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O que aconteceu com time do Parma?
A Società Sportiva Dilettantistica Parma Calcio 1913 (ex-Parma Football Club e Parma Associazione Calcio) é um clube de futebol italiano profissional com sede em Parma.
Protagonista de inúmeras histórias, que constam glórias no futebol italiano, vive um dos piores momentos de sua vencedora existência.
A equipe conquistou ao longo de sua história:
– 1 Recopa Europeia;
– 1 Supercopa Europeia;
– 3 Copas da Itália;
– 1 Super Copa da Itália.
Inúmeros foram os craques e ídolos que vestiram a camisa do Parma Football Club, dentre eles: Gianluigi Buffon, Carlo Ancelotti, Gianfranco Zola, Fabio Cannavaro, Alberto Gilardino, Antonio Cassano, Hernán Crespo, Ariel Ortega, Juan Sebastian Verón, Lilian Thuram, Faustino Asprilla, além dos brasileiros Alex, Junior, Amoroso, Zé Maria e Adriano “Imperador”.
No dia 22 de junho de 2015, o Parma, que terminou a Serie A 2014-15 na última colocação na tabela de classificação, declarou oficialmente a segunda falência de sua história.
Ninguém imaginaria que uma equipe tão tradicional chegaria a ficar sem dinheiro para abrir seu estádio, com empresas de aluguel de ônibus levando os carros de volta, lavanderia fechada por falta de pagamento, os notebooks e máquinas da academia confiscados pela Polícia Federal, dentre outros problemas.
O Parma do início dos anos 1990 era uma força crescente na Itália: bancado pela Parmalat, empresa que também patrocinou o Palmeiras, contratou jogadores importantes, montou um elenco forte e passou a brigar na parte de cima da tabela.
A queda começou quando a Parmalat decretou falência em 2003. Toda a sustentação financeira do Parma caiu. Um ano depois, o clube foi declarado insolvente e teve de mudar de nome. A partir dessa transição, a equipe infelizmente teve que mudar seus planos em suas temporadas, “lutando para não ser rebaixado”.
Giampietro Manenti, presidente dos “Crociati”, declarou falência em março de 2015 e as dívidas totais do clube foram avaliadas em R$ 670 milhões. Dentro desse montante estão os encargos esportivos, que ultrapassam R$ 250 milhões. O clube esperava um investidor para abater a dívida e se livrar do processo de falência que o rebaixaria, mas não teve sucesso.
Messi comenta aposentadoria do ídolo Pablo Aimar: “Obrigado pela magia”
O veterano Pablo Aimar anunciou sua aposentadoria dos gramados nesta quarta-feira, em meio à disputa das semifinais da Copa Libertadores com o River Plate. A notícia causou comoção no futebol argentino, levando até o craque Lionel Messi a se manifestar.
“Se aposenta um gigante, um dos meus ídolos. Pablo Aimar, te desejo o melhor na sua nova etapa. Obrigado por toda a magia que nos deu a oportunidade de desfrutar”, escreveu o argentino em sua página do Facebook.
Ídolo de River Plate, Valencia e Benfica, Aimar sempre teve em Messi um fã ilustre. Desde a infância, o atual camisa 10 do Barcelona via o veterano como exemplo. Posteriormente, os dois chegaram a defender a seleção da Argentina juntos.
A admiração parece ser recíproca. Na última edição da Bola de Ouro, entregue pela Fifa em parceria com a revista France Football, Aimar manifestou seu apoio incondicional a Messi, mesmo que o português Cristiano Ronaldo tenha levado o prêmio. “Para mim, vai ser sempre o melhor”, publicou o ídolo do River.
Seis propostas para limpar a pestilência da FIFA
A FIFA blatterista é o Vaticano do futebol — na época dos Borgia. A FIFA blatterista é um árbitro que vende seus serviços a quem oferecer mais. A FIFA blatterista é uma máfia que, como toda boa máfia, investiu a maior parte de seus lucros para benefício da “família”, mas teve a astúcia de fazer doações de caridade à vizinhança para poder contar com sua lealdade. Os chefões enriqueceram com subornos, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e ofertas que suas vítimas – como os países que querem realizar a Copa do Mundo – não poderiam rechaçar; mas também distribuíram quantidades não desprezíveis de dinheiro para projetos de desenvolvimento em nações pobres.
