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‘EXÉRCITO NÃO TEM FORÇA POLÍTICA PARA GOLPE’, AFIRMA SERRA EM LISBOA
O senador José Serra (PSDB-SP) disse nesta quinta-feira, 31, em Lisboa que uma intervenção militar no Brasil só não acontece atualmente porque o Exército não tem mais a força política do passado. Segundo a BBC Brasil, o tucano disse considerar a crise pela qual o País passa mais grave do que a que levou ao golpe de Estado em 1964.
“A situação à época do golpe de 1964 era menos complexa do que a atual (…) Se o Exército brasileiro ainda tivesse a força que tinha naquele momento, não tenha dúvida de que já teria tido uma militarização no país”, disse Serra, ao participar do 4º Seminário Luso-Brasileiro de Direito, na capital portuguesa, organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.
Segundo o senador, o Exército brasileiro há muitos anos não tem força política no País. “A principal diferença entre o cenário atual e o daquela época é que não temos mais um Exército que se apresente como uma força política nos últimos 30 anos. O setor militar esteve ausente e, se Deus quiser, vai continuar ausente da política brasileira”, afirmou.
Serra disse ainda que a troca de poder vai fazer bem à economia brasileira. “Vai haver um clima econômico a curto prazo mais favorável, pelas mudanças das expectativas. Mas esse novo governo vai ter de oferecer uma perspectiva também de médio e longo prazos.”
PETROBRAS: Renan acredita que projeto de Serra será aceito
BRASÍLIA – Pouco antes de se reunir hoje com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, para discutir propostas para o Pré-sal, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse acreditar que a petista vai concordar com o projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que desobriga a Petrobras de ser a operadora única e ter participação mínima de 30% na exploração da camada do Pré-sal. Para o peemedebista, o texto está maduro. O encontro de Renan com Dilma estava marcado para as 17h30.
“Eu acho que a presidente vai concordar (com o projeto), não é uma mudança no marco regulatório, é uma mudança na obrigatoriedade da Petrobras de participar de todos os investimentos do Pré-sal”, disse Renan, na saída do gabinete da liderança do PSDB do Senado após ter recebido o presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), uma agenda mínima de pautas que serão defendidas pela legenda este ano.
O presidente do Senado disse que a crise que afeta a Petrobras “obriga” que o Legislativo faça a mudança na regra da obrigatoriedade de operação da estatal. Segundo ele, isso permitirá que a Petrobras possa ser mais “seletiva” em seus investimentos.
Mais cedo, Renan tinha dito que quer votar a proposta em plenário até está amanhã. O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), acertou com Dilma mudanças ao projeto.
O peemedebista vai sugerir em plenário duas principais mudanças discutidas com Dilma. Uma delas é a que deixa claro que a estatal terá, na licitação de futuros blocos, direito de preferência de participar das concorrências públicas. Outra é a que determina que caberá ao Conselho Nacional de Política Energética responsabilidade em atribuir se a Petrobras terá ou não preferência em um determinado leilão. Dessa forma, a cláusula de preferência para a estatal não será obrigatória. Se passar, o texto seguirá para a Câmara.
Saída de Dias pode ser começo da implosão tucana
O senador Álvaro Dias está oficialmente desfiliado do PSDB. Em busca de abertura por possibilidade de uma candidatura a presidente em 2018, o senador deve assinar nos próximos dias sua filiação ao PV. Já até gravou programa partidário na nova legenda.
A debandada de Álvaro Dias do PSDB, anunciada há alguns meses, pode ser o início do enfraquecimento do maior partido de oposição ao governo, que aglomera muitos caciques dispostos a disputar a Presidência da República para apenas uma candidatura. Até o momento, o senador Aécio Neves, presidente do PSDB e derrotado nas eleições do ano passado, lidera as disputas internas.
Além do senador paranaense, outros dois pesos pesados do PSDB estudam deixar o partido em busca de uma legenda que lhes garanta possibilidade de disputar a presidência: o primeiro é o senador José Serra (SP), que há mais de um ano mantém namoro com o PMDB, sonhando com uma candidatura.
O segundo é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que, por meio do seu vice, Márcio França, tem intensificado conversas sobre as chances de uma migração para o PSB. Sigla que desde 2014, após a morte de Eduardo Campos, abandonou sua ideologia de esquerda para apoiar a candidatura de Aécio Neves no segundo turno.
A fragmentação dos líderes do principal partido de direita pode ser um bom cenário para a esquerda em 2018, seja com o ex-presidente Lula, ou com o ex-governador Ciro Gomes, cuja pré-candidatura será lançada no dia 22. (Do Portal BR 247)
Serra rejeita impeachment e isola Aécio
Em palestra na Universidade de Harvard (EUA), o senador José Serra (PSDB-SP) disse que “impeachment não é programa de governo de ninguém” e defendeu que a oposição precisa ter responsabilidade.
“Impeachment é quando se constata uma irregularidade que, do ponto de vista legal, pode dar razão a interromper um mandato. E eu acho que essa questão ainda não está posta”, disse o senador.
A fala de Serra contraria o presidente do PSDB, Aécio Neves, que disse na última quinta (16) que a sigla pedirá o impedimento da presidente Dilma Rousseff caso se comprove a participação dela nas chamadas “pedaladas fiscais” –manobras feitas pelo Tesouro com dinheiro de bancos públicos para reduzir artificialmente o deficit do governo em 2013 e 2014.
As afirmações se alinham com as do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que no fim de semana afirmou que o pedido de impeachment depende de fatos objetivos e que seria “precipitação” abrir um processo neste momento.
Fonte: blog do Magno Martins.