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Dólar fecha abaixo de R$ 3,70 com intervenção mais forte do BC
O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (21), depois de 6 altas consecutivas e após o Banco Central aumentar a oferta da moeda americana no mercado. A ação do BC ajudou a segurar a disparada do dólar.
A moeda dos EUA caiu 1,4%, para R$ 3,6886 na venda, após chegar a R$ 3,683 na mínima do dia. Já o dólar turismo era negociado a R$ 3,84.
Até quinta-feira, o dólar acumula alta de 5,31% em maio. No ano, a valorização acumulada é de 11,32%.
Mercado financeiro baixa estimativa de inflação
Os analistas do mercado financeiro reduziram de novo a estimativa para a inflação de 2017 e também do próximo ano.
As previsões foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas hoje por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas.
De acordo com o levantamento do BC, a inflação deste ano deve ficar em 3,08%, na mediana. No relatório anterior, feito com base nas previsões coletadas pelo Banco Central na semana retrasada, os economistas estimavam que a inflação ficaria em 3,14%. Foi a quarta redução seguida do indicador.
A nova previsão mantém a inflação abaixo da meta central para o ano, que é de 4,5%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. À época, o país ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa.
Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação recuou de 4,15% para 4,12% na última semana. Essa foi a terceira redução consecutiva da estimativa para o próximo ano. O índice segue abaixo da meta central (que também é de 4,5%) e do teto de 6% fixado para o período.
PIB e juros
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro manteve sua estimativa de crescimento estável em 0,60% na semana passada.
Para 2018, os economistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de expansão da economia de 2,10% para 2,20%. Foi a segunda alta seguida no indicador.
As estimativas de crescimento começaram a subir com mais intensidade após a divulgação do resultado do PIB do segundo trimestre deste ano – que avançou 0,2% contra os três primeiros meses deste ano.
O mercado financeiro também manteve sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 7% ao ano para o fechamento de 2017. Atualmente, a taxa está em 8,25% ao ano.
Ou seja, os analistas continuaram estimando uma redução dos juros neste ano. Se o patamar previsto de 7% ao ano for atingido no fim de 2017, esse será o menor nível já registrado (até então a menor taxa era de 7,25% ao ano).
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic recuou de 7,25% para 7% ao ano. Com isso, eles passaram a prever que os juros ficarão estáveis no ano que vem.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 permaneceu em R$ 3,20. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana recuou de R$ 3,35 para R$ 3,30.
A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2017, caiu de US$ 61,5 bilhões para US$ 61,4 bilhões de resultado positivo.
Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit cresceu de US$ 49 bilhões para US$ 49,7 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 75 bilhões.
Isto Posto… O Brasil das autoridades e o Brasil real
O grande pensador Machado de Assis, insuperável cronista dos costumes de sua época, já afirmava nos idos de antigamente que existiam dois Brasis: um oficial e caricato que era o Brasil das autoridades, onde a incompetência e a imoralidade sempre andaram de mãos dadas e a passos largos; e o Brasil real. Aquele das pessoas comuns, trabalhadores que com o imenso esforço na labuta diária sustenta a voracidade de uma classe de governantes cruel e parasitária, desprovida do mínimo de decência e respeito pela coisa pública.
Hoje, as coisas permanecem assim. Há, de fato, dois países neste Brasil continental. Um luxuoso e perverso que é o Brasil das autoridades com seus discursos reticentes e embotados, cheios de frivolidades e demagogias; e outro – o das pessoas comuns, reais, cujo peso faz arquear as costas do mais robusto dos estivadores, porque seu preço equivale a parcela estratosférica das parcas finanças que o cidadão aufere com seu trabalho honesto e, a sua revelia, é destinada ao custeio de um Estado burocrático e caro, além de servir á locupletação dos que governam o país com demasiada sabedoria e interesse próprio.
