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Dólar fecha abaixo de R$ 3,70 com intervenção mais forte do BC
O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (21), depois de 6 altas consecutivas e após o Banco Central aumentar a oferta da moeda americana no mercado. A ação do BC ajudou a segurar a disparada do dólar.
A moeda dos EUA caiu 1,4%, para R$ 3,6886 na venda, após chegar a R$ 3,683 na mínima do dia. Já o dólar turismo era negociado a R$ 3,84.
Até quinta-feira, o dólar acumula alta de 5,31% em maio. No ano, a valorização acumulada é de 11,32%.
AGU: Brasil é notificado sobre decisão de Portugal de extraditar Raul Schmidt
A Advocacia Geral da União (AGU) informou que o Brasil foi notificado nesta segunda-feira (21) sobre a decisão da Justiça de Portugal de extraditar Raul Schmidt.
O empresário é investigado na Operação Lava Jato pelo pagamento de propina a ex-diretores da Petrobras.
Neste domingo (20), a Procuradoria Geral da Rapública divulgou a informação sobre a decisão da Justiça portuguesa.
Raul Schmidt foi preso em Lisboa durante a 25ª fase de Operação Lava Jato, em março de 2016. A Justiça brasileira pediu a extradição, mas a Justiça portuguesa permitiu a Schmidt recorrer em liberdade.
O pedido de extradição do empresário foi apresentado em abril deste ano pelo juiz federal Sérgio Moro.
Entenda as investigações
Segundo a AGU, Raul Schmidt é investigado pelo pagamento de propina aos ex-diretores da Petrobras Renato Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, todos envolvidos no esquema de corrupção que atuou na estatal.
“Além de atuar como operador financeiro no pagamento de propinas, Schmidt também aparece como preposto de empresas na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobras”, informou a AGU em nota.
O que diz a defesa
Após a decisão da Justiça portuguesa, a defesa de Raul Schmidt avaliou que a extradição afronta decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) de Portugal, que concedeu liberdade ao empresário no início do mês. O STJ de Portugal é a Corte superior da hierarquia dos tribunais e última instância de decisão.
“A ordem do desembargador, se é que existe, pois não nos foi apresentada oficialmente, é uma afronta direta a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, que determinou a liberdade do Raul com o arquivamento da ação de extradição”, disse o advogado de Schmidt, Antonio Carlos de Almeida Castro.
Placas padrão MERCOSUL até 1º de dezembro
O coordenador geral de Informatização e Estatística do Departamento Nacional de Trânsito – Denatran, João Eduardo Melo, esteve, hoje, na sede do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco – DETRAN-PE, quando informou que o Conselho Nacional de Trânsito – Contran, deu um prazo de até 1º de dezembro para os Detrans implantarem as placas Padrão Mercosul, que, segundo ele, Pernambuco pode sair na frente, em virtude do Estado já estar preparado, desde o ano passado, para produzir as novas placas.
“Elas são positivas porque dão mais seguranças contra clonagens e, também, um controle maior na produção”, destacou João Eduardo. Ainda de acordo com ele, a segurança se dá porque os fabricantes precisam ser credenciados pelo Denatran e terão um chip fornecido pela Casa da Moeda do Brasil e vai interligar os Detrans ao sistema de dados do Denatran, que é responsável por liberar a nova combinação alfanumérica das placas. Atualmente, a placa de um veículo tem três letras e quatro números. As novas placas terão três letras, um número, depois mais uma letra e mais dois números. Essa é apenas uma das mudanças previstas pelo projeto, que inclui ainda troca de cor, colocação de faixa holográfica, chip de segurança, emblema do Mercosul, entre outras.
Já o diretor presidente do Detran, Charles Ribeiro, falou sobre o valor da nova placa a ser praticado em Pernambuco. Ele explicou que o valor irá diminuir em relação ao da atual. “Com o novo sistema, já que não tem mais a tarjeta e a questão da película reflexiva, a placa vai custar, no máximo, no mercado, cerca de R$ 70,00. Hoje, o valor da placa atual chega a R$ 140,00. A população não precisa se preocupar. Primeiramente, o processo ocorrerá nos veículos zero”.
