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Isto Posto… Que tal trocar o povo?
Parece que consenso capaz de contornar a crise institucional pela qual passa o Brasil é ainda uma miragem distante. De um lado, segundo pesquisa mais recente, temos como desejo de 79% dos brasileiros a convocação de novas eleições presidenciais.
No entanto, esse desiderato popular somente seria possível se uns dos dois eventos seguintes ocorressem: se Dilma e Temer, num momento de lucidez, num gesto de grandeza que os tornariam maiores do que jamais conseguirão ser para a História, renunciassem num ato conjunto, ainda esta semana, ou se o TSE, considerando que a quadrilha que achacava os cofres públicos sempre teve a anuência dessa dupla de malfeitores, ceifasse os respectivos mandatos antes do fim do ano, disparando, assim, na ocorrência de uma das duas hipóteses, o gatilho constitucional da nova eleição.
De outro lado, está o eleitor impaciente com a falta de rumo do país, conclamando, ao mesmo tempo, o impeachment de Dilma (61%) e o impedimento de Temer (58%), ou seja, a maioria (60%) se daria por satisfeita com a dupla renúncia ou a dupla queda.
Diante dessa possibilidade, para ser perfeito mesmo, bastaria que o Supremo Tribunal Federal decretasse, simultaneamente, a queda de Eduardo Cunha da presidência da Casa do Povo e a queda de Renan Calheiro do comando da Casa Revisora, já que ambos estão chafurdados no lodaçal da corrupção orquestrada pelos “PTralhas” e seus aliados “Coxinhas” de longa data, os mesmos que serviram de base de sustentação do governo liberal tucano e prontamente foram arregimentados pelos socialistas de araque.
Isto posto, se essa sugestão não serve para dirimir a controvérsia, resta tão somente, trocar o povo por um menos exigente. Daquele tipo que depois as manifestações de 2013, nas quais demonstrava profunda impaciência com a corrupção política, aquiescera a alma renovando os mandatos de todo tipo de sacripanta em 2014 e, com seu voto-consciente-de-torcedor conseguiu fundar um dos mais reacionários Parlamento dessa Nova República.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… Carta aberta ao PCB e PSOL
Quem perdeu o trem da história por querer. Saiu do juízo sem saber. Foi mais um covarde a se esconder diante de um novo mundo.
Queridos Camaradas:
A tese do mal menor nunca deu certo. Tivemos a certeza disso com o PT. Quando o Brasil apostou em Lula, a esquerda verdadeira sabia que o PT não era mais partido focado na luta pelo socialismo e, sim, que tinha um projeto de poder somente. Ainda assim o apoiamos porque seria dos males o menor, já que o PSDB nunca deixou dúvidas sobre seus interesses escusos.
Agora partidos alinhados com o pensamento socialista como PSOL, PCO, PSTU, PCB são novamente usados para impedir a queda inevitável, seja pelo impeachment, seja pelo sufrágio futuro, do governo de um partido chafurdado no lodaçal da corrupção. E para quê? Para que Lula e seus comparsas se sentem outra vez à mesa do capital, deixando migalhas como Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família para o povo enquanto se regozija na pilhagem do erário, desavergonhadamente, na farra dos bilhões surrupiados das escolas desestruturadas e hospitais sucateados que exterminam a gente pobre impiedosamente.
Camaradas do PCB e do PSOL a Lava Jato não é uma conspiração do juiz Sérgio Moro com a CIA para entregar o Pré-Sal aos imperialistas americanos, como acentuou a socióloga Marilena Chauí, num momento de delírio ou senilidade. A Lava Jato é tão somente a prescrita em Lei persecução criminal de agentes políticos habituados ao cometimento de crimes comuns como roubar o dinheiro do povo. E em que pese os investigados se espernearem maldizendo o sucesso da Operação conduzida com acerto, firmeza e observância às regras constitucionais, sabemos que as reclamações de violações de Direitos e Garantias individuais ou coletivas advêm da dificuldade encontrada por grandes e caras bancas de advocacia de fazer prevalecer na Lava Jato o jogo sujo de influência tão peculiar nas altas cortes de justiça deste país.
