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Gleisi Hoffmann diz que eleição sem Lula será fraude
Presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann divulgou um vídeo nas redes sociais em que defende a absolvição do ex-presidente Lula.
“Nós não vamos aceitar qualquer outro resultado que não a absolvição do presidente Lula nesse processo que está nas mãos do juiz Sergio Moro e que se refere ao tríplex”, diz Gleisi.
“Não há prova nenhuma contra o presidente Lula”, afirma.
Em seguida, Gleisi diz que membros do partido se reuniram na sede nacional do diretório para divulgar a nota.
“Não vamos aceitar a condenação ao presidente Lula porque entendemos que essa condenação tem como único objetivo impedir o presidente Lula de disputar as eleições”, disse.
“Sem Lula, as eleições presidenciais não terão legitimidade e não passarão de fraude”, afirma.
Lula citado 68 vezes na sentença que condenou Palocci
Mesmo não sendo réu na ação penal que condenou Antonio Palocci a doze anos, dois meses e vinte dias de reclusão, o nome do ex-presidente Lula é citado 68 vezes na sentença do ex-ministro, seja em trechos destacados pelo juiz Sergio Moro ou nas transcrições dos depoimentos que foram usados como provas para estipular as penas de cada réu. O ex-presidente da República deverá conhecer nos próximos dias sua primeira sentença na Lava Jato, no caso da compra do tríplex no Guarujá.
Em um dos trechos da sentença, o juiz Moro, ao analisar o conteúdo de e-mails, cuida de identificar o personagem “italiano”, que tinha influência junto ao presidente Lula. “Percebe-se ainda que ‘Italiano’ é a pessoa com acesso ao então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que é também o caso de Antônio Palocci Filho”, escreve o juiz. “Chama ainda a atenção a referência de que, apesar do veto, seriam cogitadas alternativas junto ao então Presidente, “tributárias e ou com a Petrobrás”, para compensar o Grupo Odebrecht, prova da intenção de solicitação de contrapartida ilegal em favor dele por parte do Governo Federal”, diz o texto.
O juiz Moro faz nova referência a Lula ao transcrever depoimento do executivo Pedro Novis, da Odebrecht. “(Novis) admitiu que tratou com Antônio Palocci Filho de doações de recursos não contabilizados para as campanhas eleitorais do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e 2006”. Ainda citando Novis, o juiz destaca trecho do depoimento no qual o executivo identifica outro personagem ligado a Lula: “Em indagação da Defesa de Antônio Palocci Filho acerca da mensagem eletrônica do item 317, na qual figura como destinatário, (Novis) esclareceu que ‘Seminarista’ era o codinome de Gilberto Carvalho, então chefe de gabinete do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que ‘Ital’ era Antônio Palocci Filho”.
Em seguida, a sentença faz menção ao codinome do presidente Lula nas planilhas de distribuição de propina da Odebrecht: “A planilha retrataria uma conta-corrente informal entre o Grupo Odebrecht e agentes do Partido dos Trabalhadores, especificamente ‘Italiano‘ que seria Antônio Palocci Filho, ‘Pós Itália’ que seria Guido Mantega e ‘Amigo‘ que seria o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
O juiz Moro também transcreve trechos do depoimento de Marcelo Odebrecht, nos quais o executivo confirma ser Lula o “Amigo” citado nas planilhas: “Marcelo Bahia Odebrecht admitiu que a planilha ‘Posição Programa Especial Italiano foi elaborada ao seu pedido e que retratava ‘o programa que eu tinha com o Palocci’. Todos os pagamentos ali retratados, salvo os lançados a título de ‘Pós-Itália’ teriam sido solicitados ou autorizados por Antônio Palocci Filho. ‘Pós Itália’ seria uma referência a Guido Mantega e ‘Amigo’ ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, escreveu Moro.
