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Afirmar que EUA declararam guerra à Coreia do Norte é “absurdo”, diz Casa Branca
A afirmação do ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte dizendo que os Estados Unidos declararam guerra àquele país é “absurda”, disse a Casa Branca nesta segunda-feira.
“Nós não declaramos guerra à Coreia do Norte. Francamente, a sugestão disso é absurda”, disse a porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders a repórteres.
A Coréia do Norte advertiu que “centenas de milhões” de americanos serão mortos e declarou que o continente americano não está a salvo de Kim Jon-un
A mídia estatal da capital Pyongyang publicou um alerta arrepiante sobre um possível conflito nuclear que se aproxima com Washington.
O porta-voz de Kim Jong-un deu uma declaração provocativa sobre um recente teste de mísseis realizado pela Coréia do Sul:
“Eles estão prestes a ser massacrados. Duas horas é o tempo que precisamos para destruir todo o território deles”
Com relação aos EUA, ele pediu que a Casa Branca “salve as vidas de centenas de milhões de americanos” e evite a guerra com a RPDC (República Democrática Popular da Coreia ).
Pyongyang se comprometeu a continuar sua busca por um ICBM nuclear capaz de atingir o continente americano.
Testes de mísseis (de menor porte) foram realizados recentemente pelo estado secreto e especialistas acreditam que é apenas questão de tempo antes de Kim explodir a sétima bomba nuclear.
A última ameaça, publicada no jornal Rodong Sinmun, classificou os exercícios realizados pelos EUA como “obscuros” e de “comportamento burro” feitos somente para “assustar” a RPDC:
“Esses exercícios são uma desculpa dos EUA para invadir a RPDC e inflamar uma guerra a qualquer momento”.
A matéria acrescentou:
“Os EUA devem ser aconselhados a tomar medidas urgentes para salvar a vida de centenas de milhões de americanos ao invés de se preocuparem com a segurança dos sul-coreanos”.
Kim Jon-un também fez questão de pedir à Coréia do Sul que rompa a aliança com os EUA e defenda seu território com seus próprios meios:
“A única maneira de os EUA escaparem da destruição completa é retirarem todos os cidadãos e forças da Coréia do Sul.”
Há receios de que o presidente (recém eleito) da Coreia do Sul, Moon Jae-in, construa um acordo com os vizinhos do Norte e declare a remoção imediata do sistema de defesa de mísseis dos Estados Unidos THAAD .
Estratégia de Trump: convencê-lo de que o louco é você
Não, você não está louco. Ainda que Donald Trump queira convencê-lo do contrário.
Na Trumplândia, onde jornalistas são “os humanos mais desonestos da Terra”, pouco adianta mostrar vídeos do novo presidente dos EUA afirmando isto ou aquilo. “Errado! Notícias falsas! Triste!”, eis sua trinca favorita para rebater a informação que o desagrada.
Em 2016, o dicionário Oxford elegeu “pós-verdade” como a palavra do ano. Agora é o termo “gas lighting” que ganha força para tipificar um fenômeno paralelo na era Trump.
O nome vem da peça britânica “Gas Light” (1938), depois adaptada para o filme que no Brasil se chamou “À Meia Luz”. Na trama, Ingrid Bergman sofre tortura psicológica do marido, que a todo momento questiona sua sanidade. Um dos artifícios: enfraquecer as lâmpadas a gás da casa e agir como se a luz bamba fosse fruto da imaginação da mulher.
“Gas lighting”, portanto, virou sinônimo do abuso emocional infligido para convencer a vítima de que o problema é ela. Exemplo: numa briga, o homem afirma que a mulher “só pode estar de TPM”.
Ao borrar a realidade, a versão do abusador vira o novo normal. Algo parecido ocorre no conto “A Roupa Nova do Imperador”: se todos garantem ver o traje do monarca, então é claro que ele existe.
Quando diz que sempre foi “totalmente contra a guerra do Iraque” (errado!) ou que viu na TV “milhares” de muçulmanos em Nova Jersey comemorarem os ataques de 11 de Setembro (notícias falsas!), o presidente parece viver em seu próprio “mundo invertido” —uma espécie de mundo real às avessas fabulado pela série de TV “Stranger Things” (triste!).
A coisa mais estranha, contudo, não é persuadir tanta gente a acreditar em seus “fatos alternativos” —expressão que uma correligionária adotou para se referir a dados distorcidos (eufemismo para mentira deslavada) divulgados pelo time presidencial.
