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PT critica pseudodenúncias contra ‘farsa’ da CPI
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, afirmou hoje, durante discurso na tribuna da Casa, que parte da imprensa publica pseudodenúncias contra a CPI da Petrobras. O parlamentar avalia que alguns veículos de comunicação e a oposição estão tentando transformar cortina de fumaça em escândalo, com o objetivo de fragilizar a presidenta Dilma Rousseff (PT) na corrida eleitoral.
Humberto rebateu matéria publicada hoje pelo jornal Folha de São Paulo que aponta que a estratégia do PT e da Petrobras na CPI no Senado foi coordenada pelo Palácio do Planalto. “Ora, isso é denúncia? Isso é uma concepção absurda, equivocada e até ridícula por parte de alguns órgãos de imprensa. Não há qualquer crime ou fraude na relação de assessores da CPI com o Planalto”, declarou.
“Nada que aconteceu aqui no Senado pode ser considerado crime. Não há crime. Acho até bom que a oposição tenha pedido investigação ao Ministério Público, que o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), tenha pedido investigação da Polícia Federal. Vamos ter órgãos respeitados fazendo uma investigação que vai mostrar isso que chamo de cortina de fumaça. Arrumem outro assunto para transformar em escândalo. Isso é uma bobagem”, disse.
Fonte: Blog do Magno Martins
Eduardo Campos: destaque diante de empresários
Na rodada de sabatinas promovidas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com os três principais candidatos à Presidência, Eduardo Campos (PSB) teve o melhor desempenho, segundo os empresários.
Discurso do socialista impressionou, embora promessas tenham sido consideradas de difícil execução por falta de verba. O mais aplaudido, ele, no entanto, pecou na falta de alguns fundamentos, principalmente na área econômica, e de uma postura mais clara em áreas como reforma trabalhista.
Embora Aécio Neves (PSDB) tenha se destacado por sua equipe e preparação, errou ao dedicar tempo demais às críticas ao governo.
Já a presidente Dilma Rousseff (PT), embora tenha demonstrado clareza notável, não convenceu a plateia de que um segundo mandato será mais do que a mera continuidade do atual.
PSDB moverá ação questionando a ida de ministros à sabatina na CNI
O PSDB vai entrar com uma ação para questionar a ida de vários ministros do governo federal ao evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizado na tarde de ontem, em Brasília, para sabatinar candidatos à Presidência da República.
“Estou fazendo um levantamento dos ministros do governo federal e de todos os funcionários públicos que estavam no ato de campanha durante horário de trabalho”, afirmou Aécio Neves.
Conforme informou mais cedo o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a plateia de ouvintes de Dilma na CNI incluiu os ministros da Previdência, Garibaldi Alves Filho; do Desenvolvimento, Mauro Borges; da Ciência e Tecnologia, Clélio Campolina; da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos; da Casa Civil, Aloizio Mercadante; de Comunicação Social, Thomas Traumann; e da Fazenda, Guido Mantega.
O vice-presidente Michel Temer também integrou a comitiva presidencial, além dos presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho; e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine.
O grupo de Dilma incluiu, ainda, parlamentares da base aliada e a equipe da campanha, como o presidente do PT, Rui Falcão, que justificou a presença dos ministros no evento em horário de expediente como “normal”, por ser um encontro com empresários e não um ato de campanha.
Dilma 38%, Aécio 22% e Eduardo 8%.
O vice-presidente Michel Temer afirmou na noite desta terça-feira (22), após se reunir com a presidente Dilma Rousseff e presidentes de partidos que integram a coligação da petista pela reeleição, que a pesquisa Ibope divulgada nesta noite confirmou o ‘otimismo’ da campanha. O candidato do PSDB, Aécio Neves, divulgou nota na qual afirma que a pesquisa ‘aponta para a realização de segundo turno’.
Segundo a pesquisa, a presidente tem 38% das intenções de voto, o candidato do PSDB, Aécio Neves, 22%, e o do PSB, Eduardo Campos, 8%. Somados, os rivais de Dilma têm 37%, o que, segundo avaliação do Ibope, não permite dizer se haverá segundo turno.
