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CÂMARA FEDERAL: A nova oposição
Se no PMDB a briga interna acende um sinal de alerta no Governo, um cenário já deixou a gestão federal menos preocupada. A oposição decidiu que poderá votar a favor de medidas legislativas que resultem na melhora econômica. Ou seja, ao invés de fazer uma oposição radical, ampla e irrestrita, o PSDB, por exemplo, decidiu que confrontará os petistas principalmente no tocante à criação de novos impostos.
“Não aceitamos a CPMF, mas não seremos irresponsáveis de não discutir temas importantes que ajudem na retomada do crescimento. Mas isso tudo só pode ser feito se o PT e seus aliados abraçarem a ideia, não somos nós que vamos defender o Governo por eles”, explicou o deputado Miguel Haddad (PSDB-SP), líder da minoria na Câmara.
O discurso dele está alinhado com o do líder do próprio PSDB, Antonio Imbassahy (PSDB-BA). Os tucanos querem evitar de serem marcados como os patrocinadores da política do “quanto pior melhor”. “Temos visto cada vez mais comércios fechando, pessoas perdendo empregos e entendemos que não podemos lutar contra o país. Mas isso não quer dizer que desistimos do impeachment da Dilma. Vamos ajudar a sair da crise, mas não queremos mais três anos dela”, concluiu Haddad.
SAUDOSO SIBÁ
“Por mais que alguém queira agredir o SUS no Brasil, o SUS é uma mãe, é um dos sistemas mais justos para países pobres, aliás, para qualquer país do mundo. Nos EUA o serviço de saúde é completamente privado. Eu não leio as postagens com agressões, nem me incomodo, fiz o comentário com base no que vi. Virou moda bater no PT e em tudo que a gente fala. Mas, isso aí, eu vi.”
Governador manda tirar nome de Sarney de escolas
MARANHÃO – Sete escolas estaduais do Maranhão batizadas em homenagem ao ex-presidente José Sarney tiveram os nomes alterados por um decreto assinado pelo governador Flávio Dino (PC do B).
No total, o nome de 37 escolas que homenageavam pessoas vivas foram trocados por nomes de professores, políticos, religiosos e poetas que já morreram, como os ex-deputados João Evangelista e Júlio Monteles.
A filha de Sarney, a ex-governadora Roseana Sarney, e mulher dele, Marly Sarney, também perderam as homenagens. O nome de Roseana batizava três escolas, e o de Marly, uma.
O decreto foi publicado no “Diário Oficial do Estado” no último dia 14 de janeiro.
Outro nome próximo ao clã Sarney, o do senador Edison Lobão, que é ex-governador do Estado e ex-ministro de Minas e Energia, foi retirado de quatro locais.
Há um ano, quando assumiu o governo do Maranhão, Dino assinou um decreto que proibia que bens públicos do Estado recebessem o nome de pessoas vivas ou responsabilizadas por violações aos direitos humanos durante o regime militar.
No caso das pessoas vivas, a medida não era retroativa, de modo que Sarney continuava a dar nome a pelo menos 160 escolas do Maranhão, além de bibliotecas e obras viárias em todo o Estado.
Com o novo decreto, os nomes do ex-vice-governador do Maranhão e atual senador João Alberto de Souza, do ex-governador João Castelo, da ex-secretária de Educação Leda Tajra, do ex-vice-presidente Marco Maciel e do ex-deputado federal Magno Bacelar também foram apagados da fachada de centros de ensino. O poeta maranhense e membro da Academia Brasileira de Letras Ferreira Gullar também deixou de ser homenageado.
O Governo deveria estatizar o Uber e privatizar a Petrobras
Já está provado que a proibição de uma tecnologia nunca foi bem sucedida. Ela sempre é cultivada por entusiastas e reaparece anos depois e é estimulada por novos grupos no poder ou apropriada de uma nova forma.
Mas é importante que não confundamos a tecnologia com o agente dela. A Apple é a empresa que inovou em computadores, o Google com uma ferramenta de busca, a Facebook com uma rede social. O Uber inova em serviço. A tecnologia de comunicação e pagamento por celular não é igual ao Uber e pode e deve ser apropriada por outros agentes.