De acordo com o Contran, as novas placas devem ter fundo branco com margem superior azul, contendo no lado esquerdo o logotipo do Mercosul e do lado direito a bandeira do Brasil. Ela contará com sete caracteres alfanuméricos, controlados e fornecidos pelo Departamento Nacional de Trânsito – Denatran, com o último caractere obrigatoriamente numeral.
Também há a exigência de que as placas tenham QR Code, que contenham números de série e acesso às informações do banco de dados do fabricante da placa. O objetivo da implantação de QR Code é o controle da produção, logística, estampagem e instalação das placas, além da verificação de autenticidade.
Em Pernambuco, mais de 120 fábricas de placas já estão autorizadas a produzir seguindo o novo padrão. Segundo João Eduardo Melo, coordenador geral de informatização e estatística do Denatran, a nova placa vai reforçar o controle sobre os fabricantes.
Empate não preocupa Tite, que vê Brasil superior contra a Inglaterra
O primeiro teste da Seleção contra uma equipe europeia não veio com um resultado positivo, mas Tite saiu satisfeito. Após o empate por 0 a 0 com a Inglaterra nesta terça-feira, em Londres, o treinador do Brasil disse que viu a equipe brasileira superior diante dos ingleses no amistoso. Mesmo que, apenas pela terceira vez em 17 jogos sob seu comando, não tenha conseguido balançar as redes.
– A respeito do jogo, duas escolas e propostas diferentes. Uma de pressão alta, tentando buscar o jogo articulado, e outra da compactação e bola de velocidade. Vem me ataca, e vou fazer o contra (ataque), se tu errar, vou fazer o gol. Foi o desenho do jogo nessas compactações. Nisso e nessas características as oportunidades são diminuídas, e as grandes, mesmo em situação menor, foram nossas. Não me lembro, foram muito poucas oportunidades de perigo da Inglaterra – disse.
Confira mais trechos da coletiva de Tite
Melhor em campo em Wembley
Se uma equipe que tivesse que vencer o jogo seria o Brasil, porque tivemos melhores oportunidades. O número de oportunidades foi pequeno, mas foi a característica do jogo. Precisamos de concentração, quando você começa a se expor acaba dando oportunidade para tudo o que a Inglaterra quer no contra-ataque. Tem esse aspecto mental. Eu crio, mas o adversário terá de sofre muito para criar. No movimento tático jogamos contra uma linha de cinco, mas no segundo tempo de correção nossos espaços de infiltração foram maiores. Exemplo, a bola do Paulinho que o Hart fez a defesa. Esse jogo também nos mostrou aspectos importantes de aprendizado.
Amistosos contra Japão e Inglaterra
Se você ver as características dos dois jogos, são duas escolas diferentes. Inglaterra é equipe de presença física. O Japão é mais móvel, mais rápido. A Inglaterra trouxe uma marcação de pressão média e baixa, apostando no nosso erro. Mentalmente é muito forte, tem a capacidade de marcar e tirar os espaços dos adversários. O latino é um pouco inquieto, quer fazer as coisas logo. Mas é trabalhar a bola pelo lado, esperar o espaço. Duas escolas diferentes, duas situações diferentes.
Grau de dificuldade nos amistosos
Grau de dificuldade alto, escolas diferentes, propostas diferentes. Temos que trabalhar em cima dessas circunstâncias. Não acredito que no Mundial a Inglaterra vai jogar assim, (hoje) uma equipe procurando agredir, a outra querendo aproveitar o contra-ataque. Por isso que falei, menos oportunidades e mais efetividade. Tem que ser mais contundente.
Desempenho do Brasil
Uma equipe com solidez, criatividade e efetividade. Exceção hoje, porque em termos ofensivos não criamos muito. Aí é mérito para a Inglaterra, que conseguiu em termos defensivos segurar. Se eles dificultam para produzirmos, também sofrem para conseguir oportunidades.