O Brasil real é aquele dos hospitais sucateados e falidos, das epidemias de Dengue, Zika Vírus, Febre Chikungunya e Microcefalia. É aquele do ciclo vicioso das enchentes mortíferas nas cidades, da falta crônica de saneamento básico, das barragens que estouram devastando vidas e lugares, da negligência e do desamparo, do desemprego alarmante, da criminalidade sem controle, das taxas reais de inflação que sobrelevam os preços dos produtos de primeira necessidade, corrompendo o poder de compra do salário, da intolerável carga tributária que transforma o governo em sócio majoritário dos rendimentos das pessoas – já que somente o trabalhador paga impostos -, das passagens caras de ônibus coletivo, dos pedágios e dos fartos números de acidentes nas estradas esburacadas.
Já o Brasil, ficcional, oficial é o Brasil de Lula e Dilma e Michel temer e Eduardo Cunha e Renan e Sarney. O Brasil de cartas patéticas, de cerimônias inúteis, de palavreado bem comedido e vazio, de gastos exorbitantes com prédios imponentes e mansões suntuosas, do compadrio e apaniguamento nas instituições, do Poder Judiciário conivente com os desmandos e as falcatruas dos intocáveis senhores donos da república. É o Brasil do assistencialismo e do coronelismo eleitoreiro, das taxas de inflação e desemprego macaqueadas, da incompetência institucionalizada, porém, superestimada e protegida, dos carnavais e são joãos feitos com derrame de dinheiro público, dos lobbys indecorosos e projetos de lei casuísticos e nocivos ao erário aprovados por unanimidade pelo Parlamento subordinado ao Poder Executivo.
Isto posto, meu compatriota, o Brasil real é aquele em que eu você trabalhamos duros, enquanto, os políticos parasitas do Brasil oficial fazem orgias com o nosso dinheiro.
Por: Adão Lima de Souza
Especialistas avaliam que crise no Brasil deve durar até 2018
O cenário político brasileiro para este ano tem apenas duas certezas: as instituições estão funcionando e a crise que ameaça os mandatos da presidente Dilma Rousseff e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), não arrefecerá. Essa é a avaliação de estudiosos ouvidos sobre o que restou de bom de 2015 e o que esperar de 2016.
Para Marcos Nobre, cientista social, filósofo e professor da Unicamp, as possibilidades geradas pela crise “estão abertas”. “Ainda não temos um sinal claro sobre onde vai parar essa crise política, se esse processo todo vai se transformar em avanço institucional. Pode sair uma política diferente, boa, ou a gente pode ter coisas piores.”
Segundo ele, 2017 e 2018 serão anos muito ricos para a política. “Em 2016, os pactos ainda vão ser provisórios. Pode ser que a lista de implicados na Lava Jato chegue a um quinto do Congresso Nacional. Nós vamos passar mais uns dois anos de crise permanente, de instabilidade duradoura. Cabe à sociedade fazer uma nova cultura política, diferente do que funcionou até agora”, diz Nobre.
“A crise política pode representar um ganho para a oposição no sentido de que o PT está chamuscado eleitoralmente. Para 2018, a chance de o PT ganhar a Presidência é zero. Na eleição de 2016, para prefeito, o PT não vai eleger nem síndico no prédio do Lula”, afirma Fernando Limongi, cientista político e professor da USP.
“A democracia se fortaleceu. As punições que estão sendo aplicadas são inéditas. As grandes figuras vão estar na cadeia, isso faz a situação brasileira insólita. Se as instituições de controle não estivessem funcionando, teríamos uma convulsão social”, diz o professor de ciência política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Marcus Melo. (fonte: Estadão)
como a alta do dólar vai pesar no seu bolso
O dólar superou a “barreira psicológica” dos 4 reais esta semana e virou o assunto do momento entre os brasileiros até nas mesas do bar. Nesta quinta-feira, ele bateu novo recorde chegando à máxima de 4,24 reais pela manhã, e encerrou a 3,99, depois de o Banco Central ter entrado no mercado vendendo dólares para reduzir a sua cotação.
A disparada da moeda, que se acentuou desde segunda, vai ser inevitavelmente sentida no bolso de todos os brasileiros e, apesar do impacto mais visível ser no preço de viagens internacionais e em produtos importados, vários itens, desde o pãozinho do café da manhã à carne do almoço, serão afetados.