Ainda mais ardiloso é manipular a opinião pública, pintando-se de perseguido por uma mídia já desmoralizada após ignorar vários sinais e apostar na derrota de Trump.
A imprensa pode publicar mil vezes fotos aéreas da posse do presidente, que mostram uma plateia esburacada feito queijo suíço. Ele continuará repetindo que sua cerimônia foi incrível, a melhor, a maior de todas. Ao negar o óbvio sem qualquer tipo de contraprova, e ainda assim sair vitorioso, Trump encarna o “gaslighter-em-chefe” da nação, diz a articulista da CNN Frida Ghitis.
Ao resenhar “Poder – Uma Nova Análise Social” (1938), de Bertrand Russell, George Orwell escreveu: “Afundamos a tal nível que a reafirmação do óbvio é o primeiro dever dos homens inteligentes”. Oito décadas depois, o autor de “1984” parece coisa de doido.
Por: Ana Virginia Balloussier, Folha de São Paulo.
Colômbia e Farc têm acordo histórico de cessar-fogo
Em uma cerimônia em Havana, o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) assinaram nesta quinta-feira um acordo histórico decretando o cessar-fogo definitivo entre as partes e a entrega de armas pelos guerrilheiros. É a primeira vez desde 1984 que ambos os lados acordam uma trégua bilateral, num passo decisivo para a conclusão das negociações de paz que marcarão o fim do mais antigo confronto armado no hemisfério.
O anúncio foi feito pelos delegados dos países mediadores — Cuba e Noruega —, na presença do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, do principal líder das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, entre outras personalidades.
— Hoje é um dia histórico para o nosso país depois de mais de 50 anos de enfrentamentos, mortes, atentados e dor. Colocamos fim ao conflito armado com as Farc — afirmou Santos. — Chegou a hora de vivermos sem guerra, chegou a hora de sermos um país em paz, um país com esperança. O acordo dará tranquilidade a todos os colombianos. O fim das hostilidades ficará assegurado. Tudo isso será supervisionado por observadores internacionais.
Militante do Estado Islâmico executa a própria mãe
Um militante do Estado Islâmico executou a própria mãe publicamente em Raqqa, reduto rebelde na Síria, após ela pedir que deixasse o grupo jihadista. Ativistas do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (Ondus) denunciaram, citando testemunhas oculares, que o homem, identificado como Ali Saqr, de 21 anos, matou a própria mãe, Lena al-Qasem, 45.
Lena teria advertido ao filho que o Estado Islâmico vai ser dizimado pelos Estados Unidos e pedido que os dois fugissem da cidade. Ali teria informado seus superiores, que ordenaram a execução.
Os militantes do grupo jihadista são conhecidos por seu extremismo. O próprio grupo nasceu após ser expulso do Al Qaeda por ser considerado muito violento.
Eles não toleram dissidentes que, em geral são executados de forma pública para servir de exemplo aos demais. (Do portal IG)
Perturbação numa redoma: Žižek escreve sobre os atentados em Paris
Sim, os ataques do dia 13 de novembro em Paris devem ser incondicionalmente repudiados, mas… sem querer introduzir circunstâncias atenuantes, a questão é que eles devem ser realmente repudiados, e para isso, é preciso de mais do que o simples e patético espetáculo de solidariedade por parte de nós, cidadãos “livres”, “democráticos”, “civilizados”, contra o grande monstro assassino muçulmano.
Na primeira metade de 2015, a Europa estava preocupada com movimentos emancipatórios radicais (como Syriza e Podemos), enquanto que na segunda metade do ano a atenção se deslocou ao tema “humanitário” dos refugiados – a luta de classes foi literalmente suprimida e substituida pelo tema liberal-cultural da tolerância e da solidariedade. Com os atentados terroristas da última sexta-feira, até mesmo esse tema (que ainda se referia a questões sócio-econômicas mais amplas) está agora eclipsado pelo simples esquematismo que projeta o conjunto das forças democráticas enredadas em uma guerra sem piedade contra as forças do terror – e é fácil imaginar o que se seguirá: uma busca paranoica pelos agentes do ISIS entre os refugiados, e por aí vai… (A mídia já saliva ao informar que dois dos terroristas adentraram a Europa via Grécia como refugiados…) As maiores vítimas dos ataques terroristas de Paris serão os próprios refugiados, e os verdadeiros vencedores por trás das platitudes do tipo “Je suis Paris” serão simplesmente os partidários da guerra total de ambos os lados.