Então, e mudando mais uma vez de metáfora, como realizar a missão hercúlea de limpar os fétidos estábulos de Zurique? Aqui vão seis propostas.
Primeiro, eliminando a casta: que aqueles que tiveram a felicidade, até agora, de não serem imputados pela justiça norte-americana tenham a dignidade de pedir demissão, especialmente os que são íntimos ou defensores de Sepp Blatter como o primeiro vice-presidente da FIFA, o camaronês Issa Hayatou, e o também vice-presidente Ángel María Villar da Espanha. Seria absurdo confiar que os responsáveis do colossal descontrole saibam – ou queiram – fazer as reformas necessárias para que a FIFA cumpra sua missão explícita de trabalhar “a favor do futebol e do mundo”.
Segundo, transparência nas contas. A FIFA é uma empresa fechada e secreta apesar de que, supostamente, sua razão de ser é servir os interesses das centenas – talvez milhares – de milhões de indivíduos que se relacionam com o futebol quase como se fosse uma religião. Deveria existir um rígido controle, visível para todo mundo, do dinheiro que a FIFA envia pelo mundo para projetos de desenvolvimento com o objetivo de evitar que, no caminho, grandes porcentagens acabem nos bolsos dos presidentes ou vice-presidentes das federações nacionais vinculadas à FIFA. Também deveria ser de conhecimento público os salários e os gastos dos funcionários da FIFA. Não se sabe quanto ganha Blatter, mas segundo as pessoas que trabalharam na FIFA, a cifra está ao redor de dois milhões de dólares por mês; 25 vezes mais que o salário básico do diretor-presidente da Rolls Royce.
Terceiro, se a FIFA é uma ONG, como disse Blatter, que acabe o esbanjamento de gastar duas vezes mais na grotescamente consentida burocracia da entidade do que em projetos internacionais de utilidade social.
Quarto, que exista um limite aos mandatos presidenciais da FIFA para que um indivíduo não possa se eternizar e inevitavelmente, dada a natureza humana, embriagar-se – e corromper-se – com tanto poder.
Quinto, que os votos nas eleições presidenciais deixem de ser secretos, que quando um país como a Espanha vota a favor de alguém – como, por exemplo, em Blatter na farsa eleitoral de sexta-feira passada – os espanhóis saibam no ato quem foi votado.
Sexto, que se realize uma honesta investigação interna paralela à do FBI, mas com o mesmo tenaz empenho, para que se saiba se as manifestas armadilhas na hora de escolher a Alemanha e a África do Sul como sedes da Copa do Mundo em 2006 e 2010 também aconteceram quando o comitê executivo da FIFA deu seus votos para a Rússia e Catar em 2018 e 2022.
O cumprimento dessas seis propostas seria apenas um começo. Há muito mais coisas por fazer antes que a FIFA recupere a credibilidade internacional e se transforme no que deveria ser, fiel representante da ilusão, inocente e infantil, que um enorme setor da humanidade investe na religião secular que é o futebol.
Fonte: Editorial do Jornal EL País de 03/06/2015.
Pela sexta vez nas Copas, dois sul-americanos são semifinalistas
Apesar de partidas apertadas, difíceis, e das críticas sobre suas atuações, Brasil e Argentina conseguiram chegar às semifinais da Copa do Mundo. Pela primeira vez desde 1970, duas seleções sul-americanas estarão entre as quatro primeiras de um Mundial.
Será a sexta vez que isso vai acontecer. Apenas em 1930 e 50 times sul-americanos fizeram a decisão. Em 30, uruguaios venceram os argentinos e em 50, bateram o Brasil. Na atual edição, Brasil e Argentina poderão decidir o troféu caso passem respectivamente por Alemanha e Holanda.
Em 1930, Uruguai e Argentina foram semifinalistas ao lado de Estados Unidos e Iugoslávia; em 1962, no Chile, o time da casa disputou um lugar na final contra o Brasil; em 1970, a Seleção triunfou diante do Uruguai nas semifinais.
Em 1950, Brasil e Uruguai participaram do quadrangular final e em 1978, os finalistas saíram de grupos e tinham Brasil e Argentina.
Neymar está fora da Copa do Brasil da FIFA
Neymar está fora da Copa do Mundo. O jogador fraturou a vértebra depois de tomar uma pancada nas costas de Zuñiga. O camisa 10 deixou o campo de maca e depois foi levado para o Hospital São Carlos, em Fortaleza, onde foi confirmada a lesão.