Na sentença, o juiz destrincha os valores disponibilizados na conta-corrente geral mantida entre o Grupo Odebrecht e agentes políticos do Partido dos Trabalhadores, com base nos depoimentos dos executivos da construtora. O juiz cita vários valores, como o dinheiro aplicado em eleições no Brasil e no exterior e 12 milhões de reais destinados à aquisição de um prédio para o Instituto Lula, edifício que depois foi recusado pelo ex-presidente.
Lula também aparece no capítulo da sentença destinado a explicar a atuação da marqueteira Mônica Moura, esposa de João Santana. Confrontada com a planilha Italiano, da Odebrecht, diz a sentença, Mônica “confirmou o recebimento de dezoito milhões de reais em 2008 do Grupo Odebrecht, de cinco milhões e trezentos mil reais em 2008 para campanha em El Salvador, com os valores pagos pelo Grupo Odebrecht por solicitação do ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, e, mais relevante para o presente feito, que receberam em 2011 pagamentos no exterior pelo Grupo Odebrecht para quitar dívida relativa à campanha presidencial de 2010”.
O nome do ex-presidente é mencionado ainda no trecho da sentença dedicado ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque. Primeiro, a informação de que o então tesoureiro João Vaccari Neto começou a atividade de arrecadação de dinheiro para o PT em 2007, por indicação do então presidente Lula. O juiz lembra ainda que Duque disse que os valores destinados ao PT iriam para José Dirceu e para o ex-presidente Lula, sendo uma parcela administrada por Palocci. Na sentença, o juiz destaca três encontros que Duque diz ter tido com o ex-presidente Lula após sua saída da Petrobras, em 2012, encontros esses que Lula nega.
Moro manda Lula pagar custo de tradutor para testemunha
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá de arcar com custos de tradução para duas de suas testemunhas que serão ouvidas em ação penal sobre suposto recebimento da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato. A determinação é do juiz federal Sérgio Moro. O magistrado autorizou a ida de um tradutor para Curitiba desde que a defesa pague por estas despesas.
As duas testemunhas, Jonathan Kellner e Juan Giraldez, fazem parte de um rol de 87 pessoas convocadas pela defesa. O advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Lula, havia informado a Moro sobre a “imprescindibilidade” de um profissional “com expertise na tradução da língua inglesa para a língua portuguesa e vice-versa” para acompanhar as audiências. “Em que pese as referidas testemunhas residirem no Brasil, devendo possuir certo conhecimento de nosso idioma, é prudente que seja designado tradutor para acompanhar o ato”, requereu o advogado de Lula.
Moro autorizou o uso de um tradutor. “Sendo prova de interesse da defesa, deve ela providenciar a vinda de tradutor para Curitiba ou para São Paulo para realizar a tradução e arcar com os custos decorrentes.”
A Polícia Federal encaminhou para a força-tarefa do Ministério Público Federal o inquérito que apura crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro supostamente praticados pelo ex-presidente Lula em sua empresa de palestras, a LILS Palestras, Eventos e Publicações – aberta em 2011, após o petista deixar o governo.
Essa investigação no âmbito da Lava Jato é uma das que ainda poderão virar denúncia criminal, a ser apresentada ao juiz Moro, que conduz a operação na primeira instância. Em nota, o Instituto Lula negou irregularidades e afirmou que “todas as palestras do ex-presidente foram feitas e pagas com as devidas emissões de notas e pagamento de impostos”.
O instituto disse ainda que cobrou o mesmo valor e condições para palestras em mais de 40 empresas e setores diversos, e que todas as informações sobre as atividades estão disponíveis na internet.
Tríplex
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou ontem pedido de liminar feito pela defesa de Lula da Silva para suspender a ação penal sobre o triplex no Guarujá. O petista é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção pela força-tarefa da Lava Jato.
STF envia a Moro novos pedidos de investigação contra Lula
Lula poderá ser investigado por cinco crimes citados por delatores da Odebrecht, todos relacionados com o esquema de propinas da empresa e caixa 2 do PT.
De acordo com O Globo, os pedidos foram encaminhados por Edson Fachin, ministro relator dos processos da operação no Supremo Tribunal Federal, a Sérgio Moro.