Por isso, partidos como PSTU, PCO e, principalmente PCB e PSOL podem escrever sua própria história no cenário político nacional sem precisar caminhar à sombra do PT. Aliás, podem não, devem! Devem, para não ficarem nos anais da história como braço auxiliar do partido político que protagonizou o maior escândalo de corrupção que se tem conhecimento, se se levar em conta que o Mensalão era apenas uma fase da estrutura criminosa montada pelo PT e partidos aliados para achacar os cofres públicos.
Ademais, não se deve esquecer que além dos esquemas já desvelados há evidências de estratagemas de roubalheira semelhante nos Fundos de Pensão, na Eletrobrás e no BNDES que creem alguns seria mais que suficientes para prender 99% dos detentores de mandatos eletivos ou cargos de livre nomeação no Governo Federal, desde a atual presidente até o futuro ministro da Casa Civil.
Assim sendo, PCB e PSOL não podem sustentar a frágil tese de vitimização propalada pelo PT e a Dilma Rousseff, de que há um golpe em curso liderado pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e, principalmente, Justiça Federal sob o comando do “torturador” Sérgio Moro, instituições republicanas agindo dentro das competências que lhes cabem. Outra tese furada é a da seletividade da Operação Lava Jato. O PT tentar iludir a população de que perdura uma perseguição contra o partido, cujo intuito seria criminalizar e defenestrar o PT da vida política, como se quisesse fazer a população acreditar que todos os bilhões roubados não passasse de delírio coletivo ou invencionice das instituições que conduzem a terrível perseguição a tão nobre representante dos anseios populares.
Ao PCB e PSOL, eu lhes digo que não se trata de apoiar o impedimento da mandatária e beneficiar os antigos aliados do Partido dos Trabalhadores como PMDB e PSDB, que pragmaticamente em nada diferem do PT. E que também não se trata de ser contra ou favor de Dilma Rousseff ou de Aécio Neves e, sim, de se posicionar de acordo com as convicções alvissareiras de que o verdadeiro Socialismo não se constrói com o Liberalismo econômico liderado pelo PSDB – por inegável contradição, já que Capital e Trabalho são inconciliáveis – nem pelo PT que se transformou num criminoso comum, após desencadear uma trama de conspiração contra o povo brasileiro regida pelos maiores expoentes do Partido dos Trabalhadores.
Porque, em verdade, é preciso que PCB e PSOL tomem a defesa verdadeira dos interesses do povo, conclamando a queda tanto de Dilma e Lula quanto de Aécio e Temer. Somente se manterá firme a chama da luta por uma nação justa e igualitária.
Reflitamos caro PCB e PSOL!
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… As razões do PMDB para abandonar a barca furada do governo Dilma Rousseff
O Partido do Movimento Democrático Brasileiro está no cenário político deste país desde a década de 1970. Neste período era ainda conhecido somente como MDB e se prestava a ser uma espécie de movimento auxiliar do regime ditatorial, emprestando a Ditadura Militar falsa percepção de que havia inegável ambiente democrático no Brasil, pois lhe era permitido participar da farsa eleitoral como uma espécie de oposição tolerada.
Mais tarde, com o fim do regime de exceção, advindo a Nova República, lá estava o velho PMDB assumindo o vácuo de poder deixado pelos militares e se inserindo no cotidiano político nacional com o partido mais relevante da redemocratização. Principalmente com a promulgação da denominada Constituição Cidadã, conforme fora alcunhada a Carta Política de 1988, pelo então presidente da Casa do Povo, Ulisses Guimarães do PMDB.
Após frustrada tentativa na eleição presidencial de 1989, o longevo PMDB se alia a Fernando Collor de Mello, futuro e primeiro presidente a ser escorraçado pelo instrumento republicano, inteligentemente moldado pelos Estados Unidos da América, chamado Impeachment, com o qual se dá cabo de eleitos que perderam a sustentabilidade política, seja pela prática de crimes de responsabilidade ou pela falta de responsabilidade própria do presidencialismo que transforma o ocupante de cargo eletivo num tipo de intocável imperador sufragado.
