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Isto Posto… A má gestão e o suplício financeiro do aluno conduzem a FACAPE à bancarrota!

DCE FACAPEA FACAPE, embora seja Instituição Pública de Ensino Superior que por permissivo legal se furte a obrigatoriedade de observar o Princípio da Gratuidade insculpido no art. 206, inciso IV da Constituição Federal, nem por isso pode deixar de obedecer aos demais comandos normativos preceituados no mesmo dispositivo constitucional.

Deste modo, como a educação tem por objetivo social o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, nenhuma instituição pública (nem privada) de ensino poderá se recusar a cumprir seu dever constitucional de implementar medidas que assegurem a igualdade de condições para o acesso e permanência, garantindo-se sempre a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; e ainda,  o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, além da garantia de padrão de qualidade do ensino e o direito a uma gestão democrática, na forma da lei, que garanta a todos os segmentos da universidade espaços de participação e compartilhamento das decisões sobre a condução do ensino e seu custeio.

A FACAPE, ao contrário das demais instituições públicas de ensino superior, parece se reger por leis próprias, inventadas, á toque de caixa, pelos seus atuais gestores. A práxis administrativa da direção atual se envereda cotidianamente em direção à sofismável certeza de que gestão financeira se consubstancia no ato de cada vez mais gastar e gastar… E gastar desarrazoadamente, já que qualquer insuficiência de caixa poderá ser sempre suprida com novas e abusivas majorações de mensalidades a serem pagas pelos alunos.

Assim, ano após ano, a atual gestão, embora alardeie aos quatros quantos que sua maior contribuição à FACAPE tenha sido promover o equilíbrio financeiro das despesas, mesmo estas se mostrando sempre exorbitantes, haja vista ter passado de um superávit de R$ 530 mil em 2013 para um déficit crescente em 2015, jamais colocou em prática um plano eficiente de contenção de despesas, e segue, principalmente com folha de pessoal, consumindo quase a totalidade da receita arrecada em mensalidades, gerando, com isso, constantemente a necessidade de aumentos cada vez maiores nos preços dos serviços educacionais prestados ao aluno.

Portanto, sendo a FACAPE instituição pública se aproveita da imunidade tributária, cuja carga altíssima é lastimada pelas empresas privadas obrigadas a suportá-la, ao mesmo tempo pratica todos os atos próprios de entidades particulares, podendo custear os desmandos financeiros e a ganância com sucessivos e abusivos aumentos de mensalidades, enquanto as instituições privadas e de ensino sentam à mesa de negociações com representantes estudantis para decidir em conjunto o percentual da majoração mensal.

Isto posto, como não há preocupação da atual gestão em buscar novas fontes de renda para a instituição junto ao mercado, nem nunca houve gestão financeira condizente com as reais necessidades da FACAPE, os atuais diretores se arvoram eternamente na outorga que lhe é concedida pelo Conselho Deliberativo Autárquico (CDA), instância máxima da autarquia e dos votos previsíveis e cativos, e mais uma vez, à revelia dos estudantes, majoraram as mensalidades acima da média do aumento efetivados pelas universidades privadas.

Ousar lutar, ousar vencer! (Carlos Lamarca)

Por: Adão Lima de Souza.

Isto Posto… O altruísmo dos canalhas!

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O Brasil é um país ímpar pelas jabuticabas e pela capacidade inesgotável de criar jabuticabas com qualquer matéria de direito ou de fato.

É comum de tempos em tempos nossa gente brasileira se aglomerar em torno de uma causa nobre como uma campanha de arrecadação de agasalho ou de dinheiro. Anualmente a televisão desfila lista glamorosa de artistas empenhados dias a fio na tarefa de conseguir um milhão, dois milhões para as crianças carentes e abandonadas, para associações de ajuda a deficientes, e por aí vai. Todas estas iniciativas são louváveis pela conotação humanista que congregam e tentam desencadear.

Também é comum, nestes gestos de generosidade espontânea, a participação de certa quantidade de agentes interesseiros que visam apenas seu bem estar quando se lançam ao altruísmo, já que fazer o “bem” nos deixa bem na selfie. É o aqui denominado de altruísmo canalha!

