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FACAPE: “Ensino às escuras”

Facape

Devido aos constantes apagões na Facape, deixando tudo às escuras, e em virtude da habilidade do brasileiro em inovar diante da escassez de recursos, improvisando soluções momentâneas para suprir as dificuldades, os professores da faculdade tem conduzido suas aulas à luz de celulares, a fim de não prejudicar o regular andamento das disciplinas ministradas.

Desse modo, como a necessidade é a mãe das invenções, parece-nos que a Facape, mesmo sem essa pretensão, agrega às modalidades de ensino regulamentadas pelo MEC, além das conhecidas modalidades de Ensino Presencial e de Ensino à Distância, a inovadora modalidade de “Ensino às Escuras”.

Pelos conceitos, temos: Ensino Presencial é aquele em que você vai todo dia e não aprende nada; Ensino à Distância, aquele em que você também não aprende nada, mais não é obrigado a ir todo dia para a faculdade, e, por fim, a de Ensino às Escuras, criação mais moderna,  é aquela modalidade em que você vai todo dia, não aprende nada e nem enxerga  um culpado.

Por: Adão Lima de Souza 

Os constantes apagões na Facape.

Foto Facape apagão

De algum tempo pra cá os alunos da Facape tem se deparado, constantemente, com apagões elétricos repentinos, principalmente no bloco do curso de Direito, xodó da atual direção que conclama aos quatro ventos ser este curso o mais importante da instituição, por isso, o de mensalidade mais cara, e aquele onde as salas de aulas são mais confortáveis e melhor refrigeradas.

Entretanto, o que se tem visto é, na visão de muitos alunos, um descaso por parte da direção da faculdade com relação às providências mais simples e corriqueiras de uma empresa como manter em bom estado de funcionamento a estrutura básica relativa aos itens essenciais, tais como fornecimento de água e luz regular e material de expediente suficiente para que se possa prestar um bom serviço.

Ao invés disso, o que se vê é uma administração conduzida pela falta de transparência. Uma gestão que alega, a todo tempo, a péssima situação financeira da instituição, porém se esquiva de apontar os motivos e os responsáveis por desmantelarem as finanças de um empreendimento que até dois anos atrás o atual presidente se vangloriava de ter equilibrado as contas, ou seja, de gozar a instituição de perfeita estabilidade financeira, mas que agora, precisa aumentar mais e mais as mensalidades porque funciona no limiar da insolvência.

Então, diante da visível incapacidade da direção se explicar ou solucionar os frequentes problemas elétricos, professores, num gesto de autoritarismo e de desrespeito, sob a anuência da coordenação do curso de Direito, tenta obrigar os alunos a permanecerem em salas sem refrigeração, fazendo prova à luz de celulares.

Pois, somente no dia de ontem, 25/04, pela manhã e à noite, metade das turmas de Direito foram remanejadas para o bloco de Ciências Contábeis devido a pane elétrica que inviabilizou a utilização de salas no bloco de Direito, curso, cuja mensalidade é a mais cara em virtude dos “privilégios” que tem.

Talvez, fosse mais sincero da parte da direção usar como desculpa para aumentar as mensalidades, em vez da cantilena falsa de que vai melhorar o salário do professor, a necessidade de mais dinheiro para construir uma nova Central de Energia, já que a recém-construída não atende a necessidade da faculdade.

Por: Adão Lima de Souza