Aprendizado contra a Inglaterra
Primeiro um aprendizado tático, como montar (a Seleção) contra uma linha de cinco atrás. Para que os espaços de infiltração aconteçam. Vamos encontrar situações importantes dentro da própria equipe. Se eu tivesse Coutinho em situação normal técnica e física, poderia ter colocado ele por dentro. E com isso acaba criando situações importantes. Quem vê um 5-3-2 como fez a Inglaterra, a equipe tem que finalizar mais de média distância. Porque na linha de cinco um tem que sair para pressionar. E quando ele sair, vai te dar espaço.
Lista para a Copa e Paulinho contra a Inglaterra
A lista, digamos assim nestas anotações, vai agregando tudo o que aconteceu. Nos treinamentos, no dia a dia e nos clubes. A percepção esteve muito mais ligada com a solidez da defesa da Inglaterra. Em relação ao Paulinho, ele não é surpresa, é rotina (aparecer no ataque). Ele entra em todas, essa é sua função na Seleção. Se quiser um jogador para ficar atrás da linha da bola, não é o Paulinho. Vai tirar sua principal característica.
Até julho de 2017, Brasil teve mais pedidos de refúgio do que em todo o ano passado
Entre janeiro e julho de 2017, o Comitê Nacional de Refugiados (Conare) recebeu 15.547 pedidos de refúgio de estrangeiros. O número já é 51% maior que o total de 10.308 solicitações recebidas em todo o ano de 2016.
Os dados do Conare, órgão submetido ao Ministério da Justiça, foram obtidos com exclusividade pela GloboNews por meio da Lei de Acesso à Informação.
As nacionalidades dos solicitantes de refúgio também aumentaram, de 96 em 2016 para 116 até julho de 2017. O número indica a formação de novos movimentos migratórios em direção ao Brasil.
A Venezuela está no topo do ranking, com 6.823 solicitações de refúgio nos primeiros sete meses do ano – aumento de 102% se comparado aos 3.375 pedidos registrados em 2016. Em seguida aparece Cuba, Angola, e Senegal.
A Síria teve uma redução significativa de solicitações e saiu da 5ª posição para a 7ª, com 391 registros. Já o Senegal subiu da 10ª para a 4ª posição, com 823 pedidos.
Considerando-se apenas os pedidos de refúgio de estrangeiros de nacionalidades africanas, entre 2016 (ano inteiro) e de janeiro a julho de 2017, houve um aumento de 33% das solicitações de permanência no Brasil – o número subiu de 3.184 para 4.281 pedidos.
Fonte: Portal G1
A corrupção fardada
Entre maio de 2009 e março de 2010, a conta-corrente do coronel do Exército Odilson Riquelme, no Banco do Brasil, recebeu dois cheques no valor total de R$ 37.373. Os depósitos se repetiram nos meses seguintes. Os cheques foram emitidos pela empresa Sequipe, prestadora de serviços de quimioterapia ao Hospital Militar de Área de Recife (HMAR), onde Riquelme cuidava dos contratos. Os valores equivaliam a 10% dos pagamentos feitos à Sequipe pelos contratos com o hospital. Os investigadores do Ministério Público Militar (MPM) descobriram o esquema após denúncia de um ex-funcionário. Confirmou-se que o dinheiro – R$ 205 mil no total – havia sido pedido à empresa pelo então diretor do HMAR, coronel Francisco Monteiro. Ele alegou que seriam “doações” para o hospital. Mas cheques obtidos pelos investigadores mostraram que o dinheiro acabou em contas-correntes dos militares e de pessoas ligadas a eles, não no caixa do hospital.
O caso do coronel Riquelme está longe de ser uma exceção nas Forças Armadas Brasileiras. Embora persista o mito de que os militares são mais honestos do que os civis no trato com a coisa pública, não há evidência empírica disso. Tanto militares quanto civis desviam recursos públicos, fraudam licitações, pedem e recebem propina. Não há estudos que indiquem qualquer distinção entre a escala de corrupção nos mundos civil e militar. Pelas teorias mais recentes na literatura sobre corrupção, duas coisas, em especial, tendem a aumentar as chances de tunga aos cofres públicos: oportunidades para roubar e a percepção de que não haverá punição. Ambas existem, no Brasil, entre militares e civis. Estes não são especialmente desonestos. Aqueles não são especialmente probos. 255 processos em andamento pelo crime de peculato entre 2012 e 2017.
