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Delegada revela imagem do assassino de Beatriz Angélica Mota
Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 15, na Secretaria de Defesa Social (SDS), no Recife, a delegada Gleide Ângelo, titular das investigações do crime da menina Beatriz Angelica Mota, 7 anos, assassinada brutalmente há 1 e 3 meses durante uma festa do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora em Petrolina, revelou a imagem do autor do crime. Gleide frisou que a imagem apresentada foi baseada nos depoimentos das testemunhas que tiveram mais próximo do bebedouro da escola, ultimo local em que Beatriz foi vista com vida e que o autor do crime se encontrava, conforme apurado pelos policiais que comandam o caso desde o começo das investigações.
“Após assumir o caso, de posse de imagens apresentadas em setembro do ano passado, enviamos esses vídeos para outro estado com tecnologia de ponta em tratamento de imagens e posso afirmar, baseado na testemunha que viu mais de perto o suspeito no dia do crime de Beatriz, que esse homem do vídeo é o assassino de Beatriz Angélica Mota”, revelou a delegada.
A coletiva teve a presença do secretário estadual de Defesa Social, Ângelo Gioa e da cúpula da Polícia Civil pernambucana. A delegada frisou que todo o material que estava sendo apresentado aos jornalistas e demais profissionais de imprensa, ela tinha mostrado nesta terça, 14, aos pais da menina.
“Fui à Petrolina ontem para mostrar primeiro aos pais de Beatriz. Portanto, tudo que estou passando a vocês aqui, mostrei primeiro a Sandro e Lucinha. Como em todos os casos que já investiguei, é assim que costumo trabalhar, com transparência”, disse Gleide.
Investigações
A delegada Gleide Ângelo ressaltou que toda a investigação começou baseado no retrato falado construído apos os depoimentos obtidos, só que a imagem de um retrato falado e subjetiva, mas com as imagens em vídeo reveladas posteriormente, foi iniciado um aprofundamento na busca pelo autor do brutal assassinato de Beatriz.
“A escola conta com 40 câmeras, mais a dos estabelecimentos comerciais, as da SDS, todas estão sendo analisadas esse tempo todo. A imagem do assassino não tem nada a ver com a do retrato falado. Vocês vão ver que não guarda nenhuma aparência com o retrato falado que é algo subjetivo e na investigação, misturamos todas as imagens que temos. A testemunha confirmou a pessoa que tinha visto. os caminhos que percorreu e do momento que ele chega, como visto no vídeo”, detalhou a delegada. (Fotos-Imprensa SDS)
Opositor venezuelano é assassinado a tiros durante comício
Luis Manuel Díaz, secretário-geral do partido oposicionista Ação Democrática no Estado de Guárico (centro-norte da Venezuela) foi assassinado na noite de quarta-feira durante um comício na localidade de Altagracia de Orituco. Díaz, que era sindicalista, casado e pai de dois filhos, militava no partido havia quase dois anos. O assassinato do opositor venezuelano foi confirmado pelo secretário-geral da AD, Henry Ramus Allup, candidato a deputado nas eleições do próximo dia 6.
O ataque ocorreu por volta de 19h30 (22h em Brasília), quase no final de um comício do qual participava também a esposa do encarcerado líder oposicionista Leopoldo López, Lilian Tintori, que atualmente percorre vários Estados do país numa campanha pela libertação do seu marido. Durante a manhã, a família de López havia denunciado também que Tintori teria sido retida pelas autoridades no Aeroporto Santiago Mariño, na ilha Margarita.
Após uma breve visita à localidade de Valle de la Pascua, onde também denunciou intimidações por parte de governistas, Tintori embarcou num pequeno avião com destino a Altagracia, acompanhada pelos candidatos Carlos Prosperi e Rummi Olivo, uma popular cantora venezuelana. Ao aterrissar, o avião apresentou falhas e, segundo Abraham Fernández, dirigente local do partido Primeiro Justiça, as duas mulheres ficaram muito abaladas pelo quase acidente.
A concentração política onde milhares de pessoas aguardavam deveria ter começado às 14h30 (hora local), mas, por causa dos múltiplos contratempos, só teve início no final da tarde. Logo depois dos discursos e pouco antes de Olivo interpretar uma canção típica da região para finalizar o ato, tiros foram ouvidos, e Fernández viu Díaz cair no chão após receber vários impactos de bala. “Havia muita euforia, barulho e confusão. As pessoas acharam que havia estourado um transformador que estava ao lado do palanque”, disse Fernández.
Ramos Allup acusou “quadrilhas armadas” do Partido Socialista Unido da Venezuela de terem atirado a partir de um veículo. Díaz foi levado a uma clínica num carro particular, mas morreu no trajeto, enquanto Tintori e os candidatos conseguiram sair do lugar. Uma vez a salvo, Tintori enviou várias mensagens pelo Twitter: “Denunciarei detalhadamente amanhã o terror, a perseguição e a violência que sofremos por parte do regime”.
A Mesa da Unidade Democrática, que agrupa os partidos de oposição, também confirmou o assassinato através de um comunicado: “O Comando Venezuela Unida deseja destacar que o Estado Venezuelano é responsável, por ação e omissão, por qualquer ato de violência na Venezuela. A pregação violenta por parte dos mais elevados escalões do Estado é responsável por semear o ódio”.
A MUD recordou que este não é um fato isolado. Desde que a campanha eleitoral teve início, vários candidatos e dirigentes opositores foram vítimas de perseguições e intimidações. Horas antes do crime, durante uma visita do ex-candidato presidencial Henrique Capriles, simpatizantes da oposição no Estado de Bolívar também denunciaram agressões por parte de grupos supostamente ligados ao chavismo. E, no domingo, Miguel Pizarro, candidato à reeleição como deputado pelo Primeiro Justiça, partido de Capriles, também relatou ter sido obrigado a abandonar uma carreata porque homens armados e vestidos com camisetas vermelhas ameaçaram disparar contra ele e seus simpatizantes.
Após ser informada sobre o assassinato de Díaz, a Missão Eleitoral da Unasul condenou atos de violência que possam afetar o desenrolar do processo eleitoral e exigiu a apuração do caso. Até o momento, nenhum porta-voz do Governo venezuelano se pronunciou.
Fonte: Jornal EL País.
Justiça ignora vídeo, e arquiva processo de PM que matou camelô
Vídeos e fotos com imagens do disparo contra o camelô Carlos Augusto Muniz não bastaram para que o soldado da Polícia Militar Henrique Dias Bueno de Araújo, 31, fosse julgado pela morte, à luz do dia, no dia 17 de setembro de 2014. O caso de violência policial e assassinato ocorreu na movimentada rua 12 de Outubro, no bairro da Lapa, em São Paulo. O processo foi arquivado pela juíza Eliana Cassales Tosi de Melo a pedido do Ministério Público Estadual de São Paulo. O promotor que pediu o encerramento do caso, Rogério Zagallo, ficou famoso por afirmar na rede social Facebook em 2013 que arquivaria processos contra policiais que matassem manifestantes contra o aumento das passagens de ônibus.