Antes de ser cofirmada a fratura, o técnico Felipão já não estava esperançoso com a volta do atacante. “Pelo que vi, é difícil ele jogar. E aí eu pergunto: nem cartão amarelo? O Thiago vai passando diante do goleiro e recebe”, disse o treinador na entrevista coletiva após o jogo.
“Todo mundo sabia que seria caçado. Mas ninguém acha que isso é verdade. Só os jogadores da Alemanha e dos outros times são caçados”, afirmou Felipão, em tom irônico.
O lance da lesão aconteceu já aos 41 minutos do segundo tempo. Após bola afastada da defesa brasileira, Neymar foi para dominar e acabou tomando uma joelhada nas costas de Zuñiga. Ele foi imediatamente substituído por Henrique e deixou o campo com a mão no rosto. O camisa 10 deixou o estádio chorando muito.
“Ele foi primeiro para a clínica do estádio. Foi encaminhado para uma clínica com o Doutor Runco. Ele foi fazer uma série de exames. Ficou chorando de dor. Não será fácil uma recuperação. Pelo que o doutor nos passou, e a dor que ele sente, e sendo coluna, vamos ver e esperar”, explicou o treinador.
Neymar é a segunda baixa de Felipão. O comandante brasileiro já não poderá contar com o seu capitão, já que Thiago Silva tomou cartão amarelo, o segundo dele na Copa, e está suspenso para o jogo diante da Alemanha.
Caixinhas de surpresas
Clichê, lugar-comum, platitude: ainda não se encontrou expressão melhor para caracterizar as incertezas e as espantosas possibilidades de um torneio ou match de futebol.
Inacreditável: chilenos cortaram a orelha do touro espanhol, costarricenses humilharam a arrogante azurra italiana, inspirados pelo presidente “Pepe” Mujica uruguaios mandam os inventores do futebol para o jardim-de-infância e o bravo México, pátria das revoluções, obriga o gigante adormecido, rei do futebol-improviso a tentar o que faz de melhor –improvisar.
A Copa das Copas, a esta altura, já consolidou um saldo concreto, visível: o continente das banana-republic entrou em campo repaginado, com um uniforme de seriedade, convicção e, sobretudo, gana. O substantivo tem em português uma conotação algo negativa, mas o filósofo-viajante alemão, Hermann Keyserling, no início do século 20 descobriu que este é o continente da vontade superior, imponderável, impulso firme, ímpeto sereno.
Aqui e agora, a palavra de ordem é re-invenção. Pronunciou-a o goleiro Júlio Cesar, evocou-a o sósia de Scolari numa entrevista que o verdadeiro seria incapaz de enunciar, antecipou-a Tarso Genro em 2005 quando clamou pela re-fundação do PT.
Reinventar-se independe de investimento, recursos e discursos. A re-invenção é um estalo – como o do padre Vieira – uma dor, clarão e o pavor de bater com a cara na parede. Re-invenções decorrem de situações-limite: sem aquela angustiazinha persistente, chata, sem comichão na alma, atolados na perplexidade não “cai a ficha”.
O triunfal “eureca” (encontrei!) berrado por Arquimedes na banheira levou-o a sair pelado pelas ruas de Siracusa entusiasmado com a solução do problema da medição do volume de um corpo.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, teve um destes estalos quando a Câmara Municipal recusou seu pedido para feriar a próxima segunda, 23, quando o Brasil joga em Brasília e no Itaquerão enfrentam-se chilenos e holandeses. Diante do inevitável entupimento das vias, colapso, desdobramentos impensáveis, o prefeito deixou-se empurrar para a opção restante – atenuar o rush, escalonar o horário de saída dos diferentes segmentos, desconcentrar o movimento das massas, adotar outra pulsação para a cidade.
A caixinha de surpresas aberta pelo mega-torneio de futebol levou um prefeito legitimamente assustado a ensaiar um experimento testado em todas as megalópoles do planeta. Se adotado depois das jornadas de junho do ano passado teria evitado a implantação de medidas drásticas que penalizam uma parte da população. Em emergências deve aliviar e, se institucionalizada, alongará o período em que a cidade está mais viva.