Não se pode negar que o modelo de negócio é muito esperto. O Uber criou uma categoria de serviço que lucra muito, não paga impostos e obriga o Estado a fiscalizar, até mesmo porque é o único que consegue isso. Além disso, nem precisa investir muito em propaganda, pois os próprios usuários já fazem isso espontaneamente. Sem contar que a melhor ferramenta de marketing do UBER são os próprios taxistas, que alardeiam a chegada do concorrente gritando a todo pulmão, e param as cidades para promover a marca da empresa.
Deixando de lado o aspecto descolado e moderno de sua proposta, não devemos esquecer que tal empresa é uma multinacional que visa exclusivamente o lucro. O UBER não é “bonzinho”, é um negócio agressivo que está promovendo disrupção num modelo estabelecido, tornando-se um novo intermediário num mercado degradado, ao promover uma forma de transporte mais “burguesa”.
O Uber não é esse profeta da Era Digital que pintam, nem veio resolver nossos problemas de mobilidade urbana. É um app que dá conforto e comodidade para a parcela da população que pode pagar por esse privilégio e não usa uma tecnologia tão revolucionária por si só.
O mais curioso é ver as pessoas defenderem o Uber dizendo que estão proibindo por motivos “econômicos”. Por acaso o Uber é um serviço público? Mas deveria.
Apesar de a startup ter um valor de mercado elevadíssimo, na casa dos US$ 50 bilhões (superando todas as empresas da Bovespa, menos a Ambev), tem uma estrutura enxuta e um potencial gigantesco. Se fosse uma empresa pública, não seria uma boa opção para cabides de empregos. O Governo, que já teria que controlar e fiscalizar o serviço mesmo, também lucraria com esse novo modelo de negócio.
Daria até para resolver um outro problema e privatizar a Petrobrás, que vale hoje um pouco mais da metade do Uber (US$ 29 bilhões) e nem seria preciso explicar os motivos, dadas as atuais circunstâncias observadas nos noticiários diariamente. Mas mesmo se não faça isso, estatizar o conceito do Uber é algo que deveria ser feito urgentemente. Eu apostaria que o primeiro país que fizesse isso geraria um efeito em cascata de outros países rapidamente.
Todos ganhariam com isso, passageiros, motoristas e o governo. Bom, todos menos o Uber. Mas aí já é um problema dele, não tenho pena.
Por:Pedro Guadalupe, Diretor do portal Bhaz e profissional de marketing político digital, publicado no BR 247.
Governo do Estado lança Chapéu de Palha no Sertão
PERNAMBUCO – Com a expectativa de atender cerca de dez mil trabalhadores da fruticultura irrigada, o Chapéu de Palha 2016 foi lançado na manhã desta segunda-feira (18) em Petrolina, no Sertão do São Francisco. Até a próxima sexta-feira (22), os interessados em se inscrever no programa poderão procurar um dos pontos de atendimento dos sete municípios – Petrolina, Lagoa Grande, Cabrobó, Orobó, Petrolândia, Belém de São Francisco e Santa Maria da Boa Vista – beneficiados pela iniciativa.
O secretário de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral, titular da pasta que coordena o Chapéu de Palha, presente ao evento, destacou a importância do programa. “Vamos investir, neste ano, R$ 70 milhões de recursos próprios, apesar do cenário de restrição fiscal, no Chapéu de Palha, que é um programa estratégico para o Governo Paulo Câmara, porque garante a subsistência dos trabalhadores rurais durante a entressafra e oferece um conjunto de conteúdos para a qualificação profissional”, afirmou.
Também participaram da solenidade, realizada no Centro de Convenções Senador Nilo Coelho, o deputado federal Fernando Filho e os deputados estaduais Lucas Ramos e Miguel Coelho, além do prefeito de Lagoa Grande, Dhoni Amorim.
Dilma diz que ‘grande preocupação’ do governo é com desemprego
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (15), em um café da manhã no Palácio do Planalto com jornalistas de sites, agências de notícias estrangeiras e revistas, que, atualmente, todo o esforço do governo federal está voltado para impedir que o desemprego se eleve ainda mais. Em sua segunda entrevista coletiva do ano, a petista ressaltou que essa é sua “grande preocupação”.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira que a taxa de desemprego ficou em 9% no trimestre encerrado em outubro de 2015. Essa foi a maior taxa da série histórica, iniciada em 2012.