Para Aécio Neves, a pesquisa demonstrou que o ‘sentimento de mudança é crescente’. “É mais uma pesquisa que aponta para a realização de segundo turno. E a minha percepção é que o sentimento de mudança no Brasil é crescente, ampliado a cada dia pelos preocupantes resultados na economia e pela incapacidade do governo de dar respostas às questões fundamentais que afetam a vida do brasileiro, como educação, saúde e segurança pública”, afirmou o candidato tucano.
OS NÚMEROS
Confira abaixo os números do Ibope, segundo a pesquisa estimulada, em que os nomes de todos os candidatos são apresentados ao eleitor (os candidatos que aparecem com 0% são os que tiveram menos de 1% das menções cada um):
– Dilma Rousseff (PT): 38%
– Aécio Neves (PSDB): 22%
– Eduardo Campos (PSB): 8%
– Pastor Everaldo (PSC): 3%
– Luciana Genro (PSOL): 1%
– Zé Maria (PSTU): 1%
– Eduardo Jorge (PV): 1%
– Eymael (PSDC): 0%
– Levy Fidelix (PRTB): 0%
– Mauro Iasi (PCB): 0%
– Rui Costa Pimenta (PCO): 0%
– Branco/nulo: 16%
– Não sabe/não respondeu: 9%
O Ibope fez a pesquisa entre as últimas sexta (18) e segunda (21). O instituto ouviu 2.002 eleitores em 143 municípios. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que o instituto tem 95% de certeza de que os resultados obtidos estão dentro da margem de erro. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-00235/2014.
Pesquisa espontânea
Na parte da pesquisa em que os entrevistadores do Ibope simplesmente perguntaram ao eleitor em quem votará (sem apresentar a ele a relação dos candidatos), 26% mencionaram Dilma. Veja abaixo:
– Dilma Rousseff: 26%
– Aécio Neves: 12%
– Eduardo Campos: 4%
– Outros: 2%
– Brancos/nulos: 17%
– Não sabe/não respondeu: 39%
Segundo turno
O Ibope fez simulações de segundo turno entre Dilma e Aécio e entre Dilma e Campos. Os resultados são os seguintes:
– Dilma Rousseff: 41%
– Aécio Neves: 33%
– Branco/nulo: 18%
– Não sabe/não respondeu: 8%
– Dilma Rousseff: 41%
– Eduardo Campos: 29%
– Branco/nulo: 20%
– Não sabe/não respondeu: 10%
Rejeição
A pesquisa aferiu a taxa de rejeição de cada um dos candidatos, isto é, aquele em quem o eleitor diz que não votará de jeito nenhum. Dilma tem a maior rejeição e Eduardo Jorge, a menor:
– Dilma Rousseff: 36%
– Aécio Neves: 16%
– Pastor Everaldo: 11%
– Zé Maria: 9%
– Eduardo Campos: 8%
– Eymael: 8%
– Levy Fidelix: 8%
– Luciana Genro: 6%
– Mauro Iasi: 6%
– Rui Costa Pimenta: 6%
– Eduardo Jorge: 5%
– Poderia votar em todos: 13%
– Não sabe/não respondeu: 17%
Expectativa de vitória
De acordo com o Ibope, 54% dos entrevistados (independentemente da intenção de voto) acham que o futuro presidente da República será Dilma Rousseff; 16% opinaram que será Aécio Neves; 5% acreditam que será Eduardo Campos.
Desejo de mudança
Aumentou do desejo de mudança do eleitorado em relação à pesquisa anterior. No levantamento anterior, de maio, 65% diziam que gostariam de mudar tudo ou quase tudo no governo. Agora, os mudancistas são 70%. Eles se dividem em dois grupos: 29% gostariam que o próximo presidente mudasse totalmente o governo do País (eram 30% em maio), e outros 41% querem que o próximo governante mantenha alguns programas mas mude muita coisa – ante 35% na pesquisa anterior.
Segundo 18% dos eleitores, o próximo presidente deveria fazer poucas mudanças e manter muitas coisas – ante 21%. Para 10%, a próxima gestão deveria dar total continuidade ao atual governo. Os que queriam total continuidade eram 9% em maio.
