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SENADO CONFIRMA STF E MANTÉM DELCÍDIO PRESO
Em votação aberta, os senadores decidiram que Delcídio Amaral (PT) deverá ser mantido preso, confirmando a posição do Supremo Tribunal Federal. Foram 59 votos para que o parlamentar continue preso e 13 para que ele fosse solto.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) apresentou a votação não como sendo sobre Delcídio, mas sobre o poder do STF de prender senadores por flagrante em crime inafiançável.
O PSB, DEM, PSDB, PSD se colocaram a favor da prisão. “Incorreríamos em péssimo exemplo para o país se decretássemos relaxamento dessa prisão”, disse o senador Aloysio Nunes, líder tucano no Senado.
O senador José Agripino (DEM) disse que estavam todos “vivendo a sessão constrangimento”. “Todos votando contra o coração, mas a favor da razão”, frisou.
O PMDB e o PDT liberaram as bancadas.
O PT votou contra a prisão de Delcídio. “Tudo que veio a publico hoje é de extrema gravidade. Mas imagine se Tribunais de Justiça decidam prender deputados estaduais sem crime em flagrante?”, disse o líder da bancada, Humberto Costa.
Durante a sessão, Renan Calheiros voltou a criticar a ação do STF. “Equilíbrio dos poderes não permite invasão permanente de um poder no outro”, disse.
O senador Roberto Rocha (PSB-MA) propôs uma palavra de reflexão: “A Constituição não estabelece como crime inafiançável organização criminosa”. Ele votou pelo relaxamento da prisão.
Donizeti Nogueira (PT-TO) atacou o STF, que, segundo ele, “decidiu com o fígado”. Ele sugeriu que o Senado deve discutir se ministro do STF não deve ser vitalício e ser eleito. “O STF não é maior do que o Senado”, afirmou.
O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) ressaltou que “todos temos respeito e apreço” por Delcídio, mas, ponderou, “não podemos admitir que ministros iriam errar numa decisão dessas”.
A prisão poderia ser revogada se 41 senadores votassem a favor disso.
Isto Posto … Mauricio Macri e a esquerda latino-americana
Há pouco tempo atrás, era resultado quase certo em toda pesquisa de opinião, os povos sulamericanos expressarem sua profunda decepção com os rumos que a incipiente democracia latino-americana havia tomado.
Os consultados afirmavam sempre que o modelo de sociedade adotado pós-ditaduras escancaradas, que varreram a esperança e a liberdade para longe do continente, estava sendo pautado pelos interesses minoritários daqueles que toda vida lucraram com o sistema de coisas que se impunha com crueldade contra os menos afortunados, pois que os regimes ditos democráticos tentavam sempre conciliar a privação suportada pela população fragilizada economicamente e o desperdício da opulência dos locupletados que faziam feira em Miami, nos Estados Unidos, pagos com o árduo esforço da classe trabalhadora.
A partir do final do século passado, por volta de 1998, por aí, outros ventos começaram a soprar na América do Sul. Os ventos da esperança traduzida numa promessa de uma nova política que satisfizesse a célebre frase dos Teólogos da Libertação, aqueles que como o nosso Leonardo Boff, afirmava que a política da mudança é aquela que se concretiza a partir de uma “opção preferencial pelos pobres”.
Então, assistimos, à revelia dos velhos imperialistas, governos mais inclinados à pauta de reivindicações populares, tomarem as rédeas de nações como Venezuela, Brasil, Argentina, Bolívia, Nicarágua, Guatemala, Paraguai, Uruguai e Peru, empunhando o grito dos excluídos pela promessa de um novo socialismo, o Bolivarismo, uma nova ditadura do proletariado, como ficou conhecido o alinhamento político com o presidente da Venezuela Hugo Chaves.
Agora, parece que ventos impiedosos voltam a soprar sobre a América do Sul, tangendo para longe a possibilidade de se firmarem governos que se coadunem com uma pauta contrária à velha agenda liberal dos capitalistas seculares e modernos, pois estes são eternamente cruéis na persecução do lucro a todo custo.
