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BRASIL: O cinismo sectarista dos PTralhas e dos Bolsonaros!

E então Plebe Rude da Nau-Brasil desgovernada, nação futurista, trazida pelas caravelas d’além-mar, este que vos fala é PONCIANO RATEL, alçado a patente de Desabestalhador Geral da República, em revide ao grassamento das contingências morais nestas paragens tupiniquins.

No proselitismo iconoclasta de hoje, a polarização PT versus Bolsonaro nas eleições de outubro e o seguimento da roubalheira do dinheiro do povo pela mesma súcia de sacripantas antes encravada na pele apodrentada do governo, como chatos nas partes pudendas.

O que nos dão conta os noticiamentos hodiernos é que Bolsonaros e Petistas travarão a mais sanguinolenta das disputas eleitorais que o Brasil já teve, caso a polarização entre eles se confirme no segundo turno das eleições, uma vez que ambos estão sequiosos para ajuntar sua própria tuia de ratoneiro nos recônditos do Palácio dos Marajás da Governança.

E, segundo os tabloides mais versados no entretimento e na venda de leituras de fácil degustação, há um ajuntamento de pessoas de diversos partidos e outros partidos diversos dispostos a financiar a campanha odienta do segundo turno, acirrando os ânimos para que brasileiros se lancem contra brasileiros, numa virulência nunca dantes vistas, enquanto os arquitetos da iniquidade, os intocáveis senhores da ‘respública’ se empapuçam no derrame de dinheiro surrupiado, ao tempo em que tripudiam dos incautos eleitores, cidadãos de bem que se presumem vítimas, porém agem como verdadeiros cúmplices, uma vez que as intenções de votos denunciam que toda sorte de picareta terá mais uma segunda chance.

Informam ainda os libelos mais benquistos pelos letrados, conforme os inteiramentos acusatórios da grande mídia falada e escrevinhada, que quem quer que saia vencedor, Bolsonaros ou Lula-Haddad, havemos de ter mais quatro anos de muita instabilidade política, pois desde já o resultado eleitoral está sendo questionado, podendo o Brasil mergulhar de novo numa medonha ditadura militar seja estimulada pela estupidez de Bolsonaro, seja ocasionada pela fragilidade política de Haddad e sua prévia disposição de transformar os aposentos do Lula em Curitiba em sala de Estado-Maior e a partir dela governar o país, coisa vista como normal nesta Pindorama pelas organizações criminosas e os partidos políticos de índole duvidosa.

Por fim, alardeiam os ditos pasquins, que a intenção do intendente Haddad de dar ao morubixaba-mor um induto será insuficiente, pois para se livrar de toda encrenca que arranjou o velho Lula, pelos crimes ainda pendentes, precisaria de no mínimo um salvo-conduto. E quanto ao plano do capataz Bolsonaro de governar o Brasil, este teria sido descartado quando ele ingenuamente escolheu como vice uma patente mais alta que sua, porque não sendo o cargo de vice subordinado ao de presidente, um general não teria a mínima disposição de obedecer às ordens de um reles capitão, a quem pode tratar do alto da hierarquia com o merecido menosprezo.

Por ora é aguardar para ver a quantas anda a patifaria de nosso eleitor, cuja diligência sempre foi descuidar de qualquer possível conduta ilibada pública, capaz de motejar a sacanagem privada, grassante desde os tempos de Pedrálvares.

E atentai para esta sapiência: O perigo que corre o pau; corre o machado! E mais: dentre os políticos não há trigo, dentre nós eleitores não há machado!

Saudações a quem tem coragem!

Por: PONCIANO RATEL.

Delegado diz que agressor de Bolsonaro agiu sozinho

O delegado Rodrigo Morais que comanda as investigações sobre o atentado sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, em entrevista à TV Globo, que todas as informações e dados colhidos até o momento sustentam que o agressor Adélio Bispo de Oliveira não teve ajuda para executar o crime.

O candidato do PSL à Presidência da República levou uma facada no início do mês, quando fazia campanha em Juiz de Fora (MG).

“Em relação à execução do crime propriamente dito, na data do atentado, o indiciado que agora se encontra preso, nós estamos convictos que ele não contou com a colaboração de ninguém”, disse o delegado Rodrigo Morais à TV Globo.