Exemplo disso são os famigerados políticos, sempre aptos a conceder benesses aos seus com o dinheiro dos outros. Todavia, à primeira saia justa a que são submetidos em virtude de não saber explicar a origem de sua fortuna, invocam de pronto as inúmeras ações beneficentes patrocinadas em auxílio aos desvalidos, como se o contribuinte lesado fosse devedor seu de alguma espécie de recompensa pelos atos magnânimos que dispensara tão somente em nome do altruísmo… Canalha!

Não devendo, por isso, a sociedade levar em conta seu desvio de caráter e de dinheiro público para satisfazer a ganância e a perversidade reinante em sua alma.

Outro exemplo também característico se dá com a classe artística. Principalmente com os figurões, os medalhões cujos cachês são altíssimos quando a fonte pagadora é o erário. Haja vista os recentes festejos juninos Nordeste a fora, onde cidades paupérrimas o ano todo – vivendo ora em estado de emergência, ora em estado de calamidade pública – empregam somas vultosas do dinheiro que deveria ir para manutenção da segurança, educação e saúde em contratações de atrações musicais consagradas pela mediocridade imposta a um público alijado do seu direito de escolha.

Esses ditos figurões, “artistas inquestionáveis” pelo grande público, ávidos em abarrotar os bolsos com o dinheiro suado do trabalhador, coautores de esquemas de roubalheiras que perpassam pela anuência manifesta com contratos superfaturados e fraudulentos, aqui e acolá, saltam com bem pensada estratégia midiática de fazer doações do cachê a instituições de caridade, como se ao serem submetidos ao crivo da população quanto a valer  ou não todo o dinheiro que exigiram, com o gesto benevolente se tornassem credores do apreço popular.

Isto posto, já passou da hora de investigar seriamente os contratos pactuados entre os gestores públicos e artistas famosos, pois a cada ano se avolumam o valor pago de cachê, denotando clarividente mancomunação dos artistas e seus empresários com prefeitos e governadores para acharcar os cofres públicos, com total desprezo às urgências de nossa gente. É hora de por fim a esse altruísmo canalha que impera entre a arte e a política. Para que de fato a festa seja For All.

Por: Adão Lima de Souza

Isto Posto… A Dilma de Lóssio

julio-e-ednaldoSeguindo o receituário comum dos políticos populistas, personalistas e demagogos, cuja lista perpassa pelo caudilhismo dos antigos coronéis nordestinos, pela cartilha operária de Lula até a nova política proposta por Eduardo Campos durante sua rápida campanha presidencial em 2014, o prefeito Júlio Lóssio não destoa desse modus operandi ao ofertar à Petrolina sua versão de Dilma Rousseff à corrida eleitoral no município.

Assim como o velho Lula, cuja ambição de se manter no controle do país o fez optar por uma candidata inexpressiva politicamente como era a senhora Dilma Rousseff; assim como saudoso Eduardo Campos, cuja escolha recaiu sobre um técnico em detrimento de políticos profissionais, o prefeito, digamos já experiente politicamente, parece se decidir na mesma linha, digamos também, de sistemático erro de escolha política já que todos que se arrogaram o poder de controle sobre seus pupilos fracassaram, haja vista o maior expoente da afamada “política de postes” chamada Dilma Rousseff que se tornou responsável pelo declínio da economia do país e do Partido dos Trabalhadores, além de nada poder fazer para impedir a derrocada moral de seu padrinho Lula, hoje ameaçado de ser preso a qualquer momento.

Então, façamos uma reflexão sobre a escolha do prefeito. O vereador Ednaldo Lima, famoso por conduzir um programa federal de habitação, reúne as condições para gerenciar uma cidade do porte de Petrolina? Depois de reiterados exemplos de rebeldia dos chamados “postes políticos”, incluindo o atual gestor, fruto da criação das forças políticas da cidade, o prefeito acredita mesmo que manterá o controle administrativo do município sem um mandato? Ou será que tal escolha pretende esconder algum acordo onde o mesmo grupo político que o escolheu em 2008, e agora, decide antecipadamente, o ganhador e, ao mesmo tempo, o perdedor em troca de benesses como o controle da Codevasf, tão cortejada pelos políticos locais.

Isto posto, caro eleitor petrolinense, é bom ficar de olho aí. Parece estranho que político como o atual prefeito se decida por nome sem a devida expressividade política na cidade, considerando que ele próprio teve que fazer acordo com as forças dominantes para se eleger e se manter a frente da administração municipal. Qual a verdadeira intenção de apostar numa nova Dilma?