Com o declínio de Collor, encalacrou-se o partido do fisiologismo pragmático nas entranhas mal cheirosas dos governos seguintes.
Na eleição de 2002, manteve-se alinhado com o PSDB de José Serra até ser convidado pelo presidente-operário petista para fazer parte da coalizão partidária que pretendia impor uma tal governabilidade capaz de conciliar trabalho e capital através de métodos escusos de distribuição sistemática de propinas e cargos públicos.
Em 2010, o PMDB imprescindível à manutenção da coalizão política que sustentara os dois mandatos do ex-presidente Lula, resolveu mergulhar de vez na estrutura mais íntima do governo ao indicar o seu grande expoente Michel Temer para ser vice da chapa encabeçada por Dilma Rousseff, inventada às pressas por Lula como demonstração natural da sua arrogância.
Bem sucedidos, rumaram às eleições de 2014.
Para a campanha de 2014, o PT trazia uma candidata combalida pelas manifestações apartidárias de 2013, que a obrigara a sair de sua caverna e se apresentar ao Brasil com toda a sua inabilidade política e incompetência gerencial. Enquanto isso, o velho PMDB, buscando protagonismo, firmou acordo de cavalheiro com o PT em vários estados onde haveria disputa entre eles, deixando amarrado que Dilma e Lula não subiriam em palanque de ninguém.
O resultado do acordo foi que enquanto Dilma fingia não fazer campanha para os candidatos petistas, o esperto Lula alavancava a candidatura de seus correligionários no Ceará contra o senador Eunício Oliveira, no Rio Grande do Norte contra Eduardo Henrique Alves, no Rio Grande do Sul contra Ivo Sartori, no Rio de Janeiro contra Fernando Pezão – a nata dos caciques poderosos do PMDB.
Basta atentar para ausência desses coronéis no ministeriado de Dilma Rousseff – salvo o ex-presidente da Câmara que foi o primeiro a entregar o ministério do Turismo, para se ver que haveria retaliação.
Isto posto, a debandada agora se dá antes de tudo por oportunismo. Entretanto, não se pode negar algum traço de vingança. O governo Dilma, principalmente por conta da péssima assessoria que tem, vem sucessivamente subestimado a habilidade política de sacripantas como o Temer, o Calheiro, o Jucá, o Cunha, o Barbalho, coronéis habituados ao clientelismo político desde o falso MDB, tronco comum de partidos ditos de esquerda ou trabalhista como PT, PDT, PTB ou democrata como PSDB e DEM.
Resultado esperado. Os ratos abandonam a barca furada de Coração Valente.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto…LULA: E agora quem poderá me defender?
Segundo pessoa próxima “Bateu o medo em Lula”. Medo de ser preso. Ele sabe que a decisão do ministro Teori Zavascki, determinando que o juiz Sérgio Moro remetesse ao STF as investigações do seu envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Lava Jato, é provisória.
Medo porque sabe que depois que veio à tona as conversas telefônicas interceptadas, não pode contar mais com a grata simpatia da maioria da Corte Suprema, por ele e Dilma nomeada.
Diante disso, a sua nomeação para ministro da Casa Civil do moribundo governo Dilma Rousseff pode não ser confirmada pelo STF, aumentando enormemente a possibilidade real de ir para a cadeia, cuja decretação de sua prisão pelo Sérgio Moro, sua banca milionária de advogados dão como certa, deixando o ex-presidente em estado de pânico.
Jornais paulistas informam que a banca advocatícia do ex-líder sindical conta com oito escritórios diferentes, com nomes de advogados e juristas de peso como Nilo Batista, criminalista de renome nacional e os consagrados Celso Antônio Bandeira de Mello e Fábio Konder Comparato, constitucionalista festejado neste Brasil onde o tráfico de influência sempre se confundiu com a meritocracia.
