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Isto Posto… A queda do muro de Berlim e as novas “Cortinas de Ferro”
Em nove de novembro de 1989, depois de várias semanas de distúrbios civis ocorridos, causados pela onda revolucionária de libertação liderada por Moscou que varreu o Bloco comunista do Leste Europeu, ocasionando o futuro declínio da União Soviética, o governo da então República Democrática Alemã, parte oriental da Alemanha, de regime comunista, anunciou que todos os seus cidadãos poderiam visitar a Alemanha Ocidental.
Neste dia, multidões de alemães orientais subiram e atravessaram o Muro, juntando-se aos alemães ocidentais do outro lado, em uma atmosfera de celebração. Ao longo das semanas seguintes, partes do Muro foram destruídas por um público cada vez mais eufórico.
Este fora o ponto de partida para que se derrubasse a chamada “Cortina de Ferro” que dividira o país ao meio criando a Berlim Oriental e a Berlim Ocidental, ou seja, a República Democrática Alemã (RDA) e a República Federal da Alemanha (RFA), que durante mais de um quarto de século simbolizava, ao mesmo tempo, a divisão do mundo em dois blocos ou partes, respectivamente, Comunista, constituído pelos países sob o julgo do regime soviético e Capitalista formado pelos países liderado pelos Estados Unidos.
O muro, além de separar, até sua queda, dezenas de milhares de famílias berlinenses que ficaram divididas e sem contato algum, era patrulhado por militares da Alemanha Oriental Comunista com ordens de atirar para matar. Sendo até hoje os números de mortos, feridos e presos contestados por diversos órgãos internacionais de Direitos Humanos.
A queda do Muro de Berlim abriu o caminho para a reunificação alemã que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990. É também apontado por alguns historiadores como o momento que pôs fim da Guerra Fria.
Todavia, o desaparecimento desta barreira de concreto que impedia a união e o progresso de parte da humanidade, conforme alardeavam os adeptos do capitalismo, não impediu que em outras partes do planeta novos muros fossem erguidos, agora, sob novas égides como a origem das pessoas e a sua condição de miserabilidade. O que se consolidou como barreiras intransponíveis até mesmo maiores que o Muro de Berlim, porém sem existência física dos muros. É o caso das recentes repressões aos estrangeiros na França e em toda a Europa e do muro cultural e comercial e real existente na fronteira dos Estados Unidos com o México, que mesmo sem a divisão em blocos antagônicos como eram o Capitalista e Comunista persiste delimitando, como intransponível “Cortina de Ferro”, as oportunidades de povos latinos.
Isto posto, bem mais segregadoras, hoje, são as barreiras impostas por condições naturais das pessoas como sexo, cor, nacionalidade, inclinações religiosas que ao serem manifestas geram ódio e violência ratificados pelo Estado que cria leis que são muros difíceis de serem derrubados por se tratar de fronteiras invisíveis.
Por: Adão Lima de Souza
Klose anuncia sua aposentadoria da seleção alemã: “nunca se tratou de recordes”
O atacante Miroslav Klose anunciou nesta segunda-feira por meio do site da Federação de Futebol Alemã (DFB) sua aposentadoria da seleção da Alemanha, após se tornar o maior artilheiro da história das Copas do Mundo, com 16 gols.
O centroavante do Lazio, de 36 anos, superou a marca de Ronaldo ao marcar o segundo gol da Alemanha contra o Brasil na semifinal do Mundial, na história derrota da seleção por 7 a 1.
Com isso, Klose põe fim a uma bem-sucedida carreira jogando pela seleção alemã: ‘com o título no Brasil cumpri meu sonho de infância. Estou orgulhoso e feliz de ter podido participar deste grande êxito para o futebol alemão’, disse o atacante.
‘Desfrutei de um tempo único e maravilhoso na seleção nacional com muitos momentos inesquecíveis. Usei as últimas semanas para recordá-los e desfrutá-los. Para mim não pode haver um momento mais belo para fechar o capítulo da seleção’, afirmou Klose.
O atacante, que estreou pela seleção da Alemanha em 24 de março de 2001, marcando um gol contra a Albânia, disputou 137 partidas e fez 71 gols, o último deles contra o Brasil, o que o torna também o maior artilheiro da história da seleção de seu país.
‘Eu sou atacante e a tarefa de um atacante é marcar gols. Para mim nunca se tratou de recordes, mas de dar os melhor de mim para a equipe. Como atacante dependo dos meus companheiros. Por isso quero agradecer aos meus colegas de seleção’, disse Klose.
Fonte: Agencia EFE, S.A.
Embaixada brasileira é apedrejada em Berlim em protesto contra a Copa
Na madrugada desta segunda-feira (horário local), a Embaixada brasileira em Berlim foi apedrejada por cerca de dez pessoas encapuzadas. Segundo informa a imprensa alemã, o motivo do ataque seria a realização da Copa do Mundo. O grupo lançou cerca de 80 pedras e destruiu grande parte dos vidros do primeiro andar do prédio. Em carta divulgada na internet, um grupo anônimo assumiu a autoria do apedrejamento.
“Para chamar a atenção para o que a Copa do Mundo significa e derrubar a Fifa, fizemos uma ação com as armas mais simples do povo, as pedras. Com as mesmas pedras jogadas pelo batalhão de choque, nós demolimos a fachada da embaixada”, diz a carta, que ainda contêm as expressões “Não vai ter Copa” e “Vai ter revolta”.
Segundo o jornal alemão Bild, 31 vidraças foram quebradas. Os responsáveis fugiram sem ser identificados, mas a polícia local já iniciou investigação para tentar localizá-los e não descarta a hipótese de motivações políticas para o ataque.
A Embaixada informou, porém, que não há nenhuma evidência de que o ataque seja relacionado à Copa. Nesta semana, a revista alemã Der Spiegel publicou reportagem sobre os problemas com a organização do evento esportivo.
Fonte: MSN