Por: Adão Lima de Souza

Isto Posto… Os tipos específicos do golpe!

Romero JucaNeste episódio do impeachment de Dilma Rousseff, o conflito se desenrola entre tipos bens específicos. Vejamos.

De um lado temos os românticos, petistas ou simpatizantes, que se esforçam para se convencerem de que houve um grande golpe da direita conservadora e reacionária, da grande mídia, do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal e do juiz Sérgio Moro, mancomunados todos com  a Agência Central de Inteligência (CIA) do  imperialismo norte americano, numa trama digna dos grandes clássicos cinematográficos de Hollywood,  contra um governo progressista que, apesar da roubalheira escancarada, simbolizaria a luta e a manutenção de conquistas sociais imprescindíveis ao povo brasileiro, razão pela qual deveriam ter seus crimes perdoados em nome da gratidão e da servidão de consciência.

De outro lado, encontramos os cínicos, militantes e correligionários petistas e do que se convencionou chamar de esquerda brasileira, habituados às benesses financeiras que o loteamento de cargos na administração pública proporciona, ávidos à manutenção de estratagemas de pilhagem do dinheiro do povo a fim de se locupletarem, empenhados decididamente em convencer aquela parcela de românticos incautos de que há de fato um grande golpe em curso, orquestrado pelos inimigos do povo para apear do poder o mais ambicioso projeto de transformação social já posto em andamento por um partido político, cujos efeitos benfazejos e duradouros para a população em geral, justificaria a condescendência com a prática dos crimes comuns impetrados pelos seus maiores expoentes.

Pairando sobre os dois tipos citados – o romântico e o cínico – estaria a casta política tradicional, beneficiária de uma estrutura estatal que transforma toda e qualquer instituição brasileira num feudo particular, numa espécie moderna das antigas capitanias hereditárias, sócios do Partido dos Trabalhadores na implementação de uma enorme engrenagem voltada para o enriquecimento ilícito de caciques e partidos aliados, através da distribuição sistemática de propinas com o dinheiro oriundo das empresas estatais como a Petrobras e da Eletrobras e do BNDES.

Tal casta política tradicional, na visão dos tipos citados acima, seriam os algozes do golpe contra Dilma e o PT, cujos líderes mais notáveis como Renan Calheiros, Romero Jucá, Michel Temer e, principalmente, Eduardo Cunha, acuados pela cruzada anticorrupção promovida pelos Procuradores da República do Paraná, os delegados e agentes da Polícia Federal e o destemido juiz Sérgio Moro, costuraram um acordo de cavalheiro com a mais alta instância do judiciário, o Supremo Tribunal Federal, com os ministros das Forças Armadas e com a Procuradoria Geral da República para consumar a deposição da presidente petista e, empossando-se o vice Michel Temer, barrar a fúria devastadora da Operação Lava Jato que desvelou o maior esquema de corrupção do país.

Por último – combalido entre os três tipos predadores abordados – estaria o trabalhador brasileiro, ameaçado pelas altas taxas de inflação e desemprego, sufocados em razão de decisões equivocadas e perversas dos governantes de plantão, atingido na sua esperança de viver num país onde o mínimo de benefícios necessários à sobrevivência não demandasse sacrifício tão penoso, onde os serviços públicos ofertados tendessem sempre a melhora em virtude da carga tributária expressiva e ascendente que é obrigado a suportar, diante de tal desmando na economia nacional a produzir o desequilíbrio das contas públicas, a tal modo que mesmo o alimento mais indispensável como feijão e carne, pouco a pouco, se torna de difícil acesso.

Este trabalhador, farto que se encontra das mentiras da casta política, do cinismo dos militantes partidários, da ingenuidade estúpida dos românticos, foi ele quem deliberou a favor de destronar uma das mais incompetentes gestoras que o país já teve… A senhora Dilma Rousseff.

As razões para tamanho desprezo do povo, além da notória incapacidade gerencial da “presidenta” afastada, se fundam num clarividente estelionato eleitoral aplicado a 54 milhões de votantes, na quebradeira da economia, na desmedida corrupção governamental, na desmobilização política promovida quando da cooptação dos movimentos sociais e dos sindicatos operários. Enfim, a deposição é consequência de 13 anos de mentira e iniquidade.

Isto posto, Coração Valente, se há um golpe em curso contra seu mandato, este golpe está e será referendado pelas vítimas de sua governança: o trabalhador!

