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Filme proibido na Ancine será exibido na Cinelândia

O filme “A Vida Invisível”, do diretor Karim Aïnouz, será exibido gratuitamente na Cinelândia, no Rio de Janeiro, na quinta-feira (12), às 19h. 

A exibição será seguida de debate com o produtor do filme, Rodrigo Teixeira, e o ator Gregorio Duvivier, que integra o elenco.

O evento, que é organizado por servidores da Ancine (Agência Nacional do Cinema), surge como resposta à decisão da agência de cancelar a exibição do longa para seus funcionários. Ela também estava prevista para ocorrer na quinta-feira, dentro de uma programação de exibições mensais em que são debatidas questões técnicas de filmagens e outras relativas ao subsídio público a filmes nacionais.

Segundo um dos funcionários, a justificativa da direção da Ancine para o cancelamento foi que um projetor da sala de exibição estava quebrado. Procurada, a Ancine, via assessoria de imprensa, disse que não iria comentar sobre o assunto no momento. 

A Ancine recebeu nesta semana um ofício da Aspac  (Associação dos Servidores Públicos da Ancine) no qual funcionários questionavam o cancelamento da exibição. No documento, eles também pediram esclarecimentos sobre a retirada de cartazes de filmes nacionais das áreas comuns da sede da instituição no Rio de Janeiro.

No documento, a Aspac solicita esclarecimentos do cancelamento e afirma que tem conhecimento “de que todos os equipamentos do auditório estão em perfeitas condições de funcionamento”. “O evento é de suma importância para a divulgação interna de filmes realizados com recursos públicos e para a capacitação dos servidores sobre as obras que analisam”, segue o ofício.

Inscrito para a disputa do Oscar em 2020, “A Vida Invisível” tem a atriz Fernanda Montenegro em seu elenco. 

Fonte: Mônica Bergamo, Jornal Folha de São Paulo.

Filmes clássicos de ficção científica serão exibidos no Sesc Petrolina em mostra de cinema

Com entrada gratuita, o Sesc Petrolina apresenta nos dias 6, 13 e 20 de março, no Teatro Dona Amélia, a Mostra de Cinema “Clássicos Sci-Fi – Uma Jornada de Quatro Décadas pelo Fantástico Mundo dos Filmes B de Ficção Científica”. Durante a mostra serão exibidas três obras-primas da ficção científica.

A abertura acontecerá na terça-feira (6) com o filme “A Ameaça que veio do Espaço” (1953), de direção de Jack Arnold. No dia 13, os apreciadores do gênero poderão assistir ao filme “Os Malditos” (1963) dirigido por Joseph Losey. Já no dia 20 de março, o filme escolhido para encerrar a mostra foi “O Planeta dos Vampiros” (1965), com direção de Mario Bava.

As exibições acontecem sempre às 19h, com classificação indicativa de 14 anos. Mais informações sobre a programação pelo telefone: (87) 3866-7454.

Gal Gadot usou experiência no exército israelense para compor sua ‘Mulher Maravilha’

LOS ANGELES – Ao sair de uma tenda montada no interior do estúdio da Warner Bros., nos arredores de Los Angeles, Gal Gadot topou com um grupo de jornalistas à sua espera. “Ops”, disse a atriz de 32 anos, esquivando-se para os fundos do espaço para trocar as pantufas que usava nos pés por sapatos não tão confortáveis, porém mais aceitos em um ambiente razoavelmente glamouroso como de Hollywood.

Atriz israelense com passagem pelo exército do seu país e especialização em combate corpo a corpo, Gadot ainda não parece ter sido picada pelo bichinho responsável em transformar estrelas em ascensão em personalidades indigestas. “A única coisa que disse a Gal quando terminamos as filmagens é: ‘você não precisa ser uma Mulher Maravilha todos os dias’”, contou Patty Jenkins, diretora de Monster: Desejo Assassino e responsável por comandar a atriz em Mulher Maravilha – com estreia prevista para esta quinta-feira, 1.º. É o primeiro filme dedicado a uma das mais importantes personagens dos quadrinhos, ao lado de Batman e Superman, 76 anos depois da sua criação nas HQs. “Eu não sou inocente e me preocupo com o que ela vai ter que enfrentar. Acho ela tão maravilhosa. E vai passar por uma viagem bem esquisita”, completa.

