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LAVA JATO: Cenas do próximo capítulo!
PONCIANO RATEL – Quem sobreviverá ao juízo final desta batalha épica e definitiva entre a República de Curitiba e a República do Caixa 2?
Sobrará pedra sobre pedra no descampado moral da patifaria política brasileira, que sequestrou e mercantilizou a dignidade do povo trabalhador nos recônditos nefastos dos palácios da governança nacional ?
Ou será que Petralhas e Coxinhas finalmente deixaram as falsas desavenças de lado e se unirão para criar o crime de interpretação da Lei e derrotar, com punições severas, o intrépido herói nacional, nosso Harvey Dent Sérgio Moro, consumando, assim, o que a queda de Coração Valente deveria propiciar?
Grandes emoções aguardam este povo de índole passiva, nessa saga dos mocinhos contra os quarenta milhões de ladrões capitaneados pelos intocáveis senhores da República, dos azuis Aécio, Temer, Fernando, Sarney, Renan, Jucá até o inocentíssimo – e desapegado das coisas materiais – Lula e seus asseclas vermelhos.
E as incríveis delações feitas por antigos partícipes do crime de lesa-pátria, se confirmarão todas ilícitas por serem resultantes de arbítrio judicial e tortura psicológica de executivos honrados e inofensivos do clube dos empreiteiros?
Não perca e veja que Brasil sobreviverá dos escombros dos próximos capítulos desta intrigante e persistente saga dos Elliot Ness paranaenses contra os Al Capones da tríade PT/PSDB/PMDB.
E aguardemos para ver se o desidioso STF tergiversará mais uma vez dizendo que mandará instaurar Inquérito Policial para apurar as irregularidades e punir os responsáveis, enquanto os crimes prescrevem, um a um, fazendo valer desejos incontidos e confessados pelo maioral da Odebrecht, quando achava que gente como ele jamais seria alcançada por nossas leis passionais e impotentes.
Ponciano Ratel é colunista do Blog Cidadania Ativa.
Aécio sobre acusação de propina: “É injúria, é crime”!
Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) foi à tribuna do Senado, ontem, para se defender das acusações de que recebeu propina por meio de movimentações financeiras em Nova York (EUA), informação que estampou a capa da revista Veja neste fim de semana.
Segundo a matéria, o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Junior, afirmou que a empreiteira fez depósitos para Aécio em uma conta sediada em Nova York e operada por sua irmã Andrea Neves. Benedicto é um dos 77 executivos da empresa que firmaram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), conjunto de relatos homologado em 30 de janeiro.
Na tribuna, diante de papeis e de um plenário com poucos senadores, o senador deu início à fala, repetindo que a acusação é falsa. “É mentira, senhoras e senhores senadores. Falo isso da Casa de Rui Barbosa”, discursou o tucano, referindo-se ao patrono do Senado. Na introdução do discurso, Aécio repetia informações já veiculadas em nota preparada por sua defesa. “É injúria, é calúnia, é difamação; é crime!”
Aécio pediu acesso à delação e avisou que irá à Justiça para “punir os culpados”. “Mostrem o banco, mostrem a conta, e essa farsa ficará desmascarada de forma definitiva!”, desafiou.
A delação do empreiteiro com as informações envolvendo Aécio e sua irmã ainda está sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda de acordo com a reportagem, Benedicto Junior diz que os valores repassados são uma contrapartida “ao atendimento de interesses da construtora em empreendimentos como a obra da Cidade Administrativa do governo mineiro, realizada entre 2007 e 2010, e a construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Estado de Rondônia, de cujo consórcio participa a Cemig, a estatal mineira de energia elétrica”.
O caso levou a irmã de Aécio, neste fim de semana, a gravar um vídeo em tom emotivo para negar as acusações. A cúpula tucana também saiu em defesa do senador mineiro. Antes do discurso desta tarde, deputados do PSDB se deslocaram da Câmara para o Senado para prestar solidariedade ao correligionário. Nilson Leitão (MT) e Sílvio Torres (SP).
“Quem induziu essa publicação a um erro tão clamoroso?”, insistiu o senador, para quem o país tem se tornado em um palco de “vazamentos irresponsáveis”. “Mais importante do que descobrir a origem da mentira é desmascará-la”, acrescentou.
