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Isto Posto… A má gestão e o suplício financeiro do aluno conduzem a FACAPE à bancarrota!
A FACAPE, embora seja Instituição Pública de Ensino Superior que por permissivo legal se furte a obrigatoriedade de observar o Princípio da Gratuidade insculpido no art. 206, inciso IV da Constituição Federal, nem por isso pode deixar de obedecer aos demais comandos normativos preceituados no mesmo dispositivo constitucional.
Deste modo, como a educação tem por objetivo social o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, nenhuma instituição pública (nem privada) de ensino poderá se recusar a cumprir seu dever constitucional de implementar medidas que assegurem a igualdade de condições para o acesso e permanência, garantindo-se sempre a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; e ainda, o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, além da garantia de padrão de qualidade do ensino e o direito a uma gestão democrática, na forma da lei, que garanta a todos os segmentos da universidade espaços de participação e compartilhamento das decisões sobre a condução do ensino e seu custeio.
A FACAPE, ao contrário das demais instituições públicas de ensino superior, parece se reger por leis próprias, inventadas, á toque de caixa, pelos seus atuais gestores. A práxis administrativa da direção atual se envereda cotidianamente em direção à sofismável certeza de que gestão financeira se consubstancia no ato de cada vez mais gastar e gastar… E gastar desarrazoadamente, já que qualquer insuficiência de caixa poderá ser sempre suprida com novas e abusivas majorações de mensalidades a serem pagas pelos alunos.
Assim, ano após ano, a atual gestão, embora alardeie aos quatros quantos que sua maior contribuição à FACAPE tenha sido promover o equilíbrio financeiro das despesas, mesmo estas se mostrando sempre exorbitantes, haja vista ter passado de um superávit de R$ 530 mil em 2013 para um déficit crescente em 2015, jamais colocou em prática um plano eficiente de contenção de despesas, e segue, principalmente com folha de pessoal, consumindo quase a totalidade da receita arrecada em mensalidades, gerando, com isso, constantemente a necessidade de aumentos cada vez maiores nos preços dos serviços educacionais prestados ao aluno.
Portanto, sendo a FACAPE instituição pública se aproveita da imunidade tributária, cuja carga altíssima é lastimada pelas empresas privadas obrigadas a suportá-la, ao mesmo tempo pratica todos os atos próprios de entidades particulares, podendo custear os desmandos financeiros e a ganância com sucessivos e abusivos aumentos de mensalidades, enquanto as instituições privadas e de ensino sentam à mesa de negociações com representantes estudantis para decidir em conjunto o percentual da majoração mensal.
Isto posto, como não há preocupação da atual gestão em buscar novas fontes de renda para a instituição junto ao mercado, nem nunca houve gestão financeira condizente com as reais necessidades da FACAPE, os atuais diretores se arvoram eternamente na outorga que lhe é concedida pelo Conselho Deliberativo Autárquico (CDA), instância máxima da autarquia e dos votos previsíveis e cativos, e mais uma vez, à revelia dos estudantes, majoraram as mensalidades acima da média do aumento efetivados pelas universidades privadas.
Ousar lutar, ousar vencer! (Carlos Lamarca)
Por: Adão Lima de Souza.
Isto Posto… O altruísmo dos canalhas!
O Brasil é um país ímpar pelas jabuticabas e pela capacidade inesgotável de criar jabuticabas com qualquer matéria de direito ou de fato.
É comum de tempos em tempos nossa gente brasileira se aglomerar em torno de uma causa nobre como uma campanha de arrecadação de agasalho ou de dinheiro. Anualmente a televisão desfila lista glamorosa de artistas empenhados dias a fio na tarefa de conseguir um milhão, dois milhões para as crianças carentes e abandonadas, para associações de ajuda a deficientes, e por aí vai. Todas estas iniciativas são louváveis pela conotação humanista que congregam e tentam desencadear.
Também é comum, nestes gestos de generosidade espontânea, a participação de certa quantidade de agentes interesseiros que visam apenas seu bem estar quando se lançam ao altruísmo, já que fazer o “bem” nos deixa bem na selfie. É o aqui denominado de altruísmo canalha!
