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Trump diz que tem poder de conceder perdão a si mesmo, mas que não fez ‘nada de errado’
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (4) que não cometeu nenhuma irregularidade, mas que tem o poder legal de conceder perdão a si mesmo, repetindo o argumento apresentado por seus advogados em documento enviado ao procurador especial que está investigando suspeita de ligação de sua campanha presidencial com a Rússia.
Diz Trump:
“Como foi declarado por diversos estudiosos jurídicos, eu tenho total direito de me perdoar, mas por que eu faria isso quando eu não fiz nada de errado? Enquanto isso, a interminável caça às bruxas liderada por 13 democratas muito irritados e confusos (e outros) continua até as eleições”, escreveu Trump em publicação no Twitter.
Trump está pressionado pela investigação do procurador especial Robert Mueller sobre o papel da Rússia na eleição de 2016.
Falando ao programa “This Week”, da rede ABC, seu advogado Rudy Giuliani foi questionado sobre o poder de o presidente conceder perdão a si mesmo, ao que respondeu:
“Ele não irá fazê-lo, mas ele provavelmente tem”. Giuliani acrescentou que Trump “não tem intenção de perdoar a si mesmo”, mas que a constituição dos EUA, que dá ao presidente a autoridade de conceder perdões, “não diz que não pode”.
Giuliani acrescentou que “isso seria uma questão em aberto.
Fonte: Portal G1
Democratas acusam Trump de criminalizar estrangeiros e virar defensor de Wall Street
“Trump está nos devolvendo às épocas mais obscuras da nossa história: criminalizando qualquer um que seja diferente, colocando-nos uns contra os outros e mandando uma mensagem equivocada ao resto do mundo, ajudando assim a fomentar o ressentimento e o ódio de grupos terroristas contra o nosso país”, Astrid Silva, ativista pro-imigração.
Estratégia de Trump: convencê-lo de que o louco é você
Não, você não está louco. Ainda que Donald Trump queira convencê-lo do contrário.
Na Trumplândia, onde jornalistas são “os humanos mais desonestos da Terra”, pouco adianta mostrar vídeos do novo presidente dos EUA afirmando isto ou aquilo. “Errado! Notícias falsas! Triste!”, eis sua trinca favorita para rebater a informação que o desagrada.
Em 2016, o dicionário Oxford elegeu “pós-verdade” como a palavra do ano. Agora é o termo “gas lighting” que ganha força para tipificar um fenômeno paralelo na era Trump.
O nome vem da peça britânica “Gas Light” (1938), depois adaptada para o filme que no Brasil se chamou “À Meia Luz”. Na trama, Ingrid Bergman sofre tortura psicológica do marido, que a todo momento questiona sua sanidade. Um dos artifícios: enfraquecer as lâmpadas a gás da casa e agir como se a luz bamba fosse fruto da imaginação da mulher.
“Gas lighting”, portanto, virou sinônimo do abuso emocional infligido para convencer a vítima de que o problema é ela. Exemplo: numa briga, o homem afirma que a mulher “só pode estar de TPM”.
Ao borrar a realidade, a versão do abusador vira o novo normal. Algo parecido ocorre no conto “A Roupa Nova do Imperador”: se todos garantem ver o traje do monarca, então é claro que ele existe.
Quando diz que sempre foi “totalmente contra a guerra do Iraque” (errado!) ou que viu na TV “milhares” de muçulmanos em Nova Jersey comemorarem os ataques de 11 de Setembro (notícias falsas!), o presidente parece viver em seu próprio “mundo invertido” —uma espécie de mundo real às avessas fabulado pela série de TV “Stranger Things” (triste!).
A coisa mais estranha, contudo, não é persuadir tanta gente a acreditar em seus “fatos alternativos” —expressão que uma correligionária adotou para se referir a dados distorcidos (eufemismo para mentira deslavada) divulgados pelo time presidencial.
Ainda mais ardiloso é manipular a opinião pública, pintando-se de perseguido por uma mídia já desmoralizada após ignorar vários sinais e apostar na derrota de Trump.
A imprensa pode publicar mil vezes fotos aéreas da posse do presidente, que mostram uma plateia esburacada feito queijo suíço. Ele continuará repetindo que sua cerimônia foi incrível, a melhor, a maior de todas. Ao negar o óbvio sem qualquer tipo de contraprova, e ainda assim sair vitorioso, Trump encarna o “gaslighter-em-chefe” da nação, diz a articulista da CNN Frida Ghitis.
Ao resenhar “Poder – Uma Nova Análise Social” (1938), de Bertrand Russell, George Orwell escreveu: “Afundamos a tal nível que a reafirmação do óbvio é o primeiro dever dos homens inteligentes”. Oito décadas depois, o autor de “1984” parece coisa de doido.
Por: Ana Virginia Balloussier, Folha de São Paulo.
