Tag Archives: Haddad
Aliados pressionam Haddad para que ele abandone a agenda “Lula Livre”
Com a apuração ainda em curso ontem, Fernando Haddad (PT) chegou a achar por um momento que estava fora do jogo. Ele acompanhava pela TV a evolução da votação com aliados e família em um hotel, em São Paulo e, mesmo quando diziam que a eleição não terminaria neste domingo, ele ponderava: cauteloso, achava que acordaria hoje com Jair Bolsonaro (PSL) eleito presidente.
Tudo isso porque o petista assistia em choque, pela TV, a onda Bolsonaro que arrastava candidatos anti-PT aos governos para o segundo turno nos estados e Congresso. Candidatos que surfaram na popularidade do candidato do PSL e no seu discurso anti-petista.
Quando Jair Bolsonaro foi a 47,6%, Haddad se levantou diante do resultado na TV e comemorou com os braços no alto, feito um gol: estava no segundo turno. E agora poderia colocar em prática o plano de ser “mais Haddad, menos Lula”. Poderia?
Faltava combinar com o ex-presidente Lula, com quem Haddad se encontrou, hoje, e com o comando do PT, que vetou mudanças ao centro no primeiro turno, como queria o grupo mais ligado a Haddad, para ampliar apoios. Sem contar que aliados de Haddad, seu grupo mais próximo, pressionam o candidato para que ele abandone a agenda “Lula Livre”, como apelidaram nos bastidores as declarações de que a prisão de Lula – condenado por corrupção – foi uma injustiça.
Motivo principal: o tsunami eleitoral provocado por Jair Bolsonaro, que se transformou em principal cabo eleitoral nos estados – principalmente alavancando candidatos que entoaram o discurso no combate à corrução, ao PT e no reforço da segurança pública.
O resultado das urnas confirmava a avaliação de Mauro Paulino, diretor do Datafolha ao blog: “Com menos intensidade ainda do que Lula, mas surgiu uma liderança com carisma suficiente para elevar candidaturas, só comparável a Lula”.
Portanto, o lema do segundo turno estava confirmado, numa espécie de plebiscito: o candidato do PT e o candidato anti-PT.
Fonte: Blog da Andréia Sadi
Ciro poderia contemplar expectativa dos eleitores, diz Jaques Wagner
SALVADOR – O ex-ministro e ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) afirmou que o perfil do presidenciável do PDT, Ciro Gomes, “por ser um cara mais aguerrido, mais intempestivo”, poderia contemplar melhor a expectativa dos eleitores que preferem um candidato à Presidência da República com “um perfil retado, que bata na mesa”.
Wagner, que chegou a ser cotado para substituir na disputa presidencial de 2018 o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba (PR) após condenação pela Operação Lava Jato, sempre se declarou contra o lançamento de um candidato próprio do PT ao Planalto em caso de indeferimento da postulação do líder petista. A opinião provocou críticas a ele no partido.
A declaração, dada a jornalistas nesta terça-feira, 2, durante o debate entre os candidatos a governador do Estado, na TV Bahia, afiliada da TV Globo, foi uma resposta à reportagem do Estado, que questionou Wagner se o crescimento do candidato Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas aponta que ele estava certo ao se opor a uma candidatura própria do seu partido.
“Não sou engenheiro de obras prontas. Eu dei minha opinião, ela foi vencida, acabou, eu abracei a tese do time e estamos caminhando. Não dá para fazer especulação”, disse o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff(PT). “Agora, evidentemente que o perfil do Ciro, por ser um cara mais aguerrido, mais intempestivo, pode ser que ele contemplasse mais essa expectativa (…) por um perfil retado, que bata na mesa”, afirmou.
Apesar da afirmação, Jaques Wagner pregou que o presidenciável do PT, o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad, “vai ganhar a eleição no segundo turno”. Para o ex-governador, “na hora da urna, o equilíbrio prevalece”.
Ele afirmou ainda que não será ministro em um eventual governo petista de Haddad. “Eu serei senador. Não estou recusando. Eu tenho contribuição a dar e acho que o papel do Senado e do Parlamento é muito importante agora. Eu não me elegi para ser ministro”, disse Wagner, que lidera com ampla vantagem as pesquisas de intenção de votos feitas pelo Ibope para medir quem deve ser eleito para as duas vagas baianas no Senado. “Não vou recuar, vocês me conhecem”, disse.
BRASIL: O cinismo sectarista dos PTralhas e dos Bolsonaros!