No trimestre encerrado em julho, a taxa havia atingido 8,6% e, no período de agosto a outubro de 2014, chegou a 6,6%.
“Todo esforço do governo […] é para impedir que, no Brasil, nós tenhamos um nível de desemprego elevado. Para mim, é a grande preocupação, é o que nós olhamos todos os dias. É aquilo que mais me preocupa e aquilo que requer mais atenção do governo”, destacou Dilma aos jornalistas no café da manhã que durou cerca de uma hora e 20 minutos.
Segundo o IBGE, no trimestre encerrado em outubro, a população desocupada chegou a 9,1 milhões de pessoas. Isso representa um aumento de 5,3% em relação ao trimestre de maio a julho e de 38,3% em comparação com o mesmo período de 2014.
Reflexo da deterioração do mercado de trabalho no período, o número de empregados com carteira assinada recuou 1%, na comparação com o trimestre anterior (encerrado em julho), e 3,2%, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além de falar sobre suas preocupações em torno da elevação do desemprego no Brasil, Dilma também se manifestou, entre outros pontos, sobre a recriação da CPMF, o processo de impeachment, a proposta de reforma da Previdência Social, a Operação Lava Jato, o preço do petróleo no mercado internacional, a tentativa de recriação da CPMF e a independência do Banco Central.
Fonte: Portal G1
EXÉRCITO NAS RUAS: Quem é que vai pagar por isso?
Em novembro passado, quando caminhoneiros ameaçavam obstruir estradas em todo o país, o comissariado do Planalto teve a ideia de chamar a tropa do Exército.
Ouviram de volta uma ponderação de um comandante militar:
Obstruir estradas é um crime e justifica-se o pedido de tropa para retirar os caminhões. E quando esse mesmo crime for cometido pelo Movimento dos Sem Terra, por índios ou organizações sindicais, os senhores vão chamar o Exército de novo?
Não se falou mais no assunto.
Porque questão é: se ministro pede a tropa ao general, o general dá a ordem a um coronel e este desloca os soldados, sob o comando de um capitão,
Quando surgir um cadáver, quem vai para a Comissão da Verdade?
Por: Elio Gaspari
P.S: A vida civil deve ser comandada pelos civis, pois a estes cabem a busca das soluções adequadas para crises de governança. À exceção de guerra declarada, as Forças Armadas devem se restringir aos limites dos quartéis, vigilantes incansáveis dos Direitos e Garantias Fundamentais dos Cidadãos e nunca a serviço do governante da vez. Porque governo que precisa de Exército na rua é governo derrotado.
Adão Lima de Souza
IMPEACHMENT: O jogo errado do Planalto
“Só perde o mandato pelo impeachment o presidente cuja administração faleceu. A condenação por dois terços do Congresso não é acórdão de tribunal. É um atestado político de óbito do governo e a certidão de nascimento de um novo consórcio de forças.”
O primeiro governo da presidente Dilma Rousseff fraudou sistemática, deliberada e profundamente o Orçamento da União. Não se trata de “mera pedalada”, como se diz por aí, mas de atentado contra o coração do pacto democrático.
Basta ler a Constituição e o conjunto das demais normas sobre crimes de responsabilidade para concluir que Dilma está enquadrada na tipificação legal. Sujeita-se, portanto, a juízo político que poderá decretar a cassação do seu mandato.
Aqui começa o jogo que o Planalto ainda não compreendeu. Só perde o mandato pelo impeachment o presidente cuja administração faleceu. A condenação por dois terços do Congresso não é acórdão de tribunal. É um atestado político de óbito do governo e a certidão de nascimento de um novo consórcio de forças.
Está em curso disputa parecida com uma eleição presidencial indireta. O vice Michel Temer transformou-se em expectativa de poder e vai cabalando simpatias num largo espectro de colorações partidárias, que vai da centro-esquerda à direita.