Então como foi que a esquerda fracassou na América do Sul?
Na Argentina, a vitória do candidato Mauricio Macri parece sinalizar uma direção oposta a governos como o de Dilma, o de Maduro, o de Evo Morales, o de Rafael Correa, o de Cristina Kirchner. Enquanto no Brasil e na Venezuela, reina o clima de insegurança política, de crise institucional, de governos sem credibilidade ou tentando manter sua credibilidade por meio de prisões dos seus opositores como é o caso mais agudo de Nicolas Maduro na Venezuela, cujas pesquisas mais recentes apontam para uma derrota eleitoral no dia 06 de dezembro.
E como explicar esse fracasso? Culpa exclusiva da direita capitalista que despreza qualquer agenda mais socializante? Ou culpa da ineficiência de governos populistas que descuidaram dos primados mais básicos da economia e gastaram o que tinham e o que não tinham, como fizeram Lula e Dilma, no Brasil, no projeto de escravidão de consciência que chamam de políticas afirmativas ou conquistas sociais?
Cabe a Ciência Política explicitar tais questionamentos, já que gozam os cientistas de legitimidade para isso. O que posso dizer é que tanto Lula como Dilma, como Chaves, Evo, Rafael Correa, como Fidel e Raul Castro, pagam o preço que é cobrado quando o outorgado do povo se embevece pelo poder e maquina para nele permanecer vitaliciamente. E a que preço estaria eu me referindo senão o da relutância e, portanto, incapacidade de preparar sucessores capazes de dar continuidade ao projeto de transformação social necessário.
O que geralmente acontece – e o Brasil e a Venezuela são exemplos irrefutáveis dessa prática – é, no apagar das luzes, o detentor do poder, ludibriado pela popularidade que angariou com medidas que mais estabelecem servidão que liberdade, decide escolher alguém sem a menor destreza para o cargo, apenas para provar sua força ou simplesmente não ter adversário a sua altura no próximo pleito. O resultado é o fracasso.
Isto posto, fiquemos atentos aos ventos que começam a soprar na sofrida América do Sul, para que o condor continue abrindo as asas sobre nós. E vivamos “o amor que traz a luz do dia. E deixa que o sol apareça. Sobre a América. Sobre a América, sobre a América do sul”.
Por: Adão Lima de Souza
EL PAÍS: Lava Jato acaba com a impunidade histórica dos milionários do Brasil
Um condenado por corrupção em grande escala deveria cumprir ao menos metade da pena em regime fechado
“Para ir preso no Brasil, é preciso ser muito pobre e muito mal defendido”. A frase, dita por Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal, ilustra o funcionamento da Justiça no país. “O sistema é seletivo, é um sistema de classe. Quase um sistema de castas”, afirmou o magistrado. Essa é a realidade vigente no Brasil desde o seu descobrimento, mas a operação Lava Jato quer se tornar um marco para mudar aos poucos esta escrita.
A detenção nesta terça do pecuarista José Carlos Bumlai, que já chegou a ter 150.000 cabeças de gado, segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo(tem apenas 5.000 agora), é o mais recente capítulo da história. Soma-se a uma lista inaugurada há um ano, no dia 14 de novembro de 2014, quando a PF começou a focar a investigação da Lava Jato no papel dos corruptores.