Gal Gadot é uma nova estrela improvável. Era uma desconhecida para o grande público até o anúncio de que interpretaria a amazona capaz de derrotar exércitos sozinha, há quatro anos – o que gerou alguma repercussão negativa por parte dos fãs. Sua escalação é fora da caixinha do que se estabeleceu em Hollywood: uma atriz estrangeira, não nascida nos Estados Unidos ou Europa. Seu inglês não é nativo e, além de funcionar para a personagem que vive em uma ilha localizada no mediterrâneo, a pronúncia às vezes escorregada na língua confere humanidade à atriz. “Chris (Pine, que interpreta o soldado norte-americano Steve Trevor) é o meu tradutor”, brinca Gal, já com novos calçados nos pés, ao lado do ator.

Sua missão será dura. Embora Jennifer Lawrence já tenha mostrado aos executivos da indústria do entretenimento que é possível ter uma mulher forte à frente de um blockbuster com Jogos Vorazes, a mentalidade demorou para mudar quando o assunto eram as adaptações das histórias dos super-heróis dos quadrinhos para as telonas. Desde que a nova e bem-sucedida safra veio à tona, com o primeiro Homem de Ferro, de 2008, foram incontáveis filmes, nenhum protagonizado por uma mulher – e, neles, as personagens femininas tiveram pouquíssimo destaque; nem mesmo Scarlett Johansson foi capaz de sobressair em Os Vingadores.

Gadot, que mostrou um pouco de sua Mulher Maravilha em uma breve e importante participação no filme Batman vs Superman: A Origem da Justiça, ainda está surpresa ao ver seu rosto, sozinho, nos pôsteres de divulgação do longa. Diz ter tomado um susto ao ver sua própria imagem em um anúncio enorme na Times Square, em Nova York.

“A importância desse filme é sem precedentes”, explica, ainda ao lado de Pine, que pouco fala no tempo que eles têm juntos diante dos jornalistas. “Depois de 76 anos de histórias da Mulher Maravilha, ela, enfim, vai aparecer em um filme só para ela. Os meninos já viram Superman, Batman. É importante, para garotos e garotas, verem essa heroína nesse ambiente. É um filme que sai das questões complicadas em histórias de herói. O que Patty (Jenkins) propõe é mostrar a importância das coisas simples, valores como igualdade, amor, aceitação. Com eles, podemos ser pessoas melhores.”

Gal Gadot permaneceu em pé o tempo todo – há duas semanas, machucou as costas e precisou cancelar alguns eventos com fãs por conta disso. Ao ser questionada sobre a importância da personagem na carreira e se teme ficar marcada como Mulher Maravilha para sempre, ela sorri. “Consegui esse trabalho dos sonhos, é isso que eu penso”, diz. “Adoro o fato de vermos a evolução da personagem, de uma jovem idealista no começo, alguém que acredita na bondade. É inocente. E, aos poucos, ela vai entendendo a complexidade da vida.”

Mãe de duas meninas, a mais nova nascida há dois meses, Gadot sabe da importância de fazer de Mulher Maravilha um sucesso de crítica e público. Mas não é tudo. Para ela, e contrariando as indicações da diretora do filme, é mais importante ser Mulher Maravilha com a própria família. “Meu maior personagem na vida ainda é ser mãe.”

Fonte: MSN

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa’, o roteiro mais divertido da história

WOODY ALENOs roteiristas norte-americanos – na verdade seu sindicato, o WGA, na sigla em inglês – escolheram Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall) como o roteiro mais divertido de todos os tempos. O filme de 1977 dirigido por Woody Allen é o primeiro de uma lista de 101 títulos na qual o nova-iorquino tem outras seis produções.

Ganhador de quatro prêmios no Oscar (melhor filme, diretor, roteiro original e atriz principal para Diane Keaton), Noivo Neurótico, Noiva Nervosa conta a história de Alvy e Annie. Ele é um humorista neurótico que reflete sobre sua vida após terminar com ela. O roteiro, escrito por Woody Allen e Marshall Brickman, foi traduzido ao espanhol por José Luis Guarner e publicado pela editora Tusquets.

O mais curioso é que o diretor nova-iorquino não pretendia fazer humor com esse filme e por isso pensou em dar ao filme o título de Anhedonia (incapacidade de sentir prazer). Quando estreou, Allen disse em sua divulgação: “Quis fazer um filme que não tivesse nada de engraçado de um a cinco minutos e que ainda assim não fosse aborrecido”.

Em 2005, o WGA elegeu os 101 melhores roteiros da história e o ganhador foi Casablanca. Nessa lista, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa ficou na sexta posição.