Odebrecht acirra disputas políticas na América Latina
A revelação por parte do Departamento de Justiça dos EUA de que a empresa brasileira Odebrecht teria pago propinas em outros 11 países colocou lenha na fogueira política que vivem Colômbia e Argentina, ambos iniciando corridas eleitorais em ambientes muito polarizados.
“Aqui a Odebrecht já virou um dos temas da campanha, será mais um assunto para dividir os seguidores de Álvaro Uribe e Juan Manuel Santos”, disse à Folha a articulista e jornalista colombiana María Jimena Duzán.
O ex e o atual presidentes colombianos, antes aliados, estão rompidos desde o início do mandato de Santos (2010). Porém, a verdadeira guerra se instalou mesmo quando o atual mandatário concluiu as negociações do acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Uribe foi contra o pacto, liderou a campanha pelo “não”, venceu nas urnas, e vem denunciando a forma como Santos aprovou o documento no Congresso de um modo que ele considera “inconstitucional”.
Se Santos vinha em dificuldades para recompor sua imagem interna diante do rival, a revelação dos pagamentos ilícitos da Odebrecht, ocorridos principalmente durante o período Uribe, surgem como um presente.
A denúncia é que a empresa brasileira teria entregue US$ 11 milhões, entre 2009 e 2014, para ser beneficiada em licitações. Embora o período abarque tanto a gestão de Uribe (2002-2010) como a de Santos, o atual mandatário colocou na lupa os US$ 6,5 milhões que teriam sido entregues a um funcionário da gestão anter
ONU pede cessar-fogo imediato em Gaza
Apesar de não ter discutido a resolução proposta pela Jordânia, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), defendeu um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. O conselho expressou ‘sérias preocupações sobre a escalada da violência’ e defendeu a proteção dos civis sob a lei humanitária internacional. Em comunicado lido à imprensa, o conselho disse estar inquieto pelo crescente número de fatalidades. Os países defenderam os esforços do Egito e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que desembarcou na região no domingo, para costurarem um acordo.
O Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, irá viajar ao Oriente Médio, hoje, na tentativa de ajudar nas negociações por um cessar-fogo. O Departamento de Estado disse que ele se juntará aos esforços diplomáticos para retomar uma trégua que foi acordada em novembro de 2012.
Em duas semanas de conflito na Faixa de Gaza, ao menos 430 palestinos e 20 israelenses foram mortos.
Delinquência de jovens brasileiros no Japão preocupa autoridades no Brasil
O governo brasileiro está preocupado com o índice crescente de crianças e adolescentes brasileiros que são flagrados cometendo crimes no Japão. Os dados foram apontados em um levantamento feito pelo Ministério das Relações Exteriores, divulgado nesta quarta-feira (21).
Dos 190 mil brasileiros que vivem na Ásia, 417 estão presos. A maioria, 407, estão detidos no Japão. O narcotráfico é responsável por 26% das prisões de brasileiros no país. Pelo menos 110 pessoas cumprem pena por terem sido flagrados traficando drogas.
No entanto, entre as outras 307 ocorrências de crimes registrados por brasileiros no Japão, a maioria é de furto de carros e de autopeças. Entre os acusados, o número de adolescentes é cada vez maior.
De acordo com a diretora do Departamento de Brasileiros no Exterior, Luiza Lopes da Silva, a evasão escolar é a principal explicação para o número crescente de jovens infratores brasileiros no Japão. Segundo ela, as crianças não conseguem se adaptar facilmente às escolas japonesas.
Além disso, segundo a ministra, os pais não têm condições de realizar o acompanhamento escolar dos filhos, já que passam a maior parte do dia trabalhando nas fábricas japonesas.
— Os brasileiros estão lá, de modo geral, trabalhando com longa carga horária como operário de fábrica. Eles não têm condições de dar suporte aos filhos. Isso, associado a situação de bullying que as crianças sofrem nas escolas, faz com que os estudantes abandonem os estudos com 10, 11 anos.
Como param de estudar antes do 12 anos e ainda não podem trabalhar, os jovens brasileiros acabam ficando com muito tempo livre. Durante o tempo ocioso, eles se reúnem e formam pequenas gangues para cometer furtos.
De acordo com diretora do Itamaraty, o governo brasileiro está acompanhando essa situação de perto e já planeja ações para dar suporte às famílias que vivem no Japão.
O levantamento do Ministério das Relações Exteriores aponta que 3.209 brasileiros estão presos no exterior, espalhados por 51 países. A maior parte deles, 34%, está detida na Europa e responde por narcotráfico.
Em 2013, o Itamarty gastou US$ 120 mil (o equivalente a R$ 264 mil) para dar suporte de alimentação, roupa e até remédios para os brasileiros que estão detidos fora do País.
Fonte: R7