Com a desvalorização do real, alguns produtos, como a carne, também ficam mais competitivos lá fora e torna-se mais vantajoso exportá-los. Assim, o produtor prefere vender para o mercado externo, reduzindo a oferta aqui dentro. Com menos mercadoria para vender localmente, o preço sobe. Outro setor que deve repassar o valor da disparada da moeda norte-americana será o dos cosméticos. “Os brasileiros são grandes consumidores dessa área e usam muitas marcas importadas. Mesmo os itens nacionais dependem de insumos de fora”, afirma.
Alimentação pesará mais no bolso
O principal impacto do câmbio na cesta de consumo dos brasileiros, contudo, é no segmento de alimentação. Nesse sentido, são as famílias de mais baixa renda as principais afetadas. Para quem ganha até 2,5 salários por mês, o comprometimento da renda com alimentação é de 32%, enquanto que para as demais essa proporção é de 25%.
“Os alimentos são os mais afetados pela alta do dólar. Todo mundo precisa comer, então ninguém deixa de comprar comida se o preço sobe. Mas ninguém precisa trocar de carro ou de celular agora”, afirma.
O pão francês, por exemplo, teve o preço elevado em 1,71% nas últimas quatro semanas. Já a carne subiu 1,58% em trinta dias, puxada pelo filé mignon, que registrou aumento de 3,15% nos preços. Os próximos produtos a acompanhar esse movimento de alta serão, na visão do economista, os derivados do açúcar e da soja, que também passam a ser mais vantajosos de exportar do que de vender no mercado doméstico.
Fonte: EL País.
Isto Posto… A política econômica do PT e a de Joaquim Levy
Durante os quatro anos de gestão da presidente Dilma Rousseff, o programa econômico traçado por Lula, ainda no seu primeiro mandato, tivera a devida continuidade, preservando-se os mesmos parâmetros de incentivo ao crescimento do consumo de bens duráveis e do crédito amplamente acessível por meios de consignações em folha de pagamento ou de cartões de crédito ofertados na rua como mercadorias no pregão da feira livre; seguidos por forte aumento dos programas assistencialistas e significativa isenção de tributos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), incentivos fiscais destinados a manutenção dos níveis de vendas de um sem números de parafernália eletrônica e de veículos às famílias, em prestações a perder de vista.
Não bastasse esse comprometimento do orçamento familiar com dívidas alongadas, para saciar sua ânsia de falsear uma possível ascensão social do trabalhador às classes médias, traduzida no crescimento do consumo de bens e na falsa percepção de alta e melhoria dos empregos, o governo optou por medidas que provocaram acentuada redução de investimentos em infraestrutura para melhor prestação de serviços públicos, como desoneração de folha de pagamento, gastos exorbitantes com a Copa do mundo da FIFA e inchaço da folha de pagamento com contratações sem concurso de filiados e partidários.
Quando a farra com o erário teve que ser estancada, a presidente Dilma chamou um funcionário dos bancos, para o Ministério da Fazenda e ordenou aos seus subordinados no Congresso Nacional que aprovassem medidas de ajuste fiscal ofensivas aos direitos dos trabalhadores, restringindo-lhes o direito ao abono salarial, ao seguro-desemprego, ao seguro-defeso, a pensão por morte e ao auxílio doença, a fim de fazer caixa para conter o gasto desgovernado dos últimos anos e, principalmente, os gastos da sua reeleição em 2014.
Acontece que nada disso foi suficiente. Agora se faz necessário aumentar impostos, porque os gastos só cresceram. Para isso, como mexe diretamente com o interesse dos mais abastados, o ministro Joaquim Levy se vê isolado e sem força política para cumprir tal desiderato. O PT e a presidente Dilma nada podem fazer para ajudar o ministro, pois perderam a credibilidade junto ao mercado e a sociedade devido aos escândalos de corrupção.
Isto posto, caro Joaquim Levy, está privilegiado por Dilma e o PT é o mesmo que já está fora como vem prenunciando os menos precavidos jornalistas.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… Somente a demissão de Dilma assegurará os empregos?
