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E APOIS! – A PÁTRIA EDUCADORA PODE ESPERAR.
OS “ELES” QUEREM NOS FAZER CRER que a melhor maneira de consolidar um projeto educacional para o Brasil é considerar os recursos aplicáveis como gastos passíveis de contingenciamento. É o caso das medidas econômicas adotadas pelo atual governo de plantão, onde, numa canetada perversa e inconsequente, a presidente retirou R$ 9,423 bilhões do investimento programado para educação, com o propósito indisfarçável de estancar a sangria perpetrada por sete anos nas finanças públicas, decorrente da fortuna incalculável desperdiçada com a construção de estádios imprestáveis destinados a abrigarem uma Copa que de antemão todos sabiam ser só prejuízos.
Descaradamente, agora, tenta-se conter a hemorragia causada pela malversação do erário depenando o pobre do contribuinte, que nunca concordaria com a suntuosidade dos santuários de futebol se soubesse que teria surrupiado até o último dos seus parcos caraminguás que percebe com seu trabalho árduo e desesperançoso, enquanto a nossa casta de aristocratas parasitários e devassos se preparam para torrar outra vultosa soma de dinheiro em uma olimpíada que, anunciadamente, será outro retumbante fracasso.
Diante disso, ouvir de uma pessoa leiga: “Se toda essa política econômica é uma tentativa do Governo sinalizar ao mercado que cumprirá a meta de superávit primário de R$ 66,3 bilhões, e, por isso, é preciso sucatear mais ainda áreas cruciais como saúde e educação, então, a primeira lição desta pátria educadora é que a educação não tem a mínima importância”. Os Doutores de título e de dinheiro e outras pessoas letradas a serviço dos “Eles” dirão que, para o reequilíbrio financeiro do país, relocação de recursos e contenção de despesas com a máquina estatal são medidas inadiáveis, ainda que perpasse por adiar projetos imprescindíveis à emancipação do Brasil.
E quanto ao cidadão, alijado cada vez mais dos escassos direitos sociais e trabalhistas que pretensamente lhe outorga a Constituição, subjugado à lei dura do chão da fábrica, entenderá, algum dia, que direitos e garantias fundamentais podem, a depender de quem detenha o poder no momento, não significar nenhuma coisa e nem outra, pois numa república de desafortunados sacrifícios é quase sempre a regra válida? E que quando se diz que ninguém será obrigado a fazer alguma coisa senão em virtude de lei, quer-se, todavia, ao mesmo tempo, afirmar que não faltará lei para obrigar a fazer o que não se quer?
Por essas e outras, é que “Os Eles” lidam com o dinheiro público como se fosse um bilhete premiado de loteria, refestelando-se na opulência e na orgia até o último centavo. E assim, seguem demonstrando, cabalmente, que o cidadão é de uma total insignificância perante o Estado, merecedor do profundo desprezo que nutrem pelo povo.
Então, parodiando certa maneira de pensar: “É na educação do povo que se revelam as virtudes do governo”. Ademais, se a sina desse país tupiniquim é mesmo ser pátria educadora, ouçamos Oscar Wilde quando diz que a educação é uma coisa admirável, porém, nada do que vale a pena saber pode ser ensinado. EU É QUE NÃO ACREDITO MAIS NOS “ELES”!
Adão Lima de Souza
LUIZ RUFFATO: Isso ainda não é democracia
Embora comungue com as ideias liberais dos especialistas que advogam uma flexibilidade em relação ao uso da norma culta da língua, é estarrecedor constatar que estamos formando toda uma geração de pessoas incapazes de se expressar por meio da palavra escrita. Na última prova do Enem, de 6,2 milhões de inscritos, 529 mil, ou seja, 8,5% tiraram zero em redação – 280 mil simplesmente entregaram a prova em branco, enquanto outros 249 mil escreveram textos incompreensíveis… Apenas 250 pessoas, 0,004% do total, conseguiram a nota máxima. No geral, a média de 2014 foi 10% menor que a do ano anterior.
