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Zimbábue diz adeus às notas de 100.000.000.000.000 de dólares

DolarAdeus aos dólares do Zimbábue. O Banco Central do país africano decidiu retirar sua moeda de circulação depois de ter perdido praticamente todo o valor em consequência de um processo de inflação galopante que levou à generalização das notas de trilhões de dólares zimbabuanos.

O Ebola mais mortífero da história

EBOLA

A epidemia do vírus Ebola que está afetando três países da África ocidental se intensificou nas últimas duas semanas e já tirou a vida de 337 pessoas, desde que o primeiro caso aconteceu, há mais de seis meses, segundo informou a Organização Mundial da Saúde, tornando-se a epidemia mais mortífera da história da doença.

O total de casos se eleva, assim, a 528. Guiné continua sendo o país mais afetado, com 264 mortos, seguido de Serra Leoa e Libéria, com 29 e 24 mortos, respectivamente. O surgimento da doença em uma zona transfronteiriça, na qual ocorrem deslocamentos constantes de pessoas de um povoado para outro, a resistência de parte da população em procurar assistência sanitária por medo do estigma e a irrupção do vírus em duas cidades grandes, como Conacri e Monróvia, são as principais razões das dimensões que o surto atual está assumindo, segundo os epidemiologistas.

Até agora, a pior epidemia de Ebola da história tinha sido a primeira, registrada em 1976 na região de Yambuku, atual República Democrática do Congo, que provocou 318 casos e 280 mortos. A irrupção de uma doença então desconhecida fez com que o surto fosse o mais mortífero, pois não foram adotadas medidas adequadas para evitar o contágio a tempo.

No entanto, a epidemia atual continua seu avanço incontido por mais que a OMS, os Médicos sem Fronteiras e os respectivos governos tenham implantado uma série de medidas voltadas à detecção precoce, ao isolamento dos doentes e à contenção da doença. Pela primeira vez na história, uma epidemia de Ebola atinge a região da África ocidental e três países ao mesmo tempo. Os especialistas já advertiram há meses: “Será difícil controlar”.

O Ebola é um vírus encontrado naturalmente em algumas espécies de morcego que habitam as regiões florestais da África. Desde sua identificação em 1976, houve 18 surtos em países como República Democrática do Congo, Gabão, Uganda e Sudão.

Depois de um período de incubação que pode ser de vários dias até três semanas, os primeiros sintomas são febre alta, dores musculares, vômitos e diarreia, que podem evoluir rapidamente para hemorragias internas que, em muitos casos, causam a morte do paciente.

Uma vez que não há tratamento conhecido, os médicos enfrentam o vírus tentando aliviar os sintomas com o reforço do sistema imune. Uma alta porcentagem de mortos fazia parte das equipes de saúde que estiveram em contato próximo com os pacientes sem tomar as medidas de prevenção adequadas.

Fonte: EL País.

O rapto das meninas nigerianas e a violência de gênero

nigeria

Em 14 de abril deste ano, mais de 230 meninas foram sequestradas de uma escola na Nigéria pelo grupo Boko Haram. Elas foram levadas em caminhões no meio da noite, depois de serem convencidas pelos homens, que usavam uniformes militares oficiais, de que estavam sendo na verdade transportadas para um lugar seguro.

No meio do caminho, conforme contou uma das que conseguiu escapar ao jornal The Guardian, tiros para o alto e as risadas dos algozes denunciaram o que de fato estava acontecendo: um sequestro em massa.

Semanas se passaram até que a notícia ganhasse apelo entre os grandes veículos de comunicação mundial. Desde o princípio, familiares realizaram protestos contra o governo nigeriano, acusado de não se esforçar o suficiente para encontrar as garotas.

Recentemente, as piores notícias sobre o que estava acontecendo com aquelas que foram raptadas começaram a surgir. De acordo com a mesma sobrevivente entrevistada, estupros diários – sendo que algumas meninas seriam violentadas até 15 vezes ao dia –, agressões e todo o tipo de violência eram perpetrados contra elas.

E se elas fossem brancas? E se tivessem nascido em uma nação desenvolvida? Teria a comunidade internacional demorado tanto para se mobilizar? Os principais jornais simplesmente publicariam a notícia no pé da página?

Claro que não. Basta levar em consideração a cobertura dedicada ao desaparecimento do voo da Malaysia Airlines, ou do naufrágio de um barco com adolescentes sul-coreanos, para encontrar as respostas. A vida de alguns vale mais que a de outros, dependendo de cor e endereço.