É assim que nos devemos realmente repudiar os assassinatos de Paris: não simplesmente participando das manifestações patéticas de solidariedade anti-terrorista, mas insistindo na simples questão do qui bono: quem se beneficia? Não deve haver um entendimento mais profundo dos terroristas do ISIS, no sentido em que se diz “seus atos deploráveis são não obstante reações às brutais intervenções europeias” – eles devem ser caracterizados, sem rodeio, como aquilo que de fato são: como o obverso islamo-fascista dos racistas anti-imigração europeus (dois lados de uma mesma moeda).
Mas há ainda um outro aspecto dos ataques que devemos levar em conta, sua própria forma: uma perturbação momentânea brutal da vida cotidiana normal. Não é de se desprezar que os alvos eleitos não representam o establishmentmilitar ou político, mas a cultura popular cotidiana – restaurantes, bares, casas de shows… Tal forma de terrorismo – uma perturbação momentânea – é própria dos ataques que costumam ocorrer no interior dos países ocidentais desenvolvidos, e contrasta claramente ao que ocorre em muitos países de Terceiro Mundo onde a violência é um fato permanente da vida. Pense na vida cotidiana no Congo, no Afeganistão, na Síria, no Iraque, no Líbano… – onde está o alardio por solidariedade internacional quando centenas de pessoas morrem nesses lugares? Devemos lembrar agora que vivemos em uma »redoma« onde a violência terrorista é uma ameaça que apenas explode de tempos em tempos, em contraste aos países em que (com a participação ou cumplicidade do ocidente) a vida cotidiana consiste de terror e brutalidade ininterruptos.
Em seu In the World Interior of Capital: Towards a Philosophical Theory of Globalization, Peter Sloterdijk demonstra como, na globalização de hoje, o sistema mundial completou seu desenvolvimento e, como um sistema capitalista, veio a determinar todas as condições de possibilidade para a vida. O primeiro sinal desse desenvolvimento foi o Palácio de Cristal em Londres, o local da Primeira Exposição Universal em 1851: a inevitável exclusividade da globalização como a construção e expansão de um mundo interior cujas fronteiras são invisíveis, no entanto virtualmente intransplantáveis para quem as depara a partir de fora, e que é habitada por um bilhão e meio de vencedores da globalização (o triplo desse número é deixado do lado de fora da porta).
Consequentemente, “o mundo interior do capital não é uma ágora ou um mercado a céu aberto, mas sim uma estufa que incorporou tudo que já foi externo”. Esse interior, edificado sobre os excessos capitalistas, determina tudo: “O fato primário da Era Moderna não é que a terra gira em torno do sol, mas que o dinheiro gira em torno da terra”. Após o processo que transformou o mundo em um globo, “a vida social só poderia se desenrolar dentro de um interior expandido, um espaço interno domesticamente e artificialmente climatizado.” Com a hegemonia do capitalismo cultural, todos os levantes com potencial de alterar a globalidade são contidos: “Nenhum evento histórico mais poderia ocorrer sob tais condições – no máximo, acidentes domésticos”. O que Sloterdijk corretamente apontou é que a globalização capitalista não representa apenas abertura e conquista, mas também um globo fechado sobre si mesmo separando o Dentro do Fora. E os dois aspectos são inseparáveis: o alcance global do capitalismo é ancorado na forma pela qual ele introduz uma cisão radical de classe que atravessa todo o globo terrestre, separando aqueles agraciados pela proteção dessa esfera daqueles relegados ao lado de fora de sua redoma.
Os recentes atentados em Paris, bem como o fluxo de refugiados, são lembretes momentâneos da violência que subjaz nossa cúpula, um mundo que, para nós, de dentro, aparece majoritariamente em escassas reportagens televisivas sobre países violentos distantes, mas nunca como parte da nossa realidade. É por isso que é nosso dever se tornar plenamente consciente da violência brutal que permeia o lado de fora de nossa redoma – não apenas violência religiosa, étnica e política, mas também sexual. Em sua excepcional análise do Julgamento de Oscar Pistorius, Jacqueline Rose assinalou como seu assassinato de sua namorada tinha de ser interpretado contra o complexo pano de fundo do medo do homem branco da violência negra, bem como da terrível e disseminada realidade da violência contra as mulheres:
“A cada quatro minutos na África do Sul há um registro de estupro de uma mulher ou menina – geralmente adolescente, por vezes criança – e a cada oito horas uma mulher é assassinada pelo seu parceiro. O fenômeno tem um nome na África do Sul: ‘feminicídio íntimo’, ou, como a jornalista e escritora criminalista Margie Orford se refere ao repetido assassinato de mulheres pelo país, ‘feminicidio em série’.”
