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Quem manda são os banqueiros. Priu!
RIBEIROLÂNDIA – O Brazil é uma República Federativa dos Banqueiros. Quem manda e desmanda é o sistema financeiro parasitário. Manda mais que a Mulher Onça, que os netinhos da Mulher Onça, mais que o sapo vermelho, que os empreiteiros. E priu! Os banqueiros não têm medo nem da mãe de pantanha.
A lenda do olho de vidro do banqueiro não é lenda, é real. O olho de vidro do banqueiro tem mais calor humano que o olho de nascença. Os olhos de vidro dos banqueiros estão devorando o Brazil. Li, nesta semana passada, uma série de artigos no Diario de Pernambuco, assinados pelo tipógrafo Alexandre Rands e pelo monge Sebastião Barreto Campelo, sobre ajustes/desajustes fiscais, recessão, PIB, economia e finanças. Alguns dados relevantes, em breve análise:
O Brazil tem uma montanha de R$ 2,7 trilhões de dívida pública. O perfil da montanha é um complicador, por ser de curto prazo. As reservas cambiais somam 370 bilhões de dólares, ótimo. Com a taxa Selic de 14,25 %, o Brazil pagou no ano passado R$ 340 bilhões em juros dessa montanha devedora. Fiquei tremendo de susto ao ler esta cifra, ainda hoje estou tremendo.
Dedução lógica, simples aritmética: os programas mais importantes do governo brasileiro são dois: o Bolsa Família e o Bolsa Banqueiro. Os dependentes do Bolsa Família (14 milhões de famílias, segundo governo) consomem R$ 27 bilhões, uma ninharia diante dos centos bilhões abocanhados pelos banqueiros.
O tipógrafo Alexandre Rands é o sucessor do saudoso Antonino José no vetusto Diario. O monge Tião é o São Francisco de Assis de Pernambuco. Eles propõem, em síntese, a amortização de parte da nossa dívida pública com a utilização de 100 bilhões de dólares de nossas reservas cambiais.
Por que o governo não adota essa alternativa lógica, factível e racional, sem riscos de crise cambial? Mistérios do além.
A questão é complexa, sem dúvida, mas na verdade faltam patriotismo, competência e ousadia aos nossos governantes.
O tipógrafo Alexandre Rands é um ufanista, acha que o Brazil tem jeito. Até agora, desde 1500, ainda é um caso de perdição.
Aprendi um dia na vida que não existem milagres. Milagre é efeito sem causa. Não existem milagres na economia. Também aprendi, alhures, algures, que não se dá cavalo de pau em economia. O Brazil vai continua atolado na recessão este ano.
A Mulher Onça continua acreditando que fez tudo certo na economia, todas as leis do mundo é que estão erradas e conspiram contra ela, o mundo todo é golpista. Os postes não erram. Os vermelhos são duros na queda, não dão o braço esquerdo a torcer. Olha aí o caso da Venezuela falida! Eles não querem largar os mamilos do poder. Não existe maldição do petróleo, existe maldição da incompetência, no Oriente ou no Ocidente.
O fanatismo ideológico é irracional, alimenta todos os instintos primitivos, como já disse. Duas agências internacionais de avaliação de risco – Standard &Poor’s e Fitch — tiraram o grau de investimento do Brazil. A agência Moody’s mantem o País no fio da navalha. Não adianta pedir por gentileza para dar boas notas ao filhinho de papai. São dados de realidade. Números são números, já dizia o Conselheiro Acácio.
Estamos na Bolsa de Valores de Nova York, a popular Nyse – New York Stock and Exchange. Ações da Petrobras são oferecidas a preços de laranja na beira da estrada, quem vai querer?! Dois dolarizinhos! Aproveitem a liquidação! Os chamados fundos institucionais não compram, os grandes investidores não compram. As ações estão bichadas e tem caboclos mamadores no pé. Noutros tempos as ações Petr3 e Petr4 já foram vendidas há mais de 12,15 dólares. Por que os investidores institucionais não compram as ações Petra? Porque não confiam no Brazil, não confiam na Petrobras. O imponderável está no ar. Bye-bye Brazil! As avaliações negativas sobre o cenário econômico travam os investimentos nacionais e internacionais e agravam a recessão.