A partir de agora, o Ministério Público Federal tem 15 dias para abrir inquéritos referentes às acusações, que poderão ser agrupadas, sem necessidade de serem investigadas individualmente.
Entre as denúncias estão envolvimentos em compra de terreno de 12 milhões de terreno para o Instituto Lula e 700 mil para reforma do sítio de Atibaia. Lula deu entrada no STF para que o processo troque de mãos e saia da alçada de Sergio Moro.
“Não tem nenhum fato que ocorreu naquela cidade e não há qualquer relação com a Petrobras ou com a Lava Jato”, disse o advogado Cristiano Zanin Martins sobre o fato do processo correr em Curitiba. E completou: “Desde março de 2016, aquele juízo vem praticando grosseiras violações a garantias fundamentais do ex-Presidente que não foram contidas pelas vias recursais internas e por isso foram levadas ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, onde aguardam julgamento”.
MPF vai investigar US$ 80 mi da JBS para Lula e Dilma
A Procuradoria da República do Distrito Federal instaurou inquérito para investigar o suposto repasse de US$ 80 milhões do Grupo J&F para os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do Partido dos Trabalhadores. A investigação é um desdobramento do acordo de colaboração premiada firmado pela Procuradoria-Geral da República e executivos do Grupo J&F, dono da JBS.
O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi instaurado pelo procurador Ivan Marx porque o desmembramento promovido pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), baseou-se na conexão dos fatos narrados pelos delatores com a Operação Bullish. Deflagrada em 12 de maio, a operação mirou os aportes bilionários do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) nas empresas do Grupo J&F.
Na delação, Joesley Batista narrou que, em 2009, foi criada uma conta para receber os repasses relacionados a Lula e, no ano seguinte, outra foi aberta para envio de valores relacionados a Dilma. O empresário revelou que, em dezembro naquele ano, o BNDES adquiriu de debêntures da JBS, convertidas em ações, no valor de US$ 2 bilhões, ‘para apoio do plano de expansão’.
“O depoente escriturou em favor de Guido Mantega, por conta desse negócio, crédito de US$ 50 milhões e abriu conta no exterior, em nome de offshore que controlava, na qual depositou o valor”, relatou Joesley.
Segundo o empresário, em reunião com Mantega, no final de 2010, o petista pediu a ele ‘que abrisse uma nova conta, que se destinaria a Dilma. Nesse momento, disse o delator, foi perguntado a Mantega se Lula e Dilma sabiam do esquema. “ Guido confirmou que sim”, disse ele.
Em outro caso, Joesley declarou que foi feito um financiamento de R$ 2 bilhões, em maio de 2011, para a construção da planta de celulose da Eldorado. O delator disse que Mantega ‘interveio junto a Luciano Coutinho (então presidente do BNDES) para que o negócio saísse’.
O empresário declarou que depositou, ‘a pedido de Mantega’, por conta desse negócio, crédito de US$ 30 milhões em nova conta no exterior, “O depoente, nesse momento, já sabia que esse valor se destinava a Dilma; que os saldos das contas vinculadas a Lula e Dilma eram formados pelos ajustes sucessivos de propina do esquema BNDES e do esquema-gêmeo, que funcionava no âmbito dos fundos Petros e Funcef; que esses saldos somavam, em 2014, cerca de US$ 150 milhões.”
Em outra ocasião, em novembro de 2014, Joesley disse que ‘depois de receber solicitações insistentes para o pagamento de R$ 30 milhões para Fernando Pimentel, governador eleito de Minas Gerais, veiculadas por Edinho Silva (tesoureiro da campanha de Dilma em 2014), e de receber de Guido Mantega a informação de que “isso é com ela”, solicitou audiência com Dilma’.
“Dilma recebeu o depoente no Palácio do Planalto; que o depoente relatou, então, que o governador eleito de MG, Fernando Pimentel, estava solicitando, por intermédio de Edinho Silva, R$ 30 milhões, mas que, atendida essa solicitação, o saldo das duas contas se esgotaria; que Dilma confirmou a necessidade e pediu que o depoente procurasse Pimentel”, narrou aos investigadores.