PAULO COELHO: antes de Compostela, o caminho apontado por Raul Seixas.

Paulo coelho e Raul SeixasNa esteira da crescente produção cinematográfica brasileira, o gênero biografia tem se avolumado. As películas abordam desde as histórias de vida de irrelevantes cantores até a saga de pretensos líderes religiosos, com seus processos de curas milagrosas, desencadeados pela fé  e a força da “grana que ergue e destrói coisas belas”.

Um dos mais recentes desses filmes é o longa metragem  “Não pare na pista” que retrata a vida de Paulo Coelho, desde os dissabores do cotidiano de tédio e inquietude ao estrelato como escritor de espiritualidades, tão reiteradamente traduzido em línguas diversas quanto o velho bardo inglês.

Na história do velho Mago, contada com a mesma costumeira falta de traquejo cinematográfico na construção de roteiros e enredos e tramas e na frágil dramatização dos episódios reais vividos pelo homenageado, vê-se um Paulo Coelho atormentado pelo desejo de tornar-se um grande escritor. A história passa pela sua  mocidade ao mesmo tempo em que é retrata a experiência espiritual vivida no caminho de São Tiago de Compostela, na Espanha, que lhe daria o subsídio para construir seus famosos livros, consagrando-se como um dos mais bem sucedidos escritores da atualidade.

A saga de Dom Paulo Coelho se processa de modo enfadonho, calcada nas divergências ideológicas com seu pai, expressas pela rebeldia juvenil, até a entrada em cena de Raul Seixas. O velho Raul resgata o personagem do caminho do ostracismo através de parcerias em sucessos inesquecíveis como as músicas “AL Capone, Meu Amigo Pedro, Sociedade Alternativa” e, dentre outras, a que dá nome ao filme: Não Pare na Pista.

A partir desse momento, o que se observa com a entrada em cena do velho Raul, é a salvação primeira de Paulo Coelho, compreendendo pelas palavras do roqueiro que as grandes coisas devem ser ditas de modo simples. Depois disso, juntos compuseram músicas que tocam a alma das pessoas há décadas, como Tente Outra Vez. Logo, pode-se afirmar que o primeiro dos caminhos foi indicado ao mago pelo Raul Seixas, muito antes daquele percorrido pelo autor de o Alquimista, em busca de espiritualidade e entendimento de si mesmo.

Por: Adão Lima de Souza

RENATO RUSSO É HOMENAGEADO EM FESTIVAL DE FILMES NOS ESTADOS UNIDOS

FMEntre os dias 13 e 17 de setembro será realizada a 8ª edição do Los Angeles Brazilian Film Festival, o LABFF. Considerado um dos mais importantes eventos ligados à produção cinematográfica brasileira fora do País, o LABFF vai premiar os melhores profissionais do cinema nacional. Pela primeira vez o festival vai homenagear um artista brasileiro e o escolhido foi o cantor Renato Russo.

O falecido vocalista da Legião Urbana foi o escolhido para a homenagem por ter sido grande admirador da sétima arte, sendo presença frequente no circuito alternativo de cineclubes de Brasília, no início da década de 1980, e até ter formado um grupo de debates sobre cinema junto com as atrizes Denise Bandeira e Ana Beatriz Nogueira.

Além disso, algumas de suas composições mais marcantes foram adaptadas paras as telonas, como “Faroeste Caboclo”, dirigido por René Sampaio, e “Somos Tão Jovens”, com direção de Antônio Carlos da Fontoura.

O LABFF vai premiar produções e profissionais nas seguintes categorias: Melhor Filme; Melhor Documentário; Melhor Curta Metragem; Melhor Diretor; Melhor Roteiro; Melhor Fotografia; Melhor Ator; Melhor Atriz; Melhor Ator Coadjuvante; Melhor Atriz Coadjuvante; Melhor Trilha Sonora; Melhor Figurino; Melhor Caracterização; Prêmio Especial LABRFF. A lista de indicados será divulgada no próximo dia 10 de julho.

Para coroar a homenagem a Renato Russo a 8ª edição do LABFF terá no encerramento uma apresentação especial da banda Urbana Legion, o grupo que faz tributo ao Legião Urbana e é formado por figuras já bem conhecidas do cenário nacional: Egypcio (voz – Tihuana), Marcão (guitarra – Bula/ex-Charlie Brown Jr.), Lena (baixo – Bula/A Banca) e PG (bateria – Tihuana).