Relator pede para TSE marcar julgamento da ação sobre chapa Dilma-Temer
G1 – O relator da ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, ministro Herman Benjamin, pediu nesta segunda-feira (27) para a Corte marcar o julgamento do processo.
O TSE apura desde 2015, a pedido do PSDB, se chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014 cometeu abuso de poder político e econômico, recebeu propina e se beneficiou do esquema de corrupção que atuou na Petrobras.
No pedido feito ao tribunal nesta segunda, Herman Benjamin também deu 48 horas para o Ministério Público se manifestar na ação. Na última sexta (24), a Procuradoria-Geral Eleitoral chegou a enviar um documento à Corte eleitoral no qual informou que estava abrindo mão de se manifestar.
Na petição, o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolau Dino, informou que iria aguardar os partidos entregarem as alegações finais para, então, se manifestar.
O prazo para a última manifestação das defesas se encerrou à meia-noite de sexta. Os advogados de PT, PMDB e PSDB apresentaram as alegações dentro do prazo-limite.
A assessoria do TSE divulgou que Herman Benjamin ligou nesta segunda para o presidente do tribunal, ministro Gilmar Mendes, para informar que está finalizando o voto.
Ainda de acordo com os assessores da Corte eleitoral, Gilmar Mendes ressaltou ao relator que, no momento em que o processo estiver incluído na pauta, ele convocará sessões extraordinárias para julgar o caso. Nas previsões do TSE, o julgamento pode ser realizado na próxima semana.
A Lei Complementar 64, de 1990 – a chamada de Lei da Inelegibilidade – prevê que, no dia útil seguinte à entrega das últimas manifestações das defesas e da acusação, os autos devem ser enviados para o corregedor para que ele elabore seu relatório final em até três dias.
Concluído o relatório, o voto é liberado para julgamento.
Nesse momento, o Ministério Público tem uma nova oportunidade para se manifestar sobre o relatório final, dentro do prazo de 48 horas.
Caberá ao presidente do TSE marcar a data do julgamento. A lei prevê que o caso deve ser submetido ao plenário na sessão seguinte à entrega das alegações finais do Ministério Público.
Pelos cálculos do TSE, o julgamento pode ocorrer já na próxima terça-feira (4).
Entenda o caso
O TSE apura desde 2015, a pedido do PSDB, se a campanha que teve Dilma como candidata a presidente e Temer como vice cometeu abuso de poder político e econômico, recebeu dinheiro de propina e se beneficiou do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
Na ação, apresentada à Justiça eleitoral em dezembro de 2014, o PSDB pede que, caso a chapa seja cassada, o TSE emposse como presidente e vice os senadores tucanos Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes
Ferreira (SP), atual ministro das Relações Exteriores, derrotados na eleição presidencial.
Ao longo da fase de coleta de provas, Herman Benjamin determinou a realização de diligências e perícias, quebrou sigilos e ouviu dezenas de depoimentos, como os de executivos e ex-dirigentes da Odebrecht.
Os delatores da construtora relataram ao corregedor do TSE o pagamento de despesas da campanha encabeçada pelo PT e pelo PMDB por meio de caixa 2.
Herman também tomou os depoimentos de empresários donos de três gráficas que prestaram serviços à campanha presidencial de Dilma e Temer em 2014.
Essas gráficas são suspeitas, segundo as investigações da Polícia Federal, de terem recebido dinheiro da campanha sem que os serviços tenham sido prestados.
Processo do TRE revela que o crime compensa
Em conversa com um amigo, o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, chamou de “kafkiano” o processo que mantém sub judice a Presidência de Michel Temer. A definição é inexata. Na verdade, o processo é pós-kafkiano. O barulhinho que se ouve ao fundo é o ruído de Franz Kafka se contorcendo no túmulo ao perceber que o absurdo perturbador de sua ficção foi superado por uma história fantástica passada num país imaginário. Uma história bem brasileira.
A realidade dos autos relatados pelo ministro Benjamin está cada vez mais inacreditável. O interesse pelo julgamento do processo diminui na proporção direta do aumento das evidências de que a vitória de 2014 foi bancada com dinheiro roubado da Petrobras. Autor da ação que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff—Michel Temer, o PSDB anda tão ocupado em salvar o país que já não tem tempo para cobrar a punição dos crimes que apontou.