“Nós analisamos diversas imagens, outros dados, elementos colhidos que refutam a participação de terceiros na execução do atentado em si ali, seja tentando em meio à multidão dar acesso a ele, facilitar o acesso a ele ao candidato. Seja antes mesmo do evento ali, em Juiz de Fora, tentando convencê-lo ou incentivando a praticar o crime”, afirmou.

Segundo a Polícia Federal (PF), três dias antes do ataque, Adélio viu um cartaz anunciando que Bolsonaro faria campanha em Juiz de Fora e começou a acompanhar com atenção o noticiário sobre o candidato.

Pesquisa Ibope: Lula, 37%; Bolsonaro, 18%; Marina, 6%; Ciro, 5%; Alckmin, 5%

BRASIL – Pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (20) apurou os percentuais de intenção de voto para presidente da República em dois cenários com candidatos diferentes do PT – o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro cenário e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad no segundo.

Cenário com Lula

No cenário que inclui como candidato do PT o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pesquisa apresentou o seguinte resultado:

  • Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 37%
  • Jair Bolsonaro (PSL): 18%
  • Marina Silva (Rede): 6%
  • Ciro Gomes (PDT): 5%
  • Geraldo Alckmin (PSDB): 5%
  • Alvaro Dias (Podemos): 3%
  • Eymael (DC): 1%
  • Guilherme Boulos (PSOL): 1%
  • Henrique Meirelles (MDB): 1%
  • João Amoêdo (Novo): 1%
  • Cabo Daciolo (Patriota): 0
  • Vera (PSTU): 0
  • João Goulart Filho (PPL): 0
  • Branco/nulos: 16%
  • Não sabe/não respondeu: 6%

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S.Paulo”. É o primeiro levantamento do Ibope realizado depois da oficialização das candidaturas na Justiça Eleitoral.

Cenário com Haddad

Lula está preso em Curitiba, condenado em segunda instância no caso do triplex no Guarujá. Pela Lei da Ficha Limpa, ele está inelegível.

Por essa razão, a Procuradoria Geral da República impugnou (questionou) a candidatura.

O caso está sendo analisado pelo ministro Luís Roberto Barroso e será decidido pelo TSE depois de ouvir a defesa de Lula, a favor do registro da candidatura.

Em razão desse quadro jurídico, o Ibope pesquisou outro cenário, com o atual candidato a vice na chapa de Lula, Fernando Haddad.

Nesse cenário, o resultado seria:

  • Jair Bolsonaro (PSL): 20%
  • Marina Silva (Rede): 12%
  • Ciro Gomes (PDT): 9%
  • Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
  • Fernando Haddad (PT): 4%
  • Alvaro Dias (Podemos): 3%
  • Eymael (DC): 1%
  • Guilherme Boulos (PSOL): 1%
  • Henrique Meirelles (MDB): 1%
  • João Amoêdo (Novo): 1%
  • Cabo Daciolo (Patriota): 1%
  • Vera (PSTU): 1%
  • João Goulart Filho (PPL): 1%
  • Branco/nulos: 29%
  • Não sabe/não respondeu: 9%
 Sobre a pesquisa
  • Margem de erro: dois pontos percentuais para mais ou para menos
  • Quem foi ouvido: 2002 eleitores em 142 municípios
  • Quando a pesquisa foi feita: de 17 a 19 de agosto
  • Registro no TSE: protocolo nº BR‐01665/2018
  • nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro;
  • 0% significa que o candidato não atingiu 1%; traço significa que o candidato não foi citado por nenhum entrevistado.

2018 Pesquisa pode jogar establishment nos braços de Marina

A primeira contatação da pesquisa CNI/Ibope que acaba de sair do forno é a de que o ex-presidente Lula, com 33% – mais do que o dobro do segundo candidato, Jair Bolsonaro (15%)- continua dando um nó no quadro, que pelo jeito vai ficar quase congelado até um definição sobre sua candidatura, em agosto.