Os primeiros nomes presos já estão inclusive recebendo sentenças. Isso porque, além de ter levado à prisão executivos e diretores das construtoras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras, o juiz federal Sérgio Moro já sentenciou alguns dos chamados “peixes-grandes”, ainda que em primeira instância: No mês passado, Sergio Cunha Mendes, ex-vice-presidente da empreiteira Mendes Júnior, foi condenado em primeira instância a 19 anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Léo Pinheiro, então presidente da OAS (16 anos e 4 meses de prisão, sendo 2 anos e 8 meses em regime fechado), Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa (15 anos e 10 meses de prisão. Ele está em prisão domiciliar, beneficiado pelo acordo de delação premiada, e em 2018 poderá pedir progressão para o regime aberto), João Auler, ex-presidente do conselho da Camargo Corrêa (9 anos e 6 meses de prisão, sendo 1 ano e 7 meses em regime fechado), e Eduardo Leite, ex-vice-presidente da Camargo Corrêa (15 anos e 10 meses de prisão. Ele está preso em regime domiciliar, uma vez que ele se tornou colaborador da Justiça, e poderá ir para o regime aberto em 2018). Em todos os casos citados ainda cabem recursos – uma vez que a decisão é de primeira instância -, e resta saber se os demais tribunais irão referendar as decisões de Moro.
O mais famoso preso ainda é Marcelo Odebrecht, herdeiro do império da família, que integra a lista de bilionários brasileiros, e que está detido preventivamente há quatro meses. Na prática, milhares de funcionários estão indo trabalhar todos os dias cientes de que seus chefes estão atrás das grades.
Pedro Henrique Pedreira Campos, professor do departamento de História da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e autor de um livro sobre a relação das empreiteiras com a ditadura dos generais, diz que isso é inédito. “Estamos assistindo à prisão de controladores, acionistas e herdeiros dos impérios das construtoras. Nunca imaginei que alguém da família Odebrecht seria preso”, diz. Segundo Campos, “em diversos momentos da história houve denúncias fortes de ilícitos cometidos pelas empreiteiras, com provas e tudo”. Mas em todos esses escândalos os empreiteiros “sempre estavam no papel de corruptor, e quem era penalizado era o corrupto”. O resultado era que políticos perdiam o cargo ou eram forçados a renunciar, “mas o poder econômico ficava intacto”.
Nesse sentido, o julgamento do mensalão foi uma espécie de prenúncio para a Lava Jato, uma vez que o caso terminou com a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello condenada a 16 anos e 8 meses de prisão. O empresário Marcos Valério, apontado como o principal operador do esquema, foi condenado a mais de 30 anos de prisão. Campos faz questão de lembrar que a grande maioria das empresas envolvidas na Lava Jato são “associadas” ao Estado há décadas. “Corrupção não é uma prática recente dessas companhias, é algo que esta na estrutura da relação delas com o Estado”.
Para Marcelo Mendroni, promotor do Grupo Especial de Repressão à Formação de Cartel e Lavagem de Dinheiro do Ministério Público de São Paulo, a Lava Jato acerta ao dar penas altas e aplicar multas aos corruptores. No entanto, segundo ele, provavelmente os empresários envolvidos no esquema cumprirão ao fim dos processos que os persegue poucos anos de prisão em regime fechado. Isso, avalia, prejudica o “efeito pedagógico” do caso.“Um condenado por corrupção em grande escala deveria cumprir ao menos metade da pena em regime fechado antes de poder progredir para o semiaberto”, afirma. Atualmente é possível ir para o semiaberto após cumprir um terço da pena. “Muitos ficarão dois anos presos e ao sair vão viver o resto da vida numa boa na Europa”, diz.
Mendroni aponta ainda o risco de que o entendimento do Judiciário nas demais instâncias seja diferente daquele adotado por Moro. “Muitos membros do Judiciário não acham que as punições para corrupção devam ser tão rigorosas”, afirma. Segundo ele, o Brasil pune com rigor a pequena criminalidade, mas é tímido para punir os “peixes-grandes”.
Mesmo que no final do processo os diretores consigam se livrar do regime fechado, a Lava Jato já tem impacto econômico nos seus negócios. O desgaste de imagem e sem saber quando serão soltos, as empresas que comandam têm ficado à deriva. Isso tem gerado prejuízos na parte mais sensível do mundo empresarial: o caixa financeiro. Nesta segunda, a Camargo Corrêa se desfez de sua participação na Alpargatas, dona da marca Havaianas, um ícone brasileiro, aparentemente pela falta de recursos. A construtora OAS teve sua nota de crédito rebaixada após o envolvimento no escândalo de corrupção, e anunciou há algumas semana que fechou um acordo para vender sua parcela da Invepar para tentar fazer caixa. A empresa, que acumula dívida de 11 bilhões de reais, entrou com pedido de recuperação judicial para tentar renegociar com seus credores. A Odebrecht é outra companhia que teve sua nota de crédito rebaixada.