Exemplo disso são os famigerados políticos, sempre aptos a conceder benesses aos seus com o dinheiro dos outros. Todavia, à primeira saia justa a que são submetidos em virtude de não saber explicar a origem de sua fortuna, invocam de pronto as inúmeras ações beneficentes patrocinadas em auxílio aos desvalidos, como se o contribuinte lesado fosse devedor seu de alguma espécie de recompensa pelos atos magnânimos que dispensara tão somente em nome do altruísmo… Canalha!
Não devendo, por isso, a sociedade levar em conta seu desvio de caráter e de dinheiro público para satisfazer a ganância e a perversidade reinante em sua alma.
Outro exemplo também característico se dá com a classe artística. Principalmente com os figurões, os medalhões cujos cachês são altíssimos quando a fonte pagadora é o erário. Haja vista os recentes festejos juninos Nordeste a fora, onde cidades paupérrimas o ano todo – vivendo ora em estado de emergência, ora em estado de calamidade pública – empregam somas vultosas do dinheiro que deveria ir para manutenção da segurança, educação e saúde em contratações de atrações musicais consagradas pela mediocridade imposta a um público alijado do seu direito de escolha.
Esses ditos figurões, “artistas inquestionáveis” pelo grande público, ávidos em abarrotar os bolsos com o dinheiro suado do trabalhador, coautores de esquemas de roubalheiras que perpassam pela anuência manifesta com contratos superfaturados e fraudulentos, aqui e acolá, saltam com bem pensada estratégia midiática de fazer doações do cachê a instituições de caridade, como se ao serem submetidos ao crivo da população quanto a valer ou não todo o dinheiro que exigiram, com o gesto benevolente se tornassem credores do apreço popular.
Isto posto, já passou da hora de investigar seriamente os contratos pactuados entre os gestores públicos e artistas famosos, pois a cada ano se avolumam o valor pago de cachê, denotando clarividente mancomunação dos artistas e seus empresários com prefeitos e governadores para acharcar os cofres públicos, com total desprezo às urgências de nossa gente. É hora de por fim a esse altruísmo canalha que impera entre a arte e a política. Para que de fato a festa seja For All.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto…Caminhamos para uma Nova Ordem Mundial
Dois eventos ocorridos ontem se sobrepõem como indícios fortíssimos de que se começa a inaugurar uma Nova Ordem no mundo. São eles o acordo de paz firmado entre o governo colombiano e as Farc e a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia. Cada um em suas peculiaridades aponta para um novo rearranjo das forças políticas em dois dos mais relevantes continentes do planeta.
Na América, o acordo de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia representa um enorme salto no fortalecimento da democracia naquele país, pois a partir de agora, pensamentos antagônicos como socialismo e capitalismo terão como cenário de luta o campo eleitoral, se se confirmar a transformação da Farc em partido político respeitado pelas autoridades colombianas, ao invés do conflito sangrento que já se arrasta a mais de meio século, ceifando vidas de um lado e de outro, sem a menor chance de solução já que interesses conflitantes das castas distintas conduzem a guerra entre as denominadas forças “regulares” e as forças “terroristas” sem a participação do povo colombiano.
Na Europa, a saída do Reino Unido do bloco político da União Europeia indica dois prováveis acontecimentos com força capaz de produzir dos possíveis resultados, ambos desastrosos para o próprio continente e, consequentemente, para o mundo todo.
De um lado, a saída pode, ao contrário da motivação britânica, enfraquecer o Reino Unido, havendo certa medida de isolamento nas negociações com outros países ou blocos de países já que há uma tendência clara, desde o fim da segunda guerra, de agrupamento de forças pela união dos iguais, a exemplo do MERCOSUL e a própria União Europeia, para fazer frente às grandes potências comerciais e políticas. Prevalecendo a possibilidade de isolamento, o Reino Unido passaria por processo de possível dissolução, pois pode ser deflagrado um movimento separatista que tem se fortalecido na Escócia, na Irlanda do Norte e no País de Gales pela independeria da coroa britânica, sem falar nas embrionárias correntes que conclamam pela instauração de uma República.