Com a palavra, a defesa de Lula
A defesa só vai fazer comentário quando tiver acesso ao material, mas reitera que Lula é inocente.
Com a palavra, a defesa de Dilma
Sobre contas na Suíça
“É fantasiosa a versão de que a presidenta eleita Dilma Rousseff seria beneficiária de conta na Suíça, ainda mais sob a titularidade do senhor Joesley Batista, que movimentaria recursos a seu bel prazer. Ela nega que tenha recebido qualquer benefício pessoal do empresário, ainda mais financeiro. Essa versão não se sustenta e sua falsidade será atestada na Justiça. Dilma Rousseff jamais teve contas no exterior.”
Sobre Joesley Batista
1. Dilma Rousseff jamais tratou ou solicitou de qualquer empresário, nem de terceiros doações, pagamentos ou financiamentos ilegais para as campanhas eleitorais, tanto em 2010 quanto em 2014, fosse para si ou quaisquer outros candidatos.
2. Dilma Rousseff jamais teve contas no exterior. Nunca autorizou, em seu nome ou de terceiros, a abertura de empresas em paraísos fiscais. Reitera que jamais autorizou quaisquer outras pessoas a fazê-lo.
3. Mais uma vez, Dilma Rousseff rejeita delações sem provas ou indícios. A verdade vira à tona.
Temer e Aécio acreditavam que Lula era o único alvo?
Desde que a operação Lava Jato foi deflagrada, com ampla cobertura da mídia, o PT adotou o discurso de que se tratava de uma investigação direcionada e que tinha Lula como alvo. Militantes petistas abraçaram esse discurso. Parcela da opinião pública foi seduzida por ele.
Mas o que não se sabia, até ontem, é que Temer e Aécio também acreditaram que Lula era o único alvo. E que, ambos, podiam fazer o que quisessem pelos cantos.
Acreditavam que estavam imunes ou que a PF e o MP estavam entretidos demais para acompanhar suas travessuras.
Na noite de sete de março, na comemoração dos 50 anos de jornalismo de Ricardo Noblat, o deputado Miro Teixeira (Partido Verde-RJ) sentenciou sobre os que perguntavam — onde isso vai parar?: “Eles querem saber se chegará neles”.
A afirmação de Miro foi feita depois de relato de pergunta feita, num shopping de Brasília, pelo ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira: “Onde isso vai parar?” No caso de Ferreira, ele acabou preso na Operação Custo Brasil e é um dos réus da Lava Jato.
A luz dos novos fatos a pergunta pode ser interpretada como um sinônimo do discurso do atual governo e dos seus: “A Lava Jato precisa ter um prazo para terminar”. Argumentavam que isso seria bom para o país e para sua economia. Bom, o que dizer disso agora? Sem falar na decisão, de manter em seus cargos, os ministros envolvidos na Lava Jato.
Mas o mundo não caiu nem a terra tremeu. O que caiu foi o discurso do bloco político que comanda o país. Como já ocorreu com o governo Dilma, o que está tremendo é o governo Temer. Ou do ex-presidente, como disseram, num ato falho, jornalistas de televisão.
Chega a ser bizarro o que aconteceu. Os donos da J&F estão mergulhados na Lava Jato, investigados pelo Polícia Federal e o Ministério Público há anos. Mesmo assim, o presidente da República e o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, se sentiram liberados e abriram o coração. Mata? Controla o Eduardo Cunha?
Os empresários Joesley e Wesley Batista criaram as condições para que se fizesse um serviço completo. Gravação de áudios! Filmagens de cenas flagrantes! Um primo do senador tucano recebeu valises de dinheiro. O jovem deputado Rocha Loures, copa e cozinha de Temer, recebeu frasqueiras de grana.
Os fatos ampliaram o ambiente de incerteza. Ele não se resume mais à indagação se Lula poderá ou não ser preso? Ou se as reformas seriam ou não aprovadas? Quem mais poderia ser preso? O Congresso vai aprovar as reformas da previdência e trabalhista enviadas pelo governo? Temer conseguirá entrar para a história como o presidente das reformas?