Concomitante a isso, o noticiário assevera que time tão grande e qualificado de juristas serviria também como forma de “tentar auxiliar” a AGU em sua “anemia teórica que a faz cometer uma série de erros”. Exemplo disso cita o Mandado de Segurança contra a liminar de Gilmar Mendes que impediu a posse de Lula como ministro da Casa Civil, prontamente rejeitado por Luiz Fux, e criticado por juristas antipestistas que dizem que qualquer estagiário de Direito sabe que não cabe esse tipo de recurso contra uma decisão monocrática de ministro do STF.
O problema é que a banca de ouro de advogados do ex-presidente incorreu no mesmo amadorismo ao insistir em recursos sem respaldo na jurisprudência da Corte, como o Habeas Corpus, cuja relatoria da ministra Rosa Weber, impôs nova fragorosa derrota jurídica.
Acontece que diante da Lava Jato, o peso político de patronos consagrados não tem intimidado o Ministério Público nem o juiz Moro. E, mesmo em Brasília, defensores com bom trânsito nas instâncias superiores do Judiciário não estão colecionando vitórias.
Isto posto, Lula continua fora do governo, sem foro privilegiado. E tudo indica que, nos próximos dias, voltará a ficar sob as determinações de Moro. Ou seja, ter se insurgido contra a Polícia Federal, contra Moro, contra o Ministério Público e os tribunais superiores e entupir de recursos o STF e juízos de primeira instância pode apenas deixar claro que de nada serve os advogados famosos de R$ 15 milhões e influência política se o problema do Lula não é uma questão política/jurídica, e sim, apenas criminal.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… A corrupção é o verdadeiro golpe contra o povo.
Embora o vídeo do presidente Barack Obama que viralizou nas redes sociais não passe de montagem bem feita, a afirmação de que no Brasil de hoje se “caçam juízes em vez de bandidos” se amolda perfeitamente aos episódios da Operação Lava Jato, dos últimos dias.
As degravações levadas a conhecimento da população brasileira nesta última semana dão conta de bem arquitetado plano para salvaguardar o ex-presidente Lula de possível prisão determinada pelo juiz Sérgio Moro, amplamente fundada num lastro probatório que até agora as maiores e mais caras bancas de advocacias não conseguiram refutar, livrando seus clientes da imputação de patrocinar o maior esquema de corrupção desta década.
De um lado, o povo brasileiro se surpreende a cada dia com novas denúncias envolvendo a mais alta cúpula do governo e do Partido dos Trabalhadores, ampliando em muitas cifras o montante surrupiado do erário. Dinheiro oriundo de pesados impostos pagos para ser destinados à saúde, à educação e á segurança que nos tem sido dado de forma precária e perversa, ceifando vidas de brasileiros nas macas imundas de hospitais sucateados, condenando crianças e jovens ao embrutecimento em escolas desguarnecidas do mínimo necessário para o ensino de qualidade e robustecendo as estatísticas crescentes de homicídios não investigados.
De outro lado, está o governo e o PT tentando desesperadamente convencer o povo brasileiro de que estaria em curso uma grande conspiração orquestrada pelas elites, cujo expoente mais relevante seria o PSDB que se debate para sobreviver sem nem ao menos ser atacado por ninguém, mancomunado com as, hoje, mais atuantes instituições republicanas que são o Ministério público Federal (MPF), a Procuradoria Geral da República (PGR), a Justiça Federal e a Polícia Federal, que numa improvável campanha sórdida, estariam agindo para defenestrar do poder o partido que representa de fato os anseios do povo brasileiro, como se toda a roubalheira da Petrobras não passasse de delírio coletivo.
No entanto, sabemos todos que o que o PT pretende é transformar uma operação policial numa operação política. Daí resulta os ataques inflamados ao juiz Sérgio Moro por renomados juristas que diante da dificuldade de impor suas teses, quando afastado o tráfico de influência que sempre reinou no Poder Judiciário, e confrontados por um magistrado que se mostra incorruptível, apelam para a choradeira cansativa de violação de Direitos e Garantias Constitucionais que não conseguem apontar ou para o clichê saturado de que está em curso um golpe contra democracia.