José Adalberto ribeiro é Jornalista, colunista do blog do Magno Martins
Profecias nas nuvens
RIBEIROLÂNDIA – Eu sou um profeta, modéstia à parte. Aprendi com o bem-aventurado Nelson Rodrigues que só os profetas enxergam o óbvio. É fácil ser profeta numa terra de sapos daltônicos que só enxergam os raios vermelhos do prisma. A vida é um caleidoscópio.
Minhas profecias estão escritas nas nuvens do planeta Word, e uma delas foi proclamada nos pergaminhos deste magnífico blog de Magno Martins Fonseca intitulada “Estocar ventos: Prêmio IgNobel”, quando a Mulher Onça lançou a ideia aloprada de estocar ventanias: Alô-som! Alô som! “Os astros revelam: amanhã ou depois de amanhã, questão de dias, ao final de uma batalha inglória contra os sapos ultra-vermelhos e sem conseguir bancar o ajuste fiscal, o ministro Levy vai inventar uma desculpa e pedir demissão. Haverá mais instabilidade e mais incerteza na economia”.
Somos todos Nostradamus na terra do cordão encarnado. São as profecias da bagaceira nacional. O guia genial dos povos barbudos e dos sapos barbados deveria ser escalado pela Mulher Onça para convencer os investidores nacionais e internacionais Standard and Poor’s, Fitch e Moody’s de que a economia do Brazil navega num céu azul de oxigênio. Pois não dizem que as lábias dos lábios do cara são capazes até de mover as pirâmides do Egito e as pirâmides de São José do Egito?! Ao menos as milionárias Odes a Brecht moveram montanhas de denários na Venezuela, em Cuba e na África.
Haverá uma batalha árdua para reverter estes cenários plantados em uma década de demagogia e destrambelhos na economia.
Eles repetem o mantra: não haverá golpe. Simples. Haverá recessão e desemprego. Eu repito o mantra nacional: eles quebraram o Brazil e não tem Super Bond que dê jeito. Não tem James Bond que dê jeito. Não tem Mandrake que dê jeito.
São os números que dizem: recessão de 3,5 % do PIB, déficit orçamentário-2015 de mais de 50 a 70 bilhões, dívida pública recordista na casa dos 2,7 trilhões de reais. Os números lacrimejam.
O bem-aventurado Drummond dizia que “lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã”. Eu diria à moda do amado mestre: lutar com os números é a luta mais vã. Entanto lutamos desde o café da manhã. A luta ainda mais vã é contra a irracionalidade das toupeiras vermelhas. Esta é uma nova espécie da flora política. Produz as urticárias vermelhas.
Os registros são de que seis países rebaixados – Colômbia, Uruguai, Romênia, Eslováquia, Letônia e Coreia do Sul – demoraram em média seis anos para recuperar o grau de investimento. Conflagrada em meio à guerra com os terroristas das farc, a Colômbia demorou 12 anos. A Coreia do Sul deu a volta por cima em apenas um ano. (Os terroristas das farc são chamados de “guerrilheiros” pelos vermelhos do Brazil).
Os investidores e as agências internacionais não se comovem com lábias nem com malandragens. Sangrando na recessão, o Brazil ainda nem começou o ajuste fiscal. Se haverá ou não o Impichi da Mulher Onça, este é mais um fator de instabilidade.
Sob o signo da má governança os vermelhos jogaram o Brazil na contramão da história e na contramão de si mesmo. O País vinha de uma década de estabilidade monetária e pedalou no rumo da bagaceira. Se depender da mulher que mais entende de energia no mundo e conseguiu quebrar o setor elétrico, continua a piorar.
O Brazil não é a Colômbia nem a Venezuela, mas o ambiente político está carbonizado. A radicalização tem cheiro de enxofre.
Engano imaginar que o governo acabou. Continua movido pela força da inércia. Eles dizem que se as urnas estão lacradas tudo é permitido. Os carrapatos danificam o coração do nosso Brazil. E o poder causa mais vertigens que as alturas do Everest.