Do outro lado, temos o chamado efeito dominó que poderia ser desencadeado pela saída dos britânicos ao estimular a consulta popular em países como França, onde é crescente o desejo de separação do bloco devido à insatisfação dos trabalhadores com as reformas impostas pela União Europeia e o fortalecimento de forças políticas conservadoras extremistas como a liderada pela família Le Pen; e também na Espanha, onde o separatismo pode ganhar respaldo popular em consequência da crise econômica persistente e das imposições duras do bloco político europeu, tomando como exemplo o gesto britânico.
Porquanto, extrapolando o território da Europa, a saída do Reino Unido provocando o efeito dominó cogitado poderia enfraquecer significativamente o bloco político de União Europeia, esfacelando, com isso, a segurança dada ao mundo de que dificilmente haverá um conflito armado no continente como os vividos em duas grandes guerras no século dezenove. O que, por si só, já é um ganho extraordinário para a população mundial que estaria, embora a persistência de guerras localizadas movidas pela ganância dos Estados Unidos e das grandes potências europeias, livre de um conflito de proporções planetárias e catastróficas como uma terceira guerra mundial.
Isto posto, vemos no continente americano dois movimentos distintos, como o acordo de paz selado entre históricos inimigos e a derrocada do modelo que se convencionou chamar de bolivarianismo, apontando para um apaziguamento relativo impulsionado pela acomodação de forças antagônicas dentro de um modelo de combate padronizado pelo suposto democrático sufrágio eleitoral, quiçá, semelhante ao usado para saída do britânicos da União Europeia.
Enquanto que na velha Europa, o modelo democrático de solução diplomática que é o sufrágio eleitoral, se comprovadas as teses suscitadas, poderá ser o estopim de um retorno a insegurança pelo reavivamento da beligerância histórica entre britânicos e franceses que nunca se amaram e franceses e alemães que sempre dominaram os palcos de luta armada em lados contrários. Ou seja, pode-se estar diante de uma nova Ordem Mundial que será apenas um feedback de conflitos que pareciam superados pelos movimentos civilizatórios encampados no sintagma UNIÃO.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… Rio de Janeiro: o que explica o estado de calamidade pública?
Segundo o decreto do governador em exercício, a “grave crise financeira”, ameaça causar um “total colapso na segurança pública, na saúde e na educação”, justificando a autorização para que as autoridades competentes possam adotar medidas excepcionais necessárias à racionalização de todos os serviços públicos essenciais, e, principalmente, aqueles com vistas à realização dos Jogos.
Diante de tamanha estupefação pela medida tomada, resta ao povo fluminense tentar entender como o Estado chegou a tal ponto de bancarrota quase que total. Ainda mais quando recordamos que num passado bastante próximo se festejava com tanta euforia a grande descoberta do Pré-Sal que tornaria rico o nosso país, ao inseri-lo dentre os maiores produtores de petróleo do mundo.
Uma década depois, o veio senão a falência em lugar do tão sonhado petrodólar que abarrotaria os cofres públicos alavancando a saúde e a educação, além de impulsionar fortemente os serviços públicos essenciais. O faremos agora que o preço do barril de petróleo só declina, seguindo a má fase das commodities, enquanto a Operação Lava Jato revela que as obras contratadas pela Petrobras serviam apenas de pretexto para a grande roubalheira.
E a medida desesperada do governo do Rio de Janeiro, até que ponto será a medida de outros governos igualmente falidos em consequência dos desmandos que permeiam toda administração pública no Brasil, de pequenas prefeituras a estados industrializados como São Paulo e o próprio Rio de Janeiro da cidade maravilhosa cheia de balas perdidas e bairros sitiados e população oprimida pelas milícias e palas autoridades.
Isto posto, caro cidadão, não nos assusta o estrado de calamidade decretado agora porque isto é apenas um reconhecimento de que vivemos em qualquer cidade brasileira o ano todo, ora em estado de emergência, ora em estado de calamidade pública, seja por contas de fenômenos climáticos, seja por contas das sucessivas gestões temerárias que tomam de assaltos a administração pública.
Por: Adão Lima de Souza.
Isto Posto… A Dilma de Lóssio
Seguindo o receituário comum dos políticos populistas, personalistas e demagogos, cuja lista perpassa pelo caudilhismo dos antigos coronéis nordestinos, pela cartilha operária de Lula até a nova política proposta por Eduardo Campos durante sua rápida campanha presidencial em 2014, o prefeito Júlio Lóssio não destoa desse modus operandi ao ofertar à Petrolina sua versão de Dilma Rousseff à corrida eleitoral no município.
