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ELEIÇÕES: Os princípios, os fins, os meios

Política

Princípios? Deixa pra lá. Beto Albuquerque, ligado ao agronegócio, é vice de Marina, que prefere a floresta como ela é. E ambos estão no Partido Socialista de Paulo Bornhausen, da mais tradicional oligarquia catarinense, para quem até há pouco a palavra “socialista” era usada apenas como xingamento.

Dilma, que considera Fidel Castro um personagem quase tão importante quanto Lula, que foi presa e torturada pela ditadura, está aliada a José Sarney, que foi presidente do partido de apoio à ditadura e que só tem em comum com Fidel Castro a predileção por um tipo de roupa – a farda, até há algum tempo, para um; o fardão, até hoje, para outro.

Aécio, o pragmático, que herdou do avô Tancredo a aversão às ideologias, tem como vice um ex-guerrilheiro comunista, ligado a seu adversário Serra – de quem agora gosta, mas preferiria bem-passado e com maçã na boca.

Há três bons motivos pelos quais os candidatos esquecem seus princípios: primeiro, porque nunca foram assim tão radicais; segundo, porque os fins a que se propõem (defesa do bem e combate ao mal, apoio à saúde e rejeição à doença, e outras platitudes) são tão importantes para o país que os princípios, tadinhos, têm de ser flexibilizados.

O terceiro motivo é o mais importante: para fazer campanha à vontade, gastando o que for preciso, é necessário obter os meios. Pela abundância de meios, políticos fazem boi voar e passarinho devorar o gato. Para eles, fora do poder não há salvação (embora sempre deem um jeito de salvar-se).

Para nós, cidadãos, estando eles dentro ou fora do poder, salvação não haverá.

Fonte: Escrito por Magno Martins no seu blog.

CONVENÇÃO: Marina diz que PSDB e PT já tiveram suas chances

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Discursando na convenção da Frente Popular por Pernambuco, em Recife, a pré-candidata a vice-presidente da República ao lado de Eduardo Campos, Marina Silva, disse que a aliança com Campos não é construída por interesses financeiros, mas pelo ideal de melhorar o país. E que chegou a hora de sair da dicotomia PT/PSDB. Marina cutucou também o palanque tucano afirmando que o PSDB já teve a sua chance de transformar o Brasil, mas cometeu muitos erros, como o PT.

“Seremos um cordão de três pernas que é mais difícil de quebrar. Eu, você Eduardo e o povo brasileiro. Esta aliança não é feita de cifras milionárias, mas em cima de ideias. Estamos fazendo uma aliança em dois turnos: uma aliança com cada homem e cada mulher, e no segundo turno uma aliança para governar”, discursou, em tom enérgico, lançando o slogan “um passo a frente: Eduardo presidente”.

“O PSDB teve a sua chance e também cometeu muitos erros. O PT teve a sua chance, deu a sua contribuição e também cometeu mutos erros. Estão tentando amedrontar as pessoas dizendo que iremos tirar o bolsa-família. Não é verdade. Neto de Miguel Arraes não faz isso. Esta é uma aliança que veio para nos juntar pelo Brasil que queremos. Um passo a frente: Eduardo presidente”, bradou a ex-senadora.