Esse aspecto não deve de forma alguma ser descartado como marginal: de Boko Haram e Mugabe a Putin, a crítica anti-colonialista ao Ocidente cada vez mais aparece como a rejeição à confusão ocidental sexual, e como uma demanda por um retorno à hierarquia sexual tradicional. Tenho, é claro, plena consciência de como a exportação imediata do feminismo ocidental e dos direitos humanos individuais podem servir como uma ferramenta de neocolonialismo ideológico e econômico (todos nós lembramos de como algumas feministas americanas apoiaram a intervenção estadunidense no Iraque como uma forma de liberar as mulheres lá, quando o resultado foi precisamente o oposto). No entanto, devemos absolutamente recusar de extrair disso a conclusão de que os esquerdistas ocidentais devem fazer aqui um “compromisso estratégico”, silenciosamente tolerando “costumes” de humilhação a mulheres e homossexuais em prol da luta anti-imperialista “maior”.
Então vamos trazer de volta a luta de classes – e a única forma de fazer isso é insistindo na solidariedade global dos explorados e oprimidos. Sem essa visão global, a patética solidariedade para com as vítimas de Paris não passa de uma obscenidade pseudo-ética.
Apesar de toda obscuridade em torno do influxo dos refugiados na Europa, muitos deles sem dúvida tentam escapar condições terríveis em seus países. Um dia após os ataques de Paris, um deles secamente comentou na TV: “Imagine uma cidade como Paris em que o estado de exceção que reina lá hoje é simplesmente uma característica permanente da vida cotidiana por meses, quando não anos. É disso que estamos fugindo.” Não podemos ignorar o momento de verdade dessa afirmação.
O Brasil é um dos maiores comerciantes de armas no mundo.
Atrás apenas dos Estados Unidos, Itália e Alemanha, o Brasil é o quarto maior exportador de armas leves do mundo, de acordo com o relatório As Armas e o Mundo divulgado nesta segunda-feira pela Small Arms Survey, entidade que monitora conflitos armados e o comércio de armas de fogo no mundo, o Brasil alimenta o comércio da guerra, atuando fortemente no mercado de revólveres, pistolas, metralhadores, fuzis, lança-granadas, artilharia anti-tanque, munições e morteiros.
Somente de 2001 a 2012 o país exportou 2,8 bilhões de dólares (374 milhões apenas em 2012) em armas, deixando para trás potências do setor como a Rússia – fabricante do famoso fuzil AK-47, arma de escolha de nove entre dez grupos guerrilheiros, do Estado Islâmico às Farc – e China, que possui o maior exército regular do mundo.
O Brasil, no entanto, é o único entre os quatro maiores exportadores do ranking cujas transferências de armamento não são transparentes, diz o relatório. Ou seja, o país não apresenta à ONU seus recibos e contratos de venda: não se sabe exatamente o que, para quem e quanto é comercializado.
Na prática, isso significa que existe a possibilidade de que os armamentos vendidos pelo país estejam sendo comprados por nações em conflito ou que violam os Direitos Humanos. Ou que o Brasil venda para terceiros que por sua vez irão repassar as armas para milícias, facções terroristas ou governos autoritários.
O Brasil é signatário do ATT, um tratado que regula este comércio no mundo e proíbe transferências consideradas irresponsáveis. A legislação ainda não foi sancionada.
Em 2011 o país não entregou às Nações Unidas o relatório de suas transferências de armas, e se absteve na votação do embargo imposto à Líbia. Em 2013, grupos de monitoramento de conflitos denunciaram que granadas de gás lacrimogênio da marca brasileira Condor estavam sendo usadas pela polícia turca para conter protestos contra o Governo de Recep Erdogan.
O Brasil também é o quarto país entre os maiores exportadores cujas transferências de armas leves mais cresceram entre 2001 e 2012: houve um aumento de 295% nas vendas. Nesse quesito, perdeu apenas para a China (1.456%), Coreia do Sul (636%) e Turquia (467%). As maiores fabricantes de armas brasileiras são a Forjas Taurus, Imbel e Companhia Brasileira de Cartuchos.
O país participa de missões de paz da ONU, enquanto isso, vende armas.
