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Presidenciáveis ocultam gastos com pré-campanhas

Combinadas, as mudanças no calendário eleitoral e nas regras de financiamento de campanhas transformaram a disputa presidencial em 2018. O encurtamento (de 90 para 45 dias) do período quando a propaganda na ruas e na TV é permitida fez alargar no tempo e aumentar a importância da chamada pré-campanha — uma época de “vale-tudo eleitoral”, em que os pré-candidatos não precisam prestar contas à Justiça Eleitoral.

Desde 7 de abril, os presidenciáveis vêm protagonizando uma disputa de instabilidade política e de falta de transparência nos gastos. Nenhum dos quatro mais bem colocados nas pesquisas nos cenários sem o ex-presidente Lula — Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) — soube ou quis informar quanto já gastou ou quanto estima gastar até 16 de agosto, quando passa a ser obrigatória a prestação de contas à Justiça. Por ora, garantem usar recursos dos partidos, sem dizer quanto já receberam em doações ou convites privados para suas atividades de pré-candidatos.

Fonte: O Globo

Quem são os presidenciáveis mais rejeitados pelos brasileiros, segundo o Barômetro Político, de Ipsos/Estadão

PolíticosA disputa de maior rejeição será um espetáculo à parte nas eleições presidenciais de 2018. Sete dos nove presidenciáveis têm indíce de reprovação maior que 50%, segundo a pesquisa Barômetro Político, realizada pelo Instituto Ipsos e pelo jornal O Estado de São Paulo e divulgada nesta quinta-feira (23).

Pré-candidato pelo PSD, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem 70% de rejeição. Logo atrás dele, está o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com 67% de reprovação.

Em terceiro lugar, estão empatados o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-governador Ciro Gomes (PDT), com 63% de rejeição. Atrás dos quatro, o ranking segue com Jair Bolsonaro (PSC), que tem 60%, Marina Silva (Rede) e Lula (PT), ambos com 56%.

Dos nomes cogitados para a Presidência da República, apenas Joaquim Barbosa e Luciano Huck têm rejeição menor que a metade dos brasileiros: respectivamente 41% e 32%.

A pesquisa do Instituto não mede intenção de votos. Ela lança nomes do universo político e pede aos entrevistados que avaliam se aprovam ou desaprovam sua atuação no País. Também não está restrita a presidenciáveis. A pesquisa avaliou nomes de políticos e juristas, e os recordistas de reprovação são o presidente Michel Temer, com 95%, e o senador Aécio Neves, com 93%.

No próximo dia 9, o PSDB decidirá em convenção quem deve ser o candidato do partido à Presidência. A maior probabilidade é que Alckmin seja o presidenciável e Doria seja lançado para concorrer ao governo de São Paulo.

Aprovação

Dois “outsiders” políticos estão no top 3 dos candidatos mais aprovados pela população. O apresentador da Globo, Luciano Huck, encabeça o topo da lista com 60%, seguido pelo ex-presidente Lula com 43%, e pelo ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, com 42%.

Huck também teve o maior crescimento de aprovação: ele subiu 16 pontos percentuais desde junho de 2017, quando seu nome entrou para a lista de avaliação do instituto.

Huck e Barbosa não se decidiram ainda sobre suas candidaturas, mas foram convidados para ser a cara do PPS e do PSB, respectivamente, em 2018. O primeiro prometeu resolver sua candidatura até dezembro. O segundo, até janeiro. Os dois se encontraram no início do mês para debater candidaturas e uma possível união para o próximo pleito.

Mesmo com a condenação a nove anos e seis meses pelo caso do Tríplex do Guarujá, Lula conseguiu diminuir um ponto percentual de rejeição e aumentar em oito pontos sua aprovação desde 2015.