Situação econômica
A maior parte dos eleitores classifica a atual situação econômica do Brasil como regular. É a opinião de 48%, segundo o Ibope. Partes equivalentes avaliam que a economia está boa ou ótima (24%), ou julgam que, ao contrário, a situação econômica está ruim ou péssima (25%).
O Ibope também perguntou aos eleitores sobre suas expectativas para a economia do País em 2015. A maior parte (41%) acredita que a situação estará no próximo ano igual a como está hoje. Outros 34% acreditam que estará melhor, e 18%, que ficará pior do que em 2014.
Avaliação do governo Dilma:
Bom/Ótimo – 31%
Regular – 36%
Ruim/Péssimo – 33%
Forma de governar de Dilma
Aprovam – 44%
Desaprovam – 50%
Pesquisa encomendada por: TV Globo e pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’.
Aécio quer alterar Mais Médicos e manter Bolsa Família
O candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, senador Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira (16) que, se for eleito em outubro, não terá o “menor constrangimento” em manter os programas sociais criados pelo PT no governo federal, como o Bolsa Família e o Mais Médicos. O presidenciável participou de sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, pelo portal UOL, pelo SBT e pela rádio Jovem Pan em São Paulo.
Segundo o senador do PSDB, é normal na política “copiar” os projetos que deram certo e aprimorá-los. Na tentativa de dissipar os boatos que afirmam que há risco de extinção do Bolsa Família caso a oposição vença as eleições deste ano, Aécio reafirmou que o programa de transferência de renda criado no governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) será mantido por sua eventual gestão.
“Política e administração pública é você copiar as coisas que dão certos e aprimorá-las. […] Não tenho o menor constrangimento de mantê-los e aprimorá-los [os programas sociais do PT]”, disse o candidato tucano na entrevista.
BOLSA FAMÍLIA
“O Bolsa Família, no nosso governo, vai continuar. O que eu quero é tirá-lo do programa eleitoral. O que eu quero é transformá-lo em programa de Estado”, complementou.
Indagado pelos jornalistas sobre as polêmicas geradas no país com a contratação de profissionais cubanos para o programa Mais Médicos, o presidenciável do PSDB disse que, na hipótese de ser eleito, irá manter a iniciativa federal, inclusive com os médicos da ilha caribenha.
Ele, no entanto, afirmou que criará novas regras para o programa, entre as quais isonomia de salários entre os profissionais estrangeiros e passar a exigir que os médicos de Cuba se submetam ao exame de revalidação do diploma, uma das principais exigências das entidades médicas brasileiras.
Fonte: Portal G1
Quem é que vai pagar por isso? – Eduardo Campos prevê gastos de R$ 150 milhões com campanha
O ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), prevê gastos na ordem de R$ 150 milhões para o primeiro turno da disputa eleitoral. O valor é 32% maior ao teto estipulado quatro anos atrás pela campanha presidencial de Marina Silva, sua vice. Na época, Marina era filiada ao PV e previa gastos de R$ 90 milhões (R$ 114 milhões atualizados).
“Faremos um esforço para que a arrecadação chegue próximo disso (o teto estipulado), mas lamentavelmente é um valor muito alto, um custo absurdo, o que evidencia uma deformação da democracia”, disse Carlos Siqueira ao jornal Folha de S. Paulo desta quinta. Siqueira é coordenador da campanha de Campos.
Isto Posto… Pluripartidarismo ou Partido Único?
Com o fim da temporada de Convenções Partidárias, o resultado é um emaranhamento político difícil de ser digerido pelo eleitor brasileiro, pois as coligações desenhadas se afiguram incompreensíveis até mesmo para os mais experientes analistas.
As mais esdrúxulas alianças foram pactuadas entre partidos concorrentes das duas esferas de poder em jogo. O PSB, que se apresenta como alternativa a PT e PSDB, apoia o PT no Rio e o PSDB em São Paulo, mantem candidato próprio em Minas, apoiado apenas por parte do partido, enquanto que a outra, sob o comando de Marina Silva, da Rede optou por não se misturar aos políticos do Pacto Mofado combatido por Eduardo Campos.