As perdas econômicas atingem também os trabalhadores: reportagem do jornal O Estado de São Paulo aponta que as empresas envolvidas na Lava Jato já demitiriam mais de 12.000 funcionários desde o início das investigações.
Roberto Romano, professor de Ética e Política da Unicamp, a Lava Jato desnuda as relações pouco republicanas entre o Estado e as empresas. “Quando se fala em poder no Brasil, se pensa quase que exclusivamente no poder político”, afirma. Mas segundo ele, a “estrutura do poder político no país nunca dispensa e nunca dispensou a presença de grandes empresários e oligarcas definindo a ordem social e econômica do país”. Para preservar o arranjo feito, “o poder político sempre absorvia as críticas e as eventuais consequências jurídicas”.
Romano lembra um antigo ditado brasileiro – “Aqui sempre se disse que se pune o corrupto e não se pune o corruptor” – para dizer que “pouco a pouco estão tentando modificar este cenário”. Mas faz uma ressalva, tendo em vista os exércitos de advogados e recursos financeiros e jurídicos que os empresários presos tem a seu dispor: “ainda é cedo para tirar conclusões”.
Recuperando o dinheiro
A força tarefa do Ministério Público Federal que investiga a corrupção na Petrobras já conseguiu recuperar 570 milhões de reaisaos cofres públicos desde que as investigações identificaram o esquema de desvios de dinheiro da companhia. Ao todo, o grupo de promotores e investigadores conseguiu fechar mais de 15 acordos de colaboração premiada, que vão garantir uma restituição voluntária de 570 milhões de reais no curto prazo.
A expectativa é obter 6,7 bilhões de reais para ressarcir os 6,2 bilhões reconhecidos como propinas no esquema, além das multas relativas aos atos ilícitos. Esse valor, no entanto, depende de uma série de mudanças nas leis, que garantiriam a recuperação mais ágil do dinheiro que foi tomado. “Precisamos de medidas contra a corrupção e a impunidade”, disse o procurador Deltan Dallagnol, que coordena as investigações. Pelas leis vigentes, esse valor demoraria até 20 anos para ser ressarcido.
A travessia do mar vermelho
RIBEIROLÂNDIA – O guia genial dos povos barbudos e dos sapos barbados está se perdendo. Se a Mulher Onça tivesse um estalo genial o Messias do cordão encarnado seria nomeado ministro plenipotenciário da Fazenda e da Esplanada dos Ministério para atravessar o mar vermelho da recessão e levar o Brazil à terra prometida de rios de leite e montanhas de cuscuz.
Vocês estão esperando o que para nomeá-lo aiatolá do Brazil? Se já deu lições de governança a Obama e Angela Merkel! Se já tentou ensinar ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, como governar o mundo! Se já disse que teria descoberto o Brazil antes de Pedrálvares se tivesse nascido na era dos descobrimentos! Se já descobriu que a crise é apenas invenção da mídia golpista! Se já ensinou o caminho da China a Napoleão Bonaparte mesmo sem o homem do cavalo branco nunca ter visitado “o império de todos sob o céu”!
E por falar no Império continental, a gente sabemos que o português é o idioma mais difícil do mundo, pois 1,5 bilhão de chineses e japoneses conseguem decifrar e falar aqueles ideogramas complicados e não sabem falar a nossa língua. Mesmo sendo analfabeto de nascença o guia genial aprendeu a falar fluentemente o idioma verde-amarelo, apesar de soletrar certas palavras com algum pobrema e ser portador de alguns cacoetes com aquela voz cavernosa, ou seja, sabe!
