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Isto Posto… Carta aberta ao PCB e PSOL
Quem perdeu o trem da história por querer. Saiu do juízo sem saber. Foi mais um covarde a se esconder diante de um novo mundo.
Queridos Camaradas:
A tese do mal menor nunca deu certo. Tivemos a certeza disso com o PT. Quando o Brasil apostou em Lula, a esquerda verdadeira sabia que o PT não era mais partido focado na luta pelo socialismo e, sim, que tinha um projeto de poder somente. Ainda assim o apoiamos porque seria dos males o menor, já que o PSDB nunca deixou dúvidas sobre seus interesses escusos.
Agora partidos alinhados com o pensamento socialista como PSOL, PCO, PSTU, PCB são novamente usados para impedir a queda inevitável, seja pelo impeachment, seja pelo sufrágio futuro, do governo de um partido chafurdado no lodaçal da corrupção. E para quê? Para que Lula e seus comparsas se sentem outra vez à mesa do capital, deixando migalhas como Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família para o povo enquanto se regozija na pilhagem do erário, desavergonhadamente, na farra dos bilhões surrupiados das escolas desestruturadas e hospitais sucateados que exterminam a gente pobre impiedosamente.
Camaradas do PCB e do PSOL a Lava Jato não é uma conspiração do juiz Sérgio Moro com a CIA para entregar o Pré-Sal aos imperialistas americanos, como acentuou a socióloga Marilena Chauí, num momento de delírio ou senilidade. A Lava Jato é tão somente a prescrita em Lei persecução criminal de agentes políticos habituados ao cometimento de crimes comuns como roubar o dinheiro do povo. E em que pese os investigados se espernearem maldizendo o sucesso da Operação conduzida com acerto, firmeza e observância às regras constitucionais, sabemos que as reclamações de violações de Direitos e Garantias individuais ou coletivas advêm da dificuldade encontrada por grandes e caras bancas de advocacia de fazer prevalecer na Lava Jato o jogo sujo de influência tão peculiar nas altas cortes de justiça deste país.
Por isso, partidos como PSTU, PCO e, principalmente PCB e PSOL podem escrever sua própria história no cenário político nacional sem precisar caminhar à sombra do PT. Aliás, podem não, devem! Devem, para não ficarem nos anais da história como braço auxiliar do partido político que protagonizou o maior escândalo de corrupção que se tem conhecimento, se se levar em conta que o Mensalão era apenas uma fase da estrutura criminosa montada pelo PT e partidos aliados para achacar os cofres públicos.
Ademais, não se deve esquecer que além dos esquemas já desvelados há evidências de estratagemas de roubalheira semelhante nos Fundos de Pensão, na Eletrobrás e no BNDES que creem alguns seria mais que suficientes para prender 99% dos detentores de mandatos eletivos ou cargos de livre nomeação no Governo Federal, desde a atual presidente até o futuro ministro da Casa Civil.
Assim sendo, PCB e PSOL não podem sustentar a frágil tese de vitimização propalada pelo PT e a Dilma Rousseff, de que há um golpe em curso liderado pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e, principalmente, Justiça Federal sob o comando do “torturador” Sérgio Moro, instituições republicanas agindo dentro das competências que lhes cabem. Outra tese furada é a da seletividade da Operação Lava Jato. O PT tentar iludir a população de que perdura uma perseguição contra o partido, cujo intuito seria criminalizar e defenestrar o PT da vida política, como se quisesse fazer a população acreditar que todos os bilhões roubados não passasse de delírio coletivo ou invencionice das instituições que conduzem a terrível perseguição a tão nobre representante dos anseios populares.
Ao PCB e PSOL, eu lhes digo que não se trata de apoiar o impedimento da mandatária e beneficiar os antigos aliados do Partido dos Trabalhadores como PMDB e PSDB, que pragmaticamente em nada diferem do PT. E que também não se trata de ser contra ou favor de Dilma Rousseff ou de Aécio Neves e, sim, de se posicionar de acordo com as convicções alvissareiras de que o verdadeiro Socialismo não se constrói com o Liberalismo econômico liderado pelo PSDB – por inegável contradição, já que Capital e Trabalho são inconciliáveis – nem pelo PT que se transformou num criminoso comum, após desencadear uma trama de conspiração contra o povo brasileiro regida pelos maiores expoentes do Partido dos Trabalhadores.
Porque, em verdade, é preciso que PCB e PSOL tomem a defesa verdadeira dos interesses do povo, conclamando a queda tanto de Dilma e Lula quanto de Aécio e Temer. Somente se manterá firme a chama da luta por uma nação justa e igualitária.
Reflitamos caro PCB e PSOL!
Por: Adão Lima de Souza
O PT e a esquerda dissidente Freudiana.
No site do Partido Comunista Brasileiro (PCB), o professor Mauro Luís Iasi, expoente maior do que podemos ainda chamar de esquerda neste país, faz uma análise criteriosa sobre os possíveis blefes cometidos pelo PT e pelo PSDB e a extrema direita no Brasil, na macha contra e a favor do Impeachment de Dilma Rousseff.