O PT de Dilma, que aconchega em seu raio de importância e influência Collor, Maluf e Sarney, representantes legítimos da Política Velha, ataca a oposição por representar o passado indesejável pelos brasileiros, enquanto se alinha ao DEM entorno da candidatura do filho de Jader Barbalho no Pará.
A tucanada do PSDB ao mesmo tempo em que critica o PT pelo fisiologismo, acusando o Lula, padrinho sacrossanto do Partido dos Trabalhadores, cujo governo – dito para o povo e pelo povo – conseguira colocar no topo da lista dos bilionários da revista Forbes o empresário Eike Batista, à custa de subvenções e regalias do erário público e, recentemente, o dono da Faculdade Maurício de Nassau, José Janguiê Bezerra Diniz, confirmando a tese de que educação sempre foi um bom negócio, vale-se da mesma estratégia para arregimentar partidos insatisfeitos com o governo e promover uma debandada.
O PMDB, fisiologista de carreira, como o bom Rasputin que sempre foi, caminhará ao lado de quem sinalizar com propostas mais vantajosas, vendendo a preço de ouro sua fidelidade ou infidelidade. O PP, aliado do PT desde o governo Lula, no Rio e no Rio Grande do Sul, em vez de Dilma preferem seguir com Aécio, assegurando importância qualquer que seja o resultado da eleição presidencial.
Nos Estados, onde maior é a confusão, verificam-se coligações ainda mais estranhas. Pernambuco, por exemplo, tanto prefeitos do PSB apoiam o candidato do PTB, quanto os deste declaram apoio incondicional ao adversário PSB, num oportunismo que se repete em todas as unidades da federação.
Isto posto, o mais próximo da verdade é dito pelo jornal comunista A Nova Democracia, ao denominar PT-PSDB-PMDB-PSB-PTB-DEM-PV-PCdoB-PP-PSD de partido único, o “PARTIDÂO”. Pois, se pudéssemos parodiar o poema quadrilha de Drummond de Andrade seria algo monstruoso mais ou menos assim: “Marina e Eduardo amavam Lula e Dilma que amam o Valdemar Costa Neto, Maluf, Collor, Sarney, Kassab, Renan que amavam FHC que amava Aécio que amava o Lula, a quem todos amam, mas que só ama a si mesmo”. De modo que o único odiado é o povo.
Por: Adão Lima de Souza
A Copa de Lula e Dilma?
A dupla Lula e Dilma tem feito um esforço grandioso para convencer o povo brasileiro de que o sucesso da copa se deve a atuação “inquestionável” de um governo, cujo projeto de poder dá sinais fortíssimos de que começou a ruir, uma vez que a inflação retorna com força e o trabalhador, sentindo mais fortemente os efeitos de uma economia estagnada sinaliza com o desejo de mudança.
Buscando uma tábua de salvação, a presidente Dilma tenta colar sua imagem na boa repercussão do mundial, para em caso de conquista do hexacampeonato pela seleção brasileira colher os dividendos políticos como sempre se fez nesse País de memória fraca e condescendência inesgotável com a má conduta política, desde Juscelino, passando por Médice, durante os anos de chumbo do “Brasil, ame-o ou deixe-o” até FHC e as cambalhotas do Vampeta.
Lula e Dilma, ao tentar monopolizar e politizar o evento consegue, na verdade, apenas subestimar a inteligência do trabalhador brasileiro, acreditando que o resultado das eleições de outubro depende do desempenho da seleção. Nisso, creem erroneamente que o povo brasileiro seria tão estúpido ao ponto de negligenciar temas mais relevantes como saúde, educação, segurança e geração de emprego pelo ufanismo imbecilizante de mais uma copa que somada às outras cinco nada representou de avanço para a construção de um país melhor, com mais oportunidade e respeito real mundo a fora.
A sensação que tem o trabalhador hoje sobre a condução da economia pelo governo do PT depõe contra a pretensão desmedida de Lula e Dilma permanecerem trinta anos no poder. Pois sendo do trabalhador o sacrifício maior em arcar com um modelo esgotado de governança, este, ao sentir dispararem os preços nas prateleiras de supermercado, certamente pensará em recorrer ao candidato que melhor simbolize uma mudança de rumo.