Pois bem, vos digo que não há golpe algum. Nem iminente nem remoto. O que há é a atuação coordenada das instituições republicanas conduzindo a maior operação policial e jurídica contra criminosos comuns acostumados a impunidade garantida na salvaguarda confortável dos palácios governamentais.
Isto posto, a Operação Lava Jato não é golpe nenhum, e, sim, uma oportunidade ímpar de mandar um recardo aos poderosos que apostam na impunidade de seus crimes. A oportunidade de dizer aos criminosos comuns que se aninharam no Partido dos Trabalhadores – o maior e mais importante partido político dos últimos trinta anos – e em outras agremiações partidárias que qualquer malfeitor poderá sucumbir ante a espada afiada da Justiça ou perante o aço forjado da vingança quando falham as leis!
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… O que nos dizem as vozes da rua?
Neste domingo, 13 de março, a população foi à rua e mandou seu recardo contra a corrupção desenfreada, hoje, por estar no poder, conduzida pelo Partido dos Trabalhadores que prometera um dia combater impiedosamente esta prática nefasta que assola as finanças do país, provocando indiretamente, pelo sucateamento do aparelho da saúde pública, milhares de mortes de pessoas pobres e desamparadas.
Hoje, o PT prefere se agarrar a tese por seus membros criada de que estaria em curso um grande golpe orquestrado pelos partidos de direita como PSDB e DEM, sob a tutela das instituições estatais como Justiça Federal, Ministério Público Federal, Polícia Federal, apoiadas por parcela da população que comungaria com o pensamento conservador e neoliberal destas legendas citadas, aos quais os chamam de “coxinhas”, em revide a alcunha dada ao PT de “esquerda caviar”, pela ostentação que passaram a exibir depois da assunção ao poder – haja vista o noticiário frequente sobre bens imóveis luxuosos como tríplex do Guarujá e o sítio de Atibaia.
Afirmam veementemente também que a grande mídia golpista, liderada pela mesma Globo, que junto com as revistas Veja e Isto É, partilham a maior fatia dos gastos anualmente com publicidade, chegando no governo de Dilma Rousseff a cifra de R$ 3 bilhões. A mesma Globo golpista que salvaguardou o senhor Luís Inácio Lula da Silva de provável impeachment durante o episódio do Mensalão, em agradecimento aos bilhões emprestados do BNDES para pagar a dívida contraída pela família Marinho junto a investidores estrangeiros que postulavam na justiça de Nova York o afastamento dos donos do Grupo Globo do comando da empresa.
Talvez, o que não queira o Partido dos Trabalhadores enxergar nessas manifestações de desapreço é que o povo que lhe garantiu a ascensão ao poder em 2002, encontra-se num estado espiritual doloroso por ter depositado tanta esperança num projeto que se mostrou tão pernicioso quanto aqueles contra os quais dizia o PT lutar.
Há quem diga que a Classe Média não exista. Parece-nos que ela é esta que estava hoje nas ruas dizendo basta. Basta…Basta a todo tipo de corrupção, basta a arrogância dos que acreditam que podem roubar impunimente, basta ao PT e sua prática de também roubar, basta da incompetência de Dilma, basta da prepotência de Lula em acreditar que o povo brasileiro lhe deve gratidão eterna por algo de nobre que tenha feito, devendo perdoar sua falha moral.
Isto posto, escutai as vozes nas ruas, pois elas nos dizem que o povo já não suporta mais tanta patifaria, tanta canalhice. E, por fim, dizem que se iludem aqueles que pensam que o alvo são apenas os “PTralhas”. Jararacas e tucanos, porcos e aves de rapinas estão na lista dos condenados. Escutai o ecoar das vaias! Aguardem-nos!
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… LULA: conduzir ou prender?
No início do filme Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, Selina Kyle sussurra para Bruce Wayne enquanto eles dançam em um baile exclusivo da elite: “Está vindo uma tempestade, Sr. Wayne. É melhor que estejam preparados. Pois quando ela chegar, todos se perguntarão como acharam que poderiam viver com tanto e deixar tão pouco para o resto”. Trago tal alegoria aqui para discorrer sobre a condução coercitiva do ex-presidente Lula que causou certo frisson tanto no meio jurídico como entre os seus apoiadores e opositores.
