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Brasil, meu Brasil brasileiro!
Um notável empresário costumava dizer que a vantagem de ser idoso é ter visto tudo acontecer, e ter visto o contrário também. Pois é. Quem imaginaria?
1 – Negro mandando brancos ricos e poderosos para a cadeia;
2 – Esquerdistas citando (e com amor) o autor que antes odiavam: Nelson Rodrigues. Diziam que era reacionário. E ele confirmava;
3 – Maluf aliado ao PT, porém ressaltando sempre que, perto de Lula e Dilma, é comunista;
4 – A elite branca endinheirada comparecendo em massa ao estádio do Corinthians, no elitista bairro de Itaquera;
5 – Eduardo Suplicy fazendo um discurso mais curto que o do candidato de seu partido ao Governo paulista;
6 – Aécio e Serra se elogiando e se cumprimentando como velhos amigos;
7 – Brasileiros fascinados por um papa argentino;
8 – Brasileiros fascinados por um craque argentino;
9 – O comunista linha chinesa (da antiga, original) Aldo Rebelo, ministro dos Esportes, imprimindo e distribuindo A Pátria em chuteiras, de Nelson Rodrigues – porque, ao contrário do que pensa a direita, futebol não é o ópio do povo;
10 – Políticos presos brigando para (argh!) trabalhar;
11 – Marta Suplicy tuitando sua alegria bem na hora do gol-contra do Brasil;
12– Lula desistindo de ir ao estádio que ajudou a construir, para a abertura da Copa que conseguiu trazer para cá. E Dilma, que nem sabe quem é a bola, indo.
IBOPE: DILMA TEM 39%, AÉCIO 21% E CAMPOS 10%
O Ibope divulgou, neste feriado de Corpus Christi, seus novos números para a sucessão presidencial:
– Dilma Rousseff (PT): 39%
– Aécio Neves (PSDB): 21%
– Eduardo Campos (PSB): 10%
– Pastor Everaldo (PSC): 3%
– Magno Malta (PR): 2%
– José Maria (PSTU): 1%
– Outros com menos de 1%: 3%
– Brancos e nulos: 13%
– Não sabe/não respondeu: 8%
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00171/2014 e foram entrevistados 2002 eleitores. A soma dos adversários de Dilma representa 40% dos eleitores – o que aponta para a possibilidade de segundo turno. No entanto, o instituto incluiu entre os candidatos o senador Magno Malta (PR-ES), cujo partido pode apoiar a presidente Dilma.
Em relação à pesquisa anterior do Ibope, de 10 de junho, praticamente não houve mudanças. No levantamento da semana passada, Dilma teve 38%, seguida de Aécio com 22% e Campos com 13%. Ou seja: só o pernambucano oscilou fora da margem de erro.
O protesto volta às ruas brasileiras a um mês da Copa
Depois de vários meses de um quase silêncio, os sindicatos e os movimentos sociais brasileiros lançaram o sinal inequívoco de que a próxima Copa do Mundo, que começará em pouco mais de um mês, não será o evento pacífico e calmo que pretendem a FIFA e o Governo de Dilma Rousseff.
Pode ser dada por inaugurada a nova grande temporada de mobilizações e protestos no Brasil, pois as que aconteceram nesta quinta-feira em várias capitais do país devem se somar nas próximas semanas às já convocadas por diferentes setores sociais.
A ressonância midiática do Mundial e a proximidade das eleições presidenciais, previstas para o próximo 5 de outubro, facilitarão o que poderia ser uma tormenta perfeita.
Dilma Rousseff prometeu que esta será a “Copa das Copas”, em referência ao mega investimento realizado em instalações e infraestrutura e à eclosão de alegria e cor que o povo brasileiro costuma protagonizar durante as competições mundiais.
Fazia 64 anos que o Mundial não voltava ao Brasil, país onde o futebol é vivido como uma questão de vida ou morte: como se fosse uma religião. Mas nenhuma destas razões parece ser um correto catalisador do entusiasmo popular.
Algo falhou para que os brasileiros decidissem voltar às ruas no momento mais crítico, quando todos os olhos do mundo estão no país. O mal-estar social diante da forma como tem se gestado esta Copa do Mundo é palpável e o corroboram as pesquisas de opinião.
Por enquanto, mobilizações de diferentes dimensões começaram a alterar a rotina de Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Belo Horizonte, Salvador e Manaus.
Parece que o grito de guerra “Não vai ter Copa” voltou a acender como a pólvora.
Fonte: EL País.
Em entrevista, Eduardo Campos promete que só decidirá candidatura em Minas nas convenções.
Em entrevista ao Jornal da Manhã de Uberaba, em Minas Gerais, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) afirmou que a definição entre ter uma candidatura própria no estado só ocorrerá em junho, durante a convenção do partido. Pré-candidato à Presidência da República, Campos havia combinado com o também presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG), que um partido apoiaria o outro nos dois estados de origem.
