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Pesquisa aponta que divisão celular lenta pode explicar microcefalia
Estudiosos norte-americanos identificaram, em análise do desenvolvimento de células neurais, falhas de mecanismo que podem explicar a microcefalia. De acordo com estudo divulgado pela revista Neuron, a descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Para eles, a malformação do feto está relacionada a uma lentidão no processo de divisão de células que darão origem aos neurônios. Com a mitose mais demorada, disseram especialistas, é formada uma quantidade menor de neurônios.
Apesar dos resultados, o estudo não menciona o vírus Zika. Foram identificadas apenas falhas na evolução celular, que podem ter diferentes causas. Ainda assim, pode ser considerado um passo para compreender a doença que já registra mais de 3.174 casos suspeitos no recente surto brasileiro.
“Este estudo mostra que o tempo que leva para uma célula se dividir importa muito para o desenvolvimento do cérebro”, afirmou Debra Silver, uma das autoras e professora de genética molecular e microbiologia.
“É uma combinação que ajuda a explicar a microcefalia. De um lado, há uma produção de células progenitoras que não é suficiente, e, com isso, não se forma a quantidade necessária de neurônios. De outro lado, alguns neurônios de fato conseguem se formar, mas boa parte deles morre”.
Isto faz sentido? – Petrolina recebe prêmio Destaque 2015 na área da Saúde
Segundo site oficial, o município de Petrolina recebeu homenagem da Secretaria de Saúde Estadual, através da VIII Gerência Regional de Saúde (Geres), por ter se destacado em 2015 na área da Atenção Básica.
O prêmio faz referência à evidente ampliação da Cobertura de Estratégia de Saúde da Família.
Pelos dados, em 2009, apenas 13,12% da população era assistida pelos profissionais das Unidades de Saúde, hoje, a Cobertura de Saúde da Família é de 89,26%, a segunda maior do país entre as cidades de médio e grande porte do Brasil.
A Secretaria de Saúde afirma que hoje são 90 médicos e 79 equipes trabalhando na educação básica. Porque ao longo desses anos, a gestão contratou e capacitou mais profissionais, melhorou a infraestrutura das unidades, implantou novos serviços, ampliou exames e consultas, com as 42 Unidades de Saúde que compõem o Projeto AME idealizado por esta gestão para dar mais dignidade e qualidade no atendimento à população petrolinense.
Foram esses os informes da assessoria da prefeitura.
Entretanto, se refletirmos um pouco, isto tudo faz algum sentido? Porque vejamos as evidências:
O Estado de Pernambuco desponta no cenário nacional com o maior número de casos de microcefalia em bebês. Justamente o público do atendimento básico. Petrolina tem como maior referência em maternidade e Pediatria o hospital Dom Malan, cuja enxovalhada de reclamações e denúncias inundam os programas de rádios matutinos abertos às queixas da comunidade.
Então indagamos: Qual a real importância deste prêmio? A população petrolinense reclama sem razão, pois temos o melhor sistema de atendimento à Saúde Básica do Estado? Quantas Petrolinas existem?
Por: Adão Lima de Souza