Não resta dúvida que a ação do juiz Sérgio Moro foi um ato de força. Não um ato fruto do exercício arbitrário do poder ou da vaidade deste personagem que parece encarar, a um só tempo, o Harvey Dent e o Batman, o cavaleiro branco e cavaleiro negro de Gotham, mas, sim, um ato de força necessário para dizer ao mito-Lula que numa república todos estão subjugados à Lei, mesmo um ex-presidente amado ou odiado pelas conquistas sociais que ostenta ter promovido para se inserir nas consultas populares como um dos melhores presidentes que já tivera o Brasil.
Foi, sim, um ato de força necessário! Necessário porque disse ao velho Lula que a arrogância encontra seu algoz na Justiça, pois esta é sinônimo de paridade de armas, portanto de força. Necessário porque diz ao pretenso líder operário que a prepotência ao eleger alguém incompetente para levar adiante as conquistas sociais dos trabalhadores, fomentadas por ele durante o exercício da presidência da república, encontra sua repulsa no abandono e no desprezo que a classe operária passa a demonstrar quando se cala diante de possível ataque ao seu líder.
Necessário como ato de força para avisar ao Lula, ao PT, ao PSDB e a toda súcia de sacripantas acostumada a roubar o povo que, como bem disse Selina Kyle, está vindo uma tempestade e é melhor que estejam preparados. Porque terão que se perguntar como acharam que poderiam viver com tanto e deixar tão pouco para o resto do povo brasileiro, pois agora o chicote começa a açoitar outras costas além da do pobre, já tão calejada pelos atos de força e o excessos judiciais nunca contestados por estes juristas que se alinharam aos “perseguidos” da Lava Jato, que se colocaram ao lado dos “pobres indefessos bilionários” diante da grande conspiração montada pelo Ministério Público, a Polícia e o Judiciário, ou seja, pelas instituições republicanas no cumprimento do dever de bem zelar da coisa pública, por tanto tempo por eles desprezadas.
Necessário foi, por fim, pois, como bem disse o juiz Sérgio Moro, em nota posterior, e nos próprios fundamentos da decisão de conduzi-lo coercitivamente, que a medida era a mais acertada para lhe garantir segurança e preservar sua imagem, uma vez que medida mais gravosa como a Prisão Temporária poderia muito bem ser utilizada contra ele na condição de investigado.
Aliás, não seria merecido a pessoa tão respeitável quanto o velho Lula, o Estado demonstrar preocupação com a sua segurança?
Isto posto, é hora de refletir sobre as palavras desta ladra pobre seu Luís Inácio Lula da Silva. Como pode pensar que poderiam viver com tanto e deixar tão pouco para o resto do povo brasileiro?
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto…FACAPE: A imoralidade dos altos salários
A FACAPE é uma instituição de ensino superior sem finalidade lucrativa. Assim está definida sua natureza, pois, por ser entidade pública deve primar pelos princípios éticos mais radicais, dispensando até mesmo um possível ‘legitimo’ enriquecimento advindo da alta lucratividade produzida pela diferença entre os custos operacionais e o valor cobrado a título de mensalidade pelas faculdades privadas em funcionamento no mercado da educação, já que a outorga que recebera da Constituição estar restrita a cobrança de uma módica taxa que lhe assegure a manutenção e alguma margem de investimento.
Acontece que quando olharmos o modo como a FACAPE vem sendo administrada por sucessivas gestões aptas em dilapidar o patrimônio da autarquia, tratando-a como se negócio de família fosse, diante desta afirmação de que se trata de uma entidade sem fins lucrativos, hoje descabida fora de uma acepção legal, não nos restaria alternativa senão perguntarmos, principalmente pela crescente relativização deste princípio com progressivos aumentos de mensalidades e de inchaço da folha de pagamento: Sem fins lucrativos, para quem?