Por: Adão Lima de Souza

Isto Posto…FACAPE: A imoralidade dos altos salários

FACAPEA FACAPE é uma instituição de ensino superior sem finalidade lucrativa. Assim está definida sua natureza, pois, por ser entidade pública deve primar pelos princípios éticos mais radicais, dispensando até mesmo um possível ‘legitimo’ enriquecimento advindo da alta lucratividade produzida pela diferença entre os custos operacionais e o valor cobrado a título de mensalidade pelas faculdades privadas em funcionamento no mercado da educação, já que a outorga que recebera da Constituição estar restrita a cobrança de uma módica taxa que lhe assegure a manutenção e alguma margem de investimento.

Acontece que quando olharmos o modo como a FACAPE vem sendo administrada por sucessivas gestões aptas em dilapidar o patrimônio da autarquia, tratando-a como se negócio de família fosse, diante desta afirmação de que se trata de uma entidade sem fins lucrativos, hoje descabida fora de uma acepção legal, não nos restaria alternativa senão perguntarmos, principalmente pela crescente relativização deste princípio com progressivos aumentos de mensalidades e de inchaço da folha de pagamento: Sem fins lucrativos, para quem?

Porque se olharmos atentamente a consolidação dos gastos com pessoal encontraremos uma casta de Marajás encalacrada nas entranhas das finanças da instituição que nem chatos nas partes pudendas, se favorecendo da oportunidade de enriquecimento sem causa patrocinado pela generosidade desavisada do alunado que anualmente vem bancando essa farra com valores de mensalidade cada vez mais igual aos das faculdades particulares.

Pelas folhas postadas no Portal da Transparência, somando-se os vinte maiores salários de professores (R$ 11.683,10, R$ 11.348,25, R$ 12.495,02, R$ 11.603,34, R$ 11.539,02, R$ 11.595,65, R$ 15.661,04, R$13.432,22, R$ 15.222,62, R$ 22.095,59, R$ 22.208,43,R$ 11.360,19,R$ 16.088,11,R$ 19.521,07, R$11.360,19,R$ 11.464,02,R$ 11.188,38,R$ 11.683,10, R$10.933,11, R$ 11.464,02, R$ 12.495,02, R$ 13.420,77, R$ 19.293,07) temos um montante assustador de R$ 303.795,78 (trezentos e três mil, setecentos e noventa e cinco reais e setenta e oito centavos) por mês, que quando multiplicado por treze meses são quase R$ 4 milhões, que em termos percentuais é aproximadamente 15% do orçamento anual da FACAPE.

Comparando-se os salários pagos em outras instituições de ensino vemos que de acordo com a proposta do Ministério da Educação para o ano de 2015, doutores ingressariam como professores assistentes recebendo R$ 8.639,50 e progrediriam com perspectiva de chegar ao final da carreira em menos de 20 anos a classe de titular, com remuneração de R$ 17.057,74, abaixo de alguns salários atuais na FACAPE.

Isto posto, caro aluno, resta-lhe duas alternativas: conclamar para que “nos locupletemos todos ou então que se restabeleça a moral”

Por: Adão Lima de Souza

Isto Posto… Zika Zero: Marketing eficiente, medidas ineficazes.

zicaA presidente, tentando reverter um quadro pessoal crônico de descrédito popular quanto a sua capacidade gerencial, mandou à rua, no último sábado, a sua tropa de ministros inoperantes, numa campanha midiática contra o mosquito Aedes Aegypti, vetor da conhecida dengue e o mais recente Zika Vírus, possível causador de microcefalia em bebês.

A medida pode até parecer nobre, entretanto, se mostrará ineficaz diante do histórico quadro de abandono de imprescindível política de saneamento básico.  Devendo-se compreender o saneamento em sua acepção mais completa, envolvendo coleta e tratamento de esgoto e lixo; tratamento e distribuição de água potável para consumo das pessoas e, por fim, educação ambiental adequada à convivência saudável nas cidades brasileiras, pautadas pela ausência de planejamento urbano.