O Bloco PSDB-PMDB conseguirá ter um candidato orgânico? Ou apostará num outsider? Como fez a UDN com Jânio Quadros. O TSE cassará a chapa Dilma-Temer ou vai deixar para lá. Michel Temer continua em campo ou vai para o chuveiro?
A opinião pública aceitaria que o Congresso elegesse um presidente? Políticos que fazem tricô com Temer seriam aceitos no comando do país? Haveria força e disposição política para antecipar a eleição presidencial? Se isso ocorrer, ela será solteira? Como a que elegeu Collor. O mercado, e seus porta vozes, vai manter seu aval e sua aposta nesse governo.
O que se sabe é que Temer, o PMDB e o PSDB não têm músculos para segurar a onda. A única certeza possível é a de que Temer não abrirá mão do cargo, pois isso seria uma confissão de culpa. Mesmo que travestido com o discurso de que se está pensando no país. Por isso, os governistas devem remar: “Se a canoa não virar, / Olê, olê, olê, olá / Eu chego lá…” Onde?.
Por: Site Os Divergentes
Ildo Sauer, um estranho na Petrobras
O professor Ildo Sauer, 62 anos, responsável pela área de gás da Petrobras, de 2003 até 2007, quando foi demitido por Lula, é um dos poucos diretores da estatal na gestão petista a sair ileso de qualquer acusação de falcatrua. “Lutei como nunca e perdi como sempre”, diz, encarando a situação, hoje, da mesma maneira que disse na carta de despedida “sem alegria e sem espanto”:
— Só que o que pareciam ser grandes equívocos e incompetências eram crimes!
Na Petrobras, Ildo Sauer, mesmo tendo forte militância petista, trombou o tempo todo com Dilma Rousseff, então ministra das Minas e Energia. Saiu dizendo que a futura presidente era incompetente e que não entendia do setor de energia. Também enfrentou o senador petista Delcídio Amaral, acusado pelo professor de ter causado um prejuízo de, pelo menos, R$ 2 bilhões à Petrobras na época em que foi diretor de gás no governo FH, graças à política de construção das termoelétricas. Por causa de uma delas (a cearense “TermoLuma”, numa referência a Luma de Oliveira), brigou com Eike Batista, que, na época, era casado com a ex-modelo.
Isto Posto…Quantos mais mentirão sobre o Lula?
A defesa do ex-presidente Lula tem insistido que as chamadas delações premiadas negociadas em Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato, só prosperam se os colaboradores estiverem dispostos a entregar o presidente-operário e o PT. Até que ponto isto é verdade, o tempo dirá.
Todavia, sem adentrar o mérito se são verdadeiras ou não as afirmações feitas por ex-integrantes dos governos petistas, a exemplo de Renato Duque, que após ser condenado a pelo menos três décadas de prisão, e que depois disso resolveu colaborar com a Justiça Federal, confessando que recebeu propinas e que o Lula tinha conhecimento do grande estratagema de corrupção na Petrobrás, se sucedeu a colaboração com as investigações do casal de marqueteiros, Mônica Moura e João Santana, os quais afirmaram, peremptoriamente, que não somente Luís Inácio, mas, também Dilma Rousseff tinham pleno conhecimento das falcatruas perpetradas contra a estatal para financiar o projeto petista de trinta anos de poder.
Entretanto, embora o PT tente insistir na tese, cada dia menos crível, de que são vítimas de uma grande conspiração, já que Lula nada sabia da roubalheira, e José Dirceu, João Vaccari Neto e Antônio Palocci são presos políticos e não criminosos comuns, o cerco parece se fechar cada vez mais, a ponto daqueles mais perceptivos acenarem, em cadeia nacional, que estaria à disposição do juízo em Curitiba para colaborar com investigação por mais um ano, como fizera Palocci – o Italiano.