No PISA, programa internacional que examina de três em três anos o nível educacional de jovens de 15 anos dos 65 países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o Brasil ocupa o 55º lugar no ranking de leitura. Segundo o resultado da última avaliação, metade dos alunos brasileiros não é capaz de deduzir informações de um texto, de estabelecer relações entre suas diferentes partes e de compreender nuances de linguagem.
Não é diverso, infelizmente, o cenário no ensino superior. Uma pesquisa realizada em 2012 pela Universidade Católica de Brasília com 800 estudantes de seis diferentes cursos de quatro instituições concluiu que 50% deles eram analfabetos funcionais – resultado parecido ao do Instituto Paulo Montenegro e da ONG Ação Educativa que, numa amostra nacional com duas mil pessoas, averiguou que 38% dos entrevistados não têm capacidade de interpretar o que leem.
Os estudantes chegam à universidade sem possuir hábitos de estudo, pois aprendem o conteúdo formal de maneira rasa, decoram ao invés de aprender.
Essa tragédia, que atinge principalmente, mas não só, a população de baixa renda, resulta de um longo processo histórico conduzido por nossa elite burra, que sempre viu nos livros uma ameaça à manutenção de seus privilégios. Até 1808, quando a família real portuguesa se refugia no Brasil, sequer possuíamos imprensa, e saber ler soava subversivo.
As nossas primeiras universidades datam do começo do século XX e foram, e continuam a ser, território exclusivo da classe dirigente – por isso, a resistência feroz ao estabelecimento de cotas raciais e sociais nas instituições públicas.
Não há e nunca houve no Brasil tentativas sérias de combater a ignorância. Direita e esquerda servem-se igualmente dela para permanecer no poder
Democracia não é o regime em que de tempos em tempos a população encaminha-se às urnas para escolher seus governantes. Essa é apenas a forma externa e protocolar do exercício do voto. Democracia é o sistema no qual os cidadãos, de maneira responsável e livre, refletem sobre os rumos mais adequados para a convergência do interesse coletivo, assumindo cada um sua parcela para a realização desse objetivo. Algo que só se consegue quando temos autoconsciência, ou seja, quando sabemos quem nós somos no mundo.
Mais triste que um país que tem desprezo pela cultura letrada é o país que se orgulha desse desprezo, como é o nosso. Não há e nunca houve no Brasil tentativas sérias de combater a ignorância. Direita e esquerda servem-se igualmente dela para permanecer no poder, seja político, econômico ou intelectual. E assim vamos perpetuando uma realidade cada dia mais dura, alicerçada na desigualdade social, na violência urbana, no machismo, no racismo, no desrespeito ao meio ambiente, na degradação moral, enfim, no desamparo a que estamos todos sujeitos, individual e coletivamente.
A educação no Brasil não é direito, mas privilégio desfrutado por uma reduzida parcela da população – à grande maioria é oferecida apenas a instrução necessária para garantir o precário funcionamento do sistema. Ora, o único caminho possível para a democracia plena é a existência de cidadãos capazes de refletir e expressar opiniões sobre a realidade.
Um povo ignorante é um povo submisso – submisso na resignação, submisso na revolta. Conhecimento gera empatia, que é a capacidade de nos colocar no lugar do outro; conhecimento alimenta a imaginação, faculdade de sonhar outras vidas. No Brasil, enquanto não houver educação de qualidade para todos não podemos falar em democracia.
Por enquanto, o que temos é uma ignóbil oligarquia, termo que significa literalmente “governo de poucos” – uma elite, política, econômica e intelectual, que manda e desmanda assentada na ignorância da maioria.
Luiz Ruffato é colunista do EL País.
MEC prorroga prazo para renovação dos contratos do Fies até 29 de maio
O Ministério da Educação (MEC) prorrogou para 29 de maio o prazo para os aditamentos do primeiro semestre de 2015 do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O prazo para as renovações terminaria no dia 30 de abril. Para a adesão de novos contratos, no entanto, o prazo foi mantido no dia 30. Segundo a pasta, o MEC tomou essa decisão, em conjunto com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), “para dar mais segurança e tranquilidade aos estudantes que ainda buscam aditar seus contratos no sistema”.
segundo nota divulgada pelo MEC, uma portaria com a mudança de prazo para a renovação dos contratos será publicada nesta sexta-feira (24), no Diário Oficial da União, assinada pelo presidente do FNDE, Antonio Idilvan de Lima Alencar. Os aditamentos devem ser realizados por meio do Sistema Informatizado do Fies (SisFies).