E então Plebe Rude da Nau-Brasil desgovernada, nação futurista, trazida pelas caravelas d’além-mar, este que vos fala é PONCIANO RATEL, alçado a patente de Desabestalhador Geral da República, em revide ao grassamento das contingências morais nestas paragens tupiniquins.
No proselitismo iconoclasta de hoje, a polarização PT versus Bolsonaro nas eleições de outubro e o seguimento da roubalheira do dinheiro do povo pela mesma súcia de sacripantas antes encravada na pele apodrentada do governo, como chatos nas partes pudendas.
O que nos dão conta os noticiamentos hodiernos é que Bolsonaros e Petistas travarão a mais sanguinolenta das disputas eleitorais que o Brasil já teve, caso a polarização entre eles se confirme no segundo turno das eleições, uma vez que ambos estão sequiosos para ajuntar sua própria tuia de ratoneiro nos recônditos do Palácio dos Marajás da Governança.
E, segundo os tabloides mais versados no entretimento e na venda de leituras de fácil degustação, há um ajuntamento de pessoas de diversos partidos e outros partidos diversos dispostos a financiar a campanha odienta do segundo turno, acirrando os ânimos para que brasileiros se lancem contra brasileiros, numa virulência nunca dantes vistas, enquanto os arquitetos da iniquidade, os intocáveis senhores da ‘respública’ se empapuçam no derrame de dinheiro surrupiado, ao tempo em que tripudiam dos incautos eleitores, cidadãos de bem que se presumem vítimas, porém agem como verdadeiros cúmplices, uma vez que as intenções de votos denunciam que toda sorte de picareta terá mais uma segunda chance.
Informam ainda os libelos mais benquistos pelos letrados, conforme os inteiramentos acusatórios da grande mídia falada e escrevinhada, que quem quer que saia vencedor, Bolsonaros ou Lula-Haddad, havemos de ter mais quatro anos de muita instabilidade política, pois desde já o resultado eleitoral está sendo questionado, podendo o Brasil mergulhar de novo numa medonha ditadura militar seja estimulada pela estupidez de Bolsonaro, seja ocasionada pela fragilidade política de Haddad e sua prévia disposição de transformar os aposentos do Lula em Curitiba em sala de Estado-Maior e a partir dela governar o país, coisa vista como normal nesta Pindorama pelas organizações criminosas e os partidos políticos de índole duvidosa.
Por fim, alardeiam os ditos pasquins, que a intenção do intendente Haddad de dar ao morubixaba-mor um induto será insuficiente, pois para se livrar de toda encrenca que arranjou o velho Lula, pelos crimes ainda pendentes, precisaria de no mínimo um salvo-conduto. E quanto ao plano do capataz Bolsonaro de governar o Brasil, este teria sido descartado quando ele ingenuamente escolheu como vice uma patente mais alta que sua, porque não sendo o cargo de vice subordinado ao de presidente, um general não teria a mínima disposição de obedecer às ordens de um reles capitão, a quem pode tratar do alto da hierarquia com o merecido menosprezo.
Por ora é aguardar para ver a quantas anda a patifaria de nosso eleitor, cuja diligência sempre foi descuidar de qualquer possível conduta ilibada pública, capaz de motejar a sacanagem privada, grassante desde os tempos de Pedrálvares.
E atentai para esta sapiência: O perigo que corre o pau; corre o machado! E mais: dentre os políticos não há trigo, dentre nós eleitores não há machado!
Saudações a quem tem coragem!
Por: PONCIANO RATEL.
Haddad diz que não dará indulto a Lula se for eleito
O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, afirmou pela 1ª vez que não dará indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se for eleito. Lula foi condenado em 2ª instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a 12 anos e 1 mês de prisão e cumpre pena em Curitiba desde 7 de abril. O PT chegou a registrar o ex-presidente como candidato, mas o nome dele foi barrado pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa. O PT substituiu, então, o nome dele pelo de Haddad em 11 de setembro.
Haddad foi questionado mais de uma vez se daria ou não o indulto. Os jornalistas citaram uma declaração do governador de Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel, que falou, no último sábado, sobre “a certeza” de que Haddad irá assinar o indulto, no primeiro dia de mandato, se for eleito.
Na primeira vez, Haddad respondeu que Lula está trabalhando para provar que é inocente. “Lula não vai abrir mão da defesa da sua inocência. Ele é o primeiro dizer: ‘Eu não quero favor. Eu quero que os tribunais brasileiros e os fóruns internacionais reconheçam que eu fui vítima de um erro judiciário’.”
