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Serviço secreto de Israel oferece ajuda a Bolsonaro

O Mossad, serviço secreto israelense, considerado o mais temível do mundo, ofereceu apoio ao candidato do PSL à presidência da República, Jair Bolsonaro, após o atentado no mês passado. Interlocutores do candidato não confirmaram ao blog se já contam com o serviço de inteligência. No entanto, confirmam que a família do Bolsonaro teme um segundo atentado após as eleições.

O Mossad é um serviço secreto conhecido pelas operações especiais durante a Guerra Fria e é considerado mais importante que a CIA, o serviço secreto dos Estados Unidos. O Mossad obedece, diretamente, o primeiro-ministro de Israel. Entre as viagens ao exterior, nos últimos anos, Jair Bolsonaro chegou a visitar Israel.

Toffoli é eleito presidente do Supremo Tribunal Federal

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi eleito, hoje, para a presidência da Corte pelos próximos dois anos. A eleição é feita entre os próprios ministros do tribunal.

Toffoli foi eleito com dez votos favoráveis e um contrário – é comum que o ministro que assumirá o posto a presidência vote em seu vice. Ele assume em 13 de setembro.

A eleição foi protocolar. O Supremo adota para a sucessão de seus presidentes um sistema de rodízio baseado no critério de antiguidade. É eleito o ministro mais antigo que ainda não presidiu o STF.

Também na sessão desta quarta, o ministro Luiz Fux foi eleito vice-presidente do Supremo para o próximo biênio.

Após ser eleito, Toffoli agradeceu aos colegas e afirmou que substituir a atual presidente, ministra Cármen Lúcia, é um “grande desafio”, mas ainda assim “muito facilitado”, em razão da “gestão tranquila, mesmo com tantas demandas”.

“Nesses dois anos em que servi como vice-presidente, Vossa Excelência teve o maior diálogo, me colocando sempre partícipe da gestão”, disse.

Delator vai detalhar compra de deputados pró-Cunha

cunha1O executivo Ricardo Saud, delator da J&F, fará um complemento de sua delação premiada em que irá relatar nomes de deputados atribuídos a valores que teriam recebido em dinheiro vivo para apoiar a eleição do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara, em fevereiro de 2015.

Na ocasião, Cunha foi eleito com 267 votos. Ele ficou à frente do candidato apoiado pela então presidente Dilma Rousseff, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que teve 136 votos.

Segundo pessoas ligadas à empresa, o próprio Saud, que na época atuava como interlocutor e lobista da J&F no Congresso, teria sido o responsável por fazer os repasses. Os pagamentos representam R$ 12 milhões dos cerca de R$ 30 milhões desembolsados pelo grupo para dar suporte a Cunha, conforme relatou Joesley Batista, sócio da empresa e também delator.

Pessoas envolvidas nas tratativas afirmaram à Folha que o lobista vai apresentar os nomes dos deputados, os valores pagos a cada um, além de informações sobre o modo que as entregas foram feitas.

Em depoimento, Joesley se limitou a dizer que o grupo atendeu ao pedido de Cunha, que em 2014 solicitou R$ 30 milhões para se eleger presidente da Câmara. “Dos levantamentos nossos, pelo que eu entendi, ele saiu comprando um monte de deputado Brasil afora”, disse.

O empresário afirmou que o valor foi pago da seguinte maneira: R$ 5,6 milhões por meio de doação oficial ao PMDB e correligionários indicados por Cunha, R$ 10,9 milhões por meio de pagamentos de notas frias em setembro e outubro de 2014 e R$ 12 milhões em dinheiro.

Há uma diferença de R$ 1,5 milhão entre a soma desses três valores (R$ 28,5 milhões) e os R$ 30 milhões, ambos citados por Joesley, mas os procuradores não questionaram o empresário sobre essa discrepância.

Em nota, a J&F não explicou a diferença de valores. Disse que “os colaboradores já apresentaram informações e documentos à Procuradoria-Geral da República e continuam à disposição para cooperar com a Justiça”.

Em seu depoimento, Joesley também disse aos investigadores que, se quisessem saber detalhes teriam que falar com Saud, o responsável pelos repasses. O assunto, no entanto, não foi explorado com o lobista nos depoimentos que se tornaram públicos.

