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Defesa de Lula apresenta recibos que comprovam pagamento de aluguéis de imóvel investigado na Lava Jato
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nesta segunda-feira (25), uma série de recibos que comprovariam os pagamentos de aluguéis do apartamento vizinho ao que o petista mora, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Os documentos datam de agosto de 2011 a dezembro de 2015. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o imóvel faz parte de um suposto pagamento de propina da Odebrecht ao político.
A denúncia afirma que Glaucos da Costamarques, parente do pecuarista José Carlos Bumlai, comprou o imóvel com dinheiro da Odebrecht. O objetivo seria entregar o apartamento a Lula, que alugava o imóvel desde que assumiu a Presidência da República, para abrigar os seguranças que fazem a escolta pessoal dele.
Moro decreta sequestro de imóvel ocupado por Lula em São Bernardo
O juiz Sérgio Moro aceitou mais uma denúncia do MPF (Ministério Público Federal) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais sete pessoas nesta segunda-feira (19). O magistrado também decretou o sequestro de um apartamento que fica no mesmo prédio onde o petista mora, em São Bernardo do Campo, “diante dos indícios de que foi adquirido com proventos do crime”.
Esta é a terceira vez que o petista se torna réu apenas no âmbito da Operação Lava Jato, e a quinta no total, já que também responde a processos relativos à Operação Zelotes, que investiga a venda de decisões do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e à Operação Janus, que investiga repasses do BNDES para a Odebrecht em Angola.
A denúncia mais recente têm relação com a compra de um terreno para a construção de uma nova sede para o Instituto Lula e de um apartamento que não está em nome de Lula, mas que fica no mesmo prédio onde ele vive em seu imóvel particular. Em seu despacho, Moro afirma que há “indícios de que [o segundo apartamento] pertence de fato ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o teria recebido, segundo a denúncia, como propina do Grupo Odebrecht”.
Ao aceitar as acusações do MPF, Moro afirma que a construtora Odebrecht pagou pela compra do imóvel em 2010 e que não há registro de pagamento de aluguéis entre 2011 e 2015. Também foram indicados pelo crime de lavagem de dinheiro a ex-primeira dama Marisa Letícia, o ex-ministro Antônio Palocci, o primo do pecuarista José Carlos Bumlai, Glaucos da Costamarques, o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, o dono da empresa DAG Construtora, Demerval de Souza Gusmão Filho , o advogado do ex-presidente Lula Roberto Teixeira, e o assessor de Palocci Branislav Kontic.
Outro lado
Em nota, a Odebrecht afirmou que não se manifestará sobre o tema. Já o Instituto Lula reafirmou que “nunca teve outra sede a não ser o sobrado onde funciona até hoje”. Os demais acusados ainda não foram localizados para responder às novas denúncias.
Grupos favoráveis e contra Lula vão a seu depoimento
SÃO PAULO – Grupos favoráveis e contrários ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva farão manifestações em frente Fórum Criminal da Barra Funda, onde o petista e sua mulher, Marisa Letícia, prestarão depoimento na manhã desta quarta-feira (17).
Entre os que demonstrarão apoio ao ex-presidente estão tradicionais movimentos sociais como MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e CUT (Central Única dos Trabalhadores). A Frente Brasil Popular –que reúne mais de 60 entidades dos movimentos sindical e social, além dos partidos PT, PC do B e PDT– convocou seus militantes para chegar às 10h. O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), apesar de indefinição inicial, decidiu que não participará do ato.
Já do lado anti-Lula está o MBL (Movimento Brasil Livre) –um dos grupos que lideram as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff–, que convocou seus seguidores para protestar no mesmo local a partir das 9h. O depoimento do ex-presidente está marcado para começar às 11h.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, divulgou em seu perfil no Facebook um poster com as frases “Lula eu respeito, Lula eu defendo”.
“Esperamos que seja o início de uma reação popular contra um linchamento sem precedência de uma das mais importantes lideranças mundiais dos últimos tempos”, disse Raimundo Bonfim, coordenador geral da CMP (Centra de Movimentos Populares) e membro da Frente Brasil Popular.
Fonte: Blog do Magno Martins