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Isto Posto… Não Vai Ter Copa

imagesDepois de muitos protestos contra a corrupção no Brasil, cuja maior revolta se dera em virtude da construção de estádios caríssimos para abrigar jogos da Copa, os brasileiros, em sua grande maioria, principalmente aquela que nunca abandonou sua poltrona confortável para reclamar de coisa nenhuma, repentinamente se rendeu aos encantos da seleção canarinho e voltaram a ser os mesmos cidadãos pusilânimes que sempre marcou a mais intrínseca característica desse povo tupiniquim.

Entoam, agora, o discurso de que a Copa nada tem a ver com os seculares desmandos da classe política brasileira, da roubalheira desenfreada, da cotidiana orgia com o dinheiro público, enquanto o povo agoniza em escolas e hospitais sucateados e insuficientes, gritando todos a plenos pulmões, a cada gol que os milionários atletas brazucas fazem: “Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”.

Estão convencidos de que na hora exata – a hora do voto – saberão diferenciar o joio do trigo como sempre souberam. E assim, o povo trabalhador dessas “terras brasilis” compram mais uma vez a falácia quincentenária de que o Brasil é o país do futuro, portanto, tudo se resolverá nas eleições, quer dizer, os mesmos sacripantas corruptos que roubam agora serão reeleitos para continuar representando um povo apático que crê num futuro sem nunca ter tido um presente.

Isto posto, faço minhas as palavras de Ruy Barbosa: “Brasil de ontem e de amanhã; dai-nos o de hoje que nos falta!”.

Por: Adão Lima de Souza

A Copa da exclusão.

ITAQUERÃO

SÃO PAULO – Tainá Salustiano e mais cinco amigos, com idades entre dez e 17 anos, andaram por quase quarenta minutos do centro de Itaquera, de onde moram até a Avenida Doutor Luís Aires, a menos de um quilômetro da Arena Corinthians, para onde pretendiam seguir.

O objetivo era assistir a disputa entre Brasil e Croácia de um telão que, segundo os boatos espalhados pelas crianças do bairro, havia sido montado ao lado do estádio. A aventura, no entanto, parou por ali.

No meio do caminho tinha um bloqueio de Policiais Militares para impedir qualquer passo a mais em direção à arena de pessoas que não tivessem em mãos um ingresso, cujo preço começava em 160 reais – quase um quarto do salário mínimo.

“É muita sacanagem. É nossa única oportunidade de chegar perto de um jogo do Brasil”, lamentava a menina. Mas o grupo não foi barrado sozinho. Os relatos de moradores que não conseguiram se aproximar do estádio eram muitos em Itaquera, bairro pobre da zona leste de São Paulo, onde está localizada a arena de inauguração do Mundial de 2014.

O bairro onde vivem cerca de 624.000 pessoas, com 291 favelas e a menor renda familiar da cidade, foi quase isolado nesta quinta-feira por bloqueios policiais. Uma questão de segurança, explicou um deles. “E, também, se deixassem todo mundo passar viraria bagunça”, completou.

 Fonte: EL País

Futebol e Política

FAVELAS

O futebol no Brasil sempre teve uma relação íntima com a política e foi utilizado em grande medida durante a ditadura militar (1964-1985) para configurar o ufanismo de uma nação construída por negros, índios, portugueses, e tantas outras nacionalidades. A construção da identidade foi questionada na época pelos intelectuais, que entendiam que torcer pelo Brasil era torcer por um regime com o qual discordavam. Tanto foi assim que o meia Zico não compôs o time olímpico em 1972 nem a seleção em 1974, justamente pelo histórico opositor de seu irmão, o centroavante do Fluminense, Fernando Antunes Coimbra, que contou sua versão dos fatos recentemente em uma mesa redonda no Museu da Resistência, em São Paulo.

Um esporte de origem amadora que conseguiu superar as barreiras elitistas de berço para cair no gosto popular era o instrumento ideal para agregar e unir pessoas em torno de um ideal comum: conquistar a Copa do Mundo. O campeonato foi usado também pelos governos de Juscelino Kubitschek e João Goulart, que se aproveitaram das situações favoráveis da seleção de 1958 e 1962, com os memoráveis Pelé e Garrincha no elenco.