Aliás, chineses e japoneses são analfabetos moribundos e de nascença, pois nunca aprenderam nosso alfabeto de 26 letrinhas e só entendem ideogramas primitivos. Ele que magnetiza multidões com sua voz maviosa ao revelar os caminhos da salvação da humanidade! Ele que prometeu levar os brasileiros ao paraíso terrestre (ou ao menos os brasileiros de sua patota)!
Se já decantou maravilhosas Odes a Brecht para ensinar os ditadores africanos a erradicar a fome no continente, mesmo que seja com o dinheiro generoso do BNDES!
Assim falou o sapo vermelho aos seus discípulos: Meireles, tu és Moisés e sobre te edificarei a nova seita para atravessar o mar vermelho da recessão e da bagaceira na economia. Mas, o liberal Meireles é apenas um Levy sob o manto protetor do sapo barbado. O sonho de consumo do bicho é transformar Meireles num novo poste comas luminárias do cordão encarnado para perpetuar a seita no poder. Faltou combinar com os russos e com os brasileiros.
Combinou apenas com os lunáticos e com os caboclos mamadores. Ó mar vermelho da recessão, quanto de tuas águas são lágrimas e suor do povo brasileiro! digo eu à moda da cantiga do poeta Fernando Pessoa. E mais, do povo brasileiro ludibriado, explorado e espoliado pela camarilha vermelha. E mesmo assim os que levaram o Brazil à falência têm seus defensores. Faz parte da taxa de insanidade da humanidade.
Não existe milagre em economia. Nem Levy, nem Meireles, nem Moisés, nem os santos evangelistas conseguirão fazer a travessia do mar vermelho se não houver um choque de credibilidade para reativar os dínamos do mercado e restaurar a confiança do Brazil em si mesmo.
O povo, quem é o povo?! Foi para casa assistir novelas. Quem é mais importante para o Brazil, Sua Excelência Dunga ou o Doutor Levy? Quem sobe-desce na cotação de mercado da série A, B, C do futebol e sei lá o que?! O novo craque contratado promete uma revolução nos gramados e emociona as multidões.
Os brasileiros amam os gramados, amam as novelas, amam a gandaia. Ziriguidum! Os caboclos mamadores amam as tetas da Casa de Misericórdia da Moeda. São os amores de perdição. Esbagaçaram o nosso Brazil e não vai ser fácil recuperar a economia. Estão roendo o osso e querem sugar o tutano. A ânsia pelo poder alimenta todos os instintos primitivos. Assim navegamos no reino do imponderável.
Adalbertovsky, Marquês da Ribeyrolândia
Por: José Adalberto Ribeiro, publicado no blog do Magno Martins.
PASADENA PODE TER RENDIDO PROPINA DE ATÉ US$ 100 MI, DIZ DELATOR
Em depoimento ao Ministério Público Federal, o funcionário da área internacional da Petrobras Agosthilde Mônaco de Carvalho, novo delator da operação Lava Jato, afirmou que a compra da refinaria de Pasadena pela estatal em 2006 pode ter rendido propinas entre US$ 80 milhões e US$ 100 milhões.
Carvalho afirmou que quando a Petrobras pagou US$ 416 milhões à Astra Oil por metade de Pasadena, “todos sabiam que a refinaria estava sucateada, com diversos equipamentos enferrujados”. Ele disse ter ouvido de Nestor Ceveró, então diretor da área internacional, que matariam “dois coelhos com uma única cajadada”, pois ele, Cerveró, sabia que José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal, tinha “alguns compromissos políticos a saldar” e, também, passariam a refinar óleo nos Estados Unidos.
Logo após a visita às instalações da refinaria no Texas, ao alertar sobre as más condições, Carvalho teria recebido um recado de Cerveró: “Não se meta Mônaco, isto é coisa da presidência”.