Porém, em que pese os grandes acertos da análise, percebo que as observações do professor Iasi são incisivas e muito coerentes, no entanto, sua análise sobre o interesse que poderia ter a burguesia monopolista (industrial, bancária, agrária, comercial, etc.) no Impeachment parece insuficiente já que este modelo de governança conserva a estabilidade institucional e garante a mais valia, nas palavras do autor.
Ademais, conforme bem suscitou o texto, nunca os capitalistas acumularam tanto lucro quanto no governo petista, em razão do poder que sempre detiveram para prescrever seu remédio amargo, como as medidas de austeridade econômica tomadas em detrimento dos interesses do operariado. Então a pergunta que me resta fazer é se essa burguesia que comanda e abarrota seus cofres com os recursos públicos apoiaria a deposição de Dilma para encerrar este ciclo de governos petistas só por tédio ou por inveja? Por tédio por ser tão fácil ganhar dinheiro? Ou por inveja do que acreditam representar o PT para o trabalhador?
Então, restaria concluir, e esse é o ponto que mais me incomoda nos líderes políticos mais a esquerda, todavia isso é mais clarividente em partidos como o PSOL que no PCB, que toda indignação com o PT se apresenta semelhante aquela revolta que costumam ter os filhos quando são contrariados pelo pai. Ou seja, numa visão Freudiana, seria o eterno fantasma do poder patriarcal dirigindo as escolhas do filho. E isso fica patente na conclusão, não surpreendente e sim previsível, atribuída ao barbeiro no texto: “Sabe, eu acho que ninguém quer o impeachment, o que eles querem é deixar este governo sangrar por quatro anos para depois derrotá-lo de uma vez por todas nas próximas eleições”.
Por fim, a condução milimétrica e eficiente das regras do jogo para alcançar um fim perverso. Diante disso, a primeira ruptura a se promover no cenário político brasileiro, para haver uma esquerda afinada prática e teoricamente com o interesse do operariado, é com os laços freudianos que a liga ao PT. Tal como um adolescente que, não mais suportando a opressão, resolve sair no braço com seu pai.
Por: Adão Lima de Souza
Dilma 38%, Aécio 22% e Eduardo 8%.
O vice-presidente Michel Temer afirmou na noite desta terça-feira (22), após se reunir com a presidente Dilma Rousseff e presidentes de partidos que integram a coligação da petista pela reeleição, que a pesquisa Ibope divulgada nesta noite confirmou o ‘otimismo’ da campanha. O candidato do PSDB, Aécio Neves, divulgou nota na qual afirma que a pesquisa ‘aponta para a realização de segundo turno’.
Segundo a pesquisa, a presidente tem 38% das intenções de voto, o candidato do PSDB, Aécio Neves, 22%, e o do PSB, Eduardo Campos, 8%. Somados, os rivais de Dilma têm 37%, o que, segundo avaliação do Ibope, não permite dizer se haverá segundo turno.
Para Aécio Neves, a pesquisa demonstrou que o ‘sentimento de mudança é crescente’. “É mais uma pesquisa que aponta para a realização de segundo turno. E a minha percepção é que o sentimento de mudança no Brasil é crescente, ampliado a cada dia pelos preocupantes resultados na economia e pela incapacidade do governo de dar respostas às questões fundamentais que afetam a vida do brasileiro, como educação, saúde e segurança pública”, afirmou o candidato tucano.
OS NÚMEROS
Confira abaixo os números do Ibope, segundo a pesquisa estimulada, em que os nomes de todos os candidatos são apresentados ao eleitor (os candidatos que aparecem com 0% são os que tiveram menos de 1% das menções cada um):
– Dilma Rousseff (PT): 38%
– Aécio Neves (PSDB): 22%
– Eduardo Campos (PSB): 8%
– Pastor Everaldo (PSC): 3%
– Luciana Genro (PSOL): 1%
– Zé Maria (PSTU): 1%
– Eduardo Jorge (PV): 1%
– Eymael (PSDC): 0%
– Levy Fidelix (PRTB): 0%
– Mauro Iasi (PCB): 0%
– Rui Costa Pimenta (PCO): 0%
– Branco/nulo: 16%
– Não sabe/não respondeu: 9%
O Ibope fez a pesquisa entre as últimas sexta (18) e segunda (21). O instituto ouviu 2.002 eleitores em 143 municípios. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que o instituto tem 95% de certeza de que os resultados obtidos estão dentro da margem de erro. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-00235/2014.