Além disso, para ter êxito campanha de tal magnitude, a verdade precisa estar à frente de qualquer informação. Isso quer dizer que mentiras como a que afirma que o mosquito só se reproduz em água limpa, a outra que apregoa serem as residências dois terços dos criatórios do mosquito no país, ignorando os grandes lixões públicos, onde basta a superfície de uma sacola plástica para abrigar dezenas de larvas do Aedes Aegypti. Ou aquelas afirmações que fazem vista grossa quanto as piscinas das mansões de veraneio e as propriedades desocupadas que acumulam lixo aos borbotões, transformando-se em verdadeiros criadouros dos vetores destas pragas que se abatem sobre as pessoas pobres e os trabalhadores; ou, por fim, as que negam a existência de cidades que como a nossa querida Juazeiro-BA ainda hoje é cortada por imensos canais de esgoto a céu aberto, contribuindo para proliferação de mosquitos e infestação de doenças de todo tipo.

Assim sendo, não basta enviar mensageiros inúteis a territórios estranhos, simplesmente para afastar a crítica a uma visível mobilização política, cujo escopo indisfarçável é incutir na cabeça do eleitor brasileiro a ideia de que o governo trabalha como equipe harmônica na defesa dos interesses do cidadão. Principalmente quando este parece só ter devotar as autoridades de plantão, no momento, absoluta e justificável desconfiança quanta a capacidade de alguns milhares de soldados das Forças Armadas, despreparados e desprestigiados pela missão estranha às suas aptidões, obtenham êxito numa guerra onde por mais de trinta anos um exército de mais de 260 mil agentes de endemias, espalhados em todo território nacional, fracassaram em virtude do profundo descaso de gestores públicos como os atuais, os quais tem como preocupação unicamente a sua sobrevida eleitoral.

Isto posto, cara “presidenta”, dizei a verdade aos brasileiros! Dizei que apenas a cidade do Rio de Janeiro realmente interessa agora! Dizei que 367,8 casos para cada 100 mil habitantes é estatística aceitável e não, a despeito do que afirma a OMS, epidemia! Dizei afinal, que assim como foi um sucesso a Copa de 2014, as Olimpíadas de 2016 serão maior ainda, pois, se parodiarmos o bom baiano, morrer de fome, de raiva e de dengue são gestos naturais.

Por: Adão Lima de Souza

Isto Posto… O Brasil das autoridades e o Brasil real

Brasil oficialO grande pensador Machado de Assis, insuperável cronista dos costumes de sua época, já afirmava nos idos de antigamente que existiam dois Brasis: um oficial e caricato que era o Brasil das autoridades, onde a incompetência e a imoralidade sempre andaram de mãos dadas e a passos largos; e o Brasil real. Aquele das pessoas comuns, trabalhadores que com o imenso esforço na labuta diária sustenta a voracidade de uma classe de governantes cruel e parasitária, desprovida do mínimo de decência e respeito pela coisa pública.

Hoje, as coisas permanecem assim. Há, de fato, dois países neste Brasil continental. Um luxuoso e perverso que é o Brasil das autoridades com seus discursos reticentes e embotados, cheios de frivolidades e demagogias; e outro – o das pessoas comuns, reais, cujo peso faz arquear as costas do mais robusto dos estivadores, porque seu preço equivale a parcela estratosférica das parcas finanças que o cidadão aufere com seu trabalho honesto e, a sua revelia, é destinada ao custeio de um Estado burocrático e caro, além de servir á locupletação dos que governam o país com demasiada sabedoria e interesse próprio.

O Brasil real é aquele dos hospitais sucateados e falidos, das epidemias de Dengue, Zika Vírus, Febre Chikungunya e Microcefalia. É aquele do ciclo vicioso das enchentes mortíferas nas cidades, da falta crônica de saneamento básico, das barragens que estouram devastando vidas e lugares, da negligência e do desamparo, do desemprego alarmante, da criminalidade sem controle, das taxas reais de inflação que sobrelevam os preços dos produtos de primeira necessidade, corrompendo o poder de compra do salário, da intolerável carga tributária que transforma o governo em sócio majoritário dos rendimentos das pessoas – já que somente o trabalhador paga impostos -, das passagens caras de ônibus coletivo, dos pedágios e dos fartos números de acidentes nas estradas esburacadas.