Assim como o velho Lula, cuja ambição de se manter no controle do país o fez optar por uma candidata inexpressiva politicamente como era a senhora Dilma Rousseff; assim como saudoso Eduardo Campos, cuja escolha recaiu sobre um técnico em detrimento de políticos profissionais, o prefeito, digamos já experiente politicamente, parece se decidir na mesma linha, digamos também, de sistemático erro de escolha política já que todos que se arrogaram o poder de controle sobre seus pupilos fracassaram, haja vista o maior expoente da afamada “política de postes” chamada Dilma Rousseff que se tornou responsável pelo declínio da economia do país e do Partido dos Trabalhadores, além de nada poder fazer para impedir a derrocada moral de seu padrinho Lula, hoje ameaçado de ser preso a qualquer momento.
Então, façamos uma reflexão sobre a escolha do prefeito. O vereador Ednaldo Lima, famoso por conduzir um programa federal de habitação, reúne as condições para gerenciar uma cidade do porte de Petrolina? Depois de reiterados exemplos de rebeldia dos chamados “postes políticos”, incluindo o atual gestor, fruto da criação das forças políticas da cidade, o prefeito acredita mesmo que manterá o controle administrativo do município sem um mandato? Ou será que tal escolha pretende esconder algum acordo onde o mesmo grupo político que o escolheu em 2008, e agora, decide antecipadamente, o ganhador e, ao mesmo tempo, o perdedor em troca de benesses como o controle da Codevasf, tão cortejada pelos políticos locais.
Isto posto, caro eleitor petrolinense, é bom ficar de olho aí. Parece estranho que político como o atual prefeito se decida por nome sem a devida expressividade política na cidade, considerando que ele próprio teve que fazer acordo com as forças dominantes para se eleger e se manter a frente da administração municipal. Qual a verdadeira intenção de apostar numa nova Dilma?
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… Um ato louvável num governo de erros.
Nesta segunda-feira, 06 de junho, o presidente em exercício- ou de araque, ou golpista, ou como lhe aprouver – Michel Temer, anunciou do Palácio do Planalto, ter ordenado que a Aeronáutica mantenha permanentemente à disposição um jato da Força Aérea Brasileira (FAB) para atuar no transporte de órgãos e tecidos para transplantes.
Esse é, sem dúvida, o primeiro gesto de decência deste governo em direção aos interesses do povo. Esperemos que outros venham logo em seguida, como defenestrar os malfeitores que lhe cercam e fazer baixar o preço do feijão, da carne e da cerveja.
Tudo teve início com a reprodução daquela postura lastimável que costumam fazer uso as autoridades tipo o Advogado Geral da União, Fábio Medina Osório, que ao tentar embarcar, no dia 1º de junho, para Curitiba, na Base Aérea, dizendo ter ainda status de ministro de Estado, deu uma velha “carteirada” nos oficiais da Aeronáutica.
A famigerada carteirada falhou, segundo nota da FAB. Porém, seus efeitos ecoaram na imprensa a ponto de quase forçar o governo interino demitir o ministro fanfarrão. Todavia, produziu efeitos benéficos ao forçar uma medida compensatória de relevantíssima importância para aqueles que esperam encontrar um órgão que seja compatível com sua necessidade.
O Brasil, embora seja referência mundial em transplantes, só ficando atrás dos Estados Unidos, e não bastasse a queda na doação prejudicando a meta de transplantes por ano, pois o número de doadores notificados caiu 1,4% e o de doadores efetivos, 0,8%,nestes últimos dois anos, tínhamos também a recusa da FAB em ceder aviões para o transporte de órgãos, sob a alegação de estarem as aeronaves todas a disposição de ministros e outras autoridades que desconhecem outros meios de locomoção que satisfaçam seus caprichos.