Carvalho disse ter ouvido do engenheiro Carlos Roberto Barbosa, também funcionário da estatal e amigo de Alberto Failhaber, principal contato da Astra com os executivos brasileiros, que estaria disposto a pagar “a quantia variável de US$ 80 milhões a US$ 100 milhões para resolver definitivamente o problema”. Isso teria ocorrido no auge da disputa, entre 2010 e 2012.
Segundo ele, o fim do litígio, com a compra da totalidade de Pasadena, foi fechado diretamente pelo então presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, com o presidente da Astra, Gilles Samyn, numa reunião em Copenhagen.
Carvalho ressaltou que nenhuma outra decisão tomada pela diretoria executiva da Petrobras até então havia sido aprovada tão rapidamente pelo Conselho de Administração da companhia. Na aprovação da compra, a reunião do conselho foi agendada para o dia seguinte e, observou Carvalho, nenhum conselheiro se insurgiu ou pediu qualquer esclarecimento sobre a proposta de compra – que causou prejuízo de mais de US$ 700 milhões à estatal.
PF: filho de Lula não explica ganho de R$ 2,5 milhões
Luís Cláudio da Silva é o filho caçula do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele tem 30 anos e é formado em educação física. Depois de trabalhar para times de futebol em São Paulo, Luís Cláudio resolveu se aventurar no mundo do marketing esportivo. Para isso, abriu uma empresa, a LFT, que não tem nenhum funcionário além dele. Logo, começou a prosperar. O primeiro contrato foi com o Corinthians, o time do coração do pai – que, na época, trabalhou abertamente para que a construtora Odebrecht viabilizasse um estádio para o clube, o Itaquerão. Luís Cláudio assinou um contrato de R$ 300 mil por ano com o time paulista, que previa a criação de campanhas de marketing para desenvolver o esporte amador e atividades lúdicas para crianças.
Depois de estrear no mundo empresarial no Corinthians, Luís Cláudio ganhou, entre 2014 e 2015, R$ 2.552.400 do escritório de consultoria de Mauro Marcondes, Marcondes & Mautoni, cuja especialidade era representar montadoras de carro. Luís Cláudio prestaria à consultoria de Marcondes consultoria técnica e assessoramento empresarial de marketing esportivo. E foi aí que começaram os problemas em sua vida.
Luís Cláudio agora é um dos investigados pela Operação Zelotes, da Polícia Federal. Seu nome surgiu após a PF começar a investigar Marcondes. Em 1o de outubro, ao noticiar a investigação, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que Marcondes era suspeito de “comprar” medidas provisórias editadas entre 2009 e 2013 para favorecer montadoras, por meio de incentivos fiscais.
PT, PSDB e PMDB: partidos que o eleitor menos gosta
Uma pesquisa do instituto Ibope divulgada neste domingo pelo jornal “O Estado de S.Paulo” aponta que o PT é a sigla mais citada quando a pergunta foi de qual partido o entrevistado gosta menos. 38% das pessoas ouvidas responderam que é o partido da presidente Dilma Rousseff. O segundo partido do qual os eleitores menos gostam é o PSDB, com 8%. PT e PSDB são os principais partidos nas eleições para presidente da República desde 1994.
A pesquisa ouviu 2002 eleitores em 140 municípios de todo o país entre 17 e 21 de outubro. A margem de erro é de dois pontos para cima e dois para baixo.
Atrás do PT e do PSDB, o terceiro partido do qual os eleitores gostam menos é o PMDB, com 6%.
No entanto, o maior índice foi da fatia do eleitorado que afirmou não ter simpatia por nenhum partido: 45%.
Imagem junto ao eleitorado
A pesquisa também ouviu a opinião das pessoas sobre como enxergam o PT, o PSDB e o PMDB. O Ibope perguntou se, diante das informações que têm a respeito de cada um dos partidos, os eleitores fazem uma imagem “muito favorável”, “favorável”, “desfavorável” ou “muito desfavorável” a respeito da sigla.
No caso do PT, 40% disseram ter uma imagem desfavorável. Para 30%, é muito desfavorável. 20% disseram que é favorável e 3%, que é muito favorável. O restante não sabe ou não respondeu.