Juntando esse resultado ao de outros levantamentos, como o mais recente DataFolha, por exemplo, é possível detectar alguns movimentos sutis, quem sabe tendências futuras. A ver:

1. Marina Silva é resiliente. Praticamente desaparecida do debate, com pouca exposição na mídia e nas redes e, sobretudo, com uma articulação anêmica na busca de alianças, ela empata tecnicamente com Bolsonaro no cenário sem Lula: 17% x 13%. Isso não é pouca coisa, e mostra que a ex-seringueira é, aos olhos do público, uma das principais herdeiras do voto do ex-presidente – queira ele ou não. Talvez pelo fato de, por sua biografia e história pessoal, seja a única a falar de verdade com os pobres, além de Lula.

2. Isso não quer dizer que ela terá esses votos na urna em outubro, pois não se sabem ainda os efeitos de um apoio declarado de Lula a outro candidato, muito provavelmente um petista ou, mais remotamente, Ciro Gomes. Marina não será.

3. Outra tendência confirmada pelo levantamento é a dificuldade dos candidatos da centro direita decolarem. Geraldo Alckmin continua com os 6% de sempre no quadro sem Lula, e os nanocandidatos desse campo também não ultrapassam o teto dos 1%: Henrique Meirelles, Flávio Rocha, Rodrigo Maia, etc.

4. À esquerda, Guilherme Boulos e Manuela D’Avila padecem do mesmo problema: 1%.

5. Ciro Gomes aparece com 8% no cenário sem Lula. Isso pode ser bom e mau. Bom, porque está à frente de Alckmin e é o candidato da centro-esquerda mais viável. Mau porque esperava-se mais, dada a sua movimentação em busca de alianças à direita e à esquerda e à constante ocupação de espaços a mídia. É possível, porém, que os resultados desse esforço estejam pesando negativamente. Não conseguiu ainda uma aliança forte e tem falado demais. É possível que esse estacionamento nas pesquisas continue a dificultar alianças sólidas.

Resumo da Ópera: o quadro continua à espera de Lula, menos para saber se ele será candidato do que para ver quem ele apoiará. Mas quem entende do riscado acha que, até lá, as forças do establishment, que não  irão de Lula nem de Bolsonaro, vão começar a se aproximar mais de Marina.

Por: Helena Chagas – Blog Os Divergentes

Presidenciáveis ocultam gastos com pré-campanhas

Combinadas, as mudanças no calendário eleitoral e nas regras de financiamento de campanhas transformaram a disputa presidencial em 2018. O encurtamento (de 90 para 45 dias) do período quando a propaganda na ruas e na TV é permitida fez alargar no tempo e aumentar a importância da chamada pré-campanha — uma época de “vale-tudo eleitoral”, em que os pré-candidatos não precisam prestar contas à Justiça Eleitoral.

Desde 7 de abril, os presidenciáveis vêm protagonizando uma disputa de instabilidade política e de falta de transparência nos gastos. Nenhum dos quatro mais bem colocados nas pesquisas nos cenários sem o ex-presidente Lula — Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) — soube ou quis informar quanto já gastou ou quanto estima gastar até 16 de agosto, quando passa a ser obrigatória a prestação de contas à Justiça. Por ora, garantem usar recursos dos partidos, sem dizer quanto já receberam em doações ou convites privados para suas atividades de pré-candidatos.

Fonte: O Globo

Quem são os presidenciáveis mais rejeitados pelos brasileiros, segundo o Barômetro Político, de Ipsos/Estadão

PolíticosA disputa de maior rejeição será um espetáculo à parte nas eleições presidenciais de 2018. Sete dos nove presidenciáveis têm indíce de reprovação maior que 50%, segundo a pesquisa Barômetro Político, realizada pelo Instituto Ipsos e pelo jornal O Estado de São Paulo e divulgada nesta quinta-feira (23).

Pré-candidato pelo PSD, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem 70% de rejeição. Logo atrás dele, está o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com 67% de reprovação.

Em terceiro lugar, estão empatados o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-governador Ciro Gomes (PDT), com 63% de rejeição. Atrás dos quatro, o ranking segue com Jair Bolsonaro (PSC), que tem 60%, Marina Silva (Rede) e Lula (PT), ambos com 56%.