“É por isso que dizemos Brasil ao invés de seleção brasileira. É como se o país estivesse em campo”, explica Flávio de Campos, coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Sobre Futebol da Universidade de São Paulo.

O fato de o evento ser realizado no Brasil fez com que todos os problemas nacionais se evidenciassem – e não somente para os brasileiros. A agenda esportiva está vinculada à política desde 2007, ano em que o Brasil soube que seria a sede da Copa. E o futebol, neste caso, dramatiza todos esses conflitos sociais. “A tendência é que este mau humor dos movimentos populares, dessa mobilização social que é também uma desmobilização torcedora, seja ampliado” até o final da Copa, afirma Campos.

A metáfora de um time de futebol, formado muitas vezes por jogadores de origem humilde, pode ser a metáfora de um Brasil que também está chutando a bola para superar a pobreza – e todos os demais problemas.

HOLANDA 5 X 1 ESPANHA: O show de Robben

HOLANDA

Na Bahia, o colapso foi total, um inferno. Um cataclismo completo. A Espanha recebeu uma ofensiva holandesa de marcar época, e acabou na lama em um caótico segundo tempo. E poderia ter sido muito pior. A pancada, com essa diferença de gols, deixa a Espanha com um caminho com muito mais do que espinhos. Para começar, sua passagem à segunda fase já corre risco, assim os espanhóis definiram a derrota da “Fúria”para a Holanda.

A Holanda se vingou com sanha da derrota de quatro anos atrás, na África do Sul, e, com Robben à frente, deixou a Espanha com as calças na mão, feito um boneco de pano a mercê de um adversário que, no segundo tempo, foi um enxame. Não houve espanhol reconhecível. Nem uma migalha dessa equipe que competiu de forma sublime na Eurocopa de Viena. A Espanha foi uma hemorragia, calamitosa em todas as suas linhas, e terminou no chão, como um farrapo. Casillas não era nem a pior sombra de Casillas; Ramos, em sua melhor temporada, parecia estar na pior; Iniesta não era Iniesta… Assim, um após o outro. Costa não foi uma solução, e na costa de Casillas tudo foi grotesco. Não foi só uma tarde ruim; foi uma sessão de terror.

Embaixadas aconselham como devem os estrangeiros se comportarem no Brasil

imagesA nove dias do início da Copa do Mundo, os holofotes estão todos voltados para o Brasil, onde as embaixadas já se preparam para poder ajudar os turistas. A preocupação com a segurança dos estrangeiros fez com que muitas nações criassem uma cartilha para orientar os cerca de 300 mil turistas – de acordo com dados do Ministério do Turismo – durante sua estadia no país.

Há recomendações que são recorrentes nas cartilhas de diversos países, como os cuidados para prevenir assaltos e como reagir a este tipo de situação, além de orientação para ficar longe de manifestações contra a realização da Copa do Mundo.

Mas há também aquelas consideradas curiosas, como a do Canadá, que enviou um alerta para que seus cidadãos evitem contato com animais, incluindo cães, macacos, cobras, roedores e morcegos. A alegação é que “algumas infecções encontradas em áreas da América do Sul, como a raiva, podem ser compartilhadas entre seres humanos e bichos”, informou a embaixada.

Os americanos garantiram cerca de 187 mil entradas para os jogos, e para proteger seus conterrâneos, a embaixada lançou a sua cartilha de orientação. Entre os “conselhos” importantes estão evitar comer peixe, carne, ovos e vegetais que não estiverem completamente cozidos ou que não forem servidos quentes – prejuízo na certa para os donos de restaurantes japoneses e de saladas, já que esses fregueses devem passar longe desses locais.

O famoso “churrasquinho de gato” também não deve entrar no cardápio dos americanos, visto que a embaixada manda evitar alimentos de vendedores de rua.