Com relação ao PSDB, 36% disseram ter uma imagem desfavorável. Para 14%, é muito desfavorável. 28% disseram que é favorável e 3%, que é muito favorável. O restante não sabe ou não respondeu.
Sobre o PMDB, 37% disseram ter uma imagem desfavorável do partido. Para 13%, é muito desfavorável. 29% disseram que é favorável e 3%, que é muito favorável. O restante não sabe ou não respondeu.
O que é inflação?
A inflação, tecnicamente, é representada por um índice que mede como os preços, de maneira geral, estão variando na economia. Essa variação é representada em porcentagem e diz respeito à média dos preços em determinado período – preste atenção no plural: “variação média dos preços”, ou seja, de vários produtos, e não de um só, como o tomate.
Por exemplo, se a inflação do mês de junho foi de 0,79%, quer dizer que os preços, em média, aumentaram 0,79% entre esse mês e o anterior. Outro exemplo: se a inflação de 2014 foi de 6,75%, então houve aumento médio acumulado de 6,75% entre o primeiro e o último dia do ano.
E os preços não sobem de maneira uniforme na economia: alguns produtos ficam mais caros e outros continuam custando mais ou menos o mesmo. Algumas coisas ficam até mais baratas.
Por exemplo, diversos serviços sofrem reajustes pesados no início do ano, como as mensalidades escolares. Depois, têm preço fixo ao longo dos próximos meses. Outros, como alimentos in natura (frutas, hortaliças, carnes, etc.), sofrem mudanças de preço quase que diárias. A inflação, portanto, nos informa qual foi (mais uma vez em negrito, para não restarem dúvidas) a média das variações dos preços.
Por esses motivos, se você percebeu que o tomate aumentou uns 15% na feira perto da sua casa, mas a inflação divulgada pelo governo foi de 1%, isso não quer dizer que os índices estão sendo manipulados.
Por quê?
Porque, claro, uma inflação de 15% pode revoltar qualquer um de nós. Mas, não, o governo não está manipulando o cálculo do índice.
Nada disso.
Essa diferença entre os dois dados indica, apenas, que esse aumento gigantesco no preço do tomate foi compensado por elevações menores e/ou quedas de preços de outros produtos.
Como a inflação é calculada?
Existem vários índices de inflação para medir a variação média dos preços de vários produtos: preços ao consumidor, no atacado, para o setor de construção, etc. Eles diferem entre si, obviamente, no conjunto de produtos considerados para calcular a inflação. Focaremos, aqui, nos índices de inflação mais famosos: aqueles que medem a variação dos preços para o consumidor.
Nesse caso, a inflação é calculada a partir de um índice de preços. É uma média ponderada das variações de preços dos itens mais consumidos: alimentos, roupas, eletrodomésticos, produtos de limpeza, aluguel, gastos com saúde, educação e lazer… Enfim, uma cesta de vários produtos entra na conta do índice. E ele dá uma ideia de como tem variado o custo de vida de um mês para outro para todos nós.
Como dito acima, o índice de preços é uma média ponderada.
Quando uma média é ponderada, ela não é calculada da forma convencional, na qual somamos todos os valores e dividimos pela quantidade deles. Se a média é ponderada, os itens têm pesos diferentes. Esses pesos são determinados pela chamada Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), que, por sua vez, estima como as famílias brasileiras distribuem seu orçamento entre os mais diversos produtos e serviços.
O mais importante entre os índices de preços ao consumidor no Brasil é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA é utilizado pelo Banco Central do Brasil para guiar as suas ações de política monetária. Ou seja, para decidir o que fará para manter um ritmo de avanços dos preços que considera o ideal. No IPCA, o grupo utilizado para a obtenção dos pesos são famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos das regiões metropolitanas do País. A última POF foi realizada em 2008-2009 e, desde então, os pesos são os mesmos.