Pesquisa espontânea
Na parte da pesquisa em que os entrevistadores do Ibope simplesmente perguntaram ao eleitor em quem votará (sem apresentar a ele a relação dos candidatos), 26% mencionaram Dilma. Veja abaixo:
– Dilma Rousseff: 26%
– Aécio Neves: 12%
– Eduardo Campos: 4%
– Outros: 2%
– Brancos/nulos: 17%
– Não sabe/não respondeu: 39%
Segundo turno
O Ibope fez simulações de segundo turno entre Dilma e Aécio e entre Dilma e Campos. Os resultados são os seguintes:
– Dilma Rousseff: 41%
– Aécio Neves: 33%
– Branco/nulo: 18%
– Não sabe/não respondeu: 8%
– Dilma Rousseff: 41%
– Eduardo Campos: 29%
– Branco/nulo: 20%
– Não sabe/não respondeu: 10%
Rejeição
A pesquisa aferiu a taxa de rejeição de cada um dos candidatos, isto é, aquele em quem o eleitor diz que não votará de jeito nenhum. Dilma tem a maior rejeição e Eduardo Jorge, a menor:
– Dilma Rousseff: 36%
– Aécio Neves: 16%
– Pastor Everaldo: 11%
– Zé Maria: 9%
– Eduardo Campos: 8%
– Eymael: 8%
– Levy Fidelix: 8%
– Luciana Genro: 6%
– Mauro Iasi: 6%
– Rui Costa Pimenta: 6%
– Eduardo Jorge: 5%
– Poderia votar em todos: 13%
– Não sabe/não respondeu: 17%
Expectativa de vitória
De acordo com o Ibope, 54% dos entrevistados (independentemente da intenção de voto) acham que o futuro presidente da República será Dilma Rousseff; 16% opinaram que será Aécio Neves; 5% acreditam que será Eduardo Campos.
Desejo de mudança
Aumentou do desejo de mudança do eleitorado em relação à pesquisa anterior. No levantamento anterior, de maio, 65% diziam que gostariam de mudar tudo ou quase tudo no governo. Agora, os mudancistas são 70%. Eles se dividem em dois grupos: 29% gostariam que o próximo presidente mudasse totalmente o governo do País (eram 30% em maio), e outros 41% querem que o próximo governante mantenha alguns programas mas mude muita coisa – ante 35% na pesquisa anterior.
Segundo 18% dos eleitores, o próximo presidente deveria fazer poucas mudanças e manter muitas coisas – ante 21%. Para 10%, a próxima gestão deveria dar total continuidade ao atual governo. Os que queriam total continuidade eram 9% em maio.
Situação econômica
A maior parte dos eleitores classifica a atual situação econômica do Brasil como regular. É a opinião de 48%, segundo o Ibope. Partes equivalentes avaliam que a economia está boa ou ótima (24%), ou julgam que, ao contrário, a situação econômica está ruim ou péssima (25%).
O Ibope também perguntou aos eleitores sobre suas expectativas para a economia do País em 2015. A maior parte (41%) acredita que a situação estará no próximo ano igual a como está hoje. Outros 34% acreditam que estará melhor, e 18%, que ficará pior do que em 2014.
Avaliação do governo Dilma:
Bom/Ótimo – 31%
Regular – 36%
Ruim/Péssimo – 33%
Forma de governar de Dilma
Aprovam – 44%
Desaprovam – 50%
Pesquisa encomendada por: TV Globo e pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’.
Candidato do PCB defende programa anticapitalista
O candidato do Partido Comunista Brasileiro (PCB) à Presidência da República, Mauro Iasi, nasceu em 10 de fevereiro de 1960, em São Paulo, é solteiro e professor da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sofia Manzano, que também é professora universitária, completa a chapa de Iasi, concorrendo à Vice-Presidência.
Na declaração de bens, o candidato diz que seus bens somam R$ 204.348,57. A previsão de gastos do PCB com a campanha presidencial está em R$ 100 mil.
A eleição deste ano será a primeira na qual Iasi participa como cabeça de chapa – em 2006, ele foi candidato a vice-governador de São Paulo, também pelo PCB.
Iasi participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) na década de 1980 e trabalhou na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, em 1989, na primeira eleição direta para o cargo após a ditadura militar. Ele deixou o partido em 2004.
No programa de governo apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram colocados 21 pontos como propostas iniciais do PCB. O documento, intitulado Programa Anticapitalista, o Poder Popular e a Alternativa Socialista, diz que o Brasil tem hoje uma série de problemas estruturais advindos da opção capitalista, que beneficia uma pequena parte da população – os monopolistas, que controlam os principais meios econômicos e dominam toda a vida pública do país.
A proposta de Mauro Iasi defende mudanças profundas no atual sistema capitalista. “Somente a Revolução Socialista, entendida como um forte e poderoso processo de lutas populares que desemboque na construção de uma sociedade alternativa ao capitalismo e à ordem burguesa, será capaz de realmente resolver os problemas vividos pelos trabalhadores e setores populares”, destaca o programa de governo registrado pelo PCB no TSE.
O partido considera prioridades a construção do poder popular; a socialização dos principais meios de produção essenciais à garantia da vida; a realização de uma reforma agrária socializada; com uma política agrícola sustentável ecologicamente; a reversão imediata das privatizações e a estatização de setores estratégicos; bem como de todo o sistema financeiro; e a garantia de saúde pública e educação pública e de qualidade para todos.
O PCB também prega um sistema de previdência e assistência social gratuito; o não pagamento da dívida pública; a garantia e ampliação de todos os direitos dos trabalhadores; a recomposição imediata dos salários; a redução da jornada de trabalho, sem redução salarial; auditoria imediata das remessas de lucro das corporações transnacionais; o fim da Polícia Militar e a apuração e punição de todos os crimes contra os direitos humanos cometidos durante a ditadura militar (1964-1985).