Re-inventar a mobilidade urbana sem recorrer a obras faraônicas ou de science-fiction pode ser a solução mágica, o ovo de Colombo inspirador para uma virada tática da seleção. A caixinha de surpresas contém sempre algo extremamente simples e universal -o meio de campo faz milagres.
Alberto Dines é colunista do EL País.
HOLANDA 5 X 1 ESPANHA: O show de Robben
Na Bahia, o colapso foi total, um inferno. Um cataclismo completo. A Espanha recebeu uma ofensiva holandesa de marcar época, e acabou na lama em um caótico segundo tempo. E poderia ter sido muito pior. A pancada, com essa diferença de gols, deixa a Espanha com um caminho com muito mais do que espinhos. Para começar, sua passagem à segunda fase já corre risco, assim os espanhóis definiram a derrota da “Fúria”para a Holanda.
A Holanda se vingou com sanha da derrota de quatro anos atrás, na África do Sul, e, com Robben à frente, deixou a Espanha com as calças na mão, feito um boneco de pano a mercê de um adversário que, no segundo tempo, foi um enxame. Não houve espanhol reconhecível. Nem uma migalha dessa equipe que competiu de forma sublime na Eurocopa de Viena. A Espanha foi uma hemorragia, calamitosa em todas as suas linhas, e terminou no chão, como um farrapo. Casillas não era nem a pior sombra de Casillas; Ramos, em sua melhor temporada, parecia estar na pior; Iniesta não era Iniesta… Assim, um após o outro. Costa não foi uma solução, e na costa de Casillas tudo foi grotesco. Não foi só uma tarde ruim; foi uma sessão de terror.
“Baixar o cacete nos vândalos”
O ex-atacante da Seleção Ronaldo Fenômeno afirmou nesta quinta-feira que é preciso “descer o cacete” em manifestantes mascarados que promovam vandalismo durante protestos. A afirmação foi feita durante uma sabatina com o ex-jogador, realizada pelo jornal “Folha de S.Paulo”.
Integrante do Comitê Organizador Local da Copa (COL), Ronaldo disse também que faltou planejamento para as obras de infraestrutura e que sua participação na organização do evento é “mais de imagem”. Esta semana, em entrevista à agência Reuters, ele havia dito que estava envergonhado com o país.
— Acho que os protestos são sempre válidos, os protestantes que vão às ruas pacificamente exigir o direito de cidadão que cada um tem. A partir do momento que têm vândalos no meio, mascarados, a segurança pública tem de conter essas pessoas, esses infratores.
Vamos separar os vândalos, os mascarados de um lado. Na minha opinião, tem que baixar o cacete neles, tem que tirar eles da rua, prender todos eles. Agora, a população manifestar eu acho muito válido, com educação, sem violência — disse Ronaldo.
Ronaldo disse que apenas 30% do prometido em obras de infraestrutura serão entregues até a Copa do Mundo.
Uma multidão de manifestantes sem-teto ameaça parar o Mundial
“Se não atenderem nossas reivindicações vamos parar a Copa. Se não respeitam nossos direitos, no dia 12 de junho não vai ter inauguração”. A ameaça, hoje recorrente, veio desta vez do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) que protagonizou nesta quinta-feira o terceiro dia de caos nas ruas de São Paulo.
Coordenados com a Frente de Resistência Urbana, qualificaram a marcha como “a maior manifestação do ano na cidade”. A Polícia Militar afirmou que cerca de 5.000 pessoas acompanharam o ato, enquanto os movimentos elevaram o número a 20.000.
“Ninguém tomou chuva e caminhou porque acha bonito”, gritava no final da caminhada um dos líderes do MTST, Guilherme Boulos. “Nós temos uma proposta clara. Não adianta fazer Copa do Mundo sem que sejam respeitados nossos direitos”.
Queremos dizer que a bola está com o povo. “Queremos nossa fatia do bolo e não migalhas”, continuou Boulos antes de atacar também as construtoras que seriam, segundo ele, as principais beneficiadas pelo evento. “Já nos reunimos com Dilma [Rousseff] e com o governador [de São Paulo, Geraldo Alckmin]. Eles não vão poder falar que não sabem o que estamos pedindo”, advertiu.
A ameaça foi clara: “Nos disseram em Brasília que os recursos para moradia acabaram, enquanto os da FIFA não. Ou aparece o dinheiro ou o junho da Copa vai virar um junho vermelho”, em referência à cor que identifica os movimentos populares.
Fonte: EL País