Um ponto que levantou polêmica na cartilha americana foi o item “Reduza seu risco de doenças sexualmente transmitidas”, sobre o uso de preservativos. A orientação era para que americanos usassem apenas camisinhas que tivessem sido compradas em seu país natal. Após a péssima recepção do “conselho”, o Centro para Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos alterou o texto, e na nova versão, pede que eles carreguem preservativos que tenham comprado em uma “fonte confiável”.

No site do CPC também há orientação para que os americanos que viajam para países em desenvolvimento não comam carnes de “animais selvagens” como: macacos, morcegos, entre outras espécies consideradas “selvagens”.

O quesito segurança é uma das maiores preocupações da embaixada da Alemanha — mais de 56 mil ingressos foram garantidos pelos alemães. Segundo a embaixada do país, “é aconselhável sempre levar uma quantia de dinheiro para a rendição voluntária”, Ou seja: o guia criado para orientar seus cidadãos sugere que os turistas alemães mantenham dinheiro separado para entregar aos assaltantes.

Se beber não dirija – Terceiro país que mais vai trazer turistas estrangeiros para o Brasil, a Inglaterra alerta que o Brasil tem tolerância zero na combinação álcool mais direção. Enquanto que no país europeu é permitido até oito decigramas de álcool no sangue, no país latino-americano nenhum índice é tolerado.

De acordo com o site da Fifa, os japoneses garantiram pouco mais de 22 mil ingressos. Acostumados com índices baixos de violência, é comum ver turistas com suas câmeras penduradas no pescoço para registrar todos os momentos. Mas segundo o Ministério de Relações Exteriores do Japão, câmeras fotográficas e smartphones devem ser mantidos em locais discretos.

Além disso, há alerta também quanto a assaltos com armas de fogo, batedores de carteira e até “saidinhas de banco”.

 Fonte: O Globo

Isto Posto… O legado da Copa: Os elefantes brancos

AMAZONIA

Muito se tem falado dos gastos excessivos na construção de estádios para a Copa no Brasil. Alegando uns que o dinheiro seria mais bem empregado em saúde, educação e segurança. Enquanto o governo, aturdido com as manifestações diárias nos grandes centros do país, tenta rebater as críticas afirmando, em caríssimos comerciais, que o legado existe e é de todo povo brasileiro, já que os investimentos, segundo a propaganda oficial, não se limitaram às arenas, mas, também a realização de obras de mobilidade urbana indispensáveis ao desenvolvimento das cidades sedes.

No entanto, por mais bem elaboradas que sejam as peças publicitárias relativas ao mundial, somado ao renitente e reticente discurso uníssono de nossas autoridades, o povo não conseguiu, ainda, vislumbrar com a mesma euforia do governo e da FIFA a importância desse excepcional legado à modernização desse país habituado ao lodaçal imundo em que se transformou a gestão política de nossas cidades e a desfaçatez com que se lança mão de desculpas esfarrapadas, como se tudo fosse justificável ante a pretensa estupidez de nosso povo.

E é talvez aí, nesse afã equivocado dos políticos de que qualquer mentira calha bem como justificativa, que o cidadão brasileiro encontrou dificuldade enorme de digerir a estratosférica soma de dinheiro gasto com a construção de estádios que sediarão algumas poucas partidas, como as arenas de Manaus, Cuiabá, Natal, Fortaleza, Recife, e depois do mundial ninguém sabe dizer o que será feito delas, já que estão situadas em Estados de nenhuma referência no futebol.

Diante disso, fica a pergunta: Quem assumirá a manutenção desses estádios depois da Copa? Os municípios, cujas finanças são comprometidas pela corrupção e a partilha injusta dos impostos arrecadados pelo Governo Federal? Ou, quem sabe, os Estados que por razões semelhantes as dos municípios, patinam ano a ano nos resultados econômicos pífios? Quiçá o Governo Federal, sempre tão prestativo com os Estados e municípios?

Isto posto, só restará o abandono desses elefantes brancos, se não se puder contar com a generosidade do contribuinte.