Porém, os três nomes que se destacam – Aécio, Dilma e Eduardo – nenhum apresentou um projeto confiável para oportunizar a mudança almejada. A atual presidente repete o tempo todo que vai fazer mais, o Aécio que fará mais e melhor, enquanto o Eduardo alardeia que vai fazer diferente.
Resta, no entanto, algum desavisado pergunta-lhes o que de fato farão mais, melhor ou diferente.
Quanto a Copa, esta começou sendo do povo, pelas palavras de Lula em 2007, recentemente ele disse, em virtude dos xingamentos à Dilma, que era um espetáculo para os ricos já que eram os únicos com dinheiro para bancar os caríssimos ingressos, agora não cansa de dizer que a copa é dele e de Dilma.
Para mim nunca restou a menor dúvida de que a copa sempre foi da FIFA, a única que lucrou de verdade.
Por: Adão Lima de Souza
LULA quer discutir corrupção
Depois de atribuir à elite os xingamentos direcionados à presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu na noite desta quarta-feira (25), pela primeira vez em público, que o PT pode ter culpa por não ter “cuidado com carinho” da insatisfação de parte da população. “Aqueles palavrões me cheirou a coisa organizada.
O preconceito, a raiva demonstrada, possivelmente a gente tenha culpa. Eu vou repetir, talvez a gente tenha culpa de não ter cuidado disso com carinho”, afirmou Lula em entrevista ao SBT. O ex-presidente completou dizendo que o PT precisa discutir a corrupção em suas campanhas eleitorais. “O PT não pode fazer uma campanha sem discutir o tema da corrupção.
Não podemos fazer como avestruz, enfiar a cabeça na areia e falar que esse tema não é nosso. Nós temos que debater”. As declarações vão ao encontro da fala do ministro Gilberto Carvalho que, na semana passada, foi criticado por correligionários ao defender que o PT comete um “erro de diagnóstico” ao alimentar a “ilusão” de que “o povo pensa que está tudo bem”. Na entrevista, Lula defendeu a presidente Dilma Rousseff, disse que sabe da sua representatividade e prometeu usar toda a sua “força política” para reeleger sua sucessora.
Na opinião dele, “a melhor candidata para o Brasil”. “Acho que ela vai fazer um segundo mandato extraordinário, vai acontecer mais ou menos o que aconteceu comigo”, disse. Questionado sobre um possível desempenho inferior de Dilma na comparação com seu mandato, Lula ressaltou as dificuldades encontradas pela presidente. “Nós tivemos uma crise econômica mundial.
Se compararmos o Brasil de 2014 com o de 2010 você fala: estávamos crescendo a 7,5% e estamos crescendo a 2%. Mas não tem que comparar com 2010, tem que comparar é com 2002. Como é que a gente (PT) pegou esse País? Porque é um processo, um projeto de construção que está em vigor neste País.”, afirmou o ex-presidente.
RUI COSTA: Antipetismo é insatisfação da classe média
O pré-candidato ao governo da Bahia pelo PT, deputado federal Rui Costa, admitiu nesta quarta-feira (25) que há um sentimento contrário ao partido no Brasil, manifestado principalmente por meio das redes sociais.
Para ele, porém, a insatisfação em relação às gestões petistas é exclusividade da população de classe média do país, que, na sua opinião, acostumou-se a ficar satisfeita “não pelo que tem, mas pela diferenciação com os outros”. “Essas pessoas veem como um absurdo o porteiro chegar de carro ao trabalho e se incomodam ao ficar atrás de um agricultor ou uma empregada doméstica em uma fila de aeroporto. Acham que pobre não pode ter carro, não pode andar de avião, não pode entrar em uma universidade”, argumentou, durante almoço com jornalistas em um restaurante no bairro do Caminho das Árvores, em Salvador.
De acordo com o parlamentar, determinados setores da sociedade têm “raiva dos acertos” do PT. “Eu diria que o Brasil está vivendo um segundo período de fim da escravidão. O povo passou a ter valores que não tinha. Se o sentimento viesse dos nossos erros, eu até me sentiria mais confortável. Mas não é assim”, analisou.
Rui terá a candidatura ao Executivo estadual oficializada nesta sexta-feira (27) em convenção do PT, que terá as participações da presidente Dilma Rousseff e de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.