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Alunos da Facape protestam contra o aumento de mensalidade sob a vigilância da Guarda Municipal e da Polícia.
Ontem, quarta-feira, dia 30/04, para recepcionar os alunos que pretendiam protestar contra o novo reajuste abusivo de mensalidade, a direção da Facape convocou a polícia e a guarda municipal como se ali se tratasse de desordeiros, de bandidos de alta periculosidade e não de pacatos e respeitadores estudantes que trabalham duro para pagar os altos salários de até R$ 20 mil nesta faculdade.
Depois dizem é que os alunos são quem desrespeitam a faculdade ao se oporem ao aumento desnecessário, pois a Facape goza, segundo as palavras do presidente da autarquia, de boa saúde financeira devido à competência inigualável desses profissionais zelosos com as contas da instituição.
Quero acreditar, e nisso não estou sozinho, que ao chamar a polícia e a guarda municipal, a intenção da diretoria tenha sido a de garantir a segurança do estudante durante a manifestação, senão por que outra razão a polícia deveria está ali? Essa certeza, para nós estudantes, é uma demonstração digna de respeito, já que, por um instante, sentimo-nos reconfortados com a preocupação paternal daqueles que decidem o destino de nossa faculdade.
Quando em 2013 fechamos a entrada da Facape não ocorreu nem um incidente que ameaçasse a integridade física ou moral de quem quer que fosse, numa demonstração clara de respeito à instituição e as pessoas que dela fazem parte. De tal modo que mereceu do presidente da autarquia o reconhecimento justo de que foi uma mobilização “pacífica e ordeira”, segundo suas palavras.
Então, por que, agora, assim como no outro protesto, sem haver nenhum tipo de sinalização de que o movimento pudesse descambar para o desrespeito ás pessoas ou outro tipo qualquer de agressão contra o patrimônio de nossa faculdade, a direção resolveu convocar a polícia e a guarda municipal? Será que passou pela cabeça desses homens de bom senso que, de uma hora pra outra, jovens estudantes de boa família, pudessem se transformar em marginais perigosíssimos, colocando em risco a vida de pessoas e promovendo bandalheiras?
Como disse, reafirmo aqui a convicção pessoal de que a presença de policiais e guardas se deu pelo imperativo maior que era a garantia de nossa segurança. Caso contrário, ser-me-ia impensável outra razão para que a polícia estivesse na faculdade.
Por: Adão Lima de Souza