“A gente vai ter que ter um pouco mais de paciência para viver o debate político dentro do PSB e tomar essa decisão até junho. Imaginava que isso pudesse ser resolvido com o diálogo interno, mas o fato é que o diálogo interno aponta que as pessoas querem mais debate e ir até a instância partidária que resolve, que é a convenção”, afirmou.
O rompimento em Minas Gerais pode ser o estopim para que o PSDB decida ter uma candidatura própria em Pernambuco. Nesse sábado (10), o presidente do partido, o deputado federal Bruno Araújo, divulgou uma nota alertando que “pau que dá em Chico, dá em Francisco”. Ele pediu ao deputado estadual Daniel Coelho que fique de sobreaviso para ser candidato da legenda ao Governo de Pernambuco ou ao Senado numa “missão majoritária”.
Em conversa com um Blog, Daniel confirmou o pedido e disse que a prioridade dos tucanos é a conjuntura nacional. “Nós abrimos mão de uma candidatura competitiva aqui em Pernambuco em função de um entendimento de que o PSB faria o mesmo lá em Minas. Se não há esse entendimento, nós passamos a ter a possibilidade de discutir uma candidatura”, disse.
Na última semana, Eduardo Campos e a sua vice na disputa presidencial, a ex-senadora Marina Silva (Rede/PSB), têm tido diversos desentendimentos com Aécio. Tanto o pernambucano como o mineiro ambicionam estar no segundo turno da disputa presidencial contra a petista Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição.
Já em Pernambuco, tucanos e socialistas também trocaram farpas após o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB) sugerir que, em um eventual segundo turno, Campos tenderia a apoiar Dilma e não Aécio.
Lavareda: “Dilma perde a condição de ser candidata”
O sociólogo Antonio Lavareda disse, ontem (5) ao Brasil Econômico, acreditar que a presidente Dilma Rousseff (PT) começa a perder as condições de ser candidata à reeleição porque, segundo ele, não houve, desde 1989, um candidato sequer que tenha sido eleito ou reeleito sob o antagonismo manifesto do mercado. “Todas as vezes em que a presidente tem enfrentado dificuldades e assistido à queda de seus índices de preferência, a bolsa de valores tem subido automática e simetricamente”, disse, ao justificar sua opinião de que o lançamento da petista como candidata segue como uma incerteza.
Lavareda afirma que não é remoto o movimento “Volta, Lula!”. Segundo ele, o ex-presidente teve um peso decisivo na eleição de sua sucessora, em 2010, por dois fatores: a boa avaliação da gestão Luiz Inácio Lula da Silva, o que fez com que a população desejasse a continuidade desse governo, e o desempenho da equipe de marketing do Partido dos Trabalhadores, responsável por apresentar a então candidata como uma grande gerente e principal arquiteta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O sociólogo destaca ainda que para a presidente Dilma Rousseff se firmar como candidata, “a economia precisa melhorar substancialmente, levando consigo a percepção da população”. “E tudo isso precisa se refletir em popularidade”, afirma Lavareda, ressaltando, porém, que em sua análise, é “difícil que isso ocorra”, principalmente diante da proposta do “novo”, trazida pelos pré-candidatos do PSDB e PSB ao Palácio do Planalto, Aécio Neves e Eduardo Campos.
“Eles têm pontos em comum e são candidatos do século 21. A eleição de 2010, por exemplo, era entre dois candidatos que tinham combatido a ditadura. Agora não, você tem dois candidatos mais jovens. No caso de Aécio Neves, ele tem um partido e alianças com maior tempo de tevê e que é melhor estruturado em áreas importantes do país. […] Já Eduardo tem a seu favor um posicionamento que não bate de frente com o lulismo. Ele tem essa postura de terceira via, fortalecida pela presença de Marina Silva na chapa”, disse.
Questionado sobre os riscos de Dilma Rousseff não passar para o segundo turno, Antônio Lavareda disse que “a possibilidade de ela não ir para o segundo turno é menor que a possibilidade de ela ser substituída por Lula”. Segundo ele, a presidente “está perdendo as condições de se manter como candidata, e isso é até mais grave do que ela se reeleger”.
Fonte: Blog do Magno Martins
Candidatura de Dilma é ‘irreversível’, diz Falcão
A candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff é “irreversível”, garantiu neste sábado (3) o presidente nacional do PT, Rui Falcão, ao reafirmar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não a substituirá na corrida pelo Palácio do Planalto. “Acho que isso ficou muito claro”, afirmou no 14.º Encontro Nacional do partido, realizado em São Paulo e que formalizou a pré-candidatura da presidente.
“Estamos dizendo há muito tempo que ela é a nossa candidata.” Segundo Falcão, o ex-presidente será o chefe da campanha de Dilma independente de ter um cargo formal ou não. “Lula é o grande comandante”, afirmou. “Ele transcende qualquer estrutura organizacional. Lula não precisa ter cargo para estar no dia a dia da campanha”, completou.