Quanto maior a importância de um item no orçamento dos consumidores, mais peso ele terá no cálculo do índice. Por exemplo, em julho de 2015 noticiou-se que o reajuste nas loterias (30,9%) ajudou a puxar a inflação do mês anterior para cima. Mas loterias têm um peso muito pequeno no IPCA, de apenas 0,41%.
Compare por exemplo com a gasolina, que tem um peso mais de 10 vezes maior.
Por que tão maior?
Porque as pessoas gastam muito mais dinheiro com gasolina do que com apostas na loteria. Entendeu? Quanto mais consumido o produto, maior o seu peso. Mas vamos prosseguir com o exemplo.
Se a única coisa que tivesse ocorrido fosse o reajuste de 30,9% nas loterias (e todo o resto permanecesse parado), a inflação seria de 30,9% × 0,41%, ou seja, de 0,12%. Não é pouco? Não é mesmo, o índice aumentou 0,79% em julho de 2015.
No entanto, serve para ilustrar como um aumento gigantesco de 30,9% em um mês se transforma em uma mera fração da variação do índice de inflação.
Por: Mauro Rodrigues, http://porque.com.br/cards/o-que-e-inflacao/
PSDB agora quer voto impresso nas eleições
Após fazer uma auditoria sobre o resultado das eleições do ano passado, o PSDB divulgou um relatório no qual afirma que o sistema atual é impossível de ser auditado e faz recomendações de mudanças à Justiça Eleitoral, como a implantação do voto impresso.
Os tucanos, que foram derrotados nas eleições presidenciais do ano passado pela atual presidente Dilma Rousseff, afirmam no relatório que o sistema é “vulnerável” e possibilita a ocorrência de fraudes. Concluem, porém, que não tiveram elementos de verificar se houve ou não uma fraude, porque a auditoria teria sofrido restrições e limitações.
O documento é assinado pelo deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), vice-presidente jurídico nacional da legenda, e pelo coordenador jurídico nacional, Flávio Henrique Costa Pereira. Segundo eles, a auditoria custou cerca de R$ 1 milhão, custeados pelo partido.(Da Folha de S.Paulo)
Líder do governo defende permanência de Cunha
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou, ontem, que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não pode ser “condenado” previamente e tem condições de continuar no cargo de comando enquanto durar o processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.
O conselho instaurou nesta terça investigação que pode resultar em absolvição, censura, suspensão ou cassação do mandato do peemedebista. Autores do requerimento que pediu a instauração do processo, a REDE e o PSOL pedem que o peemedebista se afaste das funções.
“Acho que tem [condição de permanecer no cargo]. O processo corre naturalmente. Ninguém pode ser excluído de suas funções ou condenado sem o trânsito em julgado. E isso também vale para o Conselho de Ética”, disse Guimarães.
O petista afirmou ainda que Eduardo Cunha tem “colaborado” na votação das propostas de ajuste fiscal, mas negou que haja qualquer acordo de troca de favores entre o governo e o peemedebista. “Ele tem colaborado. Ele não tem criado nenhuma dificuldade na votação das matérias. Não tem troca. Eu sou o líder do governo e como tal tenho que dialogar com ele institucionalmente”, disse.
Nos bastidores, parlamentares defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff e da cassação de Cunha falam da possibilidade de o presidente da Câmara fechar um acordo com o governo pela preservação dos dois mandatos. Cunha e representantes do PT negam a possibilidade de colaboração.
Alvo de investigação na Operação Lava Jato, Eduardo Cunha é acusado, no processo por quebra de decoro, de ter mentido em depoimento à CPI da Petrobras, em março, quando disse não possuir contas no exterior.
Documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça ao Brasil mostram a existência de contas na Suíça. O Supremo Tribunal Federal (STF) já abriu um inquérito para investigar as suspeitas. Desde que surgiram as suspeitas, Cunha nega ter recebido “qualquer vantagem indevida de quem quer que seja”. Hoje, ele disse que vai “provar” ao Conselho de Ética que “não faltou com a verdade”.