Registros da Procuradoria-Geral de Justiça Militar, obtidos com exclusividade por ÉPOCA, expõem os abusos com dinheiro público nas Forças Armadas. São 255 processos pelo crime de peculato (desvio de dinheiro público em proveito próprio) e 60 por corrupção ativa ou passiva – todos abertos nos últimos cinco anos. Sim, também há corrupção no Exército, na Marinha e na Aeronáutica. O material foi remetido ao Tribunal de Contas da União (TCU); investigadores da Corte estão destrinchando irregularidades encontradas nas três Forças, com prejuízos milionários aos cofres públicos. Os casos restringem-se a danos ao Erário superiores a R$ 100 mil. ÉPOCA teve acesso à documentação do processo sigiloso do TCU e traça nesta reportagem um panorama de casos detalhados envolvendo militares.
O valor estimado de prejuízo aos cofres públicos nesses principais casos é de R$ 30 milhões, mas, a depender do avançar das investigações, pode se revelar maior. O levantamento não inclui processos contra militares ajuizados na Justiça comum – os casos da Justiça Militar são de crimes que provocam prejuízo apenas às Forças Armadas. Num país acostumado a flagrantes de malas de dinheiro rodando com políticos e desvios na casa de bilhões na Petrobras, parece mixaria. Esses R$ 30 milhões são pouco mais que a metade da fortuna encontrada no apartamento associado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, apenas um entre mais de uma centena de investigados pela Operação Lava Jato. São valores bem mais modestos ainda que os registrados no sistema de propina da Odebrecht, como os R$ 300 milhões que a empresa afirma ter destinado ao PT para ajudar os planos do ex-presidente Lula. Mas é uma questão de escala.
Os militares administram um orçamento anual de R$ 86 bilhões, quase tudo atrelado a salários e pensões; apenas R$ 7 bilhões são gastos ou investimentos e estão, portanto, sujeitos a desvios como esses investigados. Militares não têm acesso aos maiores cofres do governo federal, não fazem campanha eleitoral e não têm conexões no Congresso para aprovar leis. Ou seja, têm menos oportunidades de fazer negociatas.
Embora os casos não apontem um cenário de corrupção institucionalizada e generalizada, os processos trincam o argumento recentemente vociferado por apoiadores de uma estapafúrdia intervenção militar como solução para a crise atual, como defendido recentemente pelo general do Exército Antonio Hamilton Martins Mourão. Confortável, usando um uniforme repleto de medalhas no peito diante de uma plateia dócil em uma loja maçônica de Brasília, em 15 de setembro o general acenou com a possibilidade de intervenção militar para extirpar os corruptos da vida pública.
“Ou as instituições solucionam o problema político, ou pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos de impor isso”, disse Mourão. Seu discurso foi defendido pelo deputado federal, ex-militar e presidenciável Jair Bolsonaro, do PSC do Rio de Janeiro. O deputado Cabo Daciolo, do Avante-RJ, gravou um vídeo afirmando viver uma “falsa democracia”. “Não estamos pedindo uma ditadura militar, estamos falando de um governo provisório: tira os corruptos, os bandidos.”
Ouvidas as palavras do general Mourão na maçonaria e de seus apoiadores, soa irônico que até a Lava Jato tenha pilhado militares em casos de corrupção. O vice-almirante da Marinha Othon Pinheiro da Silva, que comandou a estatal Eletronuclear, foi condenado a 43 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa nas obras da usina nuclear de Angra 3, acusado de receber R$ 4,5 milhões de propina. Sua defesa diz que os pagamentos eram por uma consultoria feita às empreiteiras antes de assumir a Eletronuclear.
Segundo o TCU, existem indícios de que as Forças Armadas não tomam as providências necessárias para recompor o prejuízo aos cofres públicos causados pela corrupção em suas fileiras. “Foi constatado que havia casos em que o Exército deveria ter instaurado a tomada de contas especial para apurar os fatos, e não o fez”, afirma o tribunal. Em março deste ano, o TCU abriu um processo para apurar “possíveis irregularidades relacionadas com a não instauração de tomadas de contas especiais para apurar dano ao Erário” e deu prazo de 180 dias para que o Comando do Exército apure o prejuízo causado pelos problemas na gestão do Hospital Militar de Área de Recife e em possíveis irregularidades em obras do Instituto Militar de Engenharia.