Certo financista britânico costumava afirmar, com muito bom humor, que o mercado financeiro funciona movido por sentimentos. Sentimentos ora estimulantes, ora fortemente inclinados ao pessimismo. Ou seja, o mercado segue a diretriz de humor predominante no investidor das bolsas de valores que influencia a macroeconomia.
Assim, dizia o citado financista, se num dia qualquer ensolarado, um desses bilionários que se diverte fazendo especulação no mercado de ações acorda e, ao se espreguiçar, declara ser este um belo dia para se fazer compras, as economias do mundo fluem maravilhosamente, sem sobressaltos ou imprevisibilidades. Porém, se este mesmo especulador desperta de uma noite de terrores noturnos, resmungão e chateado, e afirma ser o tempo péssimo para se comprar, bolsas de valores despencam em todo mundo, economias estagnam e entram em recessão, governos são depostos em nações pouco democráticas ou a repressão estatal se recrudesce nos nichos ditatoriais espalhados pelos cinco continentes.
Tudo isso porque o que move a economia são sentimentos e não estatísticas e projetos se não tiverem como fim reestabelecer um clima de otimismo. Então, diante de tal perspectiva, a presidente Dilma Rousseff tem procurado conter o aumento de desemprego sinalizando com benesses como linha de crédito mais barata, compensações financeiras, dentre outras medidas, para os empresários que garantirem as vagas de trabalho em suas empresas, tentando com isso salvar uma economia que se deteriora a cada dia.
Há, no entanto, quem diga que as medidas adotadas pelo governo são inócuas para salvar a economia, pois este tipo de bondade setorial está na origem do problema econômico, podendo resultar no aprofundamento da crise. Outros, por seu turno, afirmam que o fator gerador de pessimismo é o próprio governo, que dá sinais claros de isolamento, atordoamento, falta de liderança e credibilidade para continuar conduzindo a economia, já que a presidente Dilma perdeu o comando do país que tem sido levado pela influência de grupos insurgentes como as presidências da câmara e do Senado, o PMDB, e de modo geral, toda base aliada responsável pela governabilidade.
Diante disso, os críticos de melhor humor, acentuam que como a presidente Dilma é a personificação da crise, a única solução eficaz seria sua saída tranquila do governo. Caso isso venha a acontecer, reforçam alguns, no outro dia o preço do dólar recua, as bolsas se recuperam, a taxa de desemprego se estabiliza, a economia volta a crescer… E até a seleção brasileira volta a jogar bem!
Isto posto, parece que a saída para se manter os empregos não são medidas generosas de benefícios fiscais para as empresas, mas sim, a pronta demissão de Dilma.
Por: Adão Lima de Souza
Inflação em 12 meses sobe para 9,57%
Com a menor pressão dos alimentos e das passagens aéreas, a prévia da inflação oficial voltou a desacelerar em agosto, mas não o suficiente para evitar que o acumulado em 12 meses subisse a 9,57%.
O IPCA-15, prévia da inflação oficial, ficou em 0,43% em agosto, desacelerando em comparação a julho (0,59%) e, pela primeira vez neste ano, abaixo de 0,50%, segundo divulgou o IBGE hoje.
Os analistas esperavam a desaceleração da taxa no mês. Economistas consultados pela agência internacional Bloomberg projetavam o IPCA-15 em 0,43% para o mês e de 9,57% para os 12 meses.
A taxa de 12 meses é a maior desde dezembro de 2003 (9,86%) e está bem acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC), de 6,5% – o centro da meta é de 4,5%.
A taxa acumulada em 12 meses continuou subindo porque o índice de agosto, apesar de ter desacelerado na comparação com julho, é o maior para o mês desde 2004 (0,79%). Em agosto do ano passado, foi de apenas 0,14%.
Um dos responsáveis por isso foi, novamente, a energia elétrica, que avançou 2,60% em agosto e contribuiu com 0,10 ponto percentual da prévia da inflação em agosto. O avanço foi resultado do reajuste de distribuidoras em São Paulo e Curitiba.
