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Deputado Diz Que Presos São Tratados Como Bichos E Pede Aos Brasileiros Para Não Desistir Deles, Dando Uma Nova Chance
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado Padre João (PT-MG), disse que um relatório da visita feita pelo colegiado a Manaus e Boa Vista será entregue ao Conselho Nacional de Justiça, à Ordem dos Advogados do Brasil e outras entidades.
A comissão foi verificar a situação dos presídios que passaram por rebeliões desde o início deste ano.
O deputado disse que o problema principal é que o preso é submetido a condições muito precárias que acabam sujeitando-os ao controle das facções criminosas. São construções inseguras, superlotação, falta de higiene e má alimentação.
Poder Judiciário
Padre João afirma que parcela da responsabilidade é do Poder Judiciário que, segundo ele, aplica muito o regime fechado, demora a analisar a situação dos presos provisórios e ainda deixa encarceradas pessoas que já cumpriram a pena.
“Os presos têm sido tratados com violência, abuso de autoridade. É rotineiro o uso de spray de pimenta, bala de borracha ferindo os presos. Eles são tratados como bichos. Então isso revolta e não cria condições para a recuperação da pessoa”, denuncia Padre João.
P.S. Por que, então, parte dos juristas brasileiros só enxergam as “ilegalidades” da Lava Jato?
Fonte: NBO
Manaus: “Resover é aplicar a Lei”, diz juiz que viu matança.
O juiz Luís Carlos Valois, de Manaus, que disse jamais ter visto “nada igual na minha vida”, ao se referir aos mortos na rebelião do presídio local. Contestou, ainda, internauta que afirmou, no Facebook, que ele deveria pensar “positivo”, pois:
“São 50 a menos pra nos roubar, violentar nossas filhas ou esposas e levar pânico para as pessoas de bem!”.
Relata ainda a colunista Mônica Bergamo que o juiz respondeu:
“Os que morreram eram bucha de canhão, os menores, os frágeis do sistema… O problema são os que mataram, que ficaram mais violentos, psicopatas, e um dia voltam para a rua”.
Para finalisar, depois do internauta, responder que:
“Nada melhor do que a PM entrar e resolver de uma vez, não é?”.
O juiz então disse: “Resolver para mim é aplicar a lei meu amigo, fora isso é crime inclusive de quem incita!!”.
O internauta não mais respondeu.
MAPA DO ENCARCERAMENTO – Só pretos e pobres estão nas prisões do Brasil.
E então Plebe Rude, viventes dessa Nau-Brasil desgovernada, nação futurista, trazida pelas caravelas d’além-mar, este que vos fala é PONCIANO RATEL, alçado a patente de Desabestalhador Geral da República em revide ao grassamento das contingências morais nestas paragens tupiniquins.
No proselitismo iconoclasta de hoje, O Mapa do Encarceramento divulgado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, onde se pode ver que somente pretos e pobres vão para cadeia, enquanto a súcia de sacripantas que vive encravada na pele apodrentada do governo, como chatos nas partes pudendas, continua roubando uma destemperança do vil metal e praticando todo tipo de patifaria em liberdade.
O que nos dão conta os noticiamentos hodiernos é que mais de sessenta por cento dos presos no Brasil são homens e mulheres pobres e pretos. E que 100% dos encarcerados são pobres que cometeram crimes contra o patrimônio, denunciando a desigualdade perversa de um país onde as autoridades brancas e bem nutridas, escondidas nos recônditos do Palácio dos Marajás da Governança, praticam livremente todo tipo de crime e nunca são condenados.
Informam ainda os libelos mais benquistos pelos letrados, conforme os inteiramentos acusatórios da grande mídia falada e escrevinhada, tabloides mais versados no entretimento e na venda de leituras de fácil degustação, que quase metade (48%) dos presos pobres e pretos brasileiros foram condenados a cumprirem pena de até oito anos, num sistema superlotado, mesmo tendo perfil para o qual o Código de Processo Penal prevê cumprimento de penas alternativas. E que mais de 40% da população carcerária nunca foi julgada, em algumas partes do Brasil. Chegando até mesmo a 80% no estado Maranhão. Enquanto isso, o ajuntamento de criminosos de diversos partidos e outros partidos diversos, arquitetos de um estratagema de roubagem do dinheiro do povo, permanecem soltos e protegidos pelo Poder Judiciário.
Também alardeiam os ditos pasquins, enquanto vemos aparvalhados os doutrinamentos da Justiça capenga desse Brasil sem rédeas, que a população carcerária feminina cresceu 146% e a masculina 70%, em virtude de crimes cometidos contra o patrimônio dos mesmos ladrões que sempre roubaram tudo e todos, porém, toda vida tratados como doutores nesta Pindorama, desde o tempo do Império.
Conclui-se, portanto, que esta exorbitância de condenados num país dito pacífico se dá porque o modelo de policiamento se repete em todos os estados, pautado sempre na ideia de que o policial sabe reconhecer o criminoso pelas suas marcas físicas, devendo a vigilância policial focar os jovens negros. Por isso, os negros são o alvo das prisões e compõem a maior parte da população carcerária, enquanto nos círculos nobres de brancos ricos grassa a patifaria nesta terra de Pedrálvares.
Por ora me despeço de vosmecês torcendo pelo Desabestalhamento Geral.
E atentai para esta sapiência: “Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança”.
Saudações a quem tem coragem!
PONCIANO RATEL.
População carcerária do Brasil cresce 74% em sete anos
A população prisional no Brasil cresceu 74% entre 2005 e 2012. Em 2005, o número de presos no país era 296.919. Sete anos depois, passou para 515.482 presos. A população prisional masculina cresceu 70%, enquanto a feminina aumentou 146% no mesmo período. Em 2012, aproximadamente um terço dos presos estava encarcerado em São Paulo.
De acordo com o levantamento, 38% dos presos estão sem julgamento. Pelo menos 61% deles foram condenados e 1% cumpre medida de segurança. Entre os condenados, 69% estão no regime fechado, 24% no regime semiaberto e 7% no regime aberto.
“Quase metade (48%) dos presos brasileiros recebeu pena de até oito anos. Num sistema superlotado, 18,7% não precisariam estar presos, pois estão no perfil para o qual o Código de Processo Penal prevê cumprimento de penas alternativas”, cita o texto.
Os dados estão no estudo Mapa do Encarceramento: os Jovens do Brasil, divulgado hoje (3) pela Secretaria-Geral da Presidência da República. O levantamento foi feito pela pesquisadora Jacqueline Sinhoretto com base nos dados do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (InfoPen), do Ministério da Justiça. Segundo o estudo, o crescimento foi impulsionado pela prisão de jovens, negros e mulheres.
O relatório aponta que 13 estados tiveram crescimento acima da média nacional. Em Minas Gerais, segundo estado em população encarcerada, com 45.540 presos em 2012, o número de presos cresceu 624%. Segundo o relatório, isso se deve a programas que visam a repressão qualificada aos crimes contra a vida e a presídios privatizados instalados no estado. O Rio Grande do Sul teve o menor crescimento, de 29%.
“A análise conjunta das taxas de encarceramento e das taxas de homicídio por estado indica que prender mais não necessariamente reduz os crimes contra a vida, porque as políticas de policiamento enfocam os crimes patrimoniais e de drogas”, aponta o relatório.
Os crimes contra o patrimônio e relacionados às drogas são os mais comuns, segundo o estudo. Somados, atingem cerca de 70% das causas de prisões. Crimes contra a vida responderam por 12%. Segundo o relatório, isso indica que o policiamento e a Justiça criminal não têm foco nos crimes “mais graves”.