Somente em três anos, de 2013 a 2015, a FAB deixou de fornecer aviões para o transporte de 153 corações, fígados, pulmões, pâncreas, rins e ossos. Os órgãos saudáveis se perderam por conta dessas negativas e da falta de alternativas de transporte. Os registros das recusas são feitos pela própria FAB e pela Central Nacional de Transplantes (CNT), do Ministério da Saúde, unidade responsável por fazer os pedidos de transporte e oferecer os órgãos às centrais de regulação nos estados, segundo levantamento do Jornal O Globo.
E enquanto a FAB recusava os pedidos de transporte de órgãos destinados a salvarem vidas, nos mesmos dias, atendia a requisições de transporte de ministros do Executivo e de presidentes do Supremo, do Senado e da Câmara retornando para casa ou deixando suas casas rumo a Brasília.
Isto posto, caro cidadão, como tenho dito na coluna E Apois!, “Os Eles” nutrem um profundo desprezo pelo povo!
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… Os tipos específicos do golpe!
Neste episódio do impeachment de Dilma Rousseff, o conflito se desenrola entre tipos bens específicos. Vejamos.
De um lado temos os românticos, petistas ou simpatizantes, que se esforçam para se convencerem de que houve um grande golpe da direita conservadora e reacionária, da grande mídia, do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal e do juiz Sérgio Moro, mancomunados todos com a Agência Central de Inteligência (CIA) do imperialismo norte americano, numa trama digna dos grandes clássicos cinematográficos de Hollywood, contra um governo progressista que, apesar da roubalheira escancarada, simbolizaria a luta e a manutenção de conquistas sociais imprescindíveis ao povo brasileiro, razão pela qual deveriam ter seus crimes perdoados em nome da gratidão e da servidão de consciência.
De outro lado, encontramos os cínicos, militantes e correligionários petistas e do que se convencionou chamar de esquerda brasileira, habituados às benesses financeiras que o loteamento de cargos na administração pública proporciona, ávidos à manutenção de estratagemas de pilhagem do dinheiro do povo a fim de se locupletarem, empenhados decididamente em convencer aquela parcela de românticos incautos de que há de fato um grande golpe em curso, orquestrado pelos inimigos do povo para apear do poder o mais ambicioso projeto de transformação social já posto em andamento por um partido político, cujos efeitos benfazejos e duradouros para a população em geral, justificaria a condescendência com a prática dos crimes comuns impetrados pelos seus maiores expoentes.
Pairando sobre os dois tipos citados – o romântico e o cínico – estaria a casta política tradicional, beneficiária de uma estrutura estatal que transforma toda e qualquer instituição brasileira num feudo particular, numa espécie moderna das antigas capitanias hereditárias, sócios do Partido dos Trabalhadores na implementação de uma enorme engrenagem voltada para o enriquecimento ilícito de caciques e partidos aliados, através da distribuição sistemática de propinas com o dinheiro oriundo das empresas estatais como a Petrobras e da Eletrobras e do BNDES.
Tal casta política tradicional, na visão dos tipos citados acima, seriam os algozes do golpe contra Dilma e o PT, cujos líderes mais notáveis como Renan Calheiros, Romero Jucá, Michel Temer e, principalmente, Eduardo Cunha, acuados pela cruzada anticorrupção promovida pelos Procuradores da República do Paraná, os delegados e agentes da Polícia Federal e o destemido juiz Sérgio Moro, costuraram um acordo de cavalheiro com a mais alta instância do judiciário, o Supremo Tribunal Federal, com os ministros das Forças Armadas e com a Procuradoria Geral da República para consumar a deposição da presidente petista e, empossando-se o vice Michel Temer, barrar a fúria devastadora da Operação Lava Jato que desvelou o maior esquema de corrupção do país.
Por último – combalido entre os três tipos predadores abordados – estaria o trabalhador brasileiro, ameaçado pelas altas taxas de inflação e desemprego, sufocados em razão de decisões equivocadas e perversas dos governantes de plantão, atingido na sua esperança de viver num país onde o mínimo de benefícios necessários à sobrevivência não demandasse sacrifício tão penoso, onde os serviços públicos ofertados tendessem sempre a melhora em virtude da carga tributária expressiva e ascendente que é obrigado a suportar, diante de tal desmando na economia nacional a produzir o desequilíbrio das contas públicas, a tal modo que mesmo o alimento mais indispensável como feijão e carne, pouco a pouco, se torna de difícil acesso.