Integrantes da J&F disseram à reportagem que Saud não explicou o fato inicialmente porque não houve tempo, mas que se comprometeu a falar sobre as entregas.

OUTROS DELATORES

No acordo de delação premiada que negocia com a Procuradoria, o próprio Cunha, preso em Curitiba, se comprometeu a detalhar como aconteceu o pagamento dos R$ 30 milhões da J&F. Segundo aFolha apurou, o ex-presidente da Câmara relatará que o dinheiro não chegou a ele, mas foi entregue diretamente pela empresa aos políticos.

O assunto também faz parte do escopo do acordo de Lúcio Bolonha Funaro, ex-operador financeiro de Cunha preso em Brasília, que também está em tratativas com o Ministério Público Federal.

Fonte: Folha de S.Paulo – Bela Megale

Isto Posto…Michel Temer: Não renunciarei, não renunciarei!

michel-temerHistoricamente, no Brasil, criminosos do colarinho branco – os tais políticos de todos os partidos que vemos agora figurar em listas após listas de tráfico de influência, subornos, propinas, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, desvio de verbas públicas, fraudes a licitações, corrupção passiva e ativa, e um sem número de crimes eleitorais – sempre estiveram sob o guarda-chuva da impunidade, isentos de culpa em decorrência de privilégios legais e, por isso, perdoados dos crimes cometidos, podendo, livremente, assumirem cargos públicos onde detivessem as rédeas do destino do país e o controle amplo do orçamento.

Em virtude disso, raras foram às vezes em que algum político (presidente, governador, parlamentar ou prefeito) flagrantemente apanhado no cometimento de crimes contra a administração pública, à soberania, à saúde, à educação, enfim, ao Estado Democrático de Direito, vestiu-se de certa medida de honradez e renunciou ao cargo, tombado pela vergonha pública, prostrado pela imoralidade e concupiscência. Todos eles, independentemente dos graves crimes perpetrados, arvoram-se do mais alto grau de cinismo e se autoproclamam inocentes até que se reprove o contrário.

Do ex-presidente Jânio quadros para cá – talvez o único a assomar com maior força ao imaginário quando o assunto é renúncia – ninguém se atreveu a suscitar as tais forças ocultas e dá o fora, deixando o país livre para buscar sua redenção.

Na esfera mais alta, o pai dos pobres Getúlio Vargas optou pelo suicídio, foi-se; o caçador de marajás do serviço público Fernando Collor de Mello, depois de revelado o seu esquema de corrupção, convocou o povo a defendê-lo, “foi traído e derrubado pelo povo”, ao menos supostamente. Mais recentemente, Dilma Rousseff, Coração Valente, primeira mulher a presidir o país, acusada a um só tempo de irresponsável, incompetente e, conforme vem se demonstrando, também corrupta, abdicou do gesto nobre da renúncia, preferindo sucumbir a um evidente processo de impeachment, quando já não conseguia mais articular duas palavras na mesma frase.

Agora estamos diante novamente do maior gesto de honradez de um presidente, quando honra é um de seus atributos: A Renúncia.

O personagem da vez é o senhor Michel Temer, cujos adjetivos lhes atribuídos são golpista, usurpador, ilegítimo, satanista, mordomo de Conde Drácula e, a exemplo de seus predecessores, CORRUPTO! Ainda mais depois de ter sido flagrado em gravações de teor altamente comprometedor, pois desvela o desenrolar de uma série de crimes contra o povo brasileiro, a nação, o cargo de presidente, que vão desde o simples tráfico de influência até a formação de quadrilha para obstruir o trabalho da justiça na famosa Operação Lava Jato.

Apanhado de calça arriada, como se dizia antigamente, o mesoclítico “Roubar-te-ei-mais-um-pouco”, Michel Miguel Elias Temer Lulia, bateu o pé, num típico calundu de menino ruim e bradou: “não renunciarei, não renunciarei!”. E segue, fingindo acreditar que chegará a 2018, quando na verdade seu temor verdadeiro é a certeza de que vai cair nas mãos-de-ferro do juiz Sérgio Moro e atirado nos calabouços da temível República de Curitiba.