Já o Brasil, ficcional, oficial é o Brasil de Lula e Dilma e Michel temer e Eduardo Cunha e Renan e Sarney. O Brasil de cartas patéticas, de cerimônias inúteis, de palavreado bem comedido e vazio, de gastos exorbitantes com prédios imponentes e mansões suntuosas, do compadrio e apaniguamento nas instituições, do Poder Judiciário conivente com os desmandos e as falcatruas dos intocáveis senhores donos da república. É o Brasil do assistencialismo e do coronelismo eleitoreiro, das taxas de inflação e desemprego macaqueadas, da incompetência institucionalizada, porém, superestimada e protegida, dos carnavais e são joãos feitos com derrame de dinheiro público, dos lobbys indecorosos e projetos de lei casuísticos e nocivos ao erário aprovados por unanimidade pelo Parlamento subordinado ao Poder Executivo.

Isto posto, meu compatriota, o Brasil real é aquele em que eu você trabalhamos duros, enquanto, os políticos parasitas do Brasil oficial fazem  orgias com o nosso dinheiro.

Por: Adão Lima de Souza

Isto Posto… A Zona Azul de Juazeiro

dnb_zona_azul_jua1A prefeitura de Juazeiro surpreendeu a população com a instalação de paquímetros em áreas centrais da cidade, a fim de dar inicio as operações do projeto de Zona Azul, que visa aumentar a arrecadação das finanças do município com a cobrança do uso do espaço público para  estacionamento de veículos.

Ninguém discute, em tempos atuais, que o planejamento do espaço urbano para assegurar a mobilidade perpassa, sim, pela reorganização das vias de tráfego de veículos, definindo-se os locais destinados ao trânsito e estacionamento de carros e ás áreas restritas aos transeuntes.

Para tanto, necessário se faz a captação de recursos. E é natural que haja contrapartida pecuniária dos proprietários de carros para o devido custeio dos projetos de reestruturação destinados a aperfeiçoar a mobilidade urbana nas cidades.

Nessa seara, entra hoje a cobrança de estacionamento nas vias públicas como fonte de arrecadação eficiente e bastante para se implementar melhorias no trânsito, seja desestimulando o uso frequente do carro, pela a oneração do estacionamento – o que só funcionaria se houvesse transporte coletivo eficiente – , seja melhor sinalizando e regulamentando as vias de circulação de veículos no território da cidade.

Atualmente, além da cidade de Juazeiro, muitas outras cidades têm recorrido a esta medida fácil de captação de recursos financeiros. A vizinha Petrolina já há muito tempo se beneficia desta fonte arrecadadora. Porém, o que chama atenção em Juazeiro é que o atual prefeito optou por privilegiar o uso maciço da tecnologia por uma empresa privada, negando, com isso, a oportunidade de gerar emprego e renda para os cidadãos, como acontece na cidade de Petrolina, principalmente num momento em que o desemprego cresce desmedidamente.

Na vizinha cidade, a Zona Azul mobiliza uma boa quantidade de pessoas trabalhando na venda dos bilhetes que autorizam o estacionamento nas vias públicas, na fiscalização e multa dos veículos irregulares. Usufruindo, portanto, os petrolinenses, da oportunidade de trabalhar para manutenção do sustento seu e de sua família e contribuir com o aumento da arrecadação de tributos pelo município, criando, assim, um ciclo virtuoso na economia local.

Isto posto, caro prefeito, por que não retroceder e oportunizar essas vagas de emprego ao seu povo, ao invés de beneficiar apenas uma empresa e sua parafernália demoníaca?

Por: Adão Lima de Souza.

ISTO POSTO…ADEUS ANO VELHO!

BRASÌLIAO ano de 2015, que se findou ontem, foi, sem dúvida alguma, o ano da corrupção. Melhor dizendo, foi o ano do desvelamento da corrupção. Como diria Ponciano Ratel, colunista deste blog, foi o ano em que se aclarou o “grassamento da roubalheira, encravada na pele apodrentada do governo como chatos nas partes pudendas”.

Foi, apesar da forte esperança do brasileiro, o ano em que escândalos de pilantragem e roubalheira foram a tônica dos dias, das conversas antes descontraídas de mesa de bar, da descoberta do estratagema montado e gerido desde o alicerce por um Governo eleito com a promessa de assegurar a melhor partilha de riquezas, fomentar o desenvolvimento do trabalhador, mas, que preferindo os atalhos da política, instaurou uma verdadeira quadrilha para surrupiar os cofres públicos em nome de seu projeto de poder.