Dos nomes cogitados para a Presidência da República, apenas Joaquim Barbosa e Luciano Huck têm rejeição menor que a metade dos brasileiros: respectivamente 41% e 32%.

A pesquisa do Instituto não mede intenção de votos. Ela lança nomes do universo político e pede aos entrevistados que avaliam se aprovam ou desaprovam sua atuação no País. Também não está restrita a presidenciáveis. A pesquisa avaliou nomes de políticos e juristas, e os recordistas de reprovação são o presidente Michel Temer, com 95%, e o senador Aécio Neves, com 93%.

No próximo dia 9, o PSDB decidirá em convenção quem deve ser o candidato do partido à Presidência. A maior probabilidade é que Alckmin seja o presidenciável e Doria seja lançado para concorrer ao governo de São Paulo.

Aprovação

Dois “outsiders” políticos estão no top 3 dos candidatos mais aprovados pela população. O apresentador da Globo, Luciano Huck, encabeça o topo da lista com 60%, seguido pelo ex-presidente Lula com 43%, e pelo ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, com 42%.

Huck também teve o maior crescimento de aprovação: ele subiu 16 pontos percentuais desde junho de 2017, quando seu nome entrou para a lista de avaliação do instituto.

Huck e Barbosa não se decidiram ainda sobre suas candidaturas, mas foram convidados para ser a cara do PPS e do PSB, respectivamente, em 2018. O primeiro prometeu resolver sua candidatura até dezembro. O segundo, até janeiro. Os dois se encontraram no início do mês para debater candidaturas e uma possível união para o próximo pleito.

Mesmo com a condenação a nove anos e seis meses pelo caso do Tríplex do Guarujá, Lula conseguiu diminuir um ponto percentual de rejeição e aumentar em oito pontos sua aprovação desde 2015.

Quais os rumos do país?

FHCA crer nas pesquisas de opinião, os políticos mais cotados para vencer as eleições em 2018 mais se parecem a um repeteco do que inovação

Quando ainda estava na Presidência, eu dizia que o Brasil precisava ter rumos e tratava de apontá-los. Nesta quadra tormentosa do mundo, cheia de dificuldades internas, sente-se a falta que faz ver os rumos que tomaremos.

Com o fim da Guerra Fria, simbolizado pela queda do Muro de Berlim em 1989, se tornou visível o predomínio dos Estados Unidos. Desde antes do final da Guerra Fria, por paradoxal que pareça, em pleno governo Nixon — do qual Henry Kissinger era o grande estrategista — começou uma aproximação do mundo ocidental com a China. Com a morte de Mao Tse Tung e a ascensão de Deng Xiaoping, os chineses puseram-se a introduzir reformas econômicas. Iniciaram assim, ao final dos anos 1970, um período de extraordinário crescimento.

A partir da virada do século passado, o peso cada vez maior da China na economia global tornou-se evidente. No plano geopolítico, porém, os chineses buscaram deliberadamente uma ascensão pacífica, escapando à “armadilha de Tucídides” (a de que haverá guerra sempre que uma nova potência tentar deslocar a dominante).

Enquanto a China não mostrava todo seu potencial econômico e político, tinha-se a impressão de que o mundo havia encontrado um equilíbrio duradouro, sob a Pax Americana.

A Europa se integrava, os Estados Unidos e boa parte da América Latina se beneficiavam do comércio com a China, e a África, aos poucos, passava a consolidar a formação de seus estados nacionais.  As antigas superpotências, Alemanha e Japão, desde o fim da Segunda Guerra Mundial haviam adotado a “visão democrático-ocidental”.

No início do século XXI, apenas a antiga União Soviética, transmutada em República Russa, ainda era objeto de receios militares por parte das alianças entre os países que formaram a OTAN. Como ponto de inquietação restava o mundo árabe-muçulmano.

Na atualidade, o quadro internacional é bem diferente. Com a “diplomacia” adotada por Trump, a Coreia do Norte desenvolvendo armas atômicas, as novas ambições da Rússia, as tensões nos mares de China e o terrorismo, há temores sobre o que virá pela frente.