Isto posto, destemido presidente, renuncia que o Brasil assegurar-te-á as velhas companhias de sempre: Lula, Aécio, Renan, Barbalho, Sarney, Collor, Serra e outros mais que sua lista contiver.

Por: Adão Lima de Souza

Lula vê ‘queremismo’ e diz que será candidato

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que a Lava Jato causará impacto em “todos os partidos” e diz agora que o que chama de “exageros” da operação, somados ao desemprego e à crise econômica, tendem a produzir um movimento “queremista” por sua volta ao poder.

Pela primeira vez desde que virou réu na Lava Jato, Lula começou a chamar aliados para detalhar seus planos e admitir a intenção de disputar o Palácio do Planalto, tendo o comando do PT como ponto de apoio para ganhar mais visibilidade.

“Para vocês posso dizer: eu serei candidato à Presidência da República”, afirmou ele à deputada Luciana Santos (PE), que comanda o PCdoB, e também a Orlando Silva (SP). A conversa ocorreu na segunda-feira (6), em São Paulo.

Lula já encomendou ao ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, a Luiz Gonzaga Belluzzo e a professores da USP, como Laura Carvalho, propostas para a confecção de um programa econômico, como antecipou o Estado. O mote de sua plataforma será o estímulo ao consumo “com responsabilidade fiscal”.

Mesmo o tradicional aliado PCdoB, porém, já faz previsões para se descolar do PT, lançando o governador do Maranhão, Flávio Dino, à sucessão do presidente Michel Temer.

Os petistas não têm Plano B para o caso de Lula ser impedido de disputar a Presidência, se for condenado na Justiça em segunda instância e virar ficha-suja. Hoje, ele é alvo de cinco ações penais – três na Lava Jato –, mas, mesmo assim, lidera as pesquisas de intenção de voto.

À beira de um racha, o PT tem alas que veem com simpatia o aval a Ciro Gomes (PDT), caso Lula não possa concorrer. A adesão a Ciro, porém, ocorreria somente em último caso. O grupo que defende essa alternativa quer uma “operação casada”, na qual o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad seria candidato a vice. A hipótese nem de longe tem a maioria do partido.

EX-PRESIDENTE TRAÇA ROTEIROS DE VIAGEM PELO PAÍS

Desde que aceitou presidir o PT e ser candidato ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva traçou um roteiro de viagens pelo País. A previsão é de que no dia 19, por exemplo, ele visite obras do projeto de transposição das águas do Rio São Francisco.

A primeira parada deverá ser na Paraíba. O PT se queixa de que o presidente Michel Temer tenta agora tirar dividendos políticos de uma obra que começou no governo Lula e continuou na gestão Dilma Rousseff.

Temer inaugurou, na sexta-feira (10), o Eixo Leste da transposição, no município de Monteiro (PB). O governador Geraldo Alckmin – um dos presidenciáveis do PSDB – também visitou recentemente um trecho da obra, mas em Pernambuco.

Hoje (12) Lula desembarca em Brasília. Será uma semana de encontros, discursos e um depoimento à Justiça Federal. O petista participará do 12.º Congresso de Trabalhadores Rurais e, na terça-feira (14), prestará depoimento no processo em que é acusado de obstruir as investigações da Lava Jato.

Disputa. As correntes de esquerda que integram o grupo Muda PT tentarão nesta semana demover Lula da ideia de comandar o partido. Seus discípulos dizem, porém, que ele só aceitou presidir a legenda, a partir de junho, para evitar uma disputa fratricida entre os que cobram um “acerto de contas” desde o mensalão e os que pregam um inventário dos erros apenas no papel.

Sob o argumento de que Lula deve se concentrar em sua própria defesa e na campanha ao Palácio do Planalto, o Muda PT defende Lindbergh Farias (RJ) no comando do partido. Nos bastidores, integrantes do grupo afirmam que é um erro o ex-presidente dirigir o PT porque colará todos os problemas dele na sigla, que já enfrenta uma crise sem precedentes.

“A candidatura de Lula à presidência do PT tem dois eixos centrais: impedir que o partido se fracione e fazer a defesa dele”, afirmou o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, que foi ministro da Comunicação Social no governo Dilma. “Com Lula, a autocrítica e o balanço dos erros se dará de forma construtiva. Sem ele, será destrutiva e o PT passará por um período de muita divisão e enfraquecimento nas eleições de 2018.”