Este trabalhador, farto que se encontra das mentiras da casta política, do cinismo dos militantes partidários, da ingenuidade estúpida dos românticos, foi ele quem deliberou a favor de destronar uma das mais incompetentes gestoras que o país já teve… A senhora Dilma Rousseff.
As razões para tamanho desprezo do povo, além da notória incapacidade gerencial da “presidenta” afastada, se fundam num clarividente estelionato eleitoral aplicado a 54 milhões de votantes, na quebradeira da economia, na desmedida corrupção governamental, na desmobilização política promovida quando da cooptação dos movimentos sociais e dos sindicatos operários. Enfim, a deposição é consequência de 13 anos de mentira e iniquidade.
Isto posto, Coração Valente, se há um golpe em curso contra seu mandato, este golpe está e será referendado pelas vítimas de sua governança: o trabalhador!
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto…O governo Temer que os petistas sonharam.
Com o afastamento de Dilma Rousseff, através do impeachment admitido no Congresso Nacional, embora nenhum brasileiro projetasse grandes esperanças no governo interino do vice-presidente Michel Temer, nem o mais crédulo dos petistas apostaria no desgaste tão acelerado quanto este que se desenrola com a gestão provisória do governo central.
Em pouco mais de uma quinzena no comando do país, a trupe Peemedebista liderada pelo Michel Temer e seu ministério de notáveis dá sinais indisfarçáveis de que sucumbirão um após o outro, num efeito dominó provocado pela benfazeja Operação Lava Jato, que pelo andar da carruagem chegará a fase cinquenta, não deixando de pé, oxalá, nenhuma das fortalezas eleitoreiras das velhas raposas, caciques intocáveis que mandam e desmandam na carcomida estrutura partidária de nossa república, com plenos poderes para outorgar o controle das instituições brasileiras aos seus rebentos como se fossem as velhas capitanias hereditárias de outrora.
Ainda bem, que das boas coisas que o velho PT sabe fazer é oposição ferrenha, vigiando cada passo dos donos do poder de plantão e conspirando o tempo todo para que tudo dê errado, como traço indissociável do fazer político neste Brasil de eleitores crentes e cúmplices.
Agora mesmo, os partidários do Lulo-petismo se refestelam ao sabor dos dissabores de um governo Temer capenga – haja vista a facilidade com que os ministros vão caindo. Governo arranjado às pressas para assumir o comando, por conseguinte, sem projeto de governança nenhum e fortemente marcado pelo envolvimento, em mancomunação com os petistas, é claro, no maior estratagema de corrupção já desvelado contra o dinheiro do povo.
Isto posto, como bem dizia Churchill que nunca se mente tanto quanto depois de uma pescaria, antes de uma guerra ou durante uma campanha política, quem sabe nos acomodemos mais uma vez com as mentiras contadas por um e outro partido e contemplemos um salvador em dois mil e dezoito capaz de nos redimir da nossa iniquidade enquanto eleitor crédulo e cúmplice.
“O povo não tem que TEMER seu governo, o governo é que tem que TEMER seu povo!”
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… A anarquia provisória do impeachment!
Oh! Processo de Impeachment estupendo este de Coração Valente! Com ele se instaurou uma anarquia, provisória, porém magnânima, entre os três Poderes da nossa incipiente e insciente República, na qual ninguém se respeita mais!… O STF dita a última trincheira da Cidadania, toda vez que se intromete no caso, em vez de solucionar um problema cria outros. Tomemos como exemplo a decisão que estabeleceu o rito a ser imposto ao processo de impedimento da presidente da república, no qual, atropelando a Constituição Federal, o plenário rebaixou a Câmara de Deputado, dita a Casa do Povo, e supervalorizou as prerrogativas da Casa Revisora que é Senado Federal.
Agora mais recentemente, novamente estuprando a Constituição que diz no seu artigo 53, § que recebida a denúncia contra o Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o STF dará ciência à Câmara Federal, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação, o plenário da Suprema Corte, no jogo de vaidade que lhe é peculiar, dizendo o Direito ao seu modo, afastou, para deleite de todo cidadão brasileiro, das funções de Deputado e, consequentemente, de Presidente da Câmara, o “maquiavélico” Eduardo Cunha, abrindo espaço para a decisão tomada pelo presidente interino, Valdir Maranhão, de anular a sessão que autorizou a abertura do processo de impeachment no Senado.
