade, seja por qual razão for.

O discurso de vitimização cultivado pelo PT e por suas lideranças para rebater as acusações de que são alvo pode até mobilizar seus militantes e os chamados “movimentos sociais”, que orbitam em torno do partido, como a CUT e o MST. Mas não é preciso ser muito esperto, nem cultivar o ódio ao PT, para se dar conta do que aconteceu. Felizmente, parece que um número cada vez maior de brasileiros não quer mais fazer parte da turma do me engana que eu gosto.

Fonte:http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-fucs/noticia/2015/10/lula-o-pt-e-industrializacao-do-pixuleco.html

A CARTA DE FLORIANÓPOLIS: Juízes Federais e Procuradores criam Força Tarefa para ampliar Lava Jato

sergio moro e procuradoresA Carta de Florianópolis é uma reação dos juízes federais a  decisão do STF em fatiar as investigações sobre o envolvimento de empreiteiros, lobistas, operadores, políticos e até mesmo a banda suja da polícia nos crimes praticados no âmbito da operação Lava Jato. Nela os “modernos operadores do direito e da justiça”, que servem ao Estado e não a organização criminosa que se instalou na Petrobrás, Eletrobrás, Nuclebrás, BNDES, Fundos de Pensão e Ministérios, mandam um  duríssimo recado aos ministros do STF que demonstram “simpatia”  para  com os criminosos envolvidos nesse gigantesco esquema de corrupção.

LEIAM A CARTA:

Os Juízes Federais presentes ao IV FÓRUM NACIONAL DOS JUÍZES FEDERAIS CRIMINAIS buscam a maior efetividade da jurisdição criminal e a adoção de medidas contra a impunidade, sem prejuízo de qualquer garantia ou direito fundamental. Também defendem a necessidade de um Judiciário forte e independente como instituição vital contra todas as práticas criminosas que enfraquecem a democracia, abalam a reputação do País no cenário internacional, inviabilizam a implementação de políticas públicas e prejudicam os menos favorecidos.

Os magistrados federais têm tratado dos casos criminais com isenção e igualmente com firmeza. Neste aspecto, a recuperação de quase R$ 1 bilhão de reais aos cofres públicos no âmbito da operação Lava Jato é fato significativo.

Apesar dos avanços legislativos recentes, há, ainda, outros aspectos que necessitam de reformulação, até mesmo em razão de compromissos assumidos pelo Brasil na órbita internacional. Neste sentido, os juízes federais criminais defendem a reforma do sistema de recursos, a aprovação da PEC 15/11 do Senado e/ou Projeto de Lei do Senado 402/15, além da ação civil de extinção do domínio, bem como a criação de um órgão central para coordenar toda a administração e destinação dos bens apreendidos pela justiça criminal.

Os magistrados federais estão imbuídos do objetivo de acelerar a prestação jurisdicional, evitar processos sem fim e diminuir a impunidade, a morosidade e a prescrição. O PLS 402/2015 aumenta a efetividade da Justiça e reforça a autoridade das decisões das cortes de apelação. Não retira poderes dos tribunais superiores, mas somente os poderes da inércia e da falta de justiça. Confiamos no apoio da sociedade civil ao projeto, que anseia por um processo penal mais justo, no qual o inocente é absolvido, mas o culpado, mesmo poderoso, é condenado e efetivamente punido.