Isto Posto… Protagonismo Anão.
Em recente embate diplomático, a representação de Israel classificou a atuação internacional do Brasil de “Diplomacia Anã”, em clara referência aos posicionamentos, segundo porta vozes israelenses, equivocados do governo brasileiro sobre temas dominantes no cenário internacional.
A controvérsia em destaque dizia respeito, numa das poucas e raras afirmações oportunas de nossa diplomacia, à condenação explícita feita pelo Itamaraty do massacre patrocinado pelas forças israelenses contra o povo palestino, sob a alegação insustentável de legítima defesa.
Importunados com o pouco apoio recebido da comunidade internacional, principalmente de países como Brasil, historicamente alinhado com as decisões dos Estados Unidos sobre qualquer tema envolvendo Israel e seu ‘incontestável’ direito de defesa, e especial no que tange à sustentação política, financeira e militar incondicional da Casa Branca ao projeto de “Eugenia neonazista” posto em prática na faixa de Gaza, embaixadores israelitas acusaram o Brasil de defender ações terroristas, devido a um protagonismo internacional brasileiro alcunhado por eles de anão.
Diante disso, que resposta poderia o Brasil dá a esta afirmação, a fim de provar que seu protagonismo, sua influência externa de fato é ou já foi relevante? A resposta, em que pese parecer de difícil formulação é bastante singela. Basta pensarmos que os elementos considerados para aferir o nível de influência de um país sobre os outros são essencialmente internos: educação, ciência, progresso econômico, republicanismo e civilidade para lidar com as diferenças étnicas e culturais. Então, pergunta-se: em qual desses aspectos o Brasil é exemplo, ou mantém alguma relevância?
Isto posto, a estatura da diplomacia brasileira, do seu protagonismo internacional se evidenciarão na medida em que internamente os fatores decisivos supracitados se tornem prioritários, com ações governamentais dirigidas para o propósito de elevá-los acima dos rés do chão, porque as repercussões externas apenas espelham o quanto excessivamente ensimesmado em uma nação.
Por: Adão Lima de Souza
ONU pede cessar-fogo imediato em Gaza
Apesar de não ter discutido a resolução proposta pela Jordânia, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), defendeu um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. O conselho expressou ‘sérias preocupações sobre a escalada da violência’ e defendeu a proteção dos civis sob a lei humanitária internacional. Em comunicado lido à imprensa, o conselho disse estar inquieto pelo crescente número de fatalidades. Os países defenderam os esforços do Egito e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que desembarcou na região no domingo, para costurarem um acordo.
O Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, irá viajar ao Oriente Médio, hoje, na tentativa de ajudar nas negociações por um cessar-fogo. O Departamento de Estado disse que ele se juntará aos esforços diplomáticos para retomar uma trégua que foi acordada em novembro de 2012.
Em duas semanas de conflito na Faixa de Gaza, ao menos 430 palestinos e 20 israelenses foram mortos.
ONG acusa os Jihadistas de execuções em massa no Iraque
A ONG Human Rights Watch (HRW) anunciou nesta sexta-feira que os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) mataram entre 160 e 190 homens em dois lugares de Tikrit, a 180 quilômetros de Bagdá. A ONG norte-americana divulgou a confirmação depois de analisar, em profundidade, as fotografias que o próprio grupo terrorista, que há três semanas avança em direção ao sul do país, difundiu nas redes sociais.
A HRW disse através de um comunicado que “a análise das fotografias dá fortes indícios de que o EIIL realizou execuções em massa em Tikrit [cidade-natal do ex-ditador Saddam Hussein] depois de tomar o controle da cidade em 11 de junho passado”.
O massacre de quase duzentos homens pode ter acontecido, segundo a ONG, em pelo menos dois lugares entre os dias 11 e 14. “O número [de mortos] poderia ser maior”, indica a HRW acrescentando que a dificuldade de localizar os corpos e de ter acesso à área impede uma investigação completa.
Depois de tomar a cidade ao norte de Bagdá, os extremistas sunitas difundiram fotografias e vídeos de supostas execuções massivas dizendo que tinham matados 1.700 soldados do exército iraquiano. Naquele momento, fontes militares garantiram a autenticidade das fotografias difundidas pela Associated Press. Mas a ONU se apressou a denunciar que o EIIL havia cometido crimes de guerra por “uma série de execuções sistemáticas e a sangue frio” de centenas de soldados capturados e de civis em Tikrit.
Fonte: EL País