Foi o ano em que o grande estandarte do Partido dos Trabalhadores, PT, Luiz Inácio Lula da Silva, deixou cair sua máscara. Pois, tanto no Mensalão como no Petrolão, não escapou de ser apontado como o chefe supremo, devido os fortes indícios de enriquecimento ilícito seu e de sua família. Especialmente do o filho Lulinha, que de tratador de elefante num zoológico se transformara num dos homens mais ricos do país. E, por isso, atualmente é alvo de uma operação da Polícia Federal.

Foi o ano em que o ex-presidente LULA, conhecido como o pai dos pobres no Brasil, já que supostamente acabou com a fome no País, com seu Instituto, tentou legitimar a fortuna acumulada de mais de R$ 53 milhões, ganhos com supostas palestras financiadas pelas generosas empreiteiras Camargo Correia e Odebrecht, implicadas na Operação Lava, que apura um esquema de corrupção dentro da Petrobras da ordem de mais R$ 42 bilhões.

Foi, também, o ano em que até a presente delação Dilma Rousseff, nossa desenxabida “presidenta” conseguiu preservar o mandato e sua última bandeira… A da honestidade, apesar da nebulosa compra-e-venda de Pasadena, por ela avalizada, e das fraudes contábeis no orçamento, chamadas de “Pedaladas Fiscais”.

isto posto, foi, por fim, o ano em que descobrimos que nossas conquistas sociais são sempre sazonais, durando em média uma década ou duas, até que alguém consiga anular tudo o que foi feito, por exemplo, como no Plano Real que estabilizou a moeda, e agora, em 2015, o Petismo conseguiu desmantelar.

Assim sendo, só nos resta dizer sobre o ano de 2015: Adeus ano velho! Já se vai tarde!

Por: Adão Lima de Souza

Isto Posto… O STF deve atravessar a rua, no caso do Impeachment?

A RUAO Ministro Edson Fachin, ao ser indicado para ocupar a vaga deixada no Supremo Tribunal Federal pelo aclamado Joaquim Barbosa, durante a sua sabatina no Senado, quando indagado sobre a decisão da Suprema Corte a respeito do financiamento de campanha por parte das empresas, disse: “há certas circunstâncias que o STF não deve atravessar a rua”.

Decorrido algum tempo, a ironia impiedosa se precipita sobre o novo ministro, cujas origens advocatícias retroagem ao tempo de defesa dos movimentos sociais, que outrora o Partido dos Trabalhadores tão bem representava, ao deitar em seu colo a decisão sobre os acontecimentos recentes que marcaram a admissibilidade do pedido de impeachment de Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara Federal, Deputado Eduardo Cunha.

Agora, o Ministro Fachin, terá de decidir se o STF deve atravessar a rua ou permanecer no abrigo da calçada. E esta bifurcação confirma a profecia daqueles que o velho bruxo do Cosme Velho, Machado de Assis, alcunhava de céticos, pois, vemos que, de fato, as coincidências são o que de mais irônico e cruel traz o tempo, para descrever e circunscrever aquilo que todos temem como destino.

Assim sendo, na última terça-feira, depois de uma eleição conturbada no plenário da Câmara de Deputados, o PC do B, partido da base aliada de Dilma obteve do Ministro Fachin uma liminar suspendendo o andamento do processo de impeachment, sob o argumento de evitar danos futuros às partes envolvidas, devido a ausência de clareza no rito processual a ser empregado.

Diante disso, atendido ao pedido de  suspensão, o ministro marcou para o próximo dia 16, quarta-feira, em plenário da Corte Maior, a decisão final, sobre se é válida ou não a comissão eleita por voto secreto, se o presidente da Câmara Federal devia ou não oportunizar a defesa prévia da denunciada, se quem afasta a presidente, no caso de admissibilidade do processo pelo plenário da câmara, deve ser o Senado ou a própria Câmara, se pode haver candidaturas avulsas para a comissão julgadora, enfim, se o rito a ser empregado deve ser o da lei 1.079/1950, acolhido durante o processo de deposição de Fernando Collor, ou um rito novo a ser criado pelo próprio STF.

Isto posto, caberá ao ministro que enfatizara a necessidade de neutralidade do Tribunal Supremo como medida salutar de garantia de segurança jurídica, decidir se dará um passo, por ele mesmo, não recomendado, em direção a travessia da rua íngreme ou reafirmar sua lucidez primeira., deixando à classe política a negociação das soluções para os problemas políticos. Até dia 16.

Por: Adão Lima de Souza