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PPS não apoiará nem Bolsonaro e nem Haddad: “flertam com ditaduras”
O presidente do PPS, Roberto Freire, afirmou, hoje, que o partido não apoiará Jair Bolsonaro (PSL) nem Fernando Haddad (PT) no segundo turno da disputa presidencial.
O anúncio foi feito após reunião da Executiva Nacional do partido. Segundo Freire, os dois projetos de governo “flertam com ditaduras” e colocam em risco o estado democrático de direito.
“O partido decidiu que não vai apoiar nenhuma das duas candidaturas e explica, por conta de que são projetos autoritários, que não respeitam a democracia e colocam em risco o estado democrático de direito”, disse Freire.
“O partido vai afirmar para a sociedade o que é de fundamental importância nesse futuro governo, seja ele qual for. Do respeito ao estado democrático de direito, defesa das liberdades, inclusive liberdade de expressão, de imprensa. São liberdades que estão em risco, exatamente porque são projetos que flertam com ditaduras”, explicou o líder da legenda.
Freire já havia dito que não apoiaria nenhum dos dois e que o PPS faria “oposição responsável” ao presidente eleito. Na prática, os diretórios estaduais, assim como filiados da legenda, poderão escolher entre Bolsonaro ou Haddad.
“Nós respeitamos a liberdade de consciência das pessoas. Exigimos dos nossos filiados, que podem ter a posição que quiser, mas que ressaltem a posição do partido muito claramente contra qualquer das duas candidaturas”, disse Freire.
O presidente do PPS chegou a se referir a Bolsonaro como “enaltecedor da ditadura, tortura e torturadores”. “Precisamos impedir retrocessos”, ressaltou.
Deputado quer rapidez na votação do fim do foro privilegiado
O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), cobrou nesta segunda-feira a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim do foro privilegiado para parlamentares, presidente da República, magistrados, ministros, governadores e prefeitos. Ele é autor da proposta, que estava na pauta da Comissão de Constituição e Justiça, mas a reunião foi cancelada por falta de quórum. Ela tem como alvo autoridades que cometerem crimes comuns. Só seria admitido foro privilegiado para crimes de responsabilidade, que só podem ser cometidos por agentes políticos.
A proposta tem parecer pela admissibilidade. No entanto, ela entrou algumas vezes na pauta de votação, mas nunca foi apreciada. Para o líder PPS, o assunto é de extrema importância e merece uma apreciação mais rápida. “O fim do foro privilegiado é uma cobrança da sociedade e propostas neste sentido precisam ter prioridade. Trata-se de um privilégio que não tem mais sentido e a operação Lava Jato tem demonstrado como muito políticos se utilizam desse mecanismo para cometer crimes e atrapalhar o andamento de processos”, afirmou o deputado.