Porque se olharmos atentamente a consolidação dos gastos com pessoal encontraremos uma casta de Marajás encalacrada nas entranhas das finanças da instituição que nem chatos nas partes pudendas, se favorecendo da oportunidade de enriquecimento sem causa patrocinado pela generosidade desavisada do alunado que anualmente vem bancando essa farra com valores de mensalidade cada vez mais igual aos das faculdades particulares.
Pelas folhas postadas no Portal da Transparência, somando-se os vinte maiores salários de professores (R$ 11.683,10, R$ 11.348,25, R$ 12.495,02, R$ 11.603,34, R$ 11.539,02, R$ 11.595,65, R$ 15.661,04, R$13.432,22, R$ 15.222,62, R$ 22.095,59, R$ 22.208,43,R$ 11.360,19,R$ 16.088,11,R$ 19.521,07, R$11.360,19,R$ 11.464,02,R$ 11.188,38,R$ 11.683,10, R$10.933,11, R$ 11.464,02, R$ 12.495,02, R$ 13.420,77, R$ 19.293,07) temos um montante assustador de R$ 303.795,78 (trezentos e três mil, setecentos e noventa e cinco reais e setenta e oito centavos) por mês, que quando multiplicado por treze meses são quase R$ 4 milhões, que em termos percentuais é aproximadamente 15% do orçamento anual da FACAPE.
Comparando-se os salários pagos em outras instituições de ensino vemos que de acordo com a proposta do Ministério da Educação para o ano de 2015, doutores ingressariam como professores assistentes recebendo R$ 8.639,50 e progrediriam com perspectiva de chegar ao final da carreira em menos de 20 anos a classe de titular, com remuneração de R$ 17.057,74, abaixo de alguns salários atuais na FACAPE.
Isto posto, caro aluno, resta-lhe duas alternativas: conclamar para que “nos locupletemos todos ou então que se restabeleça a moral”
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… Zika Zero: Marketing eficiente, medidas ineficazes.
A presidente, tentando reverter um quadro pessoal crônico de descrédito popular quanto a sua capacidade gerencial, mandou à rua, no último sábado, a sua tropa de ministros inoperantes, numa campanha midiática contra o mosquito Aedes Aegypti, vetor da conhecida dengue e o mais recente Zika Vírus, possível causador de microcefalia em bebês.
A medida pode até parecer nobre, entretanto, se mostrará ineficaz diante do histórico quadro de abandono de imprescindível política de saneamento básico. Devendo-se compreender o saneamento em sua acepção mais completa, envolvendo coleta e tratamento de esgoto e lixo; tratamento e distribuição de água potável para consumo das pessoas e, por fim, educação ambiental adequada à convivência saudável nas cidades brasileiras, pautadas pela ausência de planejamento urbano.
Além disso, para ter êxito campanha de tal magnitude, a verdade precisa estar à frente de qualquer informação. Isso quer dizer que mentiras como a que afirma que o mosquito só se reproduz em água limpa, a outra que apregoa serem as residências dois terços dos criatórios do mosquito no país, ignorando os grandes lixões públicos, onde basta a superfície de uma sacola plástica para abrigar dezenas de larvas do Aedes Aegypti. Ou aquelas afirmações que fazem vista grossa quanto as piscinas das mansões de veraneio e as propriedades desocupadas que acumulam lixo aos borbotões, transformando-se em verdadeiros criadouros dos vetores destas pragas que se abatem sobre as pessoas pobres e os trabalhadores; ou, por fim, as que negam a existência de cidades que como a nossa querida Juazeiro-BA ainda hoje é cortada por imensos canais de esgoto a céu aberto, contribuindo para proliferação de mosquitos e infestação de doenças de todo tipo.