Lula também vai procurar líderes regionais do PMDB para discutir a campanha. Estão nessa lista peemedebistas nada próximos a Temer, como o ex-presidente José Sarney e o senador Roberto Requião (PR). “O PT só fará alianças com antigolpistas. Mesmo assim, são as forças de esquerda que devem ter a palavra final sobre o programa e as composições”, disse o secretário de Formação do PT, Carlos Árabe.

Fonte: O Estadão.

Lula lança pré-candidatura à Presidência

LulaFaltando um ano e sete meses para as eleições de 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará sua pré-candidatura à Presidência. O evento será dia 20, na sede do PT de São Paulo, e contará com a presença de artistas e intelectuais como Chico Buarque, Leonardo Boff e Aderbal Freire Filho. Dirigentes nacionais de partidos aliados, como PDT e PCdoB, também vão participar da cerimônia.

O objetivo dos petistas com tamanha antecedência é obter apoio popular e fortalecer — de certa forma até proteger — a imagem de Lula em meio à tormenta da Operação Lava Jato. A recente divulgação de pesquisas de intenção de voto, nas quais Lula aparece na liderança, animou a militância.

 

Lula tenta convencer PT a superar discurso do ‘golpe

Lula 1Preocupado com a sobrevivência política do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta convencer o partido de que, depois de quase quatorze anos no comando do governo federal, a sigla não pode voltar a ter uma atuação apenas de contestação, e sim fazer uma oposição propositiva. Quase seis meses depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, Lula considera que é preciso ir além do discurso do “golpe”.

— Nós ficamos gritando “Fora Temer” e o Temer está lá dentro. Gritamos “não vai ter golpe” e teve golpe. Estamos gritando contra as reformas e eles estão aprovando as reformas em tempo recorde — disse Lula, ao discursar, no último dia 19, no lançamento do 6º Congresso Nacional do PT, que discutirá em junho os rumos do partido.

Quinze dias depois desse discurso, Lula abriu diálogo com o presidente Michel Temer, que foi prestar condolências pela morte de sua mulher, Marisa Letícia. No PT, tanto as alas à esquerda quanto o campo majoritário, tentaram minimizar o encontro, classificando-o de protocolar. Os petistas tentam implodir qualquer possibilidade de desdobramento político.

Já o entorno de Temer é entusiasta da continuidade do diálogo, embora afirme que não há perspectiva de nova conversa no curto prazo. Auxiliares do presidente afirmam que a única pauta comum possível é a reforma política. Apesar da torcida petista contra, um ministro de Temer ressaltou que é da natureza de Lula a composição política.

Recentemente, o ex-presidente já havia contrariado a militância e a esquerda do PT ao orientar o apoio às candidaturas do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) às presidências da Câmara e do Senado. O objetivo era garantir cargos na Mesa Diretora das duas Casas e evitar que o PT ficasse ainda mais isolado politicamente. A reação da militância levou a direção nacional do PT a recuar e recomendar a união das esquerdas. Na Câmara, o partido acabou apoiando a candidatura do deputado André Figueiredo (PDT-CE), e, no Senado, a bancada rachou.

Lula deve mergulhar ainda mais de cabeça na política após a morte da mulher. A expectativa de aliados mais próximos é que a perda da ex-primeira-dama não mudará a sua disposição de assumir a presidência do PT, na metade do ano, como vem sendo articulado pelos principais caciques da legenda.

No entorno de Lula, há ainda quem acredite que o petista vai agora colocar o pé na estrada para percorrer o país, até como uma forma de ocupar a cabeça. O ex-presidente já vinha ensaiando esse giro pelo Brasil desde o início da crise que levou ao impeachment de Dilma, mas nunca chegou a concretizar o plano.

Marisa implicava com as viagens e com as agendas do petista no final de semana. Por outro lado, era favorável que ele retomasse o comando do partido, posto que ocupou até 1994.