De acordo com o último balanço divugado pelo MEC, foram firmados 242 mil novoc contratos. Em relação às renovações, dos 1,9 milhão de contratos, 1,6 milhão foram aditados. Faltam ainda 296 mil contratos para serem renovados.
O ministro voltou a garantir todas as renovações e, após estudantes relatarem dificuldade em acessar o sistema, disse que a pasta está trabalhando trabalhando para assegurar o funcionamento do SisFies.
Em relação aos novos contratos, os candidatos devem ter obtido no mínimo 450 pontos na média do Enem e não terem tirado 0 na redação. Em relação aos cursos, estão sendo priorizados para os novos contratos os que obtiveram nota 5 – pontuação máxima dada pelo MEC. Todos serão atendidos. Para os financiamentos de graduações com nota 3 e 4, serão considerados alguns aspectos regionais, priorizando localidades e cursos que historicamente foram menos atendidos.
O Fies oferece cobertura da mensalidade de cursos em instituições privadas de ensino superior a juros de 3,4% ao ano. O estudante começa a quitar o financiamento 18 meses após a conclusão do curso. O programa acumula 1,9 milhão de contratos e abrange mais de 1,6 mil instituições.
Abertas as inscrições para o FIES
O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta segunda-feira, 23, no Diário Oficial da União portaria que dispõe sobre o prazo de inscrição ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) referente ao primeiro semestre deste ano.
Segundo o documento, a inscrição no Fies para o primeiro semestre começa nesta segunda-feira e segue até o dia 30 de abril e será efetuada exclusivamente pela internet, por meio do Sistema Informatizado do Fies (Sisfies).
A portaria ainda determina que as novas regras – que causaram polêmica e reclamações do setor privado de educação – sobre o repasse de valores da União às entidades mantenedoras para cobrir encargos do programa terão validade somente para este ano de 2015.
Enem tem 12% dos corretores de redação reprovados
BRASÍLIA – Cerca de 12% dos corretores de redação foram “reprovados” na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), conforme dados obtidos pelo Estado via Lei de Acesso à Informação. Ao todo, 845 pessoas de um universo de 7.121 avaliadores foram excluídas durante o processo de correção dos textos do Enem 2013 por não apresentarem uma nota de desempenho superior a 7 – numa escala de 0 a 10.
O Enem 2013 “reprovou” muito mais corretores do que a edição 2012, quando apenas 52 de 5.558 corretores (0,9%) foram dispensados. No Enem 2011, foram afastados 277 de 3.188 corretores (8,69%). As redações do Enem são corrigidas por profissionais da área de Letras com formação em Língua Portuguesa que passam por um processo de capacitação.
Conforme o Estado revelou em outubro, os corretores são mantidos sob monitoramento constante de coordenadores e supervisores. É verificado, por exemplo, se os avaliadores aplicam notas altas demais, muito baixas, se há lentidão na correção ou rapidez – aspectos considerados na nota de desempenho.
De cada lote de 50 redações enviadas pelo sistema ao corretor, há duas “pegadinhas”: a “redação ouro”, já corrigida pela equipe de especialistas; e a “redação múltipla”, que passa pelo conjunto de corretores. O objetivo é verificar se há desvios.
“Nós tínhamos um monitoramento do corretor mais leniente, agora eu tenho um monitoramento um pouco mais duro”, disse o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), José Francisco Soares.
Durante o processo de correção, o avaliador é excluído automaticamente se a nota de desempenho for inferior a 5. Caso fique entre 5 e 7, ele tem até duas chances de recuperação. Na terceira vez que a nota de desempenho for inferior a 7, o corretor é eliminado, as redações por ele corrigidas retornam ao sistema e são examinadas novamente.