E não tardou para que o acordo fosse negociado. Antônio Palocci, de codinome Italiano na lista de pagamentos de propinas da Odebrecht, Ministro da Fazenda no governo Lula Ministro da Casa Civil na gestão de Dilma Rousseff anunciou nestes últimos dias sua decisão de aderir a Delação Premiada e, como o próprio PT prevê, também entregar Lula e o partido.
Diante disso, após Renato Duque e Antônio Palocci esmiuçarem para a Força Tarefa da Lava Jato todo planejamento de manutenção do imenso estratagema de corrupção e apropriação do erário implantado nas estatais, explicando em detalhes o funcionamento e desnudando sua engrenagem perversa e covarde contra o povo brasileiro, obrigado a trabalhar quase metade do ano para pagar tributos, terão ainda Lula e Dilma e o PT a desfaçatez de negar as acusações dizendo que são mentirosas e fruto, apenas, do anseio desesperado de vítimas de prisões alongadas em busca de benefícios da justiça, como diminuição ou perdão da pena?
É provável que sim, mas, até quando acham que passaram imune, se cada dia fica mais evidente e provado a participação de ambos na roubalheira desenfreada? O tempo também dirá?
Isto posto, depois de Palocci, o Italiano, quem será o amigo a se confessar e negociar uma Colaboração Premiada devastadora na República de Curitiba?
Por: Adão Lima de Souza
Ciro Gomes: Lula racha país em bases odientas, rancorosas e violentas
Paulista de nascimento e cearense de criação, Ciro Gomes já foi prefeito, deputado estadual, deputado federal, governador e ministro dos governos Itamar Franco e Lula. Hoje ele enche a boca para dizer que tem 37 anos de vida pública e é a pessoa mais preparada para ser presidente do Brasil.
“Mais que todos”, afirma, sem modéstia, dizendo que o fato de aparecer estacionado em torno de 5% nas pesquisas de intenção de votos, é “provisório”.
Hoje no PDT, ele já passou por sete diferentes partidos. Defende-se dizendo que falta identidade partidária a “100% dos políticos brasileiros”, inclusive ao ex-presidente Lula.
Dono de um estilo franco e impulsivo que há anos lhe rende a fama de “destemperado”, ele admite que tem medido mais as palavras. Ao falar do deputado federal Jair Bolsonaro lembra que este lhe deu um voto na disputa presidencial de 2002 e diz que atualmente ele cumpre um papel importante ao atrair os antipetistas, afastando-os dos tucanos.
Mas Ciro Gomes continua sem poupar adjetivos mais contundentes quando se refere a nomes como o do presidente Michel Temer, do ex-presidente Lula, e do prefeito de São Paulo, João Doria. Diz que não sabe ao certo “se Temer chefia uma quadrilha ou um bando de patetas”. Doria, por sua vez, é um “farsante”. E Lula, para ele, “é o grande responsável por este momento político trágico que o Brasil está vivendo”.
Questionado se tem medo de “bater” em Bolsonaro, Ciro dispara: “Eu tenho medo de quê, mulher? Eu tenho coragem de mamar em onça. A guerra entre a turma dele e a minha na internet é uma coisa selvagem. Mas eu não. Tu achas que vou me preocupar com isso? Estou preocupado é com o Brasil”, disse à BBC Brasil, em Londres.
Na Inglaterra, o ex-governador participa do Brazil Forum UK, evento que reúne neste fim de semana acadêmicos, políticos e economistas para falar do Brasil. Ele diz que não quer se encontrar com o juiz Sérgio Moro, um “garoto” deformado pelo “aplauso e pela juventude” que “sucumbiu” e foi arrastado por Lula para a arena política. Ele afirma estar mais interessado na palestra do economista André Lara Resende, um dos criadores do Plano Real.
Leia a seguir trechos da entrevista concedida por Ciro Gomes à BBC Brasil em Londres.
BBC Brasil: Como o senhor prefere ser chamado? Ministro, ex-governador, tem alguma preferência?
Ciro Gomes: Ciro. Ciro é minha preferência. Se você quiser ser agradável, gentil, você chama pelo maior cargo de acesso popular que a pessoa terá tido.
