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Isto Posto… Somente a demissão de Dilma assegurará os empregos?

DILMACerto financista britânico costumava afirmar, com muito bom humor, que o mercado financeiro funciona movido por sentimentos. Sentimentos ora estimulantes, ora fortemente inclinados ao pessimismo.  Ou seja, o mercado segue a diretriz de humor predominante no investidor das bolsas de valores que influencia a macroeconomia.

Assim, dizia o citado financista, se num dia qualquer ensolarado, um desses bilionários que se diverte fazendo especulação no mercado de ações acorda e, ao se espreguiçar, declara ser este um belo dia para se fazer compras, as economias do mundo fluem maravilhosamente, sem sobressaltos ou imprevisibilidades. Porém, se este mesmo especulador desperta de uma noite de terrores noturnos, resmungão e chateado, e afirma ser o tempo péssimo para se comprar, bolsas de valores despencam em todo mundo, economias estagnam e entram em recessão, governos são depostos em nações pouco democráticas ou a repressão estatal se recrudesce nos nichos ditatoriais espalhados pelos cinco continentes.

Tudo isso porque o que move a economia são sentimentos e não estatísticas e projetos se não tiverem como fim reestabelecer um clima de otimismo. Então, diante de tal perspectiva, a presidente Dilma Rousseff tem procurado conter o aumento de desemprego sinalizando com benesses como linha de crédito mais barata, compensações financeiras, dentre outras medidas, para os empresários que garantirem as vagas de trabalho em suas empresas, tentando com isso salvar uma economia que se deteriora a cada dia.

Há, no entanto, quem diga que as medidas adotadas pelo governo são inócuas para salvar a economia, pois este tipo de bondade setorial está na origem do problema econômico, podendo resultar no aprofundamento da crise. Outros, por seu turno, afirmam que o fator gerador de pessimismo é o próprio governo, que dá sinais claros de isolamento, atordoamento, falta de liderança e credibilidade para continuar conduzindo a economia, já que a presidente Dilma perdeu o comando do país que tem sido levado pela influência de grupos insurgentes como as presidências da câmara e do Senado, o PMDB, e de modo geral, toda base aliada responsável pela governabilidade.

Diante disso, os críticos de melhor humor, acentuam que como a presidente Dilma é a personificação da crise, a única solução eficaz seria sua saída tranquila do governo. Caso isso venha a acontecer, reforçam alguns, no outro dia o preço do dólar recua, as bolsas se recuperam, a taxa de desemprego se estabiliza, a economia volta a crescer… E até a seleção brasileira volta a jogar bem!

Isto posto, parece que a saída para se manter os empregos não são medidas generosas de benefícios fiscais para as empresas, mas sim, a pronta demissão de Dilma.

Por: Adão Lima de Souza