Os japoneses veem mísseis atômicos coreanos passar sobre suas cabeças, os chineses se fazem de adormecidos, o Reino Unido sai da União Europeia, os russos abocanham a Crimeia e os americanos vão esquecendo o

Acordo Transpacífico (TPP ou Trans-Pacific Partnership Agreement), abrindo espaço à expansão da influência dos chineses na Ásia e deixando perplexos os sul-americanos que faziam apostas no TPP. Também perplexos estão os mexicanos, ameaçados pela dissolução do Nafta, outro dos alvos de Trump.

A inquietação americana pode aumentar pelas consequências da política chinesa de construir uma nova rota da seda, ligando a China à Europa através da Ásia e do Oriente Médio, bem como pela aproximação entre Pequim e Moscou.

É neste quadro oscilante que o Brasil precisa definir seus rumos. Toda vez que existem fraturas entre os grandes do mundo se abrem brechas para as “potências emergentes”.

Há oportunidades para exercermos um papel político e há caminhos econômicos que se abrem. Não estamos atados a alianças automáticas e, a despeito de nossas crises políticas, erros e dificuldades, estamos em um patamar econômico mais elevado do que no tempo da Guerra Fria: criamos uma agricultura moderna, somos o país mais industrializado da América Latina e avançamos nos setores modernos de serviços, especialmente nos de comunicação e nos financeiros. Podemos pesar no mundo sem arrogância, reforçando as relações políticas e econômicas com nossos vizinhos e demais parceiros latino-americanos.

Entretanto, nossas desigualdades gritantes são como pés de chumbo para a formação de uma sociedade decente, condição para o exercício de qualquer liderança. As carências na oferta de emprego, saúde, educação, moradia e segurança pública ainda são obstáculos a superar.

Pelo que já fizemos, pelo muito que falta fazer e pelas oportunidades que existem, há certa angústia nas pessoas. A confusão política, o descrédito de lideranças e partidos se expressa na falta de rumos.

A opinião pública apoia os esforços de moralização simbolizados pela Lava-Jato, mas quer mais. Quer soluções para as questões sociais básicas, e também para os desafios da política, que precisam ser superados, caso contrário, o crescimento da economia continuará baixo e a situação social se tornará insustentável.

O Congresso, por fim, aprovou uma “lei de barreira” e o fim das coligações nas eleições proporcionais. Foram passos tímidos, na forma como aprovados, mas importantes para o futuro, pois levarão à redução do número de partidos, com o que se poderá obter maior governabilidade e talvez menos corrupção.

Entretanto, quem são os líderes com a lanterna na proa e não na popa?

A crer nas pesquisas de opinião, os políticos mais cotados para vencer as eleições em 2018 mais se parecem a um repeteco do que inovação, embora haja entre alguns que estão na rabeira das pesquisas quem possa ter posições mais condizentes com o momento. E boas novidades podem emergir.

Alguns dos que estão à frente ainda insistem em suas glórias passadas para que nos esqueçamos de seus tormentos recentes, e pouco dizem sobre como farão para alcançar no futuro os objetivos que eventualmente venham a propor.

Se não organizarmos rapidamente um polo democrático (contra a direita política que mostra suas garras), que não insista em “utopias regressivas” (como faz boa parte das esquerdas), que entenda que o mundo contemporâneo tem base técnico-científica em crescimento exponencial e exige, portanto, educação de qualidade, que seja popular e não populista, que fale de forma simples e direta dos assuntos da vida cotidiana das pessoas, corremos o risco de ver no poder quem dele não sabe fazer uso ou o faz para proveito próprio. E nos arriscamos a perder as oportunidades que a História nos está abrindo para ter rumo definido.

Fonte: O Globo. Por Fernando Henrique Cardoso

Lula tem 22%, Marina 17% e Aécio 14%, diz Datafolha

Lula_marinaNova pesquisa Datafolha sobre intenção de voto indica que o ex-presidente Lula lidera o primeiro turno da disputa para presidente nas eleições de 2018.

Num cenário onde a disputa fica entre Lula, Marina (Rede) e o senador Aécio Neves (PSDB), o petista lidera com 22%, Marina fica em segundo com 17% e o tucano teria 14%.