Lula tem defendido que os petistas se engajem em discussões sobre política econômica, como geração de emprego e renda, retomada do crescimento, e sobre reforma política, especialmente financiamento de campanhas eleitorais. Para o ex-presidente, o PT tem que aproveitar os supostos retrocessos promovidos por Temer, como a PEC do Teto de Gastos, para construir seu discurso. Lula quer reunir economistas, especialistas em políticas públicas e gestão governamental para preparar desde já um programa de governo para 2018.

— O Lula, por natureza, é muito prático. Ele está pensando no futuro, em como juntar os cacos do PT, construir um projeto e ir para a rua. Ele quer ser presidente de novo — disse uma pessoa próxima do ex-presidente.

Lula vinha discutindo, antes da morte de Marisa, o melhor momento para colocar na rua a sua candidatura à Presidência da República em 2018. A expectativa é que isso aconteça durante o congresso da legenda, em junho, o mesmo que deve sacramentar a sua indicação para comandar o PT.

Resistente inicialmente à ideia de voltar ao comando formal do PT, temendo que as investigações contra ele contaminassem a legenda — Lula é réu em cinco ações na Justiça — o ex-presidente deu, desde o final do ano passado, sinais de que vai encarar a missão para evitar um racha que poderia ser mortal para o partido que fundou em 1980.

Com Lula, mesmo grupos que fazem oposição ao atual comando do PT e defendem alterações radicais na forma de condução do partido, como o Muda PT, desistiriam de lançar candidato para presidir a legenda. Além da unidade em torno de seu nome, o ex-presidente também exige, para aceitar a missão, que as correntes apresentem os seus melhores nomes para compor a Executiva Nacional, numa forma de fortalecer a direção.

Um dos movimentos que indicam a disposição de Lula de presidir o PT foi a articulação endossada por ele para que Luiz Marinho, ex-prefeito de São Bernardo, assuma o comando do partido em São Paulo. Por ser um dos melhores amigos de Lula na política, Marinho seria a principal opção para a presidência nacional, caso Lula não quisesse o posto.

O discurso feito no velório de Marisa, no dia 4, já deu sinais de que Lula não vai abandonar o embate político. Na ocasião, disse que não tem “medo de ser preso” e que “vai brigar” contra os que “levantaram leviandades” sobre a mulher.

Na missão de sétimo dia da ex-primeira-dama, realizada na última quinta-feira, Lula mostrou que não vai deixar a política nem momentaneamente. Presente à cerimônia, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), por exemplo, foi convocado pelo ex-presidente para uma reunião na dia seguinte.

Fonte: O Globo

Trump autoriza muro na fronteira com o México

TrumpO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou, hoje, uma ordem executiva para destinar fundos federais para a construção de um muro na fronteira com o México, informam as agências Reuters e AP e a rede CNN. A construção do muro foi uma das principais promessas de campanha do republicano.

Trump também assinou uma ordem executiva para bloquear fundos federais para as chamadas “cidades-santuário”, que protegem imigrantes sem documentos da deportação.

Os fundos federais serão abolidos para cidades que se recusem a fornecer informações às autoridades federais sobre o status de imigração de pessoas detidas nesssas localidades, entre as quais estão Chicago, Nova York e Los Angeles.

“Uma nação sem fronteiras não é uma nação. A partir de hoje os Estados Unidos tomam de volta o controle de suas fronteiras”, disse depois a uma platéia de funcionários do Departamento de Segurança Interna. “Acabo de assinar duas ordens executivas que vão salvar milhares de vidas, milhões de empregos e bilhões e bilhões de dólares”, afirmou.

Em uma entrevista concedida à ABC News divulgada antes da assinatura da ordem nesta quarta, Trump disse que a construção do muro na fronteira com o México começará “assim que possível”. Questionado sobre se seria uma questão de “meses”, o presidente disse: “eu diria em meses”. Segundo o presidente, o planejamento da construção começa imediatamente.

Na entrevista, Trump também afirmou que a construção será financiada pelos contribuintes americanos, mas que “relativamente em breve” o país começará uma negociação de reembolso com o país vizinho.

“Seremos, de alguma forma, reembolsados pelo México, o que eu sempre disse”, afirmou. “Seremos reembolsados em uma data posterior de qualquer transação que fizermos com o México”, disse Trump.

