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O futuro do Governo Temer e a crise política brasileira

Fátima P. Jordão: “O frágil equilíbrio institucional poderá, de fato, não suportar o status quo até 2018”

Tres PoderesPergunta: O Governo resistirá à crise institucional em 2018?

Resposta: Se olharmos como a crise institucional está se refletindo na opinião pública veremos um quadro desastroso: política e políticos desqualificados pela população; desempenho de Governos mal avaliados, tanto no conjunto, como nas áreas mais estratégicas (saúde, educação e emprego); expectativas muito pessimistas para o futuro; Estados falidos; desdobramentos dos fatos sobre corrupção cada dia mais abrangentes; e, por fim, crise de segurança. Embora as eleições municipais tenham trazido algum alívio e esperança de novas formas de governar e de novos arranjos para provisão de serviços públicos nas cidades – caso inédito, pois poucas vezes o ambiente de opinião pública dependeu tanto de resultados de gestões municipais –, os resultados que tivemos mostram que a expectativa tem toda chance de não ser atingida. Portanto, o frágil equilíbrio institucional poderá, de fato, não suportar o status quo até 2018, a não ser através de um pacto a ser construído pelos grandes partidos e pelos poderes constituídos, com toda a transparência e clareza para permitir que a sociedade entenda o processo. Fora disso, só eleições antecipadas.

Pergunta: Qual a principal marca que esse Governo deixará?

Resposta: Ficará a imagem de um governo equilibrista que subestimou as forças e as reais demandas da sociedade, assim como foi míope em relação à gravidade do quadro institucional brasileiro. Um Governo que empurrou o país com a barriga.

Fátima Pacheco de Jordão é socióloga e especialista em pesquisas de opinião.

A farra com o dinheiro público: Toffoli recebeu R$ 115,8 mil de diárias do TSE em 2015

ToffoliO presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), José Dias Toffoli, recebeu R$ 35 mil em junho deste ano a título de diárias, valor superior ao salário bruto mensal do ministro, de R$ 33,7 mil.

De janeiro a setembro, a corte pagou R$ 115,8 mil em diárias a Toffoli, que também integra o STF (Supremo Tribunal Federal). De julho de 2014, quando assumiu a presidência do TSE, até o fim daquele ano, Toffoli havia recebido R$ 31,5 mil de diárias.

Os valores foram considerados elevados por ministros do STF, do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e por outros magistrados consultados pela reportagem sob a condição de anonimato.

Os pagamentos também surpreenderam a corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi. Via assessoria, ela informou que não irá se manifestar para não perder a imparcialidade, já que no futuro poderá ter que processar e julgar o caso.

A título de comparação, a antecessora de Toffoli no TSE, ministra Cármen Lúcia, recebeu R$ 1.132 por diárias durante toda a sua gestão como presidente da corte.

Esta é a prática das autoridades brasileiras… Fazer orgia com o erário!