O tucanato tornou-se o esteio do governo Temer. O derrotado Aécio Neves virou um levantador de ministros. O vice-derrotado Aloysio Nunes Ferreira acaba de ser nomeado chanceler. Na oposição, o PSDB era incapaz de reconhecer a honestidade dos governantes. No governo, esqueceu que o PMDB é incapaz de demonstrá-la. Todo o dinheiro sujo que a Odebrecht investiu em 2014 não daria para vestir 1% das desculpas esfarrapadas dos tucanos para conspirar contra a lógica no TSE.
Devolvida a Porto Alegre e à sua insignificância, Dilma Rousseff entregou-se a duas atividades. Quando não está cuidando dos netos, dedica-se a denunciar o ”golpe”. No TSE, os defensores de madame se juntam aos advogados de Michel Temer numa tabelinha a favor da protelação. Difícil saber se golpeados e golpistas fogem de um julgamento rápido por que são capazes de tudo ou por que são incapazes de todo.
Há mais: Temer, o processado, indicará entre abril e maio, dois dos ministros que o julgarão no TSE. Há pior: o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, frequenta o noticiário na condição de conselheiro do acusado. Quando Dilma ainda estava sentada na poltrona de presidente, Gilmar pegou em lanças pela abertura do processo, evitando que a podridão das contas eleitorais descesse para o arquivo. Agora, o mesmo Gilmar afirma: o mais importante é a exposição do lixão, não o resultado do julgamento.
Em meio a este cenário pós-kafkiano, um período excepcional da história do país, a qualquer momento se verá a maioria dos ministros do TSE declarar a respeito dos milhões em verbas sujas que passaram pelas arcas de 2014: “Calma! É só caixa dois, gente!”. E o brasileiro perceberá que não é que o crime não compensa. É que, quando ele compensa, muda de nome.
Fonte: Blog do Josias.
Juntos hoje, PMDB e PSDB em caminho solo para 2018
Vinte e cinco anos depois da união para sustentar o mandato do ex-presidente Itamar Franco, PSDB e PMDB reeditam, agora, uma disputa por espaço de olho em um projeto próprio para chegar ao Planalto, desta vez em 2018. No sucessão de Itamar, o então comandante do PMDB, Orestes Quércia, se candidatou a presidente, mas quem levou o Planalto foi o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, embalado pela estabilização monetária decorrente do sucesso do Plano Real.
Pelo menos por enquanto, caciques tucanos e do PMDB usam a mesma receita para buscar uma candidatura viável em 2018. Apesar da queda de braço permanente por espaço no governo, avaliam que têm que atuar como irmãos no apoio a Temer, enfrentar desgastes com as medidas amargas para reequilibrar as contas públicas e fazer Temer chegar ao próximo ano com algum sucesso na recuperação econômica e geração de empregos.
Fonte: O Globo
Temer deve anunciar Imbassahy para pasta de Governo
O presidente Michel Temer discute com o comando nacional do PSDB a reformulação da Secretaria de Governo, dando mais peso político e viabilizando acordo para que o partido comande a estrutura governamental.
A ideia discutida pelo peemedebista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com o senador Aécio Neves (MG) é que, além da articulação política e distribuição de cargos, a pasta tenha maior atuação na formulação de políticas do governo, aumentado a atribuição, por exemplo, de negociação com as unidades da federação.
Os tucanos não querem ocupar uma pasta que seja apenas voltada para questões burocráticas, mas desejam ter assento também em discussões e decisões de políticas governamentais.
O nome favorito do presidente para a pasta é o do líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (BA), que tem viajado com o peemedebista em compromissos pelo país e acompanhou com ele na quarta-feira (7), no gabinete presidencial, a sessão da STF (Supremo Tribunal Federal) para definir o destino de Renan Calheiros (PMDB-AL).
A escolha de Imbassahy deve ser anunciada por Temer ainda nesta quinta (8)
O obstáculo principal tem sido a bancada do PMDB na Câmara, que pleiteia continuar à frente do posto comandando até o mês passado pelo ministro Geddel Vieira Lima, do partido.
Para evitar uma crise com a sigla, o presidente tem conversado com deputados federais individualmente. Nas palavras de um deles, que se reuniu no início da semana com o presidente e foi convencido sobre a necessidade de contemplar o PSDB, agora é o momento de “segurar o tucano pelo rabo para evitar que ele saia voando”.
Para fechar o acordo, o presidente conversou pelo telefone com FHC e se encontrou com a cúpula do partido em viagem a São Paulo, na terça-feira (6). Na quarta-feira (7), ele também se reuniu com os governadores da sigla Beto Richa (Paraná) e Marconi Perillo (Goiás).