Por: Adão Lima de Souza

“Baixar o cacete nos vândalos”

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O ex-atacante da Seleção Ronaldo Fenômeno afirmou nesta quinta-feira que é preciso “descer o cacete” em manifestantes mascarados que promovam vandalismo durante protestos. A afirmação foi feita durante uma sabatina com o ex-jogador, realizada pelo jornal “Folha de S.Paulo”.

Integrante do Comitê Organizador Local da Copa (COL), Ronaldo disse também que faltou planejamento para as obras de infraestrutura e que sua participação na organização do evento é “mais de imagem”. Esta semana, em entrevista à agência Reuters, ele havia dito que estava envergonhado com o país.

— Acho que os protestos são sempre válidos, os protestantes que vão às ruas pacificamente exigir o direito de cidadão que cada um tem. A partir do momento que têm vândalos no meio, mascarados, a segurança pública tem de conter essas pessoas, esses infratores.

Vamos separar os vândalos, os mascarados de um lado. Na minha opinião, tem que baixar o cacete neles, tem que tirar eles da rua, prender todos eles. Agora, a população manifestar eu acho muito válido, com educação, sem violência — disse Ronaldo.

Ronaldo disse que apenas 30% do prometido em obras de infraestrutura serão entregues até a Copa do Mundo.

Isto Posto… O legado da copa é uma promessa de campanha política

downloadEm virtude dos frequentes protestos, no Brasil e também em outros países, contra a realização da COPA DA FIFA, o governo tem colocado em prática milionários comerciais, a fim de convencer os brasileiros da importância da competição para melhorar a imagem do país no exterior e, sobretudo, do grandiosíssimo legado que o mundial deixará para as cidades sedes em setores como mobilidade, urbanismo e segurança.

Tais propagandas, além da tentativa, até então frustrada, de exacerbar no povo brasileiro o ufanismo comum que o futebol costuma provocar, intenta, concomitantemente, convencer os turistas estrangeiros que não vivemos uma situação de guerra, já que carros militares patrulhando ruas e os cotidianos conflitos armados em praça pública seriam vertentes de uma bem planejada e eficiente política de segurança capaz de salvaguardar a integridade física e moral de qualquer estrangeiro que venha ao Brasil assistir aos jogos da copa.

Assim sendo, diante do que parece ser um inconformismo generalizado, somado ao fracasso dos apelos oficiais ante a dificuldade de explicar as somas astronômicas de dinheiro gasto na construção de estádios e outras obras de pouca ou nenhuma serventia para o trabalhador oprimido nas filas de ônibus e trens precários, morrendo à míngua em hospitais sucateados e sufocado pelos efeitos de uma política econômica desastrosa, o governo tenta creditar, numa demonstração de aparvalhamento e desespero, seu insucesso a ataques da mídia que, segundo o Ministro dos Esportes, torce contra o sucesso da Copa.

Entretanto, em que pese setores da grande mídia, timidamente, reproduzirem matérias de jornais estrangeiros com reportagens nada alvissareiras sobre a capacidade do Brasil em organizar um evento dessa envergadura, o que se vê na imprensa que o governo acusa não colaboração é uma cumplicidade sem precedentes com a malversação de recursos públicos em obras superfaturadas, devido aos interesses comuns com a FIFA.

Isto posto, quão benfazejo seria para o Brasil se o torcedor, entre um jogo e outro da seleção canarinho, parasse e refletisse como seria melhor visto o nosso país pelos estrangeiros se o povo brasileiro ousasse  querer mais que um irrelevante hexacampeonato de futebol, já que os cinco ganhos nada acrescentou a nossa civilidade.

Por: Adão Lima de Souza

Rival do Brasil na Copa, seleção camaronesa ameaça entrar em greve

CAMARÕESA poucos dias de sua estreia na Copa do Mundo, em 13 de junho, contra o México, em Natal, a seleção camaronesa ameaça entrar em greve por divergências entre jogadores e dirigentes em relação à premiação da equipe no torneio.

Camarões, assim como México e Croácia, está no mesmo grupo do Brasil no Mundial e enfrenta a seleção da casa em 23 de junho, na capital Brasília.

