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Clérigo xiita no Iraque convoca fiéis a pegarem em armas contra rebeldes
BAGDÁ – O mais influente clérigo xiita do Iraque, o grão-aiatolá Ali al-Sistani, pediu aos seus seguidores nesta sexta-feira que peguem em armas para se defenderem de um implacável avanço dos insurgentes sunitas, em uma forte escalada de um conflito que ameaça se tornar uma guerra civil e, potencialmente, fragmentar o país.
Em uma rara intervenção nas orações de sexta-feira na cidade sagrada de Kerbala, uma mensagem do grão-aiatolá, a maior autoridade religiosa dos xiitas no Iraque, dizia que as pessoas têm de se unir para combater o avanço dos militantes do grupo radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).
Militantes do EIIL capturaram mais duas cidades iraquianas durante a noite, em um avanço-relâmpago em direção ao sul do país e à capital, Bagdá, em sua campanha para recriar um califado islâmico sunita entre o Iraque e a Síria.
“As pessoas que são capazes de portar armas e combater os terroristas em defesa de seu país… devem se voluntariar para entrar nas forças de segurança para alcançar esse objetivo sagrado (de ser mártir)”, disse o xeque Abdulmehdi al-Karbalai, durante um sermão em Kerbala no qual enviou a mensagem de Sistani. Ele disse ainda que aqueles que combaterem os militantes serão mártires.
Na quinta-feira o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ameaçou lançar bombardeios contra o EIIL, numa demonstração da gravidade da ameaça dos militantes que pretendem redesenhar as fronteiras da região rica em petróleo.
Em meio ao caos, forças curdas assumiram esta semana o controle de Kirkuk, um importante centro petrolífero localizado ao lado de seu enclave autônomo, e que os curdos sempre consideraram como sua tradicional capital.
Fonte: Reuters
A Pirâmide Desabou:Justiça dos EUA acusa criminalmente responsáveis da Telexfree por fraude.
A Justiça dos Estados Unidos acusou criminalmente os responsáveis pela Telexfree, acusados pelas autoridades norte-americanas de promover um esquema de pirâmide financeira, por fraude federal, de acordo com comunicado pulicado na última sexta-feira. Em janeiro, a Telexfree anunciou um contrato de patrocínio com o Botafogo.
James M. Merrill e Carlos N. Wanzeler, ambos do estado de Massachusetts, foram acusados criminalmente em uma denúncia na corte estadual. Se considerados culpados, eles podem pegar até 20 anos de prisão, de acordo com a nota.
Merrill foi detido pelas autoridades e deu um depoimento inicial na corte de Worcester. Já Wanzeler tem um mandado de prisão expedido contra ele e é considerado fugitivo.
Os representantes da Telexfree no Brasil não foram localizados pelo G1 para comentar o assunto.
No mês passado, relatório da Secretaria de Estado de Massachusetts afirmou que a Telexfree é uma pirâmide financeira que arrecadou cerca de US$ 1,2 bilhão em todo o mundo e a Justiça dos Estados Unidos determinou o congelamento dos bens do grupo. Desde então, a procuradoria dos EUA executou 37 mandados de apreensão de bens estimados em dezenas de milhões de dólares.
O pedido foi feito pela Securities and Exchange Commission (SEC), órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira, e determinado pelo Tribunal Distrital de Boston. No documento, as autoridades pedem o fim das atividades da empresa, a devolução dos lucros e o ressarcimento das perdas causadas aos investidores, chamados de “divulgadores”.
Acusação criminal
A procuradora norte-americana Carmen Ortiz diz que o “escopo desta suposta fraude é de tirar o fôlego”. “Como alegado, estes réus planejaram um esquema que colheu centenas de milhões de dólares a partir de pessoas que trabalham duro em todo o mundo”, afirmou.
O agente especial encarregado de investigações internas diz que uma das prioridades da investigação é acompanhar o fluxo do dinheiro ilícito da empresa ao redor das fronteiras americanas e orientou que “se o negócio é muito bom para ser verdade, provavelmente é”.
A denúncia alega que a Telexfree é um esquema de pirâmide e que, entre janeiro de 2012 e março de 2014, quis comercializar o seu serviço de VoIP por meio do recrutamento de “milhares de promotores”, que publicavam anúncios do produto na internet. Cada promotor era obrigado a “comprar” o produto por um preço determinado pela Telexfree, pelo que eram compensados.