O nome do ministro Bruno Araújo (Cidades), do PSDB, chegou a ser cogitado por Temer para a pasta, mas ele preferiu continuar à frente do seu ministério, que detém o controle de iniciativas de apelo popular, como o Minha Casa, Minha Vida.
A decisão de antecipar a nomeação para o Governo, cuja previsão é que ficasse apenas para o ano que vem, foi tomada devido à sobrecarga de trabalho sobre o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), que sofreu um pico de pressão na semana passada.
Além disso, o presidente tenta evitar a saída do partido do governo federal, considerado o principal aliado da gestão peemedebista no Congresso.
No PSDB, há uma ala que defendeu o desembarque imediato da legenda para evitar que um eventual fracasso de Temer possa afetar a imagem da sigla para a disputa presidencial de 2018.
Lula prevê queda de Temer e volta de FHC
Lula prevê para Michel Temer um futuro de Dilma Rousseff. Em diálogos privados, ele diz ter certeza de que Temer não concluirá o mandato. O pajé do PT sustenta que o PSDB, hoje um dos principais aliados do governo, trama a volta de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. O retorno se daria numa eleição indireta, decidida no Congresso Nacional —como manda a Constituição para os casos de vacância da Presidência nos dois últimos anos do mandato.
O artigo 81 da Constituição anota: “Vagando os cargos de presidente e vice-presidente da República, far-se-á eleição 90 dias depois de aberta a última vaga.” Descendo até o parágrafo 1º desse mesmo artigo, lê-se: “Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita 30 dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.”
Em almoço com Dilma, há uma semana, Lula estimou que o governo Temer irá à breca em 2017. Avalia que a derrocada ocorrerá “em breve”. Fareja no ar os primeiros sinais de traição do tucanato a Temer. Prenúncio, segundo diz, da articulação que visa apresentar FHC como antídoto contra a crise.
Depois da conversa com Lula, Dilma também passou a difundir em seus diálogos privados o vaticínio segundo o qual o PSDB fará com Temer o que o PMDB fez com ela. Com uma ponta de ironia, diz que Temer provará do seu próprio veneno. Nas palavras de Dilma, está em curso no Brasil um movimento subterrâneo que resultará em “um golpe dentro do golpe.”
Dilma conversou sobre o tema com uma pessoa que participou do seu ministério, ficando do seu lado até o impeachment. Relatou as previsões que ouvira de Lula. A conversa chegou aos ouvidos do ex-presidente José Sarney. Instado a manifestar sua opinião sobre a hipótese de um retorno de FHC pela via indireta, Sarney declarou: “O Fernando Henrique não pensa em outra coisa.”
Lula diz que, se necessário, será candidato em 2018
Em visita a três ocupações em Belo Horizonte (MG), nesta terça, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao presidente Michel Temer (PMDB) e disse que, se preciso, vai ser candidato à Presidência em 2018.
Lula visitou três vilas da chamada Ocupação Izidora e prometeu que conversaria com o governador Fernando Pimentel (PT) para resolver a demanda por regularização fundiária das localidades que visitou. Ele afirmou que o governador petista tem condições de conversar com o prefeito eleito da capital, Alexandre Kalil (PHS), sobre a situação. “Tem tido um comportamento bastante civilizado e está disposto a negociar, a conversar”, comentou Lula, sobre Kalil.
No discurso em uma das vilas, Lula culpou a articulação contra o governo petista, que culminou no impeachment de Dilma Rousseff, e o presidente Michel Temer pelos retrocessos na economia do País. Na fala de Lula, pelo ódio contra ele e contra Dilma “estão destruindo o País”. “Estão destruindo esse País, em 2014 só tinha 4% de pessoas desempregadas e hoje é 12% de desempregos”, apontou.
O petista afirmou que a única forma de resolver o problema econômico brasileiro é “cuidar do pobre”. “Quem quiser resolver o problema da economia desse País tem que cuidar do povo pobre porque é esse povo que vai fazer a economia voltar a crescer, é esse povo que vai gerar emprego”, disse o ex-presidente.
Lula afirmou ainda que está disposto a ser novamente candidato à presidência da República. “Eles não vão continuar destruindo esse País. Se for necessário, eu sou candidato outra vez”, disse.