Segundo a imprensa local, o ministério dos Esportes e a federação de futebol camaroneses teriam oferecido inicialmente 40 milhões de Francos Centro-Africanos, o equivalente a R$ 50 mil, a cada jogador pela disputa da Copa, valor que foi negado.

A quantia teria sido aumentada para R$ 56,9 mil, e os atletas, liderados pela estrela do Chelsea Samuel Eto’o, novamente rejeitaram a proposta, cogitando não entrar em campo no amistoso do dia 1° de junho, contra a Alemanha, em Moenchengladbach.

Um novo encontro entre as partes é esperado para a próxima quinta-feira.

A seleção de Camarões já entrou em greve anteriormente. Insatisfeitos com o pagamento recebido por um amistoso com a Argélia, em 2011, o time não jogou. Na ocasião, Eto’o, que também comandava o movimento, foi punido pela federação nacional de futebol, junto com outros companheiros.

Como critério de comparação, o site Cameroon-Info afirma que dos vizinhos africanos, a Costa do Marfim dará premiação maior do que a oferecida por Camarões, mas Gana e Nigéria oferecerão menos.

Em entrevista à rádio Equinoxe, Roger Milla, ídolo local, presente nos mundiais de 1982, 1990 e 1994, atacou duramente os dirigentes locais e disse: “Os Leões – apelido da seleção camaronesa – são mal treinados, e o futebol está estagnado por culpa de indivíduos que não têm nada a ver com o ambiente. Nós sabemos que os dirigentes vão para o Brasil para encher os bolsos e levar suas namoradas pro hotel.”

Os rivais da seleção jogam outro amistoso preparatório para a Copa nesta segunda-feira, contra Macedônia, em Kufstein, Áustria.

Mais dor de cabeça

Além dos problemas extracampo, a forma física da equipe camaronesa é motivo de preocupação. Aurélien Chedjou, zagueiro do Galatasaray, lesionou o tornozelo durante treinamento nesse domingo e pode não jogar com os macedônios. Eto’o se apresentou à seleção sofrendo com dores no joelho.

Kana-Biyk, zagueiro do Rennes e Stephan Mbia, volante do Sevilla, recebem tratamento especial também por questão física. O lateral esquerdo, Assou Ekotto, que ajudou o Queens Park Rangers a se classificar para a primeira divisão inglesa, nesse sábado, se junta ao grupo na segunda-feira.

Fonte: MSN

Uma multidão de manifestantes sem-teto ameaça parar o Mundial

COPA“Se não atenderem nossas reivindicações vamos parar a Copa. Se não respeitam nossos direitos, no dia 12 de junho não vai ter inauguração”. A ameaça, hoje recorrente, veio desta vez do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) que protagonizou nesta quinta-feira o terceiro dia de caos nas ruas de São Paulo.

Coordenados com a Frente de Resistência Urbana, qualificaram a marcha como “a maior manifestação do ano na cidade”. A Polícia Militar afirmou que cerca de 5.000 pessoas acompanharam o ato, enquanto os movimentos elevaram o número a 20.000.

“Ninguém tomou chuva e caminhou porque acha bonito”, gritava no final da caminhada um dos líderes do MTST, Guilherme Boulos. “Nós temos uma proposta clara. Não adianta fazer Copa do Mundo sem que sejam respeitados nossos direitos”.

Queremos dizer que a bola está com o povo. “Queremos nossa fatia do bolo e não migalhas”, continuou Boulos antes de atacar também as construtoras que seriam, segundo ele, as principais beneficiadas pelo evento. “Já nos reunimos com Dilma [Rousseff] e com o governador [de São Paulo, Geraldo Alckmin]. Eles não vão poder falar que não sabem o que estamos pedindo”, advertiu.

A ameaça foi clara: “Nos disseram em Brasília que os recursos para moradia acabaram, enquanto os da FIFA não. Ou aparece o dinheiro ou o junho da Copa vai virar um junho vermelho”, em referência à cor que identifica os movimentos populares.

Fonte: EL País