“À medida que o sistema começou a funcionar, nós tivemos um número maior de corretores que foram excluídos. Não é que a gente queira excluir. Mas a gente está dizendo: na medida em que criei critérios objetivos, eu tenho pessoas que estão sendo consideradas não habilitadas. Nosso sistema está funcionando”, avaliou Soares.
Atuação. Cada corretor recebeu R$ 3,61 por redação examinada no Enem 2013, ante R$ 2,35 em 2012 e R$ 2,25 em 2011, segundo o Serviço de Informação ao Cidadão do Inep. Os corretores excluídos foram pagos pelo serviço e podem voltar a se capacitar para atuar nas próximas edições do Enem.
“Se eles se capacitarem de novo, eles podem (voltar a corrigir as redações). Não cabe o banimento. Ele não fez nada ilegal”, observou Soares. “É um trabalho tenso. Imagina uma pessoa que está submetida a algum constrangimento, ela pode simplesmente naquele período não ter tido a tranquilidade, pode ter uma boa justificativa, como ‘tenho uma doença na família’.” Todas as redações do Enem são corrigidas por dois corretores independentes, que não têm conhecimento da nota atribuída pelo outro.
No Enem 2012, a redação foi levada a um terceiro corretor quando a discrepância entre os dois corretores superou 200 pontos. No Enem 2013, a nova correção ocorreu se a discrepância era de 100 pontos, o que aumentou o número de textos com três avaliadores.
“A sociedade ainda acha que se eu pegar a redação que eu tive e der para a minha tia que fez mestrado em Linguística na universidade X a nota da minha tia é a nota que deveria ser. Então a gente se pergunta, ‘olha, calma lá!’. Essa sua professora, se ela viesse para o nosso processo (de capacitação), lesse o manual (de correção) e passasse (pelo monitoramento), ela seria classificada?”, questionou Soares.
O treinamento dos corretores do Enem 2013 se estendeu por um período de 136 horas, compreendendo módulos a distância e presenciais. Em 2012, a capacitação levou 100 horas e, em edições anteriores, apenas oito.
A correção das redações do Enem virou alvo de questionamentos após a polêmica na edição de 2012 envolvendo texto com receita de macarrão instantâneo (que tirou nota 560, de 1.000 pontos possíveis) e com o hino do Palmeiras (500).
A repercussão do episódio levou o Ministério da Educação (MEC) a alterar os critérios usados na correção, prevendo que na edição seguinte seriam anuladas dissertações que apresentem “parte do texto deliberadamente desconectada com o tema que foi proposto”.
Banca de supervisores. O Inep, órgão do MEC que cuida do Enem, montou uma força-tarefa com o objetivo de capacitar pessoas para supervisionarem o processo de correção das redações do exame neste ano. Ao todo, 969 pessoas, entre supervisores, auxiliares e avaliadores que atuaram em banca, participaram do processo de certificação – 677 foram aprovadas.
“Eu vou citar a Bíblia: ‘Pelos teus frutos te conhecerei’. Eu só posso saber se você corrige bem se você me mostrou corrigindo redações e produziu resultados adequados”, disse o presidente do Inep, José Francisco Soares.
Os candidatos foram submetidos a um curso de capacitação, responderam a cem questões de uma prova em que foram analisadas vinte redações diferentes – e eles mesmos tiveram de escrever um texto, como se fossem alunos do Enem. “Nós iniciamos um processo: só vai corrigir redação no Enem quem tiver sido certificado. Dá segurança a gente ter alguém que é excelente na correção para dar orientações e acompanhar o processo.”
BRASIL… Três vezes menos culto.
A cultura brasileira, neste mês de julho, apequenou-se pela perda de três dos seus maiores expoentes nesse interminável deserto de novidades. Aqui registramos a homenagem do blog Cidadania Ativa pela contribuição desses intelectuais para o enriquecimento da cultura de nosso povo.
João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro (1941-2014)
Escritor, jornalista, roteirista e professor, formado em direito e membro da Academia Brasileira de Letras. Foi ganhador do Prêmio Camões de 2008, maior premiação para autores de língua portuguesa.