Confrontado com a afirmação do presidente Enrique Peña Nieto, de que o México não pagará pelo muro, Trump disse: “Ele tem que dizer isso. Mas estou te dizendo que haverá um pagamento. Será de uma forma, talvez uma forma complicada”, disse. “O que estou fazendo é bom para os Estados Unidos. Também vai ser bom para o México. Queremos um México muito estável, muito sólido”, acrescentou.

Visita do presidente mexicano

O documento foi assinado no dia em que o ministro das Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, chega a Washington para preparar a visita do presidente do país, Enrique Peña Nieto. O mexicano deve se reunir com Trump no final do mês, sendo um dos primeiros líderes mundiais a se encontrar com o novo presidente americano.

Antes da eleição, Peña Nieto recebeu críticas dos mexicanos por participar de uma reunião com Trump. Os dois se reuniram em agosto de 2016, quando Trump ainda fazia campanha como candidato, e falaram sobre o muro, entre outros assuntos. Na ocasião, o presidente mexicano disse que deixou claro que seu país não pagará pela construção do muro, o que é proposto por Trump.

Trump já havia antecipado em seu Twitter que assinaria a medida nesta quarta-feira. “Grande dia planejado na SEGURANÇA NACIONAL amanhã. Entre muitas outras coisas, vamos construir o muro!, escreveu”.

 

Lula diz que, se necessário, será candidato em 2018

Lula 2Em visita a três ocupações em Belo Horizonte (MG), nesta terça, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao presidente Michel Temer (PMDB) e disse que, se preciso, vai ser candidato à Presidência em 2018.

Lula visitou três vilas da chamada Ocupação Izidora e prometeu que conversaria com o governador Fernando Pimentel (PT) para resolver a demanda por regularização fundiária das localidades que visitou. Ele afirmou que o governador petista tem condições de conversar com o prefeito eleito da capital, Alexandre Kalil (PHS), sobre a situação. “Tem tido um comportamento bastante civilizado e está disposto a negociar, a conversar”, comentou Lula, sobre Kalil.

No discurso em uma das vilas, Lula culpou a articulação contra o governo petista, que culminou no impeachment de Dilma Rousseff, e o presidente Michel Temer pelos retrocessos na economia do País. Na fala de Lula, pelo ódio contra ele e contra Dilma “estão destruindo o País”. “Estão destruindo esse País, em 2014 só tinha 4% de pessoas desempregadas e hoje é 12% de desempregos”, apontou.

O petista afirmou que a única forma de resolver o problema econômico brasileiro é “cuidar do pobre”. “Quem quiser resolver o problema da economia desse País tem que cuidar do povo pobre porque é esse povo que vai fazer a economia voltar a crescer, é esse povo que vai gerar emprego”, disse o ex-presidente.

Lula afirmou ainda que está disposto a ser novamente candidato à presidência da República. “Eles não vão continuar destruindo esse País. Se for necessário, eu sou candidato outra vez”, disse.

Proposta de acabar reeleição não interessa a Temer

TemerO PSDB pode até exigir que o governo patrocine o fim da reeleição, mas o Planalto não tem interesse em apresentar, nem em votar, uma proposta de emenda à Constituição nesse sentido. “Com tanto para resolver, vamos nos preocupar em dar sinal inequívoco de que Michel não é candidato em 2018?”, diz um peemedebista. Já o ministro Geddel Vieira Lima, que não chega a falar da PEC, apela para a lógica: “É incompatível aprovar reformas duras e chegar em 2018 bombando”.

Antecipar em dois anos o debate da sucessão presidencial foi um erro “rudimentar”, diz um influente tucano. “Eu vou botar a minha cara pela reforma da Previdência para eleger o Michel?”, esbraveja.

O lançamento da candidatura do presidente interino tem potencial destrutivo: alimenta desconfianças na base, contamina a agenda de votações e ainda pode ressuscitar no próprio PSDB o apoio à cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE.

O flerte de integrantes do governo Michel Temer com as eleições nacionais de 2018 deve reduzir as chances de o chanceler José Serra migrar do PSDB para o PMDB, caminho por vezes ventilado.      

Fonte: Folha de S.Paulo – Natuza Nery