O secretário nacional de Comunicação, vereador José Américo, admitiu, no entanto, que Lula poderá sim ter “algum cargo” na coordenação de campanha, mas não será o de coordenador.
O presidente nacional do PT reconheceu que a campanha pela reeleição de Dilma será “difícil”, uma vez que a disputa se dará com adversários que têm força na “elite e na imprensa”, avaliou, ao referir-se ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e ao ex-governador pernambucano Eduardo Campos, do PSB.
Questionado sobre o impacto eleitoral de uma suposta ligação do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha com um laboratório do doleiro Alberto Youssef – investigado em operação da Polícia Federal -, Falcão afirmou que não há motivo para retirar Padilha da disputa pelo governo do Estado de São Paulo porque o ex-ministro é “inocente”.
Fonte: O Estadão
EM NOVA RODADA DE PESQUISA SOBRE A CORRIDA PRESIDENCIAL: Dilma tem 35%, Aécio, 23,7% e Eduardo, 11%
Pesquisa Sensus divulgada neste sábado (3) indica que se as eleições fossem realizadas hoje, haveria votação em segundo turno.
A presidente Dilma Rousseff (PT) teria 35% das intenções de votos, o senador tucano Aécio Neves (MG) teria 23,7% e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) teria 11%, votos brancos e nulos e não sabe, ou não respondeu, 30,4%.
Juntos Aécio e Campos têm 34,7% dos votos, praticamente a mesma porcentagem de Dilma (diferença de 0,3%). A margem de erro é de 2,2%.
No cenário com outros presidenciáveis, Dilma registra 34%, Aécio 19,9%, Campos 8,3%, Pastor Everaldo (PSC) 2,3%, Randolfe Rodrigues (PSOL), 1,0%, Eymael (PDC) com 0,4%, Mauro Iasi (PCB) 0 3%, Levy Fidelix (PRTB) 0,1%, brancos e nulos e não sabem ou não responderam, 33,9%.
Nas projeções de segundo turno numa eventual disputa entre Dilma e Aécio, a petista aparece com 38,6% e o tucano com 31,9%. Se a disputa for contra Eduardo Campos, a presidente da República registra 39,1% e o ex-governador de Pernambuco, 24,8%.
A pesquisa traz ainda os índices de rejeição dos principais presidenciáveis. Do total de entrevistados, 42% afirmaram que não votariam em Dilma de jeito nenhum. Já a taxa de rejeição de Eduardo Campos ficou em 35,1%; e a de Aécio Neves, em 31,1%.
A pesquisa do Instituto Sensus, de Belo Horizonte, presidido por Ricardo Guedes, está registrada no TSE sob protocolo nº BR-00094/2014. A mostra foi realizada com dois mil entrevistados no período de 22 a 25 de abril, em todo o Brasil.
SOBRE O “VOLTA LULA”: “Quando estamos em crise, pedimos até para Jesus voltar”
“Em momentos de crise política, pedimos até a volta até de Jesus Cristo”. É assim que o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, tenta botar um fim no movimento “volta Lula”.
Em uma rápida entrevista ao EL PAÍS, um dos principais aliados de Lula, Gilberto Carvalho está no Governo há mais tempo que Dilma, para estancar agora os pedidos por Lula, afirma que é preciso controlar o empecilho da Petrobras, acusada de irregularidades na compra de uma refinaria americana, e controlar a inflação, que vem aterrorizando a gestão Rousseff.
Desde 2010, Carvalho é uma das principais pontes de Lula com Rousseff e conselheiro de ambos. Nos últimos meses tem representado a presidenta na maioria dos encontros com movimentos sindicais, que demonstraram certa insatisfação com a gestão dela.
De vários militantes escuta o pedido de “volta Lula” e sempre diz: “Repito, ele não quer voltar agora. Agora, por mim, ele voltaria só em 2018, para completar um ciclo e depois renovar, porque isso é importante também”. Se Dilma Rousseff for reeleita e Lula vencesse a eleição de 2018 o PT completaria 20 anos de poder (2003-2023).
Escudo do Governo
Além do diálogo com os sindicalistas, cabe a Carvalho iniciar um processo de convencimento de que a Copa do Mundo será benéfica para o país. Para onde vai, carrega uma cartilha de 12 páginas chamada “O Brasil já ganhou com a Copa”. Nela, há dados sobre o quanto tem sido gasto e como o país espera impulsionar seu turismo.
Ameniza as críticas de que alguns estádios, como o Mané Garrincha de Brasília, serão elefantes-brancos e que não haverá um legado para o país, apenas para os clubes beneficiados pelas obras em suas arenas: “temos que admitir que falhamos na comunicação sobre os benefícios da Copa. Agora, temos de correr atrás do tempo perdido”.
Sobre os protestos contra o torneio, Carvalho ainda dá um recado aos manifestantes: “Aceitamos os protestos. Achamos que eles são democráticos e importantes, mas estamos aparelhando as polícias para reprimir os atos violentos sem gerar mais violência”.
Fonte: El País