Ubaldo Ribeiro teve algumas obras adaptadas para a televisão e para o cinema, além de ter sido distinguido em outros países, como a Alemanha. É autor de romances como Sargento Getúlio, O Sorriso do Lagarto, A Casa dos Budas Ditosos, que causou polêmica e ficou proibido em alguns estabelecimentos e Viva o Povo Brasileiro.
Principais Obras
Romances
- Setembro não tem sentido – 1968
- Sargento Getúlio – 1971
- Vila Real – 1979
- Viva o povo brasileiro – 1984
- O sorriso do lagarto – 1989
- O feitiço da Ilha do Pavão – 1997
- A Casa dos Budas Ditosos – 1999
- Miséria e grandeza do amor de Benedita – 2000
- Diário do Farol – 2002
- O Albatroz Azul – 2009
Escreveu ainda contos, crônicas e histórias infantis.
Psicanalista, educador, teólogo e escritor, é autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais, além de uma série de livros infantis.
Principais Obras
Teologia
Da Esperança
Creio na Ressurreição do corpo
Variações sobre a vida e a morte
Poesia, Profecia e Magia
Pai Nosso
O Poeta, o Guerreiro e o Profeta
Filosofia da religião
O Enigma da Religião
O que é Religião?
Protestantismo e Repressão
Dogmatismo e Tolerância
O Suspiro dos Oprimidos
Perguntaram-me se acredito em Deus
Filosofia da ciência e da educação
Conversas com quem gosta de ensinar
Histórias de quem gosta de ensinar
A alegria de ensinar
Por uma educação romântica
Entre a ciência e a sapiência
Filosofia da Ciência
Fomos maus alunos
A Pedagogia dos caracóis
A Escola com que Sempre Sonhei sem Imaginar que Pudesse Existir
O Livro sem Fim
Ariano Vilar Suassuna (1927 – 2014)
Dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta. Idealizador do Movimento Armorial e autor de obras como Auto da Compadecida e O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, foi um preeminente defensor da cultura do Nordeste do Brasil.
Principais Obras
Teatro
- Uma mulher vestida de Sol, (1947);
- Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948);
- Os homens de barro, (1949);
- Auto de João da Cruz, (1950);
- Torturas de um coração, (1951);
- O arco desolado, (1952);
- O castigo da soberba, (1953);
- O Rico Avarento, (1954);
- Auto da Compadecida, (1955);
- O casamento suspeitoso, (1957);
- O santo e a porca, (1957);
- O homem da vaca e o poder da fortuna, (1958);
- A pena e a lei, (1959);
- Farsa da boa preguiça, (1960);
- A Caseira e a Catarina, (1962);
- As conchambranças de Quaderna, (1987);
- Fernando e Isaura, (1956)”inédito até 1994″.
Romance
- A História de amor de Fernando e Isaura, (1956);
- O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, (1971);
- História d’O Rei Degolado nas caatingas do sertão /Ao sol da Onça Caetana, (1976)
Palestras
- Defesa contra a teoria da evolução.
Poesia
- O pasto incendiado, (1945-1970);
- Ode, (1955);
- Sonetos com mote alheio, (1980);
- Sonetos de Albano Cervonegro, (1985);
- Poemas (antologia), (1999).
Por: Adão Lima de Souza
Eleitor pode denunciar candidatos: Punição vai de multa a cassação
Os candidatos a qualquer cargo nas eleições de outubro estão proibidos, desde sábado (5), de comparecer à inauguração de obras públicas. A regra consta da Lei das Eleições (Lei 9.504/87), que normatiza o processo eleitoral. A restrição coincide com o prazo final para que os políticos registrem na Justiça Eleitoral suas candidaturas.
A lei também impede que agentes públicos façam nomeações, contratações ou demissões de servidores públicos até a posse dos eleitos, no dia 1º de Janeiro de 2015. No caso dos concursos públicos, os aprovados poderão ser nomeados se o certame tiver sido homologado até 5 de julho.