A postagem de anúncios eram uma “atividade sem sentido”, segundo a denúncia, em que os promotores apenas colavam as propagandas em sites que já estavam cheios de anúncios de outros participantes. De acordo com o depoimento, a Telexfree arrecadava menos de 1% da receita das vendas de serviço de VoIP ao longo dos últimos dois anos.
Mais ou menos 99% do faturamento vinha de novas pessoas que entravam no esquema. “A Telexfree só era capaz de pagar o rendimento prometido aos promotores existentes trazendo dinheiro de novos recrutados”, diz a nota da Justiça.
A China a ponto de destronar os EUA como principal potência
Segundo dados recolhidos até 2011 pelo Banco Mundial, o PIB da China, ajustado pela paridade de poder de compra, é muito maior do que se havia calculado anteriormente. No final de 2011, o PIB chinês equivalia a 87% do PIB americano. Apenas seis anos antes, equivalia a 72%.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que nestes quatro anos a China tenha acumulado um crescimento de 24%, bem mais que os 7,6% dos Estados Unidos. Isso, se for confirmado, fará com que a China supere no fim deste ano os EUA como primeira economia do mundo nesses termos.
Anteriormente, o FMI tinha calculado que a “ultrapassagem” ocorreria no final de 2019, sempre com base na eliminação do efeito do tipo de câmbio sobre o PIB. Se o cálculo for feito em dólares correntes, nem o FMI nem o Banco Mundial preveem que o avanço chegue a ocorrer nesta década. Os EUA são a primeira economia do mundo desde 1872, quando superaram o Reino Unido.
O Programa de Comparação Internacional (PCI), coordenado pelo Banco Mundial, revisa a cada cinco ou seis anos suas estimativas sobre o Produto Interno Bruto em quase todas as economias do mundo (nesta ocasião, foram 199).
Surpreendentemente, o Instituto de Estatísticas chinês expressou sua discrepância em relação à metodologia empregada nos cálculos, e diversas informações apontam a rejeição chinesa dos resultados. Pequim não parece ansiar em ser a primeira potência mundial.
“Se falamos sobre poder econômico, não sobre se as pessoas vivem melhor, o PIB por si só não é um grande indicador da verdadeira importância de uma economia”, sustenta Julian Jessop, economista-chefe global da Capital Economics, de Londres. “Os novos cálculos são um exercício acadêmico que não muda nada no mundo real. A renda per capita chinesa é um quinto da americana”.
Fonte: EL País.
PENA DE MORTE: Uma desastrosa execução em Oklahoma(EUA) retoma o debate sobre a Pena Capital
O Estado de Oklahoma suspendeu na terça-feira uma das duas execuções programadas na penitenciária de McAlester, depois que a primeira delas se transformou em um desagradável fiasco. Meia hora depois de injetar o coquetel fatal, o preso, Clayton D. Lockett, ainda se contorcia entre convulsões e uma respiração ofegante, forçando o médico a interromper a execução.
No entanto, Lockett morreu cerca de 10 minutos mais tarde. Após o absurdo, a execução de outro preso, Charles Warner, foi suspensa. A desastrosa execução traz novamente à tona o debate sobre a pena de morte nos Estados Unidos e as substâncias utilizadas para as execuções.
De acordo com o porta-voz do departamento penitenciário do Estado de Oklahoma, Jerry Massie, Lockett morreu aparentemente de um ataque cardíaco fulminante cerca de 40 minutos depois de ter recebido a injeção letal. Às 6h23 (hora local) foi administrada a primeira substância, que era para deixá-lo inconsciente. Dez minutos depois, o médico presente na sala de execução atestou que Lockett estava inconsciente, e os funcionários aplicaram as outras duas substâncias, uma para bloquear a respiração e outra para parar o coração.
Depois de vários minutos de agonia, o diretor pediu para suspender a execução. Às 7h06, Lockett morreu ali mesmo de um ataque cardíaco.
Ziva Branstetter, testemunha da execução, disse à emissora MSNBC que o réu estava se contorcendo e parecia sofrer. “Seu corpo tremia e sua mandíbula estava travada por causa da tensão. Ele murmurou frases ininteligíveis várias vezes”, disse.
Outra testemunha contou que o condenado afirmou: “Oh, cara”. Quando ficou claro que a execução não estava indo bem, as autoridades decidiram esconder a cena, fechando a cortina da câmara de execução. “Foi um desleixo, foi muito difícil presenciar”, disse David Autry, um dos advogados de Lockett. “Foi uma tortura”, disse outra testemunha, Dean Sanderford, ao The New York Times.