Assim sendo, não basta enviar mensageiros inúteis a territórios estranhos, simplesmente para afastar a crítica a uma visível mobilização política, cujo escopo indisfarçável é incutir na cabeça do eleitor brasileiro a ideia de que o governo trabalha como equipe harmônica na defesa dos interesses do cidadão. Principalmente quando este parece só ter devotar as autoridades de plantão, no momento, absoluta e justificável desconfiança quanta a capacidade de alguns milhares de soldados das Forças Armadas, despreparados e desprestigiados pela missão estranha às suas aptidões, obtenham êxito numa guerra onde por mais de trinta anos um exército de mais de 260 mil agentes de endemias, espalhados em todo território nacional, fracassaram em virtude do profundo descaso de gestores públicos como os atuais, os quais tem como preocupação unicamente a sua sobrevida eleitoral.
Isto posto, cara “presidenta”, dizei a verdade aos brasileiros! Dizei que apenas a cidade do Rio de Janeiro realmente interessa agora! Dizei que 367,8 casos para cada 100 mil habitantes é estatística aceitável e não, a despeito do que afirma a OMS, epidemia! Dizei afinal, que assim como foi um sucesso a Copa de 2014, as Olimpíadas de 2016 serão maior ainda, pois, se parodiarmos o bom baiano, morrer de fome, de raiva e de dengue são gestos naturais.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… O Brasil das autoridades e o Brasil real
O grande pensador Machado de Assis, insuperável cronista dos costumes de sua época, já afirmava nos idos de antigamente que existiam dois Brasis: um oficial e caricato que era o Brasil das autoridades, onde a incompetência e a imoralidade sempre andaram de mãos dadas e a passos largos; e o Brasil real. Aquele das pessoas comuns, trabalhadores que com o imenso esforço na labuta diária sustenta a voracidade de uma classe de governantes cruel e parasitária, desprovida do mínimo de decência e respeito pela coisa pública.
Hoje, as coisas permanecem assim. Há, de fato, dois países neste Brasil continental. Um luxuoso e perverso que é o Brasil das autoridades com seus discursos reticentes e embotados, cheios de frivolidades e demagogias; e outro – o das pessoas comuns, reais, cujo peso faz arquear as costas do mais robusto dos estivadores, porque seu preço equivale a parcela estratosférica das parcas finanças que o cidadão aufere com seu trabalho honesto e, a sua revelia, é destinada ao custeio de um Estado burocrático e caro, além de servir á locupletação dos que governam o país com demasiada sabedoria e interesse próprio.
O Brasil real é aquele dos hospitais sucateados e falidos, das epidemias de Dengue, Zika Vírus, Febre Chikungunya e Microcefalia. É aquele do ciclo vicioso das enchentes mortíferas nas cidades, da falta crônica de saneamento básico, das barragens que estouram devastando vidas e lugares, da negligência e do desamparo, do desemprego alarmante, da criminalidade sem controle, das taxas reais de inflação que sobrelevam os preços dos produtos de primeira necessidade, corrompendo o poder de compra do salário, da intolerável carga tributária que transforma o governo em sócio majoritário dos rendimentos das pessoas – já que somente o trabalhador paga impostos -, das passagens caras de ônibus coletivo, dos pedágios e dos fartos números de acidentes nas estradas esburacadas.
Já o Brasil, ficcional, oficial é o Brasil de Lula e Dilma e Michel temer e Eduardo Cunha e Renan e Sarney. O Brasil de cartas patéticas, de cerimônias inúteis, de palavreado bem comedido e vazio, de gastos exorbitantes com prédios imponentes e mansões suntuosas, do compadrio e apaniguamento nas instituições, do Poder Judiciário conivente com os desmandos e as falcatruas dos intocáveis senhores donos da república. É o Brasil do assistencialismo e do coronelismo eleitoreiro, das taxas de inflação e desemprego macaqueadas, da incompetência institucionalizada, porém, superestimada e protegida, dos carnavais e são joãos feitos com derrame de dinheiro público, dos lobbys indecorosos e projetos de lei casuísticos e nocivos ao erário aprovados por unanimidade pelo Parlamento subordinado ao Poder Executivo.
Isto posto, meu compatriota, o Brasil real é aquele em que eu você trabalhamos duros, enquanto, os políticos parasitas do Brasil oficial fazem orgias com o nosso dinheiro.
Por: Adão Lima de Souza