Nos shows que a banda vem fazendo pelo Brasil, e será apresentado em Los Angeles, cantam grandes clássicos da Legião como “Geração Coca-Cola”, “Que País é Esse?”, “Será”, “Índios”, “Monte Castelo” e, claro, “Faroeste Caboclo”.

Fonte: Território da Música

Isto Posto… Advogado, que causa tu defendes?

imagesSem dúvida nenhuma, o que mais contribui para que um jovem se decida pelo Curso de Direito não é tão somente o fascínio pelo status ou o glamour de profissões dignas e necessárias como a de Juiz, Promotor, Defensor ou Advogado, mas sim, ainda que inconscientemente, o ideal de justiça, ou seja, o desejo de ver triunfar a justiça sobre a opressão e a tirania, a satisfação pela coragem em manejar a espada contra a mentira e a traição e, assim, poder oferecer a balança como boa medida de equidade para que reine o bom senso.

Outro fator evidente, construtor de nossas aspirações, é a forte influência da cultura popular sobre nossas escolhas. Principalmente, para o jovem de hoje, habituado à internet como meio indispensável à troca de ideias; e ao cinema como instrumento realizador daqueles sonhos heroicos, em que a verdade e a justiça triunfam sobre as pretensões fundadas na tirania, no preconceito, na esperteza, no desrespeito ao outro e suas fragilidades e na certeza da impunidade pelos seus crimes, conspurcando o ideal humano de justiça.

E inspiração não nos falta na cinematografia moderna, cujos heróis, recrudescendo a nossa sede de justiça, fazem renovar a crença imprescindível nos valores humanos. Como no filme “Questão de Honra”, em que o ator Tom Cruise, interpretando um jovem e inexperiente advogado, é designado para defender da acusação de homicídio dois fuzileiros da base naval Americana de Guantánamo, em Cuba.

Numa atuação memorável, o jovem ator Tom Cruise, corajosamente, enfrenta a arrogância das altas patentes militares para provar que os acusados agiram em cumprimento de uma ordem superior e que seria injusto serem os únicos condenados pelo crime cometido. Neste filme, o grande ápice é o diálogo entre Tom Cruise e o excelente ator Jack Nicholson, no papel do impetuoso e prepotente Coronel Nathan R. Jessep, que quando acuado pelas perguntas do talentoso jovem advogado, ameaçado de Corte Marcial por acusar sem provas um Oficial, sentencia o coronel do alto de sua arrogância: “você não suportaria a verdade!”.

Outro magnífico exemplo cinematográfico é, também, o filme “Tempo de Matar”, onde um advogado branco (Matthew McConaughey), numa pequena cidade do Mississipi, estado que se notabilizou pelo racismo enraizado, terra da Ku Klux Klan, organização que queimava pessoas pelo simples fato de serem negras, aceita defender um negro (Samuel L. Jackson), acusado de ter matado os três homens brancos que estupraram sua filha de onze anos de idade e foram inocentados por um júri racista.

Neste filme, o advogado branco, mesmo temeroso de que tivesse sua carreira prejudicada pela defesa de um negro numa cidade racista, consegue inocentar o pai por ter este agido em legítima defesa, ao propor que o júri, apesar de racista, pudesse se colocar, por um minuto, na pela daquele pai ao encontrar sua filha pequena jogada numa estrada deserta, violentada, sangrando ao lado de sua mochila escolar.

Tanto num como no outro filme, o que está em jogo, além das fontes de inspiração que induz o jovem para a carreira de Direito, é, inafastasvelmente, a escolha que fazem esses advogados pela defesa da justiça, transformando este anseio pelo justo na sua “Causa”, enquanto profissional e, sobretudo, cidadão, ser humano.

Isto posto… Para não ficarmos apenas somente na ficção, trago à tona a grande figura do advogado dos pobres, Cosme de Farias, que com apenas o curso primário, tornou-se advogado provisionado (rábula) e passou a vida defendendo milhares de clientes que, sem condições financeiras, de outra forma não teriam condições de uma defesa. Retratado por Jorge Amado, em Tenda dos Milagres, na personagem “Damião de Souza“, para reafirmar que a ficção também imita a vida. E é, diante disso, que pergunto aos jovens estudantes de Direito, principalmente os que dividem comigo a rotina da Facape, temos também uma causa? Caros colegas, que causa vós defendeis? Por que não começais a defender vossos direitos?

Por: Adão Lima de Souza