Questionado se isso, então, significava que ele não daria o indulto, Haddad afirmou que “isso não está em pauta”. O petista falou que Lula tem sido considerado, desde o primeiro julgamento, como condenado, mas que acredita na absolvição dele. “E se não for?”, questionaram os jornalistas, lembrando que há apenas duas hipóteses, ser ou não inocentado.
Haddad: “Eu, como cidadão, vou me manter na campanha pela liberdade do presidente. Porque, eu li o processo, eu considero…”
Milton Jung, jornalista da CBN: “Isso o senhor disse claramente. A pergunta objetiva é o seguinte…”
Haddad: “Não. Não. A resposta é não.”
Jung: “Não ao quê?”
Haddad: “Não ao indulto.”
Haddad é oficializado pelo PT candidato ao Planalto
A cúpula do PT aprovou por unanimidade o nome de Fernando Haddad como substituto do ex-presidente Lula na chapa do partido ao Planalto.
Em reunião hoje, em Curitiba, a executiva nacional do PT chancelou, após carta enviada por Lula, Haddad como candidato oficial da sigla.
Na mensagem, Lula escreveu sobre o que chama de injustiça que vem sofrendo para deixá-lo fora da eleição, se disse indignado, mas ressaltou a importância da continuidade de seu projeto político com Haddad como candidato.
A mensagem do ex-presidente serviu para arrefecer qualquer resistência interna que ainda pudesse haver na sigla ao nome do ex-prefeito de São Paulo. A carta foi lida pelo próprio Haddad a portas fechadas.
Uma ala do partido, ligada à presidente da sigla, Gleisi Hoffmann (PR), ainda queria adiar a troca para o dia 17 de setembro, o que desagradava aos aliados de Haddad.
Os dirigentes do PT farão uma pausa para o almoço e, às 15h, vão fazer um ato na frente da sede da Polícia Federal, onde Lula está preso, para oficializar a decisão.
O ex-presidente foi condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Com base na Lei da Ficha Limpa, o TSE barrou a candidatura do petista no dia 1º de setembro e determinou que o PT teria dez dias para substituir Lula na chapa.
Fachin homologa desistência de pedido de liberdade de Lula
O ministro Luiz Edson Fachin homologou, hoje, a desistência da defesa de Lula do pedido de liberdade dele. Os advogados retiraram o pedido para evitar que o Supremo Tribunal Federal discutisse a questão da inelegibilidade do ex-presidente antes de o Tribunal Superior Eleitoral, que julga registros de candidatura, analisar o tema.
Em junho, o ministro negou conceder uma liminar (decisão provisória) para suspender a prisão e pediu que a defesa esclarecesse por qual razão primeiro mencionou a questão da inelegibilidade de Lula no pedido e depois reivindicou a retirada do tema do recurso.
A defesa protocolou o pedido de desistência na última segunda afirmando que, diante da confusão entre o pedido inicial de suspensão da pena e a discussão em torno dos direitos políticos, “imprevistamente colocada”, desistia totalmente do recurso.
Segundo os advogados, a defesa fará agora um “aprofundamento” sobre “fatos novos” que eventualmente podem vir a ser colocados em um futuro pedido.
Os advogados também reiteraram ao relator que pediram apenas a suspensão da execução provisória da pena de Lula, não discutindo seus direitos políticos no pedido inicial.
Segundo a defesa, as referências à inelegibilidade foram “laterais” e incluídas em razão de o pedido ter sido baseado na lei sobre esse tema.
Ontem, a defesa havia feito também um pedido “por cautela” no sentido de que, caso Fachin não confirmasse a desistência, o pedido de liberdade fosse julgado pela Segunda Turma do Tribunal e não pelo plenário.
Para fazer o pedido, os advogados de Lula recorreram de decisão tomada no fim de junho pelo ministro Alexandre de Moraes, que manteve no plenário do STF o julgamento do pedido de liberdade apresentado.
Em junho, Moraes rejeitou pedido de julgamento do caso pela Segunda Turma e não pelo plenário. Para Moraes, cabe ao relator definir se um caso é julgado na turma ou no plenário e, portanto, não haveria ilegalidade.
Com a homologação da desistência do pedido de liberdade, esse recurso apresentado contra a decisão de Alexandre de Moraes perde o objeto.