Deste modo, jogando uma Casa Legislativa contra a outra, e criando um imbróglio somente resolvido pela rendição de uma das partes, numa clara afirmação de que as relações institucionais no Brasil só se dão mediante chantagem entre os três Poderes desta terra de Bruzundangas, aquele que deveria agir como poder moderador, ao invés de atuar como bombeiro, ateia gasolina ao fogo das vaidades golpistas alimentadas pelo Executivo e pelo Legislativo, enquanto a nação segue desenfreada para a bancarrota.
Isto posto, Oh! Processo de Impeachment estupendo este de Coração Valente!
Que anarquia, provisória, porém magnânima, essa entre os três Poderes da nossa incipiente e insciente República, na qual ninguém se respeita mais, pois impera a conspiração e a desobediência por parte dos intocáveis senhores mandatários da “ResPública”, em contraposição ao equilíbrio e a harmonia tão propalada!
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… De onde vem a força de Eduardo Cunha?
Pelo que se tem notícia o processo de Eduardo Cunha já é o mais longo da história. Já são noventa dias úteis o tempo em que se arrasta o processo de cassação do deputado acusado tão somente de ter mentido na CPI destinada a investigar os atos de corrupção na Petrobras.
Se olharmos de perto, pode-se ver que ali, não bastassem as muitas manobras do presidente da Câmara para protelar o processo, esconde-se também um forte empenho daqueles que fingem querer cassar seu nobre par, pois sempre agem no sentido de dilatar cada vez mais os prazos para que demore o suficiente as sessões da Comissão de Ética, holofote precioso para quem, como o relator deputado Marcos Rogério (DEM-RO), pretende se aventurar à candidatura de prefeito.
Essa sensação se comprova quando analisamos o tanto de testemunha convocada pelo relator para contradizer a versão do acusado, é quase uma dezena delas. E para quê? Senão postergar mais e mais o circo ali montado. Porque, vejamos, se a acusação que paira sobre o deputado Eduardo Cunha é de ter mentido na CPI sobre a existência de contas suas no exterior, este fato já está mais que provado, tanto que o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, pediu o indiciamento do presidente da Câmara em denúncia protocolada no Supremo Tribunal Federal, onde até os dias de hoje se arrasta sem nenhuma esperança de desfecho nestes próximos tempos vindouros .
E a pergunta é de onde vem a força de Eduardo Cunha? O badalado parlamentar que vem se notabilizando por impor continuadas derrotas ao governo de Dilma Rousseff lidera a casta que os jornalistas se habituaram a alcunhar de “Baixo Clero”. Aquela expressiva maioria de deputados inserida no submundo do parlamento brasileiro que não costuma ter voz, já que os entrevistados da grande mídia são sempre aquela mesma meia dúzia treinada para lidar com câmeras e microfones diariamente. Basta ver os telejornais diários para nos depararmos com os mesmos sujeitos – seja da oposição ou do governo.
O Eduardo Cunha os representa com certa maestria. Por isso galgou o caminho que o levou à Presidência da Câmara, aproveitando-se do vácuo de poder deixado pelo seu partido PMDB e não preenchido pelo governo.
Por longo tempo, Eduardo Cunha foi festejado pelo PT como um dos mais brilhantes aliados no traquejo político para angariar votos favoráveis às proposições do governo petista quando a “tática de balcão de negócios” falhava. Somente a partir de 2013, a relação entre o Cunha e o palácio do Planalto começou a se deteriorar devido a uma jogada equivocada do governo ao tentar neutralizar a força do PMDB supervalorizando legendas como PP, PSD, PRB, PR e outros partidos versados na negociata.
Depois disso, o governo vem amargando uma derrota após a outra e tendo que assegurar a sobrevida de Eduardo Cunha sob pena de perder o único discurso que tem para reivindicar algum direito de permanência no poder central: o de que há um golpe em curso comandado por um político corrupto já réu no STF.
Isto posto, seria bom ver os dois tombarem abraçadinhos como sempre viveram.
Por: Adão Lima de Souza