Por: Adalbertovsky, Marquês da Ribeirolândia
Jornalista José Adalberto Ribeiro, colunista do blog do Magno Martins
A travessia do mar vermelho
RIBEIROLÂNDIA – O guia genial dos povos barbudos e dos sapos barbados está se perdendo. Se a Mulher Onça tivesse um estalo genial o Messias do cordão encarnado seria nomeado ministro plenipotenciário da Fazenda e da Esplanada dos Ministério para atravessar o mar vermelho da recessão e levar o Brazil à terra prometida de rios de leite e montanhas de cuscuz.
Vocês estão esperando o que para nomeá-lo aiatolá do Brazil? Se já deu lições de governança a Obama e Angela Merkel! Se já tentou ensinar ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, como governar o mundo! Se já disse que teria descoberto o Brazil antes de Pedrálvares se tivesse nascido na era dos descobrimentos! Se já descobriu que a crise é apenas invenção da mídia golpista! Se já ensinou o caminho da China a Napoleão Bonaparte mesmo sem o homem do cavalo branco nunca ter visitado “o império de todos sob o céu”!
E por falar no Império continental, a gente sabemos que o português é o idioma mais difícil do mundo, pois 1,5 bilhão de chineses e japoneses conseguem decifrar e falar aqueles ideogramas complicados e não sabem falar a nossa língua. Mesmo sendo analfabeto de nascença o guia genial aprendeu a falar fluentemente o idioma verde-amarelo, apesar de soletrar certas palavras com algum pobrema e ser portador de alguns cacoetes com aquela voz cavernosa, ou seja, sabe!
Aliás, chineses e japoneses são analfabetos moribundos e de nascença, pois nunca aprenderam nosso alfabeto de 26 letrinhas e só entendem ideogramas primitivos. Ele que magnetiza multidões com sua voz maviosa ao revelar os caminhos da salvação da humanidade! Ele que prometeu levar os brasileiros ao paraíso terrestre (ou ao menos os brasileiros de sua patota)!
Se já decantou maravilhosas Odes a Brecht para ensinar os ditadores africanos a erradicar a fome no continente, mesmo que seja com o dinheiro generoso do BNDES!
Assim falou o sapo vermelho aos seus discípulos: Meireles, tu és Moisés e sobre te edificarei a nova seita para atravessar o mar vermelho da recessão e da bagaceira na economia. Mas, o liberal Meireles é apenas um Levy sob o manto protetor do sapo barbado. O sonho de consumo do bicho é transformar Meireles num novo poste comas luminárias do cordão encarnado para perpetuar a seita no poder. Faltou combinar com os russos e com os brasileiros.
Combinou apenas com os lunáticos e com os caboclos mamadores. Ó mar vermelho da recessão, quanto de tuas águas são lágrimas e suor do povo brasileiro! digo eu à moda da cantiga do poeta Fernando Pessoa. E mais, do povo brasileiro ludibriado, explorado e espoliado pela camarilha vermelha. E mesmo assim os que levaram o Brazil à falência têm seus defensores. Faz parte da taxa de insanidade da humanidade.
Não existe milagre em economia. Nem Levy, nem Meireles, nem Moisés, nem os santos evangelistas conseguirão fazer a travessia do mar vermelho se não houver um choque de credibilidade para reativar os dínamos do mercado e restaurar a confiança do Brazil em si mesmo.
O povo, quem é o povo?! Foi para casa assistir novelas. Quem é mais importante para o Brazil, Sua Excelência Dunga ou o Doutor Levy? Quem sobe-desce na cotação de mercado da série A, B, C do futebol e sei lá o que?! O novo craque contratado promete uma revolução nos gramados e emociona as multidões.
Os brasileiros amam os gramados, amam as novelas, amam a gandaia. Ziriguidum! Os caboclos mamadores amam as tetas da Casa de Misericórdia da Moeda. São os amores de perdição. Esbagaçaram o nosso Brazil e não vai ser fácil recuperar a economia. Estão roendo o osso e querem sugar o tutano. A ânsia pelo poder alimenta todos os instintos primitivos. Assim navegamos no reino do imponderável.
Adalbertovsky, Marquês da Ribeyrolândia
Por: José Adalberto Ribeiro, publicado no blog do Magno Martins.