Nesse caso, Jair Bolsonaro (PSC) teria 7%, Ciro Gomes (PDT) 5%, Michel Temer (PMDB) 5%, Luciana Genro (PSOL) 2% e Ronaldo Caiado (DEM) e Eduardo Jorge (PV) teriam 1% cada um.

De acordo com o Datafolha, o ex-presidente Lula não conseguiria vencer num possível segundo turno a ex-senadora Marina Silva (Rede) ou o ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB).

A pesquisa foi realizada nos dias 14 e 15 de julho e entrevistou 2.792 pessoas em 171 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.

Veja os resultados da pesquisa Datafolha sobre intenção de voto para presidente em 2018:

Presidência 2018

1º Turno
Cenário 1 – com Aécio

Disputam: Lula, Marina, Aécio, Bolsonaro, Ciro
– Lula 22%
– Marina 17%
– Aécio 14%
– Bolsonaro 7%
– Ciro 5%
– Brancos e nulos 18%
– Não opinaram  7%

Cenário 2 – com Alckmin
Disputam: Lula, Marina, Alckmin, Bolsonaro e Ciro
– Lula: 23%
– Marina: 18%
– Alckmin: 8%
– Bolsonaro: 8%
– Ciro: 6%
– Brancos e nulos: 20%
– Não opinaram: 7%

Cenário 3 – com Serra
Disputam: Lula, Marina, Serra, Bolsonaro e Ciro
– Lula: 23%
– Marina: 17%
– Serra: 11%
– Bolsonaro: 7%
– Ciro: 6%
– Brancos e nulos: 19%
– Não opinaram: 7%

Cenário 4: com Aécio, Serra e Alckmin e Sérgio Moro
Disputam: Lula, Marina, Aécio, Serra, Alckmin, Bolsonaro e Ciro
– Lula: 22%
– Marina: 14%
– Aécio: 10%
– Moro: 10%
– Bolsonaro: 5%
– Brancos e nulos: 14%
– Não opinaram: 6%

Rejeição em %
– Lula (PT) 46
– Aécio (PSDB) 29
– Temer (PMDB) 29
– Serra (PSDB) 19
– Jair Bolsonaro (PSC) 19
– Marina (Rede) 17
– Geraldo Alckmin (PSDB) 16
– Ciro (PDT) 13
– Luciana Genro (PSOL) 12
– Eduardo Jorge (PV)  10
– Ronaldo Caiado (DEM) 10
– Sergio Moro (sem partido) 9

2º Turno Marina X Lula
– Marina 44%
– Lula 32%

2º Turno: Serra X Lula
– Serra 40%
– Lula 35%

2º Turno Aécio x Lula
– Aécio 38%
– Lula 36%

2º Turno alckmin X Lula
– Alckmin 38%
– Lula 36%

2º turno: Marina X Aécio
– Marina 46%
– Aécio 28%

2º Turno Marina x Alckmin
– Marina 47%
– Alckmin 27%

2º turno Marina x Serra
– Marina 46%
– Serra 30%

Lula lidera cenários para 2018 e Bolsonaro dispara em segundo

Lula-BolsonaroO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando todos os cenários em que é citado para as eleições de 2018, segundo pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional de Transportes (CNT). Nas três simulações feitas para o primeiro turno, o ex-presidente oscila pouco, entre 32% e 32,7% das intenções de voto. Em segundo lugar, dispara o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que em fevereiro estava entre a terceira e quarta posição e viu seu apoio aumentar de cerca de 11% para mais de 18% nos três cenários.

Antes vice-líder, a ex-senadora Marina Silva (Rede) aparece em terceiro lugar em todos os cenários. A diferença entre as simulações fica por conta do candidato escolhido para representar o PSDB: muito atrás dos correligionários, o senador Aécio Neves (MG) seria a escolha de apenas 3,2% dos eleitores, enquanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito paulistano, João Doria, têm 9,4% e 8,7%. Outro candidato pesquisado, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) fica em quarto no cenário que inclui Aécio e em quinto caso enfrente Alckmin ou Doria, com intenções de voto que vão de 4,6 a 5,3%.