Integrantes do governo também estão proibidos de autorizar publicidade institucional de programas e obras das administrações federais e estaduais. Pronunciamentos em cadeia de rádio e TV só poderão ser feitos em caso de assunto urgente ou calamidade pública, situação que deverá ser avaliada pela Justiça Eleitoral.
O eleitor pode denunciar abusos por meio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ou do Ministério Publico Eleitoral (MPE). A punição varia de pagamento de multa até cassação do mandato, se o candidato for eleito.
“A vigilância incansável da sociedade é a única garantia de honestidade na administração do dinheiro público, prestai a devida guarda!”. (Adão Lima de Souza).
Isto Posto… Campanha Política: Tempo de velhas amizades ou cumplicidade renovada?
Enfim, fora dado o pontapé inicial para as campanhas políticas às eleições de outubro. Agora, o que se verá será táticas batidas de se evidenciar velhas amizades com tapinhas nas costas do eleitor, abraços sinceramente duvidosos e promessas requentadas de que dias melhores virão se mais uma vez o “inocente eleitor” confiar nos nomes postos a sua escolha para dirigirem o Estado, a nação ou os representarem nas denominadas “casas do povo”, os parlamentos estaduais e federal.
E, assim, com estratégias nocivas, porém eficientemente repetidas de capitação ilícita do sufrágio universal pelo poder inestimável dos milhões gastos nas campanhas pelos presidenciáveis e seus apaniguados, mais uma vez o eleitor, supostamente vulnerável, no entanto, de relevância superestimada em temporadas de oferta e demanda de apoio político, ou seja, no auge do pleno exercício da democracia pelo ato de votar, será mais uma vez chamado a firmar com a nossa deletéria classe de políticos do “Pacto Mofado, carcomido, nefasto”, uma aliança espúria que o coloca como cúmplice em tenebrosos esquemas de corrupção.
Entretanto, como enraizado está no cidadão brasileiro que política, assim como a religião e o futebol, não se discute nada impedirá que velhas raposas angariem o maior número de votos possível para seus “postes políticos”, ventríloquos e mamulengos dispostos a concretizar os mais malévolos desideratos, uma vez que nesta eleição, muitos mais que nas outras, perpassarão os inconsistentes discursos por temas indiscutíveis como religião e futebol.
Isto posto, caro eleitor, antes de aceitar o tapinha nas costas ou o abraço reconciliador de quem a quatro anos “trabalha por você”, pense, por um segundo, que aquilo que não é passível de discussão torna-se verdade incontestável, não podendo ser refutado com o argumento válido de que segurança, escolas e hospitais são mais importantes que estádios de futebol.
Por: Adão Lima de Souza
“O aborto será descriminalizado este ano”
Depois do final da partida em que o Chile perdeu de 2-0 da Holanda. Michelle Bachelet se mostrou sorridente e disposta a ficar com o lado bom: “O Chile jogou bem”. E essa é a tônica também dos três meses em que está em seu segundo mandato de presidente: o otimismo.
Apesar de que, mal chegou, se deparou com um terremoto no norte do país. Apesar de em abril ter enfrentado o maior incêndio na história de Valparaíso, com mais de 8.000 pessoas afetadas, e há duas semanas terem ocorrido inundações no sul, Bachelet diz sentir-se satisfeita, porque nada disso impediu que cumprisse mais de 90% das 56 medidas que se propôs a pôr em marcha nos 100 primeiros dias. E considera que está em condições de erradicar o grande mal do Chile, que é a desigualdade.
No momento, a Câmara dos Deputados aprovou a reforma tributária, indispensável para financiar parte da reforma educacional, o grande objetivo de seu Governo. Apesar das numerosas críticas colhidas na oposição, nos próximos meses a reforma será aprovada pelo Senado.
Ela insiste que continua aberta ao diálogo e que pode aceitar sugestões. Mas diz que não renunciará à essência da reforma tributária: que pague mais quem tem mais. E, para antes do fim do ano, espera dar impulso à descriminalização do aborto no caso de risco de vida para a mãe, inviabilidade do feto e estupro.