Não é que Temer seja conspirador nato. É antes o sistema político-institucional que leva o suplente a sinalizar disposição de governar quando a viabilidade do titular entra em xeque. A mecânica constitucional estimula o vice a conspirar nessas circunstâncias, o que ajuda a evitar perigosas incertezas sobre a chefia do Estado.
A dança do impeachment pode tornar-se diabólica para o presidente ameaçado cujo objetivo seja assegurar uma minoria fiel de votos no Congresso. Ele passa a atuar de forma pontual, sectária e labiríntica, enquanto seu adversário faz o oposto e tenta arquitetar um vasto consenso.
O erro de Dilma é não perceber que o país exige resposta política ampla e majoritária para enfrentar sua gravíssima situação econômica e social. A presidente vai se isolar rapidamente caso não rompa o ciclo infernal em que se meteu.
Ciro Gomes diz que o PSDB perdeu o pudor
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) voltou a soltar o verbo contra os tucanos, o vice-presidente, Michel Temer, e contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para ele, o PSDB, principal defensor do golpe, “perdeu o pudor e jogou sua história na lata do lixo”.
Em entrevista à jornalista Vera Rosa, do Estadão, Ciro relembra ter ido às ruas em 1999, contra o impeachment do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defendido à época pelo PT, e anuncia que repetirá o feito agora, com a mesma convicção.
“O PSDB perdeu o pudor e jogou sua história na lata do lixo. Está imitando o pior do PT, que, em 1999, pregou o impeachment de Fernando Henrique. Fui para a rua contra isso com a mesma convicção que tenho hoje. Eu vou para a rua contra o impeachment de Dilma”, disse.
Ciro disse ainda ter “vergonha e pena do PSDB”, mas que o que mais lhe “impressiona é a deslealdade do vice, que, depois de empurrar uma montanha de múmia paralítica para dentro do governo, vem com uma carta patética para Dilma”
como a alta do dólar vai pesar no seu bolso
O dólar superou a “barreira psicológica” dos 4 reais esta semana e virou o assunto do momento entre os brasileiros até nas mesas do bar. Nesta quinta-feira, ele bateu novo recorde chegando à máxima de 4,24 reais pela manhã, e encerrou a 3,99, depois de o Banco Central ter entrado no mercado vendendo dólares para reduzir a sua cotação.
A disparada da moeda, que se acentuou desde segunda, vai ser inevitavelmente sentida no bolso de todos os brasileiros e, apesar do impacto mais visível ser no preço de viagens internacionais e em produtos importados, vários itens, desde o pãozinho do café da manhã à carne do almoço, serão afetados.
Com a desvalorização do real, alguns produtos, como a carne, também ficam mais competitivos lá fora e torna-se mais vantajoso exportá-los. Assim, o produtor prefere vender para o mercado externo, reduzindo a oferta aqui dentro. Com menos mercadoria para vender localmente, o preço sobe. Outro setor que deve repassar o valor da disparada da moeda norte-americana será o dos cosméticos. “Os brasileiros são grandes consumidores dessa área e usam muitas marcas importadas. Mesmo os itens nacionais dependem de insumos de fora”, afirma.
Alimentação pesará mais no bolso
O principal impacto do câmbio na cesta de consumo dos brasileiros, contudo, é no segmento de alimentação. Nesse sentido, são as famílias de mais baixa renda as principais afetadas. Para quem ganha até 2,5 salários por mês, o comprometimento da renda com alimentação é de 32%, enquanto que para as demais essa proporção é de 25%.
“Os alimentos são os mais afetados pela alta do dólar. Todo mundo precisa comer, então ninguém deixa de comprar comida se o preço sobe. Mas ninguém precisa trocar de carro ou de celular agora”, afirma.
O pão francês, por exemplo, teve o preço elevado em 1,71% nas últimas quatro semanas. Já a carne subiu 1,58% em trinta dias, puxada pelo filé mignon, que registrou aumento de 3,15% nos preços. Os próximos produtos a acompanhar esse movimento de alta serão, na visão do economista, os derivados do açúcar e da soja, que também passam a ser mais vantajosos de exportar do que de vender no mercado doméstico.
Fonte: EL País.