Isto Posto… O que dirá Dilma aos seus algozes?
Vendida por seu mentor Lula, em 2010, como a mulher, gerentona, e extremamente eficiente e honesta, capaz de dar continuidade as grandes transformações sociais avocadas pelo PT como a salvação do Brasil, a forçosamente designada “presidenta”, protagonizará hoje um dos seus últimos momentos públicos antes de ser lançada ao ostracismo no qual vivia antes de cair na “graça” arrogante do ex-operário que conseguiu ascender ao poder pela confiança depositada nele por essa tal de classe média, que embora nunca tenha sido, de fato, petista ou de direita, mas, simplesmente, oportunamente afeita ao pragmatismo ditado pelos humores oscilantes da economia nacional habituada a flutuar aos sabores da ganância do mercado de capitais, decidiu acatar a indicação do sindicalista reelegendo Dilma Rousseff para um segundo mandato, em atenção ao pedido desesperado do líder petista, que durante a campanha em 2014, rogava ao eleitor brasileiro que lhe desse pelo um último mandato presidencial para sua pupila.
E de fato parece ter sido mesmo o último mandato. Talvez não somente de Dilma Coração Valente, mas, pelo andar da carruagem, também do Partido dos Trabalhadores inteiro, conforme se confirmem os prognósticos aterradores que preveem o sepultamento da legenda a partir dessas eleições municipais de outubro.
E o que dirá Dilma aos seus algozes que seja, de acordo com a intenção alardeada por ela durante a semana, capaz de constranger os senadores que decidirão seu futuro, inocentando-a e a restituindo ao poder ou, como apontam as previsões mais escrupulosas, a decidindo defenestrá-la da vida pública ao condená-la a oito anos de inelegibilidade. Dirá, talvez, ela quem dentre os nobres senadores chefia o grupo dos achacadores antes denunciados pelo ministro da educação precocemente demitido, Cid Gomes, que ingenuamente acreditava ser o cabeça o afamado deputado Eduardo Cunha, descartado primeiro que a mandatária maior da república do cinismo e do improviso institucional.
Quem dera a verdade fosse o cartão de despedida desta figura política meteórica que foi a senhora Dilma Rousseff. Quem dera pudesse a “saudosa presidenta” , num gesto de grandeza que não tivera até aqui, apontar com o dedo em riste, sob a acusação de golpe que se tornou notória em seu discurso, os jucás, os renans, os humbertos, os lulas, os lindebergs, os requiãos, os caiados, os aécios, os anastasias, as gleises, os bernardos, os lobãos, os cristovãos, enfim, todos os seus algozes diretos e indiretos, dizendo ao povo brasileiro simplesmente: livrai-vos também deles!
Isto posto… Quem dera!
Por: Adão Lima de Souza
Dilma dará o tom, dizem senadores de Temer
Senadores da base governista se reuniram na manhã deste domingo (28) para definir a estratégia a ser adotada durante a participação nesta segunda-feira (29) da presidente afastada Dilma Rousseff no julgamento do processo de impeachment no Senado.
Dilma terá 30 minutos para fazer um pronunciamento em defesa própria, tempo que poderá ser estendido a critério do presidente da sessão, o ministro Ricardo Lewandowki, do Supremo Tribunal Federal (STF). Depois do discurso, a presidente afastada receberá perguntas do senadores, às quais poderá responder ou não.
Ao chegar para o encontro neste domingo, no gabinete da liderança do PSDB no Senado, o senador Aécio Neves (PDSB-MG), presidente nacional do partido, disse que os questionamentos à presidente afastada serão respeitosos, mas que, se ela subir o tom nas respostas, os senadores favoráveis ao impeachment farão o mesmo.
“O interesse em radicalizar e polemizar é da própria presidente da República. Obviamente, se ela, na nossa avaliação, errar no tom, as nossas respostas serão no mesmo tom. Estamos preparados
Aécio disse ainda que o momento não é de “festa” e que se trata de um processo que deixa “traumas” tanto no Congresso quanto na sociedade, mas que está confiante de que será uma “sessão histórica”.
“Obviamente, ela dará o tom. Esperamos que seja um tom à altura desse momento difícil por que passar o Brasil. Não é um momento de festa, nem para aqueles que apoiam o impeachment. Sabemos que um processo como esse deixa traumas, não apenas no Congresso, mas na própria sociedade”, disse.