BBC Brasil: Então é governador.
Ciro Gomes: Isso. Mas eu prefiro Ciro.
BBC Brasil: O senhor estava trabalhando para a Transnordestina Logística, da CSN. Largou o emprego logo após a posse do governo então interino Michel Temer e voltou a fazer política em tempo integral. O senhor se considera uma antítese do que muito eleitor parece estar procurando neste momento? Já que está na moda eleger iniciantes ou aqueles que insistem em dizer que não são políticos?
Ciro Gomes: Alguns defeitos assim chamados meus, da minha vida pública, tipo uma certa franqueza, uma certa aspereza nas palavras, hoje são vistos como um valor, como não-hipócrita. E esse é um valor procurado. Mas eu, evidentemente, não aceito entrar nessa onda mentirosa, mistificadora de que um político não faz política ou quem faz política é um não-político. Isso é tudo uma leitura de marketing barato para tentar ser idiota e presumir que o povo é idiota. Na verdade, eu represento um projeto alternativo para o Brasil há muitos anos. Esse projeto tem se aperfeiçoado, tem se aprofundado, tem um pouco mais de lucidez, com os pontos nevrálgicos da questão socioeconômica brasileira e isso faz a diferença da minha personalidade no processo de debate no Brasil.
BBC Brasil: Falando em se colocar como uma terceira via, ou como uma possibilidade, o senhor tem dito que só sai candidato à presidente da República se o seu atual partido, o PDT, quiser. Mas as pesquisas mais recentes colocam o deputado federal Jair Bolsonaro e o prefeito de São Paulo, João Doria, como os únicos em condições de competir com o ex-presidente Lula. Como o senhor avalia esses resultados? O fato de o senhor estar estanque nos 5% das intenções de votos hoje pode ser motivo suficiente de o PDT desistir de lançar o seu nome?
Ciro Gomes: Sei bastante bem com minha experiência o que isso significa. Uma pessoa que pensa o que eu penso, que fala o que eu falo, que tem os conflitos que eu tenho ao longo de uma vida de 37 anos de experiência… Não tenho sequer um inquérito para ser absolvido e isso não é nada mais que uma obrigação, mas nesses tempos horríveis que o Brasil está vivendo é um adicional de atributos que o país está procurando. Essas pesquisas, com a experiência que tenho, não representam absolutamente nada, a não ser o retrato desse momento. E esse retrato é o de um povo machucado, 14,3 milhões de desempregados, quase 9 milhões de brasileiros empurrados para a informalidade, para o biscate, o trabalho na rua. A política para essas pessoas é um ruído, associado com esse escândalo de corrupção e, na hora própria, isso vai se alterar profundamente. Isso não quer dizer que eu inverta as coisas, mas isso tudo é provisório.
Fonte: BBC Brasil
Palocci decide fazer acordo de delação com Lava Jato
O ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci decidiu negociar um acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato e comunicou a sua intenção a seu advogado de defesa, o criminalista José Roberto Batochio, inclusive dizendo que ele terá de se afastar do caso.
A negociação do acordo de delação será feita pelos advogados Adriano Bretas e Tracy Reinaldeti, de Curitiba – eles tinham sido dispensados por Palocci após terem sido contratados pelo petista para tocar o acordo de colaboração com o Ministério Público Federal. Agora, Palocci mudou de ideia e decidiu recontratar os advogados, que são especialistas em acordo de delação.
Batochio já protocolou nesta sexta-feira a sua desistência da defesa de Palocci, ao lado de outros três advogados. Na petição, o advogado diz que “deixam o patrocínio da causa, tendo em vista a mudança de orientação da defesa técnica por parte do constituinte”.
Réu em dois processos em Curitiba, Palocci teme que suas condenações possam ultrapassar os 30 anos de prisão. Segundo a reportagem da Folha de S. Paulo, que antecipou a informação nesta sexta-feira, o afastamento de Batochio foi uma exigência da força-tarefa da Lava Jato porque o criminalista é contrário a esse tipo de acordo.