No cenário de pesquisa espontânea, em que não é apresentada uma lista de candidatos ao eleitor, Lula lidera com 20,2% das intenções de voto e Jair Bolsonaro, 10,9%. Citado de forma espontânea pela primeira vez, João Doria vem em terceiro, mas distante dos dois primeiros, com 2,4%. Na sequência, Marina Silva tem 1,5%; Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, 1,2%; o senador Álvaro Dias (Podemos), 1,0%; o presidente Michel Temer (PMDB), 0,4%; e Aécio Neves, 0,3%. Do total, 37% se disseram indecisos, brancos e nulos somam 21,2% e outros são 2,0%. A pesquisa ouviu 2.002 e tem margem de erro de 2,2% para mais ou para menos.

Pesquisa estimulada – 1º turnoCenário 1

Lula (PT) – 32,4%

Jair Bolsonaro (PSC) – 19,8%

Marina Silva (Rede) – 12,1%

Ciro Gomes (PDT) – 5,3%

Aécio Neves (PSDB) – 3,2%

Brancos e Nulos: 21,9%

Indecisos: 5,3%

Cenário 2

Lula (PT) – 32%

Jair Bolsonaro (PSC) – 19,4%

Marina Silva (Rede) – 11,4%

Geraldo Alckmin (PSDB) – 8,7%

Ciro Gomes (PDT) – 4,6%

Brancos e Nulos: 19%

Indecisos: 4,9%

Cenário 3

Lula (PT) – 32,7%

Jair Bolsonaro (PSC) – 18,4%

Marina Silva (Rede) – 12,0%

João Doria (PSDB) – 9,4%

Ciro Gomes (PDT) – 5,2%

Brancos e Nulos: 17,6%

Indecisos: 4,7%

Rejeição

Nas simulações de um enfrentamento em segundo turno, o ex-presidente Lula se daria melhor contra os cinco adversários pesquisados, sendo que Bolsonaro, com 28,5%, é o que chegaria mais perto dele, com 40,5% no cenário. O deputado do PSC superaria todos os nomes do PSDB, mas perderia para Marina Silva, que também se dá melhor contra os tucanos.

Abalado pela delação da JBS, que chegou a afastá-lo do mandato no Senado, Aécio Neves é o nome mais rejeitado entre todos os pesquisados, com 69,5% de pessoas que disseram que não votariam nele de jeito nenhum. Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Marina Silva e Lula também têm rejeição acima de 50%.

Apesar de também terem rejeição alta, ultrapassando 40% do eleitorado pesquisado, João Doria e Jair Bolsonaro são os que menos têm reações negativas entre os pesquisados. O deputado conta com 45,4% de eleitores que não considerariam votar nele, ante 42,9% do prefeito paulistano. De acordo com a análise da CNT, o fato de Doria ter rejeição em patamar semelhante ao de outros possíveis candidatos é um sinal de que ele “passou a ser percebido como um político comum” pelos eleitores.

Bolsonaro é ovacionado no plenário da Alepe

a550c55f55“Nós estamos aqui sobre a mesa com o busto de Joaquim Nabuco, que foi um espirito que lutou muito pela elevação do nosso Estado a condição de república, Pernambuco é a terra de Frei Caneca, Pernambuco é a terra de muitas revoluções e é símbolo do avanço no processo civilizatório do nosso País. Por conta disso, eu quero dizer que o deputado Bolsonaro, Vossa Excelência, como pessoa, é extremamente bem-vindo ao nosso estado. O senhor, a sua família, nosso estado é um estado muito bonito, de uma arquitetura holandesa de invejar, porém, as ideias e a pregação do senhor Jair Bolsonaro, não são bem-vindos ao estado de Pernambuco. Enquanto democrata que sou, enquanto humanista, enquanto libertário, seguirei lutando muito para que o deputado Bolsonaro continue tendo o direito de expor as suas ideias, lamentavelmente, o senhor Bolsonaro prega um tipo de regime político onde as pessoas não têm o direito de expor suas ideias. Lamento que o deputado pregue esse tipo de política. Discordo e combato quem se utiliza da democracia para defender o retrocesso histórico e a apologia ao crime de estupro”.

Após discursar, O deputado estadual Edilson Silva (PSol) saiu do plenário escoltado pela polícia, pois os ânimos se exaltaram na Casa.