Isto Posto…Eu penso assim…
EDITORIAL – “‘O cara’, nas palavras de Barack Obama, dissociou-se definitivamente do menino retirante para navegar no terreno pantanoso do sucesso sem crítica, do “tudo pode”, do poder sem limites, onde a corrupção, os desvios, as disfunções que se acumulam são apenas detalhes, notas de rodapé no cenário entorpecido dos petrodólares que pagarão a tudo e a todos”
Trecho da carta de Antonio Palocci
Por: Adão Lima de Souza
Mercado financeiro baixa estimativa de inflação
Os analistas do mercado financeiro reduziram de novo a estimativa para a inflação de 2017 e também do próximo ano.
As previsões foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas hoje por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas.
De acordo com o levantamento do BC, a inflação deste ano deve ficar em 3,08%, na mediana. No relatório anterior, feito com base nas previsões coletadas pelo Banco Central na semana retrasada, os economistas estimavam que a inflação ficaria em 3,14%. Foi a quarta redução seguida do indicador.
A nova previsão mantém a inflação abaixo da meta central para o ano, que é de 4,5%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. À época, o país ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa.
Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação recuou de 4,15% para 4,12% na última semana. Essa foi a terceira redução consecutiva da estimativa para o próximo ano. O índice segue abaixo da meta central (que também é de 4,5%) e do teto de 6% fixado para o período.
PIB e juros
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro manteve sua estimativa de crescimento estável em 0,60% na semana passada.
Para 2018, os economistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de expansão da economia de 2,10% para 2,20%. Foi a segunda alta seguida no indicador.
As estimativas de crescimento começaram a subir com mais intensidade após a divulgação do resultado do PIB do segundo trimestre deste ano – que avançou 0,2% contra os três primeiros meses deste ano.
O mercado financeiro também manteve sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 7% ao ano para o fechamento de 2017. Atualmente, a taxa está em 8,25% ao ano.
Ou seja, os analistas continuaram estimando uma redução dos juros neste ano. Se o patamar previsto de 7% ao ano for atingido no fim de 2017, esse será o menor nível já registrado (até então a menor taxa era de 7,25% ao ano).
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic recuou de 7,25% para 7% ao ano. Com isso, eles passaram a prever que os juros ficarão estáveis no ano que vem.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 permaneceu em R$ 3,20. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana recuou de R$ 3,35 para R$ 3,30.
A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2017, caiu de US$ 61,5 bilhões para US$ 61,4 bilhões de resultado positivo.
Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit cresceu de US$ 49 bilhões para US$ 49,7 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 75 bilhões.
‘EXÉRCITO NÃO TEM FORÇA POLÍTICA PARA GOLPE’, AFIRMA SERRA EM LISBOA
O senador José Serra (PSDB-SP) disse nesta quinta-feira, 31, em Lisboa que uma intervenção militar no Brasil só não acontece atualmente porque o Exército não tem mais a força política do passado. Segundo a BBC Brasil, o tucano disse considerar a crise pela qual o País passa mais grave do que a que levou ao golpe de Estado em 1964.
“A situação à época do golpe de 1964 era menos complexa do que a atual (…) Se o Exército brasileiro ainda tivesse a força que tinha naquele momento, não tenha dúvida de que já teria tido uma militarização no país”, disse Serra, ao participar do 4º Seminário Luso-Brasileiro de Direito, na capital portuguesa, organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.
Segundo o senador, o Exército brasileiro há muitos anos não tem força política no País. “A principal diferença entre o cenário atual e o daquela época é que não temos mais um Exército que se apresente como uma força política nos últimos 30 anos. O setor militar esteve ausente e, se Deus quiser, vai continuar ausente da política brasileira”, afirmou.
Serra disse ainda que a troca de poder vai fazer bem à economia brasileira. “Vai haver um clima econômico a curto prazo mais favorável, pelas mudanças das expectativas. Mas esse novo governo vai ter de oferecer uma perspectiva também de médio e longo prazos.”