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ARIDA DIZ QUE REAL PRECISA DE REFORMAS

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O economista Pérsio Arida, um dos pais do Plano Real, que completa 20 anos nesta terça-feira, afirma que o Brasil necessita de uma nova agenda de reformas, capaz de reduzir a inflação e as taxas de juros. E muitas das distorções da economia brasileira – pouco investimento, deficiência de infraestrutura, falta de competitividade, baixa alavancagem financeira, elevados spreads bancários, escassez de financiamento para projetos de longo prazo – resultam de termos tido taxas de juros reais elevadas por décadas a fio.

“Com menos inflação e menores juros reais, o Brasil poderá escapar da armadilha do baixo crescimento em que se encontra”, diz ele.

Economistas apostam em SELIC de 11% na reunião do BC esta semana e elevam inflação em 2014

BC

Economistas de instituições financeiras cravaram a perspectiva de manutenção da Selic em 11 por cento na reunião desta semana do Banco Central, mesmo elevando a projeção de inflação para este ano. De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, a projeção para o IPCA neste ano passou a 6,47 por cento, sobre 6,43 por cento na semana anterior. A perspectiva continua rondando o teto da meta do governo, que é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

O Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, vê cenário ainda pior, com o IPCA estourando o teto da meta, a 6,58 por cento, ainda que 0,04 ponto percentual abaixo da pesquisa anterior. Em relação aos próximos 12 meses, os economistas elevaram a perspectiva para a inflação a 5,96 por cento, ante 5,88 por cento.

O recente alívio nos preços dos alimentos que ajudou o IPCA-15 –prévia da inflação oficial– a desacelerar a alta a 0,58 por cento em maio pavimentou ainda mais o caminho para o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC parar de subir os juros básicos na reunião de quarta-feira.

De olho no controle da inflação, o BC tirou a SELICc ao longo de um ano da mínima histórica de 7,25 por cento para os atuais 11 por cento. Mas já deu várias sinalizações de que deve parar com o aperto monetário agora, destacando que a pressão na inflação dos alimentos seria temporária. Ainda assim, os agentes econômicos consultados na pesquisa Focus veem nova alta de 0,25 ponto percentual na SELIC em dezembro, após a eleição presidencial. Assim, a taxa básica de juros encerraria o ano a 11,25 por cento, projeção que não sofreu alteração.

Pesquisa da Reuters apontou que 48 de 58 economistas consultados esperam manutenção esta semana, com os outros 10 vendo nova elevação de 0,25 ponto percentual.

Para 2015, os economistas consultados no Focus reduziram a perspectiva para a SELIC a 12,0 por cento, ante 12,25 por cento na pesquisa anterior. Sobre a expansão da atividade econômica, a perspectiva para este ano sofreu ligeiro ajuste. Os economistas veem agora crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,63 por cento, 0,01 ponto percentual a mais. As atenções voltam-se agora para a divulgação na sexta-feira dos números do PIB do primeiro trimestre.

Outra pesquisa da Reuters mostrou que a expectativa é de perda de força nos três primeiros meses do ano, com crescimento de 0,2 por cento sobre o quarto trimestre do ano passado.

Fonte: Reuters Brasil