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Deputado parabeniza Indonésia por execução de brasileiro
Um dia depois de o brasileiro Rodrigo Gularte, condenado por tráfico de drogas, ter sido executado, o deputado Major Olímpio (PDT-SP) parabenizou o governo indonésio pelo cumprimento da pena.
“Ninguém comemora a morte, mas é um traste a menos na humanidade. E que outros países, inclusive o nosso, não perdessem o tempo em reprimendas em relação a país que tomam atitude”, afirmou o deputado paulista.
Olímpio, que é integrante da Bancada da Segurança Pública, também conhecida como bancada da bala, criticou os esforços brasileiros para tentar evitar a execução. “Quero cumprimentar o governo da Indonésia na pessoa do seu presidente, o Joko, por manter a postura firme e não ter cedido a apelos em relação à execução de criminosos hediondos, principalmente traficantes”.
Gularte foi o segundo brasileiro executado na Indonésia por tráfico de drogas. Antes dele, em janeiro deste ano, o instrutor de paraquedismo Marco Asher foi fuzilado. “Traficantes são pessoas que comercializam a morte. Fazem isso no nosso País o tempo todo levando a morte a milhares de jovens brasileiros”, disse Olímpio.
Pouco antes de Olímpio, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), da bancada evangélica, também comentou a pena imposta a Gularte. Para ele, se o brasileiro tivesse “se encontrado com Deus” antes, não teria de pagar esse “preço muito caro”. “No corredor da morte ele se encontrou com Deus. E se seu corpo foi perdido, pelo menos sua alma está salva no céu. E que seja ele exemplo para todos os demais jovens”, disse Feliciano.
Fonte: Estadão.
PENA DE MORTE: Uma desastrosa execução em Oklahoma(EUA) retoma o debate sobre a Pena Capital
O Estado de Oklahoma suspendeu na terça-feira uma das duas execuções programadas na penitenciária de McAlester, depois que a primeira delas se transformou em um desagradável fiasco. Meia hora depois de injetar o coquetel fatal, o preso, Clayton D. Lockett, ainda se contorcia entre convulsões e uma respiração ofegante, forçando o médico a interromper a execução.
No entanto, Lockett morreu cerca de 10 minutos mais tarde. Após o absurdo, a execução de outro preso, Charles Warner, foi suspensa. A desastrosa execução traz novamente à tona o debate sobre a pena de morte nos Estados Unidos e as substâncias utilizadas para as execuções.
De acordo com o porta-voz do departamento penitenciário do Estado de Oklahoma, Jerry Massie, Lockett morreu aparentemente de um ataque cardíaco fulminante cerca de 40 minutos depois de ter recebido a injeção letal. Às 6h23 (hora local) foi administrada a primeira substância, que era para deixá-lo inconsciente. Dez minutos depois, o médico presente na sala de execução atestou que Lockett estava inconsciente, e os funcionários aplicaram as outras duas substâncias, uma para bloquear a respiração e outra para parar o coração.
Depois de vários minutos de agonia, o diretor pediu para suspender a execução. Às 7h06, Lockett morreu ali mesmo de um ataque cardíaco.
Ziva Branstetter, testemunha da execução, disse à emissora MSNBC que o réu estava se contorcendo e parecia sofrer. “Seu corpo tremia e sua mandíbula estava travada por causa da tensão. Ele murmurou frases ininteligíveis várias vezes”, disse.
Outra testemunha contou que o condenado afirmou: “Oh, cara”. Quando ficou claro que a execução não estava indo bem, as autoridades decidiram esconder a cena, fechando a cortina da câmara de execução. “Foi um desleixo, foi muito difícil presenciar”, disse David Autry, um dos advogados de Lockett. “Foi uma tortura”, disse outra testemunha, Dean Sanderford, ao The New York Times.
Espera-se que a fracassada execução sirva pelo menos para reacender o debate sobre a pena de morte e as substâncias utilizadas nas execuções. Por enquanto, a governadora de Oklahoma, Mary Fallin, declarou que pediu “ao departamento penitenciário uma revisão completa dos procedimentos de execução para determinar o que aconteceu”.
Os advogados de alguns prisioneiros que estão no corredor da morte já se manifestaram dizendo que o novo coquetel de drogas usadas para injeção letal em Oklahoma e outros Estados causa aos condenados um sofrimento desnecessário que viola as proteções constitucionais contra a crueldade nas punições conduzidas pelo Estado. Patton, no entanto, argumenta que foi o procedimento, e não as substâncias, que falhou no caso de Lockett.
O estado de Oklahoma utiliza três substâncias: uma para provocar a inconsciência, uma para bloquear a respiração e outra para parar o coração.
Fonte: El País.