Houve ainda reajustes em companhias de saneamento no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Goiânia, o que puxou a inflação de água e esgoto para 1,39% neste mês de agosto.
Os preços administrados – como energia elétrica, água e esgoto e gasolina – foram os principais responsáveis pelo aumento da inflação desde o início deste ano. De janeiro a agosto, a inflação acumula 7,36%, segundo o IBGE.
IBGE: Prévia da inflação acumula 9,25%
A prévia da inflação oficial perdeu força e ficou em 0,59% em julho após avançar 0,99% no mês anterior, segundo dados divulgados, hoje, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo tendo desacelerado, a taxa é a maior para o mês de julho desde 2008.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 6,9% e em 12 meses, de 9,25% – o maior resultado para o período desde dezembro de 2003, quando atingiu 9,86%.
O mercado financeiro estima que a inflação feche 2015 em 9,15%, conforme aponta o boletim Focus, do Banco Central. Se confirmada a estimativa para o IPCA, a inflação de 2015 atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%.
Grupos
De junho para julho, o preço dos alimentos subiu menos (de 1,21% para 0,64%). Ficaram mais baratos, por exemplo, tomate (-20,37%); cenoura (-12,75%); feijão fradinho (-6,27%) e hortaliças (-6,08%). O preço das roupas também caiu (de 0,68% para -0,06%).
Os artigos de residência subiram 0,47%, menos do que em junho (0,69%), e foram pressionados pelas roupas de cama, mesa e banho (1,26%), pelos utensílios e enfeites (1,13%) e pelos serviços de conserto de móveis e aparelhos domésticos (1,10%).
No caso dos gastos com transportes, cuja taxa passou de 0,85% para 0,14%, o que derrubou o índice foram as passagens aéreas. Depois de subirem 29,54% em junho, avançaram 0,91% no mês seguinte. Os combustíveis também ficaram mais baratos. A gasolina caiu 0,47% e o etanol, 2,03%.
Nas despesas pessoais, os jogos de azar avançaram menos do que no mês anterior e aliviaram a pressão sobre esse grupo, cuja variação caiu 1,79% para 0,83%.
Entre os grupos analisados pelo IBGE, a maior variação de junho para julho partiu de habitação, 1,15%, influenciada pela energia elétrica que teve alta de 1,91%.
Por regiões
De todas as regiões analisadas, Recife apresentou o maior resultado na prévia da inflação (0,87%), influenciado pela alta dos alimentos e da gasolina. Na outra ponta, está Belém, que apresentou a menor taxa (0,26%), influenciada pelo preço dos alimentos.
FMI vê Brasil crescendo menos em 2016.
O Brasil crescerá menos de um quarto do que a América Latina e Caribe neste ano, e sua recuperação não será das melhores em 2016, informou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira.
Em atualização do seu relatório “Perspectiva Econômica Global”, o FMI reduziu com força a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2015 em 1,1 por ponto percentual, a apenas 0,3 por cento.
O Fundo vê alguma recuperação no ano que vem, mas ainda assim também diminuiu suas contas para crescimento econômico a 1,5 por cento, contra 2,2 por cento anteriormente.
Para a América Latina e Caribe, as estimativas também foram reduzidas, mas ainda assim a perspectiva é de que a região cresça 1,3 por cento em 2015 e 2,3 por cento em 2016, 0,9 e 0,5 ponto percentual a menos que a projeção anterior.
Em relação a 2014, o FMI estima que o Brasil cresceu apenas 0,1 por cento, ante 0,3 por cento projetados em outubro.
O Brasil vem enfrentando o difícil quadro de inflação elevada, que levou o Banco Central a iniciar novo ciclo de aperto monetário em outubro passado, mas com baixo crescimento e falta de confiança dos agentes econômicos diante do frágil quadro fiscal do país.
Por isso, a nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff já anunciou algumas medidas para tentar colocar as contas públicas em ordem.
As projeções do FMI para o Brasil estão em linha com as de economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central, que veem expansão de 0,12 por cento em 2014, 0,38 por cento neste ano e 1,80 por cento em 2016.