Espera-se que a fracassada execução sirva pelo menos para reacender o debate sobre a pena de morte e as substâncias utilizadas nas execuções. Por enquanto, a governadora de Oklahoma, Mary Fallin, declarou que pediu “ao departamento penitenciário uma revisão completa dos procedimentos de execução para determinar o que aconteceu”.
Os advogados de alguns prisioneiros que estão no corredor da morte já se manifestaram dizendo que o novo coquetel de drogas usadas para injeção letal em Oklahoma e outros Estados causa aos condenados um sofrimento desnecessário que viola as proteções constitucionais contra a crueldade nas punições conduzidas pelo Estado. Patton, no entanto, argumenta que foi o procedimento, e não as substâncias, que falhou no caso de Lockett.
O estado de Oklahoma utiliza três substâncias: uma para provocar a inconsciência, uma para bloquear a respiração e outra para parar o coração.
Fonte: El País.Os EUA exigem reação mais rigorosa da Europa contra a Rússia.
A grave crise internacional, que se vive desde a anexação russa da península da Crimeia, foi agravada nas últimas horas pela detenção de oito observadores militares europeus por milícias federalistas e separatistas pró-Rússia de Slaviansk, que Obama chamou de “capangas”. Os observadores detidos atuam sob proteção da Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), mas não são membros da mesma. As forças pró-Rússia dizem que são espiões.
Barack Obama acusou o Kremlin de não ter movido “um só dedo” para conseguir que os separatistas pró-Rússia na Ucrânia cumpram o acordo fechado em Genebra para diminuir uma tensão que situou as relações entre a Rússia e o Ocidente em seus níveis mais baixos desde o final da Guerra Fria. Ontem, o presidente norte-americano disse que era absolutamente necessário que os Estados Unidos e a União Europeia apresentassem uma mensagem de unidade para Moscou de que seus jogos de guerra devem acabar.
Com Washington e Bruxelas a ponto de impor novas sanções à Rússia –talvez nesta segunda-feira- o presidente dos Estados Unidos declarou da Malásia –durante a terceira etapa de seu giro asiático- que se estará “em uma posição mais firme para dissuadir Putin quando ele vir que o mundo está unido, que os Estados Unidos e a Europa estão unidos, e que este não é somente um conflito russo e norte-americano”.
Para Obama, Moscou não só ficou apática diante do acordo fechado no último dia 17 em Genebra, como que, em algumas ocasiões, se manifestou contra. “Há provas contundentes de que ficaram incentivando as atividades no leste e no sul da Ucrânia”, disse o presidente. O mandatário aproveitou uma nova ocasião para lembrar seu homólogo russo que está “ilhado” e que a chave do problema está em “respeitar a integridade territorial” da Ucrânia, ameaçada pelas milícias pró-Rússia.
Até o momento, Washington se encontra em uma linha mais dura de ataque que a Europa, que está em um espaço mais ambíguo e tímido, entre outras razões porque suas relações comerciais e laços econômicos com a Rússia são muito maiores do que os dos Estados Unidos e porque compra cerca de um quarto de seu gás natural em Moscou.
Kiev foi mais agressivo em seu discurso no final da semana passada e assegurava que Moscou estava dando todos os passos que desembocariam em uma “terceira guerra mundial”. Kiev, respaldado pelo Ocidente, acusa o Kremlin de planejar a invasão do leste da Ucrânia e de preparar o terreno para o treinamento e o apoio de separatistas armados que ocuparam os arredores de uma dúzia de edifícios públicos na região.
Para tranquilizar os aliados da OTAN com fronteiras com a Rússia, Washington enviou 150 paraquedistas à Lituânia no sábado passado. Cerca de 600 soldados norte-americanos chegaram à Polônia e a vários Estados bálticos que pertenceram à extinta União Soviética.
“A agressão russa renovou nossa determinação de reforçar a aliança da OTAN”, disse o secretário de Defesa norte-americano, Chuck Hagel, há algumas semanas, quando o acordo de Genebra estava sendo formalizado. Washington manifestou ceticismo sobre o mesmo, algo que se confirmou logo depois. “Estas medidas não são direcionadas para provocar ou ameaçar a Rússia, mas para demonstrar que a OTAN continua dedicada a suas tarefas de defesa coletiva”